‘Novo triângulo do poder marítimo’: Irã, China e Rússia realizam exercícios navais sem precedentes
Quatro dias de exercícios conjuntos são realizados no Golfo de Omã, em meio a tensões devido à revelação do acordo nuclear; regime diz que ‘cooperação e unidade’ com seus aliados ‘mostram que o Irã não pode ser isolado’
A Marinha do Irã iniciou no dia 27 de dezembro um exercício naval conjunto sem precedentes com a Rússia e a China na parte norte do Oceano Índico, informou a TV estatal iraniana.
O exercício de quatro dias, lançado a partir da cidade portuária de Chahbahar, no sudeste do Golfo de Omã e perto da fronteira com o Paquistão, visa aumentar a segurança das hidrovias da região, afirmou a reportagem, segundo o chefe da Marinha do Irã, o almirante Hossein Khanzadi.
O exercício conjunto, o primeiro de seu tipo, ocorre em um momento de tensões elevadas desde que os Estados Unidos se retiraram de um acordo nuclear de 2015 com o Irã em maio do ano passado e com o Irã violando gradualmente os elementos do acordo.
Teerã tem buscado intensificar a cooperação militar com Pequim e Moscou em meio a sanções econômicas sem precedentes de Washington. As visitas ao Irã por representantes navais russos e chineses também aumentaram nos últimos anos.
A reportagem da TV iraniana também disse que o treinamento mostra que o Irã não está isolado. O exercíico também é visto como uma resposta às recentes manobras dos EUA com seu aliado regional Arábia Saudita, dos quais a China também participou.
“A mensagem deste exercício é paz, amizade e segurança duradoura por meio de cooperação e unidade … e seu efeito será mostrar que o Irã não pode ser isolado”, disse na televisão estatal o chefe da flotilha iraniana, contra-almirante Gholamreza Tahani.
Tahani acrescentou que os exercícios incluíam resgatar navios em chamas ou embarcações sob ataque de piratas e exercícios de tiro, com a Marinha do Irã e seus guardas revolucionários participando.
A televisão estatal mostrou o que dizia ser um navio de guerra russo que chegava ao porto de Chabahar, no sul do Irã, e disse que os chineses se uniriam em breve, chamando os três países de “o novo triângulo de poder marítimo”.
FONTE: Times of Israel