INS Vikramaditya liderando força-tarefa indiana

INS Vikramaditya liderando força-tarefa indiana

13 de janeiro de 2020 – Uma das principais áreas de resultados da Marinha da Índia foi a revisão dos padrões de qualidade dos combustíveis para acompanhar a indução de novos equipamentos de tecnologia e atender aos padrões de emissões contemporâneos. Com o advento da tecnologia e das técnicas de refino na indústria do petróleo, tornou-se necessária uma melhor qualidade do combustível, atendendo a especificações mais rigorosas. Portanto, a melhoria contínua nas especificações técnicas dos diesel é a principal área de foco.

Alavancando a tecnologia e aprimorando as técnicas de refino disponíveis na indústria petrolífera do país, a Marinha da Índia, em colaboração com a M/s IOCL – Indian Oil Corporation Limited, realizou um estudo extenso e completo e uma avaliação comparativa dos regulamentos internacionais existentes (ISO, MARPOL, OTAN, etc.). Como resultado, chegou-se a uma especificação técnica revisada que consistia em 22 parâmetros de teste, incluindo número crítico de cetano, ponto de fulgor, teor de enxofre, teor de sedimentos, estabilidade à oxidação e Cold Filter Plugging Point (CFPP). A nova especificação garantirá não apenas um combustível de melhor qualidade, mas também resultará em uma produção de carbono reduzida.

A M/s IOCL, após a atualização das unidades de refinaria, iniciou o fornecimento limitado do produto às plataformas da Marinha da Índia, após as quais foram realizadas verificações rigorosas de desempenho de máquinas e testes de aceitação. Distintas melhorias na qualidade do combustível foram observadas. Dados os resultados positivos, o novo combustível foi, portanto, decidido para a implementação na Marinha. Em 13 de janeiro de 2020, foi realizado o lançamento do novo combustível (High Flash High Speed ​​Diesel) HFHSD – IN 512, com especificações técnicas revisadas.

Com isso, o país poderá garantir a interoperabilidade entre marinhas estrangeiras durante os exercícios da frota e fornecer combustível de qualidade melhor do que o exigido para todas as marinhas estrangeiras sob alianças bilaterais/multinacionais de apoio logístico, incluindo LEMOA (Logistics Exchange Memorandum of Agreement).

A introdução bem-sucedida do novo combustível é uma ocasião marcante, destacando o enorme potencial existente no país para fazer produtos de classe mundial. Esse esforço também beneficiará outros consumidores da M/s IOCL no país, como a Guarda Costeira Indiana e navios mercantes nos próximos anos. A conquista também marcará um novo recorde com combustível de qualidade disponível para todos os navios de marinhas estrangeiras em portos indianos durante exercícios com a Marinha Indiana.

Essa iniciativa revolucionária ajudará muito a aumentar a confiabilidade, o desempenho, a redução da pegada de carbono, as emissões e, o que é mais importante, seria o principal facilitador do “Mission Based Deployment” da Marinha em escala global.

FONTE: SeaWaves

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Willber Rodrigues

Falando no assunto, qual é o combustível que a MB usa em seus navios? A MB tambem tem esse tipo de preocupação?

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Quem não tem navios ou não navega não tem esse tipo de preocupação

Gustavo

do jeito que está, capaz de estarem pensando em voltar ao carvão. hahah

horatio nelson

melhor comentário kkkkk

Luiz Trindade

E olhe lá… Se não voltar para vela… kkkkkkkk

Jota Ká

Pelo mesmo no São Paulo parece que usavam Diesel adulterado!

Fernando "Nunão" De Martini

O NAe São Paulo não tinha sistema de propulsão por motores diesel, eram turbinas a vapor, alimentadas por caldeiras que queimavam óleo bunker.

Quando eram acesos os aquecedores das caldeiras, depois de longos intervalos sem uso, a fumaça era maior que o normal, o que costuma acontecer em sistemas desse tipo. O mesmo se vê, com alguma frequência, em imagens de outros navios-aeródromos a vapor como o Kuznetsov.

Diego

Credo o São Paulo nem devia ter sido adiquirido.

Fernando "Nunão" De Martini

Por causa do tipo de propulsão?

Navios aeródromos usados com catapultas e aparelho de parada não eram um artigo com muitas opções disponíveis 20 anos atrás. E qualquer opção disponível seria a vapor.

O novo Navio aeródromo chinês também tem propulsão por turbinas a vapor.

Pode-se fazer várias críticas à aquisição do São Paulo, mas se for por causa da propulsão não havia opções.

Jota Ká

Obrigado pelo esclarecimento, nunão.
Nunca iria imaginar que ainda se usa um sistema tão arcaico de propulsão (com alguma mudanças se pode trocar o bunker pelo carvão, e aí temos o mesmo sistema de propulsão dos dreadnoughts. 🙂

Fernando "Nunão" De Martini

Jota Ká, Nada a ver. Caldeira com aquecedores alimentados por óleo é muito diferente de caldeira aquecida a carvão, assim como o armazenamento e alimentação dos dois tipos de combustíveis e a geração de fuligem. Não tem adaptação fácil nesse caso, tem que trocar uma pela outra. A MB fez a transição completa do carvão para óleo há cerca de 80 anos. Quanto a ser arcaico, depende do sistema. As caldeiras e turbinas do NAe São Paulo eram da década de 60, mas para geração de potência da magnitude necessária a propulsão por turbinas a vapor continuou sendo usada em… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Wilber, Todas as marinhas do mundo precisam se preocupar com o tema, e principalmente todos os armadores (operadores de frotas de navios mercantes) porque há acordos internacionais em vigor, por exemplo o que obriga a reduzir as emissões de partículas de enxofre pelos navios. Para isso a própria Petrobras, aqui, passou a produzir óleo bunker exclusivamente com baixo teor de enxofre. Os navios em serviço no mundo que empregam óleo bunker em seus motores de ciclo diesel têm duas opções: instalar caros dispositivos chamados “scrubbers” que reduzem essas impurezas dos gases de exaustão e assim continuarem usando o combustível mais… Read more »

rommelqe

Em motores de combustao interna estacionarios utilizados, em geraçao de energia eletrica, e muito comum o emprego de HFO (Heavy Fuel Oil). Por exemplo, ja trabalhei com motore MAN com 10 e com 20MW. Nestas potencias e mais economico, mas a partida da maquina e realizada com diesel.

EricWolff

A MB usa majoritariamente ODM= óleo diesel marítimo e ODE= óleo diesel especial, este mais refinado q o primeiro, utilizado nos navios q possuem turbinas na sua propulsão… Por exemplo a classe Greenhalgh, ambos são fornecidos pela Petrobras.
Mas posso te garantir, as especificações brasileiras não chegam nem perto dessas indianas, imagina das européias…

Salim

Combustível de melhor qualidade resulta em maior eficiência energética e de desempenho, equipamentos com durabilidade maior de vida e menos manutenção nos mesmos. A menor emissão fumaça propicia ação mais furtiva e de maior dificuldade na localização dos meios, além da resposta rápida e nos padrões esperados. Parabéns a Índia. O diesel no Brasil tem qualidade inferior aos padrões europeus e americanos, bem como a gasolina, os parâmetros de consumo/poluição são piores em cerca de 20%, a Petrobras alega que não tem dinheiro para investir na melhoria e as filiais das indústrias alegam que teriam que modernizar produtos que inviabiliza… Read more »

Luiz Trindade

Combustível no Brasil é uma vergonha! Quando surgiu o Proalcool para sermos totalmente independentes da gasolina, os próprios brasileiros que lucravam com esse mesmo combustível em diversos níveis da cadeia de produção sabotaram o programa. Quando nos governos anteriores melhoraram o diesel dissermos que era dinheiro jogado fora. Deveríamos continuar com o diesel comum. Como disse em outro comentário: Brasil sendo mais do mesmo!

PAULO CESAR

Até onde eu sei, o diesel utilizado pela marinha brasileira há alguns anos tinha qualidade satisfatória. Uma importante empresa distribuidora de combustíveis atendia a marinha consistentemente.