Último navio-patrulha classe ‘Macaé’ só em 2022
Por Roberto Lopes*
Os setores de Material e de Gestão da Marinha do Brasil (MB) estimam que eventuais restrições orçamentárias possam forçar o adiamento da entrega do NPa Mangaratiba – último navio-patrulha de 500 toneladas da classe “Macaé” – para o segundo semestre do ano de 2022.
Em 27 de dezembro completaram-se 4 meses da assinatura, no Rio de Janeiro, do Termo de Compromisso para a conclusão da construção, no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), dos dois navios desse tipo – Maracanã e Mangaratiba – que a MB resgatou do estaleiro EISA, na Baía de Guanabara (RJ).
A cúpula da Força nutre a expectativa de que o Maracanã possa ser disponibilizado para o 4º Distrito Naval ainda no fim de 2020, a fim de reforçar a vigilância nas águas próximas à Ilha de Marajó e a cooperação com as forças navais das Guianas, do Suriname e do Caribe.
A finalização do Maracanã e do Mangaratiba foi acertada entre a Diretoria de Engenharia Naval (DEN), Diretoria Industrial da Marinha (DIM), Diretoria de Sistemas de Armas da Marinha (DSAM) e Diretoria de Comunicações e Tecnologia da Informação da Marinha (DCTIM), o que representou uma retomada da construção naval no AMRJ.
Os navios são considerados de baixa complexidade, mas há incerteza sobre a disponibilidade dos recursos que garantirão o término dos serviços.
Autoridades navais do setor do Material da Marinha do Brasil acompanharam com atenção a desativação, no meio do ano, de três navios-patrulha rápidos (com o design aproximado de lanchas torpedeiras) classe “Fearless”, de 500 toneladas, da Marinha de Singapura, mas a instrução recebida de instâncias superiores foi a de que embarcações de patrulha serão, no futuro, feitas pela indústria naval brasileira.
De qualquer forma, e apesar dos classe “Macaé” não representarem mais do que meios de patrulha e vigilância costeira, eles adicionam mais um tijolinho ao grande desafio de reconstrução da estrutura da frota brasileira.
Frustração – No tocante aos meios de Apoio, a MB assistiu (um tanto frustrada) o ano de 2019 se esvair sem que a Royal Navy fizesse qualquer comunicação formal acerca de seu alardeado propósito de desincorporar o RFA Wave Ruler, um navio de apoio logístico de grande porte (196,5 m de comprimento e 31.500 toneladas de deslocamento) – alvo do interesse (já manifestado a Londres) dos militares brasileiros.
O que resta à Força Naval brasileira é manter o acompanhamento das oportunidades constituídas por meios (militares e civis) disponibilizados por outras marinhas e/ou empresas, que se encaixem no preenchimento das necessidades da Força.
Nos ano de 2020 a Marinha do Brasil prosseguirá no recebimento dos submarinos classe “Riachuelo”, na expectativa pela construção de cinco (ou seis) fragatas leves classe Tamandaré, e uma possível compra de três escoltas usados que permita a organização de um segundo esquadrão de fragatas para a Força de Superfície, com a finalidade de repor a próxima desativação das fragatas Type 22, Greenhalgh e Rademaker.
*É jornalista graduado em Gestão e Planejamento de Defesa pelo Centro de Estudos de Defesa Hemisférica da Universidade de Defesa Nacional dos EUA. Especialista em diplomacia e assuntos militares da América do Sul. Autor de uma dezena de livros, entre eles “O código das profundezas”, sobre a atuação dos submarinos argentinos na Guerra das Malvinas e “As Garras do Cisne”, sobre os planos de reequipamento da Marinha do Brasil após a descoberta do Pré-Sal.
E segue o baile !!!
Enquanto isso no Brasil ?!
Parte 4 ?♂️
Olá Colegas. Acho que há um desencontro de informação. Como poderá mesma MB ter restrição de recursos para concluir uma patrulha (que eu lembro tem muitos sistemas adquiridos e estocados) mas teria recursos para adquirir 3 patrulhas usadas? Entenderia se a MB adiasse as patrulhas para concluir os Scorpenes, ou para adquirir fragatas ou corvetas usadas. Contudo a conclusão de uma patrulha no AMRJ ou a compra de patrulhas usadas são a mesma coisa. Pelo que entendi, o AMRJ irá concluir uma patrulha no próximo ano. Ótimo. Concluido esse, passaria para o próximo, tomando 2021 para ser entregue em 2022.… Read more »
Meios usados costumam sair bem mais baratos. Provavelmente daria para deixar uma quantia separada para isso, ainda mais na situação de urgência no reforço do efetivo de patrulhas.
Caro A. Achei uma apresentação da Emgepron que menciona o custo de uma NPa 500 BR da ordem de US$ 40 milhões. Teríamos que comparar os valores dos diversas compras de oportunidade da MB para tentarmos fazer uma estimativa do que seria razoável pagar pelas três patrulhas usadas. Tenho a impressão que os valores seriam semelhantes. O Nunão fez um comentário logo abaixo que faz sentido. Não há nem houve dinheiro para nenhuma das duas alternativas. Caso houvesse, o adequado seria terminar as Macaé no AMRJ.
“ Como poderá mesma MB ter restrição de recursos para concluir uma patrulha (que eu lembro tem muitos sistemas adquiridos e estocados) mas teria recursos para adquirir 3 patrulhas usadas?” Creio que não tem nem pra um nem pra outro, pois ambos competem entre si e, pela própria análise dos fatos, se houve uma disputa de ambos o que ganhou foi a priorização das duas obras aqui. Também é preciso checar a cronologia desse interesse nos navios usados: a desativação no meio do ano foi acompanhada, segundo o texto, mas esse eventual interesse vem desde quando? Desde antes dos entendimentos… Read more »
Olá Nunão. Eu concordo com você que a finalização das Macaé e a compra das patrulhas usadas são concorrentes e excludentes. Se concluir as duas Macaé será desnecessário comprar patrulhas usadas. Se comprar as patrulhas, não há razão para concluir as Macaé. Considerando que uma delas está bem adiantada mas a outra está praticamente no inicio, que muitos sistemas já foram adquiridos e estão estocados, e que cada uma deve ter um custo de US$ 40 milhões, imagino que a MB precisaria algo entre US$ 30 e US$ 50 milhões para concluir as duas embarcações (apenas um chute, apenas uma… Read more »
“Considerando que uma delas está bem adiantada mas a outra está praticamente no inicio” Oi, Camargoer. O segundo navio, o Maragogi, está mais para o meio do que para o início. Várias seções de casco estão prontas. No início eu creio que só esteja o terceiro, Miramar. Acho que não avançou mais do que parte da seção central, da quilha, pelo que vi. “Acho que seria sensacional o Ministério das Minas e Energias, MAA, McTC, MinEcon, atuarem de modo integrado para maximizar os benefícios dos programas do MinDef. Contudo, isso é bem diferente de “despachar informalmente”.” Então, gostar ou não… Read more »
Olá Nunão. Obrigado pela história. Sensacional. Precisamos brincar de forca mais vezes. Tem uma história de Vargas que acho bem legal também (mas pouco relacionada com a MB). Um assessor pergunta à Vargas se ele já havia escolhido o ministro da fazenda e o presidente do Banco do Brasil (que na época fazia o papel de Banco Central). Vargas disse que sim e comentou os dois nomes. O assessor se assustou e comentou “Mas presidente, os dois se odeiam”. Foi quando Vargas explicou “Se coloco um ministro da fazenda amigo do presidente do Banco do Brasil, depois de um mês… Read more »
Camargoer, Ótimo o causo do Vargas. Atas e relatos de algumas reuniões ministeriais e do Conselho de Comércio Exterior, naquela época, e que tinham pessoas com visões bem opostas quanto a se bandear mais pro lado dos EUA ou da Alemanha, ou a se tomar esta ou aquela decisão, também são ótimas de se ler. Soco na mesa é pouco. Um dia alguém vai escrever a história formal e informal do programa Tamandaré e, provavelmente, algumas coisas vão ficar mais claras. O que se precisa entender, sobre o tempo presente ou o passado imediato, é que se está no meio… Read more »
Olá Nunão. Manda bala na tese (cuidado que 1/3 dos meus colegas que defenderam o doutorado casados estavam divorciados um ano depois).
A patroa aqui tá de boa, Camargoer. Eu concentrei toda a bagunça num cômodo da casa, desta vez (no Mestrado, baguncei metade da casa). E continuo a fazer o café da manhã dela com todo o carinho todo dia, como sempre.
Legal. Se achar que eu possa ajudar em alguma coisa, basta pedir. Segundo Guimarães Rosa, “a colheita é comum mas o capinar é sozinho”.
Obrigado, sinceramente!
Mas a enxada nesse caso é só minha mesmo. A garrafa térmica cheia de café também.
Boa solução. Vamos enforcar todos.
Fernando, essas histórias estarão disponíveis juntamente com tua pesquisa?
Algumas delas sim. Não dá pra colocar de tudo numa tese.
Se você se interessa por “causos” interessantes como esse, sugiro procurar em sebos o livro “Estórias Navais Brasileiras”, de Helio Leoncio Martins e Antonio Augusto Cardoso de Castro. Devo incluir na tese um ou dois “causos” descritos no livro (obviamente com cruzamento de outras fontes, como requer uma tese…), junto com meia dúzia que não tem em livros, como esse que contei. Coisas que ajudam a tornar mais instigante a leitura de textos acadêmicos.
29/12/2019 – domingo, btarde, Sr. NUNAO, não sei bem porque, entretanto no meio destas postagens que temos aqui existem muitas notícias reais vindo de Brasília, agora mesmo no meio a estas postagens existe alguma verdade. A poucos dias em uma postagem no qual eu falava que a MB encontrava-se em estado terminal…..recebi uma resposta em off, dizia que : 2020 poderemos ter surpresas na MB, é, de repente ela saia do estado de coma que se encontra; que várias alternativas são analisadas e inspecionar as, mas, porém, existem alternativas no mercado piores que a classe Niterói. O grande problema é… Read more »
“Formal ou “informal”, a participação de mais de um ministério em decisões pode ser positiva, e não necessariamente negativa.”
Sem sombra de dúvidas, Sr. Nunão. É aquilo que falei lá no outro post sobre visão holística da PDN.
É bom lembrar, inclusive, que mais de 95% do petróleo e 80% do gás natural produzidos no país estão no mar. Ademais, a Marinha tem direito a parcela dos royalties de produção destes hidrocarbonetos… MUITA grana envolvida.
Com certeza, assunto pra conversar entre os 3 ministérios não deve faltar.
Abraços.
Olá GFC. Os melhores programas que conheço no nível federal (isso desde os militares, antes até do MinDef) envolviam vários ministérios e diferentes órgãos. Participei de alguns assim tempo atrás. O começo é caótico, mas o tempo perdido no início batendo cabeças é compensado pelos resultados finais. Geralmente, o segundo e terceiro escalão (quase sempre formado por servidores de carreira e que carregam o piano) geralmente consegue trabalhar junto sem problemas, desde que o respectivo ministro esteja comprometido. Um único ministro que queira sabotar a iniciativa consegue travar tudo.
29/12/2019 – domingo, btarde, Caro Camargoer, a MB está parecendo uns filmes dos anos 70/80 chamado D’JANGO, está atirando para todos os lados ( uma demonstração do desespero que chegou), atira mais não acerta; qualquer dia receberemos o aviso que o governo americano autorizou ( como prova de amizade) os navios da classe FREEDOM, que estão desativado, depois mandam avisar do financiamento via FMS, é ficamos com a “” bomba “” que eles não querem, desespero da nisso.
“Bud Spencer e Terence Hill” em “bang bang à italiana”, na Record.
Vixi. Não passa mais.
Olá Esteves… nem “bang bang à italiana”. nem “especial do dia sete”, nem “sala especial”.
Especial Sérgio Leone no Telecine Cult.
Chute no saco. Mas a trilha do Morricone e a fotografia descontam a tranca.
Olá Esteves.. Já to sabendo. Curiosidade… “Por um punhado de dólares” é baseado em um filma japonês e recentemente o Bruce Willis vez uma versão gangster dos anos 30. (agora está passando “por uns dolares a mais” com Lee van Cleef como vilão… daqui a pouco o melhor de todos.. THe good, the bad and the uggly). Só acho engraçado que os diálogos foram todos dublados pelos atores… parece filme brasileiro da década de 70.
Filme do Leone é quase sempre dublado (pelos próprios atores).
O motivo é que ele encomendava antecipadamente ao Morricone as trilhas sonoras, descrevendo como seria cada cena e sequência.
Aí, com as trilhas prontas e gravadas, ele começava a rodar o filme. E botava a trilha para tocar para os atores entrarem no clima da cena. Eles atuavam ouvindo a música.
Então não tinha som direto.
O melhor de todos é “era uma vez no oeste”. Henry Fonda como vilão está ótimo.
Sim, sublime. A cena em tomada única em que a Claudia Cardinale (rapaz, que italiana linda) desce do trem e pega a carroça, com o tema principal do filme ao fundo, já valia o ingresso.
Mas um filme que nem todos lembram, mas que também tem o Fonda e o Morricone na ficha, é “Meu nome é ninguém” de Tonino Valeri, que foi assistente de Sergio Leone. Mistura do lado cômico de Trinity (sim, tem o Terence Hill) com o lado mítico da trilogia leonística, num raro equilíbrio. Imperdível.
Sim. Magnífico.
https://youtu.be/enuOArEfqGo
Não sei se é pior.
Notou como o Tarantino copiou desses filmes?
E também o Clint Eastwood na cena que ele entra na cidade…ele repetiu essa cena no filme Os Imperdoáveis quando passa pela funerária com os caixões em pé.
A arte de copiar.
“A arte de copiar.”
Quando é explícita e mencionada formalmente, chama-se “homenagem”.
É bom para as novas gerações apurarem o gosto. Também é preciso deixar claro que é homenagem. Mas, como dizia o Chacrinha…
Muito legal esse bate papo, isso dá vida ao blog. Pena que no aereo não dá pra fazer isso, porque todos os meus comentários ficam meia hora em censura prévia e quando são liberados o assunto já passou …
O “PN” é o mais legal.
Disparado, em boa parte pela atenção do Nunão
Às vezes meus comentários aparecem depois de horas.
É a vida.
Greg Lake nos deixou em 2016. R.I.P
https://youtu.be/qAYzSHOzRHQ
Olá Esteves. O qualidade do Tarantino é copiar o que é bom. E copia muito bem (não solta pecinhas). Falar em italiana linda, então coloca na lista a “Monica Bellucci” e a francesa “Sophie Marceau”.
Quem mais seria capaz de enfiar todos os nazistas em um único teatro e mandar todos pelos ares?
Tem um bang bang recente “THe salvation” com “Mads Mikkelsen” que achei muito legal (também sou fã da Eva Greeen.. tem uma sensualidade exótica).
Não vi.
Mas penso que Shane é insuperável.
Olá Esteves. “Sete homens e um destino” também foi baseado em um filme de samurais. O meu predileto é “Rastros de Ódio”.
A menos que o navios estrangeiros tragam alguma novidade tecnológica, é melhor comprar/terminar os navios brasileiros porque mantemos atualizado o conhecimento da indústria naval e a mão de obra. Além disso, ao construir, a indústria pode adquirir conhecimentos para futuramente construir corvetas e fragatas leves até que chegue o dia de construir fragatas pesadas. É assim: passo a passo.
Isto tudo sem contar a esperança da área economica em arrecadar uns trocados em tributos.
Os Napa500 Comprados Junto Inace demoraram cerca de 3 anos para serem entregues, porque não se compra mais deles?!!?! Mistérios marinha
Olá Salim. Pelo que lembro, na época o Enace ganhou a licitação de um lote e o Eisa ganhou a licitação de outro lote. Eu também já fiquei pensando sobre essa alternativa, levar os cascos das Macaé para o Enace terminar, mas será que o Enace tem espaço e equipe para assumir pelo menos três embarcações inacabadas? Será que isso poderia comprometer a sua programação? Primeiro teria que perguntar se o Enace concordaria em assumir o problema. Depois tem o custo de levar os dois cascos para o NE (a MB gastou R$ 1 milhão para levar o casco de… Read more »
A licitação ganha pelo INACE foi em 2006, a licitação ganha pelo EISA foi em 2009.
Exato, se não falha memória, entregues em 2009 e 2010. O viável seria construção de mais barcos lá, novos. Estavam investindo em novos guindastes e instalacao, pelo que li site deles capacidade até 70 mts e boca 15 mts. O Wsons guaruja entregou o barco Fugro Aquarius bem semelhante ao comprado usado para resgate sub, tem um rov que opera 3000 metros profundidade e helicóptero s92.
Atualizado o AMRJ? Passo a passo acabamos com o INACE?
E por que isso acaba com o INACE, e ainda mais “passo a passo”? O Inace tem sua vida própria, seus próprios clientes no mercado, é bem conceituado no segmento de iates, com produtos próprios, fora diversas outras embarcações menores. E, mesmo no que se refere a encomendas da MB, construiu outra meia dúzia de navios de pequeno porte para a Marinha depois dos dois NPa classe Macaé – a entrega mais recente é de 2014. Aliás, praticamente todos os últimos navios recebidos pela Marinha, de estaleiros aqui do Brasil, são do INACE, que também participou da licitação da classe… Read more »
Por que não adquiriram esses 3 patrulhas de Singapura? 23 anos de uso, com bom armamento, só não deve ter uma grande autonomia, mas pra quem não tem quase nada já seria de grande ajuda.
Nem,chega de velharia.
Comprar pra daqui a pouco ter q comprar de novo? N vê a novela que é no Brasil investir em equipamentos?
Caro Lucas, a pergunta e por que haveria recursos para uma compra de oportunidade mas não para concluir uma patrulha no AMRJ?
Mestre,
A resposta que imagino é que compra de oportunidade representa um toma lá e da cá.
Fazer ou concluir aqui tem os senões de fazer, burocracias, liberações, enforcamentos e todo o resto.
Olá Esteves. É sempre mais fácil comprar pronto do que construir (qualquer coisa). No caso da Macaé, elas já foram iniciadas, uma está quase pronta, a segunda está adiantada (a terceira ainda está no começo). Cada uma deve custar uns US$ 40 milhões, portanto a MB já colocou ao menos US$ 60 milhões, e com mais US$ 20 (valores aproximados) teria duas patrulhas novas. É uma situação que está fácil decidir.
“Desde 2009, data do contrato original, a Força antecipou à Eisa R$ 91 milhões do orçamento de R$ 260 milhões previstos nos contratos, mas não recebeu qualquer equipamento.”
https://congressoemfoco.uol.com.br/opiniao/colunas/estaleiro-quebra-e-para-construcao-de-navios-da-marinha/
Olá Nunão. Encontrei o valor de US$ 40 milhões em uma apresentação da Emgepron. Na época, o dolar estava a R$ 3.
Sim, tem diferenças de câmbio e de equipamentos que não entram no contrato com o EISA. Armamentos e outros sistemas eram comprados pela própria Marinha, por exemplo.
Perdeu. Esse é um dos problemas com as encomendas aqui no Brasil. Quando o estado não dá calote, recebe o calote. Esse “tipo de contrato” deveria ter uma área de inteligência pesquisando e investigando candidatos a fornecedores. A legislação de licitações é abrangente e complexa. Todas elas. Municipais, estaduais, federais. Na prática…no cotidiano é um festival de empresas recém constituídas e/ou descapitalizadas que se apresentam com capital social e constituição acionária extremamente…questionáveis. São amigos, são parentes, são apoiadores, são falidos. A MB deveria, penso, usar das atribuições e das prerrogativas que possui sobre e com os interesses nacionais. Em nome… Read more »
Esteves, Não tenho procuração para defender a Marinha, não faço parte dela, e além disso ela é meu objeto de estudo, então tenho que tomar cuidado para não me envolver e tentar manter um distanciamento e imparcialidade. Mas a mesma coisa não se dá com os fatos, e nesse caso é difícil colocar a culpa em alguma falha de antever esse risco extremo. É fácil falar agora, mas é preciso voltar 10 anos no tempo. Quando da assinatura do contrato para 4 navios, no já distante ano de 2009, o estaleiro EISA que ganhou a licitação era bem diferente do… Read more »
Sim. Sem dúvida. Mas existe o uso político. “O maior problema do EISA foi um grande contrato com a PDVSA, a estatal venezuelana de petróleo. Em 2007, a PDVSA encomendou ao EISA 10 navios…” Levou calote em 2009 quando aprontou o primeiro. Rescindiu o contrato e ficou com uma carteira podre. Fatos assim…relacionados a encomendas poderosas como navios de guerra deveriam ser analisados com escritórios de advocacia e investigações. Mitigar consequências. Certamente…alguém sugeriu elaborar o aditivo de 2012 para ajudar o estaleiro. Mas ele sofria com falta de matéria prima, atraso nas obrigações trabalhistas e fiscais, descapitalização. Em 1998 os… Read more »
“Fatos assim…relacionados a encomendas poderosas como navios de guerra deveriam ser analisados com escritórios de advocacia e investigações. Mitigar consequências.” Esteves, No caso do EISA, a encomenda nem era assim tão poderosa, comparada à carteira de navios mercantes. Mais um contrato, sempre bom, uma nova capacitação no portfólio, possibilidades boas para o futuro, mas na real era uma parcela relativamente pequena da carteira. Talvez esse tenha sido um dos problemas (visto em perspectiva, com o benefício da distância temporal, mas não necessariamente assimilável aos decisores da época), o fato de que a encomenda da Marinha não era algo tão importante… Read more »
Nonato.
Mestre,
Veja como nos reduzimos.
Há carências nos distritos. 5 ou 6 ou 7 patrulhas costeiros e/ou oceânicos são bem-vindos.
E nos limitamos a valorar e debater sobre dezenas de milhões de dólares enquanto o mundo gira na casa dos bilhões…bilhões de euros e bilhões de dólares.
Dá vontade de botar a mão no bolso…
Compra!
Afinal vamos precisar de alvos para desenvolvimento do missel anti navio e o torpedo nacional.
Boa ideia. Põem o Klyde nessa lista
Que pena. Eu tinha perguntado, dia desses, sobre o Wave Ruller…
Espero que ele seja disponibilizado logo, e que a MB consiga ficar com ele.
Triste sina de uma instituição que é obrigada a ficar SEMPRE esperando a disponibilidade dos outros, ou um “milagre” aos 45 do segundo tempo. E muito por culpa dela mesma.
Agora a pergunta que ninguém responde ou quer responder:
Foi noticiado que o consórcio TKMS ganhou o.pedido atrelado ao overhauling / atualização de 2 submarinos IKL’s (pode ser até 4) e um tapa no estaleiro doca seca da MB. Como está esse “bonus”????
Comoo povo esquece rápido …
Teremos mais informações atualizadas sobre os Tupi em breve.
Grato.
E espero a reforma parcial ou total do AMRJ.
Sr. Roberto, na minha opinião, se tem grana poem os IKL’s pra mergulhar.
Prefiro 5 IKL’s + 4 Scorpenes na próxima década navegando + 1 submarino nuclear escola laboratório.
# Sub Nuc escola laboratório porque sendo o 1o. Aprenderemos muito mais e será um laboratório para uma futura classe do que um patrulheiro defensor das nossas águas territoriais.
Então, vamos abandonar 4+1 submarinos? Vamos deixar apodrecer na maresia? Tendo a oportunidade de ter uma força de 9 submarinos pelos próximos 10 a 15 anos? É isso mesmo que a MB quer fazer?
Nâo têm lógica comprar esses 3 de outra classe, se me lembro tinha Vigilant 400 de segunda a venda , tinha um pais mandou reformar e nao pagou entao estava na França a venda 1 exemplar, fora que a propria frança está substituindo os que têm.
Senhores, sobre a compra de 3 escoltas usadas, existe a possibilidade do Brasil optar por destróieres?
Man, a MB não tá dando conta de terminar navios de 500 toneladas dentro do prazo, imagina comprar e manter destróiers…
“Os navios são considerados de baixa complexidade, mas há incerteza sobre a disponibilidade dos recursos que garantirão o término dos serviços.”
E neguinho acreditando em 5°, 6° Tamandarés
Zorann, O dinheiro para a classe Tamandaré está sendo viabilizado por uma capitalização da Emgepron em parte e, provavelmente, por financiamento internacional para outra parte. É diferente da disputa por verbas ordinárias do orçamento da Marinha, ou de créditos extras para isso. Cada leão nesse caso está sendo caçado de um jeito diferente, há rubricas e formas de se financiar as coisas que não se conversam. Algo parecido ocorreu na primeira década do século passado. Conseguiu-se viabilizar a compra de uma esquadra inteira na Inglaterra, com dois encouraçados, dois cruzadores e dez contratorpedeiros, ao passo que mal se conseguia verba… Read more »
Bom Senhores primeiro quero compartilhar um link das fragata FREMM, em francês muito completo, uma verdadeira aula sobre fragatas.
https://www.youtube.com/watch?v=ZAA0YHBXigI
Uma fragata que não deveria passar desapercebida pela nossa MB são a da classe La Fayette que devem ser descomissionadas em breve (link da La Fayette para quem não viu)
https://www.youtube.com/watch?v=lrwNJf0mZvY
Desculpem-me mas eu precisava compartilhar mais um ultimo vídeo onde o quanto forte tem que ser um marinheiro. Fregate Française Latouche Treville en pleine tempête de Force 11
https://www.youtube.com/watch?v=VDWunqdywdY
Caro Gilbert,
Esses vasos, quando forem disponibilizados, já estarão todos com mais de 22 anos…
A La Fayette, a Coubert e a Agonit irão ser submetidas a upgrade para cobrir o lapso até a entrada de serviço da nova classe FTI. Logo, a perspectiva recai sobre a Surcolf e a Guépratte, que certamente serão “sacrificadas” em prol das demais, enquanto passam pela modernização de meia vida. E sabe-se lá em que estado estarão quando ( e se… ) estiverem disponíveis daqui a quatro ou cinco anos.
Parece o Atlântico Norte. Imagina um navio empurrando água por mais de 20 anos em um mar desses.
Tá moído.
Temos vários estaleiros que estão parados e poderiam construir os navios das classes Macaé e da classe Amazonas, só falta grana para isso. Saiu do papel aquela ideia de usar parte do fundo da Marinha Mercante na MB?
“Temos vários estaleiros que estão parados e poderiam construir os navios das classes Macaé e da classe Amazonas, só falta grana para isso.” Além da grana, precisa de treinamento e capacitação para trabalhar com chapas mais finas e estruturas mais leves e complexas (para fornecer resistência estrutural equivalente com menor peso) da construção naval militar (e a classe Macaé é construída seguindo em boa parte esse conceito), comparadas à construção de navios mercantes, com chapas mais grossas e mais fáceis de lidar. Nesse universo de vários estaleiros do Brasil, uns parados, outros em situação complicada, são relativamente poucos os que… Read more »
Capacitação é o de menos, tendo a grana se faz a capacitação e uma vez feita teremos vários estaleiros em condições de produzir embarcações militares, é só questão de grana para investir!
Sim, Fabio, tendo a grana e tendo o tempo. No caso, mais grana e mais tempo para dividir esse esforço em vários estaleiros.
Acho que, na situação atual, deveriam focar primeiro nos estaleiros que já têm essa capacitação ou que não vão precisar criá-la do zero, e só depois “espalhar” a construção de mais unidades por outros estaleiros, que ainda teriam que se capacitar.
Prezado mestre e doutorando Nunão Antes de irmos ao mar, vamos aos ares. O Brasil possui uma única grande empresa aeronáutica (dispenso as piadinhas dos que não entenderam ou não aceitam o acordo Boeing/Embraer). Não existem mais porque não é viável, simples assim. Voltando ao mar, o Brasil possui dezenas de esqueletos de estaleiros. Muitos deles ainda oriundos do escândalo da Sunamam. Se formos ver, temos no Nordeste a Inace em Fortaleza e no Sul alguns na região de Itajaí/Navegantes, em Santa Catarina. Muitos são estaleiros que vêm desde os anos 1960. Os demais só sobrevivem na base de incentivos… Read more »
João Adaime, A Embraer nasceu atendendo a encomendas do governo (FAB), cresceu com elas, conseguiu depois suas primeiras vendas de aeronaves regionais para o mercado internacional, teve crise, privatização, voltou a crescer, tornou-se um sucesso no mercado de jatos regionais, deixando de depender de encomendas do governo – mas ainda tendo um braço de defesa para atendê-lo. Essa é a sua história até as negociações com a Boeing de sua divisão de jatos comerciais, sobre as quais não vou falar pois o acordo em si ainda não foi assinado. Mas, enfim, é uma empresa que passou a não depender mais… Read more »
Prezado mestre
Embramar seria uma Embraer dos mares, não uma estatal. Que possa andar com as próprias pernas, como a Inace, por exemplo. Usei o termo apenas para comparar as situações.
Uma ou duas “Embramar” e o AMRJ e a ICN já estaria pra lá de bom.
Abraço
Então o próximo candidato é o Oceana, ligado ao consórcio selecionado no programa Tamandaré. Se as coisas ocorrerem como proposto pelo consórcio, vai se capacitar para a construção de navios militares (que são diferentes dos mercantes) e se o programa continuar, será talvez parte de uma Embramar que você sugere. Aliás, a Embraer faz parte do consórcio.
Quem sabe dessa vez rola.
Não rolou na época do antigo Verolme, que construiu duas corvetas classe Inhaúma, entrou em dificuldades, parte do serviço teve que ir para o AMRJ etc.
E, sem piadas ou trocadilhos, daqui a algum tempo não terá essa empresa (aeronautica) também.
Inace construiu p70 e o p71, porque nãose compra novamente deles?!!
Tem dinheiro agora pra isso? Vai tirar de onde? Estavam esperando resolver o imbróglio da parcela da Marinha no Fundo da Marinha Mercante, hoje estão discutindo se o Fundo da Marinha Mercante vai continuar existindo. Enquanto isso, há limites do orçamento. Tem que cortar coisas para fazer outras, cobertor curto. Quando tinha dinheiro e perspectiva do país continuar crescendo, fez-se uma licitação, mas o EISA ganhou, o INACE perdeu. Haveria outras licitações, o INACE poderia concorrer e ganhar de novo. E haveria navios-patrulha em construção em mais de um lugar. Ótimo. Só que não. O EISA faliu, a crise grassou,… Read more »
Caro Nunão. Acho que existe um sapo com a boca costurada enterrado no dique seco do AMRJ. Por isso a excelente ideia de dragar toda a área antes de construir Itaguaí. Arrancou todo vudu que tinha ali.
Que nada, Camargoer. Sem prejuízo da piada (que entendi!) mas hoje estou inspirado em falar de História e com as fontes aqui bem do meu lado – além da memória bem exercitada – o fato é que o dique Alte Regis funciona muito bem desde 1928. Em breve fará um século. É provavelmente a instalação que mais funcionou e trabalhou no Arsenal, viu navios de todo tipo e de vários países docarem, as fotos dessas docagens são sensacionais. Fora os outros dois, que são mais que centenários e foram ampliados. Ainda que alguns acidentes tenham ocorrido no dique, e não… Read more »
Olá Nunão. Pelo que lembro, os órgãos públicos que tinham celetistas tiveram que se enquadrar na CF88. Apenas as Empresas públicas continuaram contratando por CLT (Embrapa, Emgeprom, etc). Essas empresas são 100% estatais (ao contrário da Petrobras, por exemplo, que é mista). Talvez valha a pena fazer um registro na tese de como foi o histórico das mão-de-obra no AMRJ no período que você está estudando. Quem sabe isso possa servir de gancho para outro trabalho no seu grupo de pesquisa. Posso estar enganado, mas a Amazul é uma empresa ao invés de uma OM. No organograma da MB o… Read more »
Isso é um vespeiro que se repete de tempos em tempos, Camargoer. Nos anos 60-70 também foi preciso fazer um enquadramento especial para a mão de obra que construiu os diversos navios do programa naval de 1967, incluindo as fragatas. Pelo que sei, no início dos anos 90 (não é o que estudo no momento, mas acumulo certa quantidade de fontes para o futuro) havia outras alternativas possíveis, mas o Collor escolheu a pior, provavelmente conectada à mesma decisão relacionada a limitar a concorrência que o arsenal fazia aos estaleiros privados. Por ora, a questão da mão de obra nos… Read more »
Pois é. As Univ. Federais precisam de uma Fundação de Apoio Institucional para resolver esse gargalo de pessoal técnico especializado. Ainda tem muito servidor com estabilidade na segurança, jardineiros,manutenção, motoristas, etc. Mas eles têm sido substituídos por empresas terceirizadas a partir da aposentadoria. Nos últimos 20 anos, as UFES tem contratado professores (DE, 40h ou 20h), técnicos e pessoal administrativo. Acho que mais 10 anos só vai ter pessoal com nível superior nessas três funções. Os outros serviços serão todos por terceirizadas.
Fernando Nunao De Martini.
Sim, a Amazul é uma empresa, não uma OM, e só entra por concurso
Olá JT&D. Sim, você tem razão. Geralmente, o ingresso em empresas assim é por concurso (mas não necessariamente) mas a contração é por CLT. A Embrapa faz o mesmo.
Deveria existir um % sobre extração de petróleo no mar destinado a MB.
NÃO confundir com PRÉ-SAL.
Assim como Estados e Municípios tem uma %, a MB deveria ter.
Mas esse %(imposto, taxa … chamem como quiser) deveria ser destinado a compra, construção e manutenção de embarcações Exclusivamente e Somente.
Não pode ser como o IPVA, que cai em uma conta do estado, e uma minima quirela vai para manutenção de ruas e vias e a maior valor é desviado.para outros propósitos.
Já tem. Todos tem. Se a MB está recebendo não sei.
A primeira capitalização da Emgepron (2,5 que virou 2 bilhões) foi feita com recursos das compensações financeiras decorrentes dessas explorações.
Pré-sal ou sem sal…precisa acabar essa história que a atividade do óleo puramente vai tirar o país da vala.
Enquanto isso…
https://brasil.elpais.com/brasil/2019/12/13/internacional/1576232797_250425.html
Submarino do tráfico de drogas percorre 3.000 km em território nacional.
Pior na reportagem falam que os submarinos, não “o” mas “os” que indica mais de um, são fabricados no Suriname e na Guiana e vão para a Colômbia, como se dá este transporte do Suriname e da Guiana para Letícia? Via Amazonas?
Cuidado com esse El País… para eles o presidente é o Haddad… teria 98% de chances de ser eleito segundo “especialistas” da USP.
Mate o carteiro e acabe com seus problemas.
Caro Raduga. O problema é esse maldito sofá na sala.
Eu sou totalmente a favor de desenvolver a nossa própria tecnologia, nunca seremos fortes ou realmente capazes de proteger a nossa soberania comprando o que não serve mais para os outros .
Eu venho aqui falando faz tempo que a MB não prioriza essa classe e empurra esse projeto com a barriga. Temos o estaleiro INACE e muitos outros que podem fabricar localmente os classe Macaé. Inclusive foi feito um estudo pra simplificar e baratear o projeto, trocando a motorização MTU militar por motores Caterpillar civis, radares mais simples e o canhão de 40mm sendo substituído por um reparo de GAM B-01 20mm. O navio continua atingindo os 20 nós e continua bem armado para patrulha. AhTs e classe imperial marinheiro não tem mais condições de patrulhamento, um é muito lento e… Read more »
“Enquanto isso nossa costa está sem patrulhas” Acredito que seja uma figura de linguagem, né? Tem 12 navios-patrulha classe Grajaú em serviço nos distritos navais da costa, além de três Amazonas e dois Macaé, pra mencionar os que atingem mais de 20 nós. Sem prejuízo do seu argumento, pois concordo que é extremamente necessário retomar a construção de navios-patrulha de 500 toneladas, e tem projeto novo aguardando para começar a construir, como você mencionou. E a necessidade bate à porta não só para ampliar a quantidade de navios-patrulha, mas porque a classe Grajaú já tem navios com quase 30 anos… Read more »
O problema, caro Julio, é que, além de alto e contínuo investimento, o tempo que demanda para desenvolvermos tecnologia própria a torna obsoleta, os detentores das atuais tecnologias de ponta já estão à frente desenvolvendo novas para aplicação em curto/médio prazos…
Com relação a dinheiro, tudo o que é priorizado a MB consegue o dinheiro. Conseguiu comprar porta helicópteros de 250 milhões de dólares no meio da crise em 2017, conseguiu modernizar os linx e continuar o PROSUB na crise. Hoje com o governo favorável aos militares, e só bater na porta, mostrar a importância do projeto e pedir um teco desses 70 bi no do pré sal prós classe Macaé, até pq eles vão ajudar a patrulhar a amazônia azul. Pro classe Macaé não precisa muito.
“Conseguiu comprar porta helicópteros de 250 milhões de dólares no meio da crise em 2017”
https://www.naval.com.br/blog/2017/12/21/o-ocean-e-do-brasil-mb-conclui-compra-do-porta-helicopteros-por-84-milhoes-de-libras-e-da-forca-um-novo-capitania/
Pois é, e o almirantado apostando nesse fracasso declarado denominado CCT/Meko, e para piorar o que já é ruim, ainda querem terminar o projeto com 4 unidades das Meko gambiarradas e partir para a Meko-200. Uma falta de visão descomunal. Ao invés de comprar patrulhas que serão desativados da Royal Navy, não seria melhor investir essas verbas para terminar os Macaés? Ao invés de gastar essa fortuna nas CCT/Meko não teria sido melhor investir essa verba em mais unidades das Amazonas, OPV-1800 BR, Napa500 BR ? adquirindo escoltas desativados por compras de oportunidade? Complicado! Querem ter o supra sumo da… Read more »
Serio que vc escreveu isso parceiro, apaga que da tempo, imagino eu que vc seja engenheiro de alguma empresa privada, pu que vc teve acesso antecipado ao projeto do navio, e caso vc nao saiba, ja foi publicado no DOU a liberação de 60% do valor do projeto tamandare, mais eu entendo vc, é o tradicional chamador de atenção, que fica postando textão sem nexo algum afim de criar treta com a galera
Caro Sneak, não vou perder tempo em te explicar.
Tire suas próprias conclusões.
Afinal de contas não estou afirmando nada, apenas questionando se não percebeu!
Foxtrot,
Primeiro, não tem muita escolta encostada em bom estado por aí…
Maestrale, Bremem, OHP… Esquece… Idem pra escoltas japonesas… Talvez haja alguma chance para as Type 23, caso a Royal Navy venha realmente a desativar algumas mais cedo ( e nesse caso aqui, estamos falando de vasos com mais de 20 anos de idade… ).
Segundo… Não que seja minha preferência investir em escoltas abaixo das 4000 ton. full, mas sou muito mais essa adaptação das MEKO que qualquer vaso usado.
Brasil uma piada. A vergonha do BRICS
Por que não se muda pra Índia?? já viu como eles andam trem?? mas pode ser a China e seus cardápios “exóticos”… cuidado que lá tem que pagar até a … deixa pra lá… de toda sorte qualquer lugar nesses países é melhor que aqui… Joel Santana disse que em Joanesburgo às sete horas da noite já não tinha mais ninguém nas ruas… fiquei sem entender, só me lembro que ele disse que ninguém parava em semáforos depois desse horário…
Brasil é uma piada. A vergonha do BRICS
Muda daqui entao grande, vaza
Sem prejuízo pra Classe Tamandaré pq são navios necessários e a escolha da MB com as Meko 100 foi racional e inteligente, mas concordo com colegas que foi é erro não comprarmos o HMS Clyde, e focarmos em escoltas de oportunidade também.
“mas a instrução recebida de instâncias superiores foi a de que embarcações de patrulha serão, no futuro, feitas pela indústria naval brasileira”.
Aaaah meus amigos,então subam e desçam e dessas futuras patrulhas nacionais esqueçam…
Promessas e nada mais!
O que é mais relevante na matéria, a meu ver, é a possibilidade de que o Maracanã seja entregue em 2020. Para mim significou que o Arsenal e outras OM envolvidas entendem ter capacidade de fazer o serviço é que há recursos para tanto no orçamento de 2020. Considerando a promessa do Guedes de que o orçamento de 2020 será realista, a possibilidade de contingenciamento é menor. Uma pesquisa no orçamento 2020 para ver quanto está previsto para o Maracanã seria interessante, não farei por falta de tempo nesse finalzinho de ano.
Quanto à recorrente pergunta – pq nã constrói mais Macaés – relembro aos colegas que esse projeto já é passado para a MB. Ela quer construir agora é a versão aperfeiçoada, o NAPA BR 500, que foi objeto da apresentação da Emgepron citada pelo Camargoer, com custo de US$ 40 mi para a primeira unidade.
O Npa.Maracanã esta quase pronto e o Mangaratiba como esta?
Nunão? quanto tempo lerará para concluir o mesmo??
Já escrevi em outro comentário, Souto.
Sobre estimativa de tempo, está no texto da matéria.
