Desativado na Royal Navy, navio-patrulha HMS Clyde deve ingressar na Marinha do Brasil
A embarcação de patrulha da Royal Naval voltou à sua base em Portsmouth pela última vez, depois de passar 12 anos em patrulha nas Ilhas Falkland. Marinheiros e tripulação do HMS Clyde participaram de uma cerimônia de descomissionamento do navio de 13 anos de idade antes de ser devolvido aos sistemas BAE para sua vida futura no Brasil.
Família e amigos da tripulação de 40 pessoas alinharam-se no cais da Base Naval de Portsmouth para dar as boas-vindas a seus entes queridos após o seu destacamento a bordo do Clyde.
O comandante Simon Pressdee, comandante do Esquadrão de Proteção da Pesca, disse: “Foi um verdadeiro privilégio receber o HMS Clyde em casa hoje após o que tem sido o maior desdobramento da Marinha Real nos tempos modernos, alcançando mais de 12 anos no Atlântico Sul.”
Durante o período, mais de 800 membros do esquadrão serviram no HMS Clyde, experimentando os oceanos do sul por mais de seis meses por vez, proporcionando a muitos deles lembranças únicas e especiais de uma parte notável do planeta.
“O descomissionamento dele esta tarde lembrará todos aqueles que serviram a bordo antes de entregarmos este cavalo de batalha da frota à BAE Systems, que o apoiaram cuidadosamente durante todo o seu desdobramento.”
O navio-patrulha offshore HMS Clyde foi lançado em 2006. Tem 36 tripulantes e está armado com um canhão DS30B de 30 mm, dois mini-guns e cinco metralhadoras de uso geral. Também possui um convoo com capacidade para receber o helicóptero Merlin. A velocidade máxima é de 21 nós, com um alcance de 5.500 milhas náuticas (10.200 km)
O HMS Clyde foi o primeiro navio a ser inteiramente construído na base naval de Portsmouth depois de 40 anos. O Clyde foi projetado e construído pela BAE Systems e é alugado e operado pela Marinha Real, enquanto a empresa fornece manutenção e suporte logístico à embarcação.
Sua única saída da estação durante esse período foi em 2017, quando ele estave atracado na África do Sul para manutenção.
A viagem de volta a Portsmouth marca o fim do contrato de locação da Marinha Real, pois em breve ele será devolvido à BAE Systems para retirada de equipamentos e depois vendido para a Marinha do Brasil.
Em janeiro de 2011, o governo do Brasil negou o acesso do HMS Clyde ao Rio de Janeiro em solidariedade às reivindicações argentinas sobre a disputa de soberania das Ilhas Falkland, como o Uruguai havia feito com o HMS Gloucester em setembro do ano passado.
O papel do Clyde em patrulhar as Malvinas será assumido pelo HMS Forth, que atualmente está a caminho pelo Oceano Atlântico.
O Forth foi comissionado para a Marinha Real em abril de 2018, após uma cerimônia em Portsmouth. No entanto, em junho de 2018, foi anunciado que entraria em doca seca para grandes obras de retificação que provavelmente levariam mais de três meses.
Um porta-voz da Marinha disse: “Alguns da tripulação atual estão no navio há cerca de nove meses, mas a maioria há seis meses, a duração padrão da missão antes de serem entregues à equipe substituta”.
FONTE: MercoPress