MUSV na configuração trimarã da Austal

Concepção de navio-robô na configuração trimarã da Austal

Por Michael Peck

Preocupada que o advento de navios de superfície não tripulados possa resultar em colisões com navios tripulados, a Marinha dos EUA quer uma tecnologia que permita a navios-robôs falar como seres humanos.

O objetivo é permitir que as equipes humanas de passadiço (bridge) conversem com navios robóticos usando fala normal por rádio VHF.

“Os Regulamentos Internacionais para Prevenção de Colisões no Mar (COLREGS) fornecem uma orientação clara para os encontros entre duas embarcações, mas não especificam diretamente o que deve acontecer quando três ou mais embarcações se aproximarem uma da outra quase ao mesmo tempo”, de acordo com solicitação de pesquisa da Marinha dos EUA. Os navegadores geralmente lidam com essas situações comunicando-se via rádio VHF Bridge-to-Bridge. Os atuais veículos de superfície não tripulados (USV – Unmaned Surface Vehicle) têm mecanismos de raciocínio COLREGS, mas não podem incorporar informações de conversas bridge-to-bridge, nem podem responder a propostas de manobras simples”.

Já existe tecnologia para converter voz em texto e vice-versa, enquanto navios não tripulados têm COLREGS programados em sua Inteligência Artificial para permitir que eles sigam as regras marítimas da hidrovia. E a Marinha dos EUA quer usar tudo isso para criar navegadores virtuais que se comunicarão como os humanos.

“Buscamos uma solução integrada que permita ao USV agir como um marinheiro humano”, afirmou a US Navy. “Em particular, o USV deve ser capaz de entender transmissões de rádio bridge-to-bridge seguras, incorporar seu significado ao modelo mundial, desenvolver planos de navegação apropriados e responder via voz no rádio bridge-to-bridge”.

A fase I do projeto exige um sistema que possa responder a um sinal de rotina como “Sea Hunter, aqui é o Sun Princess; proponho uma passagem de boreste a boreste”. Ele fará transmissões em inglês de falantes nativos. O Sea Hunter é o navio-robô experimental da Marinha dos EUA, do tamanho de um iate, projetado para detectar e rastrear autonomamente submarinos a diesel ultra silenciosos.

USV Sea Hunter

A Fase II abordará o complicado problema de falantes não nativos se comunicarem em inglês, o que é uma ocorrência comum no mar. O objetivo é “reconhecer o inglês falado por falantes não nativos e gerar respostas em inglês para as manobras propostas”. Ciente das preocupações de segurança sobre navios autônomos, a Marinha sugere que o sistema autônomo da Fase II seja testado em um navio rodando em um laptop ou outro computador, mas na verdade não controlando os movimentos da embarcação. Os testes da Fase II também podem ser realizados em um USV temporariamente tripulado por razões de avaliação e segurança.

A Fase III realizará testes limitados no mar com o objetivo de ajustar a tecnologia em vários programas da Marinha para desenvolver veículos de superfície não tripulados (MUSV) e o Grande Veículo de Superfície Não Tripulado (LUSV).

A Marinha sugere que robôs falantes também serão úteis para navios comerciais. “O mercado civil de embarcações não tripuladas parece preparado para decolar, e essas embarcações precisarão funcionar mesmo quando houver ligações por satélite a instalações remotas de supervisão em terra. Além disso, essa tecnologia pode ser usada em uma embarcação com tripulação mínima e é uma ajuda para um operador humano”.

O interessante aqui é apenas a noção de navios-robôs que falam como seres humanos. O fato é que muitos seres humanos desconfiam de robôs inteligentes. Mas um navio autônomo que pode falar com humanos – ou pelo menos em termos de linguagem humana – pode deixar os marinheiros de carne e osso menos nervosos ao encontrar navios-robô no mar.

FONTE: National Interest

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Marcelo Bardo

Projeto Skynet.

Luiz Trindade

Cada vez mais presente…

Rodrigo

Ta bom… novo zumait a vista

Enes

Zunwalt.

M65

Então no futuro teremos grandes mercantes (exceto de passageiros) fazendo travessias oceânicas. Exemplo Xangai para porto de Santos e vice versa.

ALEXANDRE DE BARROS BARBOZA

E os empregos……o que será que acontecerá conosco?

Esteves

Procurarei emprego de vidente. Falei que demoramos tanto pra fazer as coisas que enquanto pensamos em resolver problemas do passado e do presente, tem Marinha olhando para 2050. Como serão os navios dos anos 2050? Propulsão. Sistemas. Armas. Vigilância. Ainda estarão divididos como hoje são (corvetas e fragatas principalmente) ou serão super corvetas? A guerra no litoral será travada por meios navais ou por mísseis terrestres? Existirão ilhas artificiais para suportar navios híbridos missileiros? Porta-aviões em razão do preço e dos valores serão como hoje são? LHDs existirão? Submarinos AIP se tornarão mais perigosos que os nucleares? Como proteger nossas… Read more »

Dalton

O USS George H W Bush, o último “Nimitz” foi comissionado em 2009 e pensado para 50 anos de vida então ele deverá estar em serviço em 2050 e já existem sucessores a classe Ford e se “LHDs/LHAs são pensados para 40 anos, o futuro USS Bougainville que deverá ser entregue em 2024 deverá durar até 2064 e assim será com os novos DDGs em construção ou já encomendados e assim por diante, então, “2050” não deverá ser tão diferente, assim como 1990 não me parece tão diferente de hoje.

Fernando "Nunão" De Martini

Esse software do navio-robô vai ter que ser muito bom, mas muito bom mesmo, pra transcrever direito os áudios de tripulantes de navios de diversas nacionalidades falando inglês – coisa que bons ouvintes adquirem apenas ao longo do tempo.

Quem já ouviu alguns sotaques do mundo falando essas mensagens vai entender o que estou falando… Fora os pitis.

marcus

Terão que ter super computadores, para processar todo o código que terá que ser implementado.
Será um super programa ou um programa que acionará centenas ou milhares de sub-rotinas.
Chutando por baixo 500 milhões de linhas de códigos.
Trabalho para muitos analistas e engenheiros de sistemas, e por muito tempo.
E muitas versões Beta até a versão definitiva.
Resumindo, muito dinheiro será gasto.
Windows XP e 7 têm 40 milhões de linhas.
Mac OS X tem quase 90 milhões de linhas.

MMerlin

Imagino. Nunca estive presente em nenhum destes exercícios internacionais.
Mas já participei de algumas reuniões com pessoas de outras nações.
Vai tentar conversar com um chinês ou indiano, falando inglês, de forma rápida e agressiva, numa áudio-conferência.
É um esforço brutal de interpretação de ambos os lados.

Fernando "Nunão" De Martini

Pois é, MMerlin, boa lembrança a de áudio conferências.

Podemos também mencionar coisas aparentemente mais simples do que exercícios internacionais complexos, por exemplo, o dia a dia da fonia dos navios que chegam e partem dos portos brasileiros.

Pena que atualmente eles mal estejam comentando por aqui, mas o trio “MO, Zé e os caras” teria histórias divertidíssimas pra compartilhar.

Pedro

Eu acho que conseguirão sim, inclusive a curto prazo, a tecnologia de reconhecimento de voz e tradução instantânea já vem sendo popularizada a um bom tempo. Fico imaginando a nível militares, já que o padrão comercial vem crescendo bastante.

Eduardo

Vai computadorizar várias línguas. Resolvido o problema. Se é possível lançar uma frase em inglês, porque não em espanhol, alemão, português e etc…

Fernando "Nunão" De Martini

Porque o padrão da fonia é em inglês

Alex Barreto Cypriano

Mas qual será o gênero da voz robótica? Male, female, shemale, gay, lesbian, non-binary, queer, Kathleen Turner cantando Old Man River?…

Esteves

Nada de voz.

Se descobrimos exoplanetas (planetas fora do sistema solar), saber o que está por cima e por baixo das águas é questão de tempo.

Dá a missão ao navio. Completou…volta como um VANT. Se não voltar…é a vida.

Alex Barreto Cypriano

Descobrir exoplanetas tornou-se possível pelo refino de técnicas indiretas. Mas não se pode fazer nada com a informação (estão longe e sequer habitáveis – mesmo Marte jamais será colonizado). Mais importante, suponho, é saber o quê fez a Terra ser tão especial (já sabem há muito, mas entregam apenas migalhas de informação) e por quanto tempo essa ocorrência será favorável à vida. Gosto de astronomia e lamento que uma religião astrológica subrepticia esteja assomando como vertente esotérica do cristianismo.
Mas já pensou, Esteves, um navio não tripulado com VLS carregado ‘sumir’ no mar?

“Mas já pensou, Esteves, um navio não tripulado com VLS carregado ‘sumir’ no mar?” Pois é. Uma tarefa que um suposto grupo de abordagem absurdamente treinado e capacitado teria que fazer para neutralizar toda uma tripulação, e assim tomar conta de um navio de guerra inteiro (algo extremamente difícil) poderia, teoricamente, ser feita por um único hacker absurdamente treinado e capacitado. Em teoria, friso mais uma vez. A vida real costuma ser bem diferente dos filmes de ação. E há uma diferença importante em relação às já bem disseminadas aeronaves remotamente pilotadas, as quais, em caso de pane causada por… Read more »

IgorLima

Bwahahahaha! Sensacional!! Do jeito que a coisa anda, é bem capaz de ter mimizento reclamando que “a voz robótica não representa a classe!”… bwhahahaha

Tulio Rossetto

Na minha leiga opinião, deveriam é investir em programas bons que façam números, como os LCS e as fragatas do FFG(X), e não nessas ideias loucas como a do Zumwalt. Enquanto ficam deixando a imaginação ir muito longe, gastando bilhões em cada brinquedo sofisticado, a China cresce cada vez mais e enche o mar de navios.

Miguel

Isso tá com uma pinta de lorota igual ao guerra nas estrelas do Reagan nos anos 80

ADRIANO MADUREIRA

De novo essa história de inteligência artificial?! maquinas não tripuladas…

Carlos Eduardo Oliveira.

Um navio-robô com armamento embarcado, vai demorar muito para virar realidade.
Lá por volta de 2080 ou 2090.
Talvez só no século XXII.

Ricardo Bigliazzi

Ai Eu fico pensando nas setecentas mil embarcações analógicas que os Chinas andam a fazer…

JuggerbBR

O futuro é Matrix ou Skynet, escolha…

MMerlin

E se eu falasse que, mesmo depois de 15 anos de lançamento, o pessoal não percebe que Matrix tem muito mais um cunho filosófico e científico no que tange a “realidade virtual” pregada pelo filme do que tecnologia.
Física Quântica, Budismo e Kabbalah já trazem este conceito muito (em alguns casos, mas muito mesmo) antes que o filme.

Alessandro

Nesse quesito os americanos estão atrasados em relação ao Brasil, segundo o “raciocínio” da esquerda e da “new left”, todos os bolsominions são gados robóticos milicianos, um verdadeiro Transformers tupiniquim rsrs…