Acredito que 2020, teremos boas notícias em relação a MB, que ao meu ver, pela responsabilidade que têm, é a força que possui menos meios para fazer um trabalho que possa assegurar segurança ao país, são milhares de km para proteger/patrulhar. E sou favorável a compras de oportunidades, desde que os meios venham a agregar, pois precisamos de navios para ontem, principalmente patrulhas, esse negócio de produzir tudo aqui, não funciona, não temos escala, temos que priorizar alguns meios, como submarinos, patrulhas e corvetas/fragatas. A MB deveria fazer um pacote com a Bae System e a RN, trazer o Wave… Read more »
É muita diretoria que não reflete em resultados positivos na reestruturação da força. E ainda falam que faltam mão de obra para terminar um simples navio patrulha. Aliás o problema da força sempre foi o excesso de contingente.
Tem coisas que eu simplesmente não entendo no Brasil, uma delas é essa maldita lei de licitações. Porque fizeram uma concorrência, um estaleiro à venceu e entregou dois navios no prazo e no preço. Ao invés de simplesmente autorizar a contratação de mais navios iguais com o mesmo estaleiro, abriu-se outra licitação, e nela, contratou-se uma empresa que viria à falir. Daí, gastou-se o preço de um navio, mais uns 4 anos, para RETIRAR as carcaças do estaleiro falido. E agora, descobre-se que o AMRJ é capaz de construir os navios! Por quê o AMRJ não construiu os navios logo… Read more »
Sempre quando dá o ar da graça de aparecer por aqui, fico admirando suas linhas.Pelo menos isso, tinha que ter aos montes.
O dono dos estaleiros Eisa e Mauá e da empresa aérea Avianca Brasil são a mesma pessoa. Que baita coincidência, não? Além disso, deu um calote na compra da Aliança Eletroquímica (AEQ) do Paraná, do ramo de produtos químicos e defesa. Só não virou escândalo porque o fundo estrangeiro Etrum adquiriu o controle da empresa e assumiu a dívida. Ainda perdeu o controle da Avianca Holdings, também por calote. Não bastasse tudo isso, foi citado na investigação da Lava Jato no esquema da Petrobrás/Transpetro. Ou ele é um tremendo pé frio, ou um péssimo administrador ou ainda tem muito esqueleto… Read more »
Caro João. Pela incompetência administrativa, alguns colegas diriam que ele está mais para funcionário público concursado do que pé-frio.
Caro Roberto Lopes, sempre muito bom tê-lo a bordo. Feliz ano novo.
O mais engraçado que para ser funcionário público concursado o cara têm que ser o mais competente entre algumas decenas ou centenas, eos que não passam ficam com a “sindrome da raposa e as uvas”, a pisicologia explica, não coloque todo mundo no mesmo saco,posso lhe dar mil exemplos de competência em setor público, basta colocar uma lista das 20 melhores universidades do Brasil vais ver quantas são públicas, A Fiocruz, o Instituto Butantã são exemplos de incompetência pública?Mas respeito cidadão, 99% dos que falam do funcionalismo público tentaram entrar, uma pesquisa rápida no nome do cidadão se comprova isso.
Olá Nunes. Lembro daquela história que se o cachorro morde a perna da mulher, vira bate-boca com o vizinho. Se a mulher morde a perna do cachorro, é manchete. Praticamente metade da população no Brasil tem ensino fundamental com um salário de R$ 2 mil. Apenas 15% da população tem ensino superior ou pósgraduação. O salário médio no setor privado de quem tem nível superior é R$ 6,5 mil e com doutorado R$ 15 mil. Devido a pouca escolaridade, o salário médio no Brasil é de R$ 2,4 mil. Ainda existem 11 milhões de analfabetos. Por coincidência são cerca de… Read more »
O problema é que pegam o pessoal do legislativo como exemplo, peguem o do executivo!Eu tenho doutorado e não ganho 15 mil, conheço pesquisador do INPE com doutorado ,vários cursos no exterior , inclusive na Nasa e ganha 10mil limpo, lembrando que as pessoas olham o sálario bruto e esquecem que o governo “come” em média 1/3 do salário do funcionário de volta, o líquido é só 70%.Eu tenho colegas com doutorado que ganham limpo 5 mil reais ,depende do cargo e não da escolaridade, todos na iniciativa privada ganhariam bem mais,ha então pq não vão pra lá? Pq ninguém… Read more »
Olá Nunes. Pelo menos na área de pesquisa, acho que a estabilidade conta menos do que a vocação. Há uma diferença na natureza entre a pesquisa científica e a tecnológica, apesar de serem complementares. Outro problema é que a maioria dos centros de pequisa de empresas é em grandes cidades, o pode pesar na escolha. Vários colegas abriram mão de salários maiores na indústria pela possibilidade de fazer pesquisa científica.
As duas Fragatas Type 22 que reataram na MB estão abandonadas a própria sorte a anos. São bons escoltas, com o mesmo tempo de vida das últimas MK 10 FINDEP e FUNIAO Entretanto as MK 10 citadas acima receberam investimentos por conta das participações na UNIFIL. Sinceramente, abandonar as Classe GREENHALGH foi um tremendo tiro no pé! A necessidade de presença da Marinha na Amazônia azul é premente. E não há meios para se fazer ao mar. Venho dizendo que somente uma grande VERGONHA fará a alta administração repensar o abandono da ESQUADRA. Esperamos muito do Almirante Melo! Bons ventos… Read more »
Não apenas isso Jacuba, as “Niterói” passaram pelo “MODFRAG” enquanto as
“Greenhalghs” não, embora tenha havido comentários dentro da marinha que iriam passar após o término da modernização das “Niterói” e apenas a “Rademaker” recebeu uma revitalização e que salvo engano tornou-se a única a operar com o “MM 40”.
.
Mas, como você deve lembrar, já em 2004, depois de apenas 7 anos de marinha brasileira uma das “Greenhalghs” a “Dods” foi para a reserva por conta de não haver recursos para ela e acabou “canibalizada” por peças para as demais