Os planos da Marinha dos EUA (US Navy) para o programa da fragata da próxima geração (FFG (X)) foram recentemente traçados nos documentos orçamentários, divulgados segunda-feira (10/2).

A Marinha planeja definir o vencedor da competição de projeto e construção no mês de julho, segundo os documentos.

Os concorrentes do programa FFG (X) são o projeto FREMM da Fincantier e a General Dynamics Bath Iron Works / Navantia, com uma variante da classe F-100 (imagem de abertura do post).

Muitos analistas acreditam que a Huntington Ingalls Industries oferecerá uma versão aprimorada do National Security Cutter; e a Austal USA uma variante do seu LCS classe Independence com casco de alumínio.

A versão da Lockheed Martin do FFG (X), uma variante de hélices duplos do LCS classe Freedom (ver imagem abaixo), foi retirada da competição em maio do ano passado.

A USN planeja levar seis anos para concluir o projeto e a construção do primeiro navio, o que deve ocorrer em 2026.

Uma vez iniciada a construção, no entanto, os planejadores acreditam que levará apenas 48 meses para a sua conclusão.

A segunda fragata da classe deverá ser encomendada em abril de 2021 e, a partir daí, deverá ser entregue cerca de 5 anos e meio após a data do contrato.

Isso significa que o primeiro navio deve ser entregue à frota em julho de 2026 e o ​​segundo cerca de três meses depois.

O FFG (X) deve ser um pequeno navio multi-missão com uma versão modificada do radar SPY-6 da Raytheon destinado ao destróier da classe Flight III Arleigh Burke, com o sistema de combate Aegis da Lockheed Martin, bem como a alguns sistemas de defesa de ponto com VLS de 32 células por cerca da metade do custo de um DDG.

É claro que, sem saber qual navio a Marinha pretende comprar e como serão os projetos definitivos detalhados, estimativas de preços firmes são impossíveis, mas o Pentágono tem algumas projeções.

O primeiro navio a ser encomendado neste ano deve custar 1,28 bilhão, de acordo com documentos orçamentários, com o próximo navio em 2021 caindo para US $ 1,05 bilhão.

O terceiro navio, a ser encomendado em 2022, deve ver o preço cair abaixo de US $ 1 bilhão. Todo o programa deve custar US $ 19,81 bilhões, estima a Marinha.

Um navio deveria ser adquirido no ano fiscal de 2020, seguido por duas embarcações por ano até que a compra completa de 20 navios seja concluída. Mas a Marinha queria ter certeza de que escalonaria a compra com mais responsabilidade, disse o contra-almirante Randy Crites, vice-secretário da Marinha para a área de orçamento.

“Para a fragata não queremos repetir algumas das lições da LCS, onde fomos rápido demais”, disse Crites. “Como está, teremos oito fragatas em construção quando entregarmos a primeira em 2026”.

“No momento, assinaremos o contrato para uma no final deste ano e outra no próximo ano, mas isso será analisado. Depois, aumentaremos de duas para três, chegando a nove [programa de defesa do ano que vem].”

FONTE: DefenseNews (tradução e adaptação do Poder Naval a partir do original em inglês)

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Davi

Serão equivalentes às nossas Tamandarés?

Maus

Não, elas terão quase o dobro do deslocamento da nossa.

Camargoer

Olá Fabio. Cada Tamandaré custará US$ 500 milhões, Os navios da USN serão US$ 1 bilhão. Acho que a diferença de preço e muito grande. Considerando que uma das concorrentes seria a FREMM, isso já dá uma pista que essas fragatas dia EUA estão um nível acima das Tamandaré.

marcus

As FREMM é a melhor opção. É um produto que já está amplamente testado.

Carlos Campos

Serão bem maiores, mais armadas e com seu principal sensor, o SPY6 sendo um dos melhores radares possíveis para um navio,

J R

E pensar como a USNAVY jogou dinheiro fora com esse programa LCS…

Maus

As FA brasileiras são mais espertas, não vão gastar dinheiro se não comprarem nada.

Camargoer

Olá Jr. Creio que as LCS sofreram do mesmo problema do F35. Os projetistas acreditavam que novas tecnologias surgiriam para resolver os problemas complexos. As tecnologias de matérias e softwares não apareceram e os problemas se acumularam.

MMerlin

Realmente, um ponto que expande bastante os riscos de um projeto é a necessidade de novos materiais e nas suas mais diferentes vertentes. Um projeto que sofreu absurdamente, tanto em custo quanto em prazo, com esta dependência foi o A380.

Fabio Mayer

O LCS foi um fracasso retumbante… volta-se para o tradicional, agora!

Roosevelt

Fábio, desculpe mas ainda não entendi o porque do fracasso. Trata-se de problemas estruturais por conta do uso do alumínio? Pouco armados?

Fabio Mayer

Gastaram os tubos em um projeto que foi descontinuado. Foi um fracasso. Pode ser um navio letal e coisa e tal, mas a verdade é que a USNavy não viu muita utilidade nele e não pediu mais unidades.

Dalton

Mais de 30 LCSs, excluindo os 4 primeiros que poderão ser retirados de serviço já que não se quer investir para repara-los, não é sinal de fracasso porque não se quer adquirir mais deles e sim que terminou o requerimento para esse tipo de navio. . Para complementar os LCSs, fragatas mais tradicionais serão construídas agora e ambos os tipos constituirão o que a US Navy classifica de pequeno combatente de superfície. . A classe “Ticonderoga” não foi um fracasso porque “apenas” 27 foram construídos e as novas fragatas também não serão porque se planeja construir “apenas” 20 delas. .… Read more »

Alex Barreto Cypriano

Não foi fracasso e procuram uma fragata menos por necessidade do que pra dar o que falar pra audiência anti LCS. FFG(X) ou LCS alvejados por míssil anti navio ou torpedo vão pro fundo do mesmo jeito. Survivability & combat capabilities? Então, tá… Desconfio que nenhum projeto estrangeiro vai levar o certame, justamente agora no redivivo nacionalismo great again. Alguém realmente acha que a América não sabe construir navio, que precise do parent design pra encurtar prazo (tá longe a primeira ir ao mar, certo?) e evitar ajustes? Puro deboche (vivemos a era do grande deboche): podem decidir que fragatas… Read more »

Daniel Silva

“O FFG (X) deve ser um pequeno navio multi-missão”….
Pequeno se comparado aos Ticonderoga e Arleigh Burke.
Deve ser uma fragata considerada média (+ ou – 5.000 T – se baseada nos LCS ) ou pesada (+ ou – 7.000 T se baseada na FREMM). Pelo preço final projetado (1 Bi) deve estar mais para segunda.
A marinha deles ficou estranha mesmo com a saída de serviço das OHP.
As LCS tem uso específico e os Arleigh Burke são pesados e caros para adquirir, manter e armar.
Vamos ver o que dá no final.

Dalton

Na verdade Daniel nos últimos 10 anos de existência das “OHP” elas navegaram sem seu principal sistema de armas, o lançador de mísseis, que as capacitava a operar com o SM-1 e o “Harpoon” e muitas tiveram colocado sobre o antigo lugar do lançador, um canhão de 25 mm. . Duas delas normalmente faziam parte da reserva naval – ativa, tripuladas por reservistas e todas estavam desempenhando papéis mais próximos da Guarda Costeira, combatendo o narcotráfico, além de missões, embora importantes como ajuda humanitária, mas, não primando no principal papel de um combatente de superfície. . Os “LCSs” estão ocupando… Read more »

Dalton

O “LCS” não é perfeito, mas, foi criticado demais e muita coisa já mudou inclusive na forma como são tripulados. Ele também terá que preencher uma importante lacuna que é a guerra de minas e os remanescentes 11 MCMs “Avenger” estão no fim de suas vidas úteis. . Pode-se argumentar que um “LCS” é grande demais para guerra de minas, mas, ele será mais eficiente nisso, com o uso de veículos não tripulados a bordo e ainda por cima poderá ser melhor aproveitado em outras funções, como quando em 2013 se viu o MCM USS Guardian ser despachado para uma… Read more »

Glasquis7

E a MB que contratou Genova Engenharia pra concluir os NaPa Mangarativa e Maracanã?

Um contrato no valor de R$ 6,4 milhões…

Eu me pergunto, o que daria pra fazer com esse montante???

Eu me respondo, quase nada.

Espero que este contrato que abrange a engenharia de detalhamento pra reparos, construção, e modernização dos meios da MB, se estenda pois com isso não dá nem pro cheiro.

Fabio Araujo

Vão ser bem equipadas, mas também vão ser usadas até o osso!

Carlos

Estou Estranhando o silêncio do Poder Naval em não noticiar o Contrato com a empresa Espanhola para o término das contribuições dos PATRULHAS Maracanã e Mangaratiba , assinados Segunda-feira Dia 11 deste .
ABRAÇOS

Fernando "Nunão" De Martini

Não tem nada o que estranhar, apenas não deu tempo de publicar matéria a respeito.

Essa mania de ficar “estranhando” isso ou aquilo não agrega nada.

Agradecemos, todavia, o aviso.

Caio

Nunao tem gente dando deslike, até é uma simples pergunta! Nem esquenta sua cabeça, com os estranhamentos.

MMerlin

Nunão. A sacanagem fica em dizer que está no forno e deixar a rapaziada na vontade. Brincadeira.
Vejo como indispensável o início dos retrabalhos nestas embarcações. Precismos remover essa conclusão do Product Backlog, virar a página e continuar a tocar a vida.

Luís Henrique

A Us Navy deveria cancelar o FFG(X) e no lugar firmar parceria com o Japão e construir 40 Fragatas 30 DX. Uma fragata média que deslocada cerca de 5.500 toneladas, com 8 mísseis anti-navio e 16 VLS. Pela Metade do preço das FFG(X). Se os americanos quiserem aumentar as células VLS de 16 para 32, duvido que dobre o preço do navio. É muito mais negócio para quem quer um aumento no número de navios e enfrenta um gigantesco concorrente que constrói Fragatas por U$ 350 mi cada. Pagar U$ 1 bi por Fragata eu enxergo como desequilíbrio entre custo… Read more »

Carlos Campos

Eu já li sobre o programa Japonês mