Planos da USN incluem a aposentadoria de LCS após queda no orçamento

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O futuro USS Little Rock (LCS 9) em alta velocidade em Lake Michigan durante as provas de mar

A Marinha dos EUA (US Navy) está avançando com um plano para construir uma frota de 355 navios, mas seu orçamento parra a construção de novos navios de guerra deve cair significativamente em 2021.

A Marinha gastará US$ 16,4 bilhões em dois novos submarinos, um par de destróieres, uma fragata de próxima geração, um navio de guerra anfíbia e duas embarcações de salvamento e resgate no próximo ano. Em relação aos submarinos os planos incluem o primeiro dos novos submarinos da classe Columbia e um da classe da Virgínia.

Isso está de acordo com sua solicitação de orçamento de US$ 161 bilhões divulgada na segunda-feira (10/2) que  inclui fundos de contingência e de bases no exterior. O orçamento total do Departamento da Marinha, que inclui o pedido do Corpo de Fuzileiros Navais, caiu US $ 2,9 bilhões em comparação com o pedido do ano passado.

O orçamento de construção naval da Marinha cairá para US$ 16,4 bilhões para comprar oito navios em 2021, ante US$ 22 bilhões no ano passado para 12 novos navios. A redução levanta questões sobre como o serviço chegará ao tamanho planejado de sua frota de 355 se estiver construindo menos navios do que no ano passado.

Os líderes da Marinha e do Corpo de Fuzileiros Navais estão concluindo uma avaliação da estrutura de força que estabelecerá um caminho para o novo tamanho da frota. Os líderes disseram que esse número provavelmente chegará aos 355 navios, mas pode incluir navios menores, com tripulação menor, que podem ser construídos de forma mais rápida e barata do que a frota de navios de hoje.

A Marinha também está avançando com planos de investir em navios não tripulados de última geração, com US $ 200 milhões previstos para mais duas grandes embarcações de superfície não tripuladas. Líderes disseram que navios não tripulados não serão incluídos na contagem de mais de 355 que se espera que saia da nova avaliação da estrutura de força.

A Marinha também planeja enviar várias plataformas “menos capazes” para a aposentadoria antecipada. Isso inclui os quatro primeiros LCS (Littoral Combat Ship) que a Marinha transformou em navios de teste e não empregados mais em missões no exterior de acordo com um oficial da Marinha familiarizado com o plano. Os documentos orçamentários declaram que um navio de desembarque também será enviado para a aposentadoria antecipada.

“Este orçamento adapta a força para refletir as principais mudanças no ambiente de segurança”, afirma o documento de orçamento. “… No geral, o sistema marítimo está mais usado, mais estressado e mais contestado do que nunca.”

A solicitação de orçamento para 2021 inclui um aumento de 3% proposto para as tropas. A Marinha também planeja aumentar o tamanho de sua força em 7.300, passando de 340.500 para 347.800. Tanto o corpo de oficiais quanto a força alistada poderiam aumentar como resultado dessa mudança proposta.

O pessoal extra, afirma o documento, ajudará a combater os sistemas de aeronaves não tripuladas, ajudará na manutenção e na recuperação da prontidão e tripulará navios que permanecerão em serviço por mais tempo do que o planejado, incluindo os cruzadores.

O Corpo de Fuzileiros Navais enfrentará cortes de pessoal pela primeira vez desde o final do pós-guerra, enquanto os líderes buscam pagar por equipamentos mais modernos.

A Marinha e o Corpo de Fuzileiros Navais estão investindo em armas hipersônicas e de longo alcance e outros equipamentos necessários para enfrentar adversários mais sofisticados. Isso inclui mais caças F-35. A Marinha planeja comprar 11 desses F-35C e do Corpo de Fuzileiros Navais 10.

O serviço também quer comprar mais duas dúzias de Super Hornet F/A-18E/F e mais seis do CMV-22,para o Marine Corps.

Os grandes planos de armas incluem quase US $ 5 bilhões em gastos para mais de 2.500 novas armas de navios e aeronaves. A Marinha quer mais de 500 mísseis Tomahawk que podem ser lançados a partir de navios de superfície e submarinos. O serviço também busca aumentar os estoques de mísseis Hellfire guiados a laser de 29 comprados no ano passado para 115 em 2021.

A Marinha planeja investir US $ 2,6 bilhões em 2021 na concepção e construção da terceira e quarta unidade da classe de porta-aviões Ford.

O pedido também inclui o financiamento para a manutenção do porta-aviões Harry S. Truman. A Marinha anunciou no ano passado que queria enviá-lo para a aposentadoria antecipada para economizar dinheiro com o seu reabastecimento (de combustível nuclear). O navio agora será reabastecido no início do ano fiscal de 2025, afirma o documento de orçamento da Marinha.

FONTE: Military.com (tradução e adaptação do Poder Naval a partir do original em inglês)

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Dalton

A tradução ficou um pouco confusa aqui…
.
…”os quatro primeiros LCS (Littoral Combat Ship) que a Marinha transformou em navios de teste não comissionados em 2016, …”
.
O mais correto talvez seria … os 4 primeiros passaram a não ser mais “comissionáveis” ou não empregados mais em missões no exterior, pois, a palavra “comissionado” confunde-se com “navio comissionado” o que eles continuam sendo inclusive portando o prefixo USS, United States Ship.

Dalton

Eu que agradeço Poggio por poder comentar aqui!

Pedro Bó

Daqui a pouco aparece alguma alma “iluminada” sugerindo a compra desses 4 LCS pela MB…

MMerlin

Normalmente este tipo de comentário é o primeiro da lista…
Acredite, nem as almas “iluminadas” irão sugerir esta compra.

MMerlin

Me enganei, lá embaixo, realmente sugeriram a compra…
Tem pessoas que olham e decidem que seria melhor comprar um equipamento sem analisar o devido impacto, nem só orçamentário mas também referente a doutrina (que envolve várias disciplinas).
Não analisam nem se perguntam o motivo pelo que um país (que possui um grande orçamento) estar vendendo um navio que pode estar sendo considerado semi-novo.

ADRIANO MADUREIRA

Deus nós livre desse Abacaxi bichado !

Mario SAE

Pedro Bó, bate na madeira meu filho, pois corremos o risco destes navios pararem aqui.
Não vai demorar para algum almirante propor a aquisição por FMS.

ADRIANO MADUREIRA

Deixe nosso grande líder saber disso,com certeza ligará para seu parceiro topetudo…

Marcelo Andrade

´´E mas , viu o destaque no “Navio de Desembarque”? Sei não hein?

Alex Barreto Cypriano

O tal navio de desembarque é um LSD Whidbey Island.

Antoniokings

Esse projeto foi um rotundo fracasso.

Junior

Culpa do congresso americano, que empurrou esse projeto goela abaixo da US Navy, a intenção inicial era escolher um dos dois projetos, acabou tendo que ficar com os dois por lobby e pressão dos congressistas, depois a US Navy percebendo que esse projeto não tinha atendido as expectativas, tentou cortar as quantidades inicias prevista, uma vez mais tal intenção foi barrada pelos congressistas, enfim esse é o resultado de quando se deixa os burocratas tomarem decisões no lugar de pessoas qualificadas para tal

Alex Barreto Cypriano

Não é nada disso. O LCS foi idealizado na vigência do cenário de ameaça anterior, o qual subitamente se encerrou e demandou as FFGX, mais Burkes, navios não tripulados, etc. O Congresso aprova, emenda ou veta os projetos/orçamentos da USNavy, mas o planejamento é dela.

Willber Rodrigues

Rapaz….tomara que esses LCS tenham ensinado a USNavy muitas tecnologias novas, porque gastar bilhões em construção, pra aposentar menos de 5 anos depois, deve ser duro…

MMerlin

Algumas tecnologias trazem retorno através de patentes.
Mas acredito que o maior retorno obtido foram as lições aprendidas…

Dalton

O primeiro dos 4 foi comissionado em 2008 e o último em 2014, mas, eles ao contrário dos subsequentes não incorporaram melhorias e foram relegados apenas para testes. . O programa “LCS” sofreu uma série de atrasos até por conta de não serem prioridade e assim recursos faltaram, mas, a coisa está mudando pois eles estão começando a entrar em serviço em grande número, então, não dá para chamar de fracasso um programa que ainda não foi de fato implementado. . Dois deles da “divisão de superfície” encontram-se em missão no Pacífico no momento, e outros dois também de sua… Read more »

pgusmao

Olha aí a “compra de oportunidade” tão sonhada!!

Dod

O pesadelo da US NAVY, é o sonho de outras marinha

ADRIANO MADUREIRA

Deus nós livre desse Abacaxi bichado !

Junior

Não seria um má ideia tentar a compra por oportunidade desses navios.
Mas com a seguinte ressalva, se eles viessem armados de acordo com o modelo que está na foto. Com 8 lançadores de misseis anti-navio, lançadores verticais (que podem lançar misseis hellfire).
Seria ótimo termos na nossa marinha navios com esse poder de fogo, sendo usado para patrulhar nosso extenso litoral.
E acredito que com tal armamento, seria um dos navios mais bem armados da nossa frota.

Dalton

Esse da foto, com mísseis anti navio “NSM”, helicóptero tripulado MH-60S
e helicóptero não tripulado MQ-8B não está a venda e os 4 primeiros cujos
problemas nunca foram corretamente retificados mais provavelmente irão para o desmanche.

Pedro Rocha

Mestre Dalton saudações! O que mais admiro nos LCS são com design catamarã e principalmente a grande plataforma para grandes helicópteros. Eu acho sinceramente que os quatro iniciais podem ser adquiridos (menor preço possível) para um retrofit inteligente e de baixo custo, haja vista o projeto permitir modularização! O que o mestre acha disso? Bem como o navio de desembarque (qual seria?).

Dalton

Pedro…o “LCS” não é perfeito mas é o que há, ajudou a manter os estaleiros funcionando e a US Navy já está encontrando um bom uso para eles, mas, não acredito que sejam a solução para a marinha brasileira ainda mais esses 4 relegados apenas para testes. . Quanto ao “navio de desembarque” sejam 3 ou apenas 1 que a US Navy queira aposentar mais cedo, trata-se da classe “Whidbey Island” e não ficaria surpreso se o candidato mais provável fosse o “Germantown” por conta dele estar baseado no Japão desde 2011 e boa manutenção não ser uma prioridade por… Read more »

Xerem

Esse navio ta podre irmao nao aguenta “Mar ” de jeito nenhum enferruja 10 vezes mais que os normais e DUVIDO que os EUA amigo do Brasil e aliado so na cabeça dos ….. deixa pra la mandariam um único míssil nele .Olha o exemplo do P3 Orion a FAB burramente comprou uma leva de Harpoon e nem os de treinamento vieram e os outros ficarão guardados e estocados nos EUA e se a MB precisar um dia vai pedir penico ao EUA para usa-los e ainda vao pensar se deixam a colônia Brasil usar algum dia !!!!

Ten.Bruno

Cara vc esta completamente desinformado. Para começar os P-3 nao sao da MB e sim da FAB, quanto aos misseis, foram entregues sim, o prob e a quatidade que e limitada a dois por aeronave. Como se trata de uma aeronave temporaria a FAB nao comprara mais misseis.

MMerlin

Errado. Boa parte dos Harpoons estão na Ala 12, base aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro. Apenas uma informação adicional, para os que não sabem, guardarem na memória: o Brasil teve sua independência proclamada em 7 de setembro de 1822. Então, legalmente, deixamos de ser colônia faz tempo.

Snake

Xerem boa tarde, por favor meu caro me mostre a materia ou o link ou o alienígena ou o bruxo ou qualquer coisa que prove que a fab comprou esses mísseis eles ficaram estocados nos EUA? Ta parecendo que vc e da turminha dos nao aceito e fica ai achando que a união soviética ainda existe, por favor meu caro posta pra nos ai um link, qualquer coisa que prove isso.

Kemen

Xerem, a sua colocação deve se basear que em nenhum lugar de contrôle internacional de fornecimento de armas, consta a entrega desses Harpoon, ainda mais sendo de fornecimento norte americano, onde tudo é muito controlado. Todavia nós lemos tempos atras que a FAB tinha comprado 12 ou 16 Harpoon. A conclusão sua então seria que estão estocados nos U.S.A.
Os P-3 constam e a modernização também consta no contrôle, mas os Harpoon não, estranho ???

Kemen

O Congreso norte americano aprovou a venda, mas sera que se efetivou? Alguns paises tiveram aprovação pelo Congreso na venda de misseis, mas nem todos concluiram a compra. Sera que foi nosso caso?
The US Defense Security Cooperation Agency (DSCA) has notified Congress of a potential foreign military sale (FMS) of AGM-84L Harpoon Block II missiles and associated equipment to Brazil.

Under the estimated $169m sale, Brazil has requested the supply of a total of 16 AGM-84L Harpoon Block II missiles, four CATM-84L Harpoon Block II captive air training missiles, containers, spare and repair parts, and support and test equipment.

Kemen

Supplier/ No. Weapon Weapon Year of No. recipient (R) ordered designation description of order delivery delivered Comments Cade os Harpoon, sera que esqueceram de listar? United States R: Brazil 1 LM-2500 Gas turbine (1994) 2008 1 For 1 Barroso frigate produced in Brazil 2 EDO-700 ASW sonar (1995) 2002-2004 2 EDO-700E or EDO-701 version for modernization of 2 Niteroi frigates 7 EDO-997 ASW sonar (1995) 2001-2008 (7) For 1 Barroso frigate produced in Brazil and for modernization of 6 Niteroi frigates; EDO-997F version 16 AE-3007 Turbofan 1997 2002-2003 (16) For 5 EMB-145 (R-99A) AEW and 3 EMB-145RS (R-99B) AGS aircraft… Read more »

Bosco

Detectado um esquerdista fazendo esquerdices.

Junior

Seria má ideia sim, amigo. Nesse momento a prioridade absoluta da MB tem que ser assinar aquele contrato das tamandarés e se possível arranjar dinheiro para um segundo lote

Eduardo

Qual seria o navio de desembarque de tropas a ser aposentado antecipadamente? Quantos nós temos (em boas condições)?

Alex Barreto Cypriano

O tal navio é um classe Whidbey Island.

Eduardo

Bah, mas daí são antigos!

Alex Barreto Cypriano

Acrescente-se que os superhornets vão deixar de ser produzidos a partir de 2021, e os recursos focados no desenvolvimento da aeronave de dominância aerea de sexta geração que a Navy quer muito. A Navy precisa, pra ontem, dobrar o alcance da sua aviação (das 600 milhas náuticas pra mais de mil milhas náuticas devido aos Dong Feng), e isso não apenas usando drone de reabastecimento. De outra parte, salvo engano, o congresso, republicano e democrata, já torceu o nariz pra proposta orçamentária da Navy (dead on arrival, foi dito). Enrosco.

Tutu

Isso vai respingar na oferta para Finlândia.

Leandro Costa

Pois é, ainda não está confirmado que o Super Hornet vai encerrar sua produção para a USN. Na verdade, a USN tendo submetido isso à aprovação do congresso me parece mais como uma forma de pressionar o legislativo à liberarem mais recursos para a USN do que uma tentativa real de acabar com a produção do Super Hornet.

Fernando Turatti

Já disse outras vezes, mas insisto: o colosso que é a USN um dia será tido como mitológico.
O mesmo vale pra quase todas as forças armadas americanas, mas a marinha deles é algo absolutamente COLOSSAL.

MMerlin

Não só a marinha Fernando. Mas toda a estrutura de todas as Forças.
Também não a toa, toda esta logística é reconhecida como a mais complexa e eficiente do mundo.
Estive em alguns projetos, onde inclusive participavam consultores de logística que eram militares americanos na reserva. Em uma (bem) breve conversa sobre a logística militar dos EUA (que engloba todo o parque: planejamento, controle, armazenamento, transporte, movimentação e distribuição) foi possível entender um pouco o “caos”. E este caos é possível transforma até a mais organizadas das mentes numa tremenda bagunça. É bem difícil acompanhar.

Fernando Turatti

Já disse outras vezes, mas insisto: o colosso que é a USN um dia será tido como mitológico.
O mesmo vale pra quase todas as forças armadas americanas, mas a marinha deles é algo absolutamente COLOSSAL.

Fabio Araujo

Gastaram uma fortuna desenvolvendo novas armas e sensores, tiveram problemas sérios nesses desenvolvimentos, o canhão por exemplo deu atrasou tanto que acho que nem instalaram o projetado. Para ações litorâneas OPV’s e corvetas fazem isso e são bem mais baratos.

Jhon

Até final 2023 a MB vai ter somente quatro embarcações de escoltas para PHM Atlântico: Barroso e três Jet ski.

Luiz Floriano Alves

O modelo de casco triplo tinha como objetivo a economia de combustível pela redução do arrasto hidrodinâmico. Porém os inconvenientes de estabilidade e manejo dos navios contra indicaram essa solução..Isso que nos testes o consumo é 25% menor do que casco convencional. Ao longo da vida do barco isso é muito significativo.

Carvalho2008

Mas qual o inconveniente de estabilidade e manejo?

Justamente por ser mais largo e tripartido, as ondas laterais sao muito melhor absorvidas eliminando balanço lateral…!

JS666

A matéria fala nos 4 primeiros, logo são 2 Independence (trimarãs) e 2 Freedom (convencionais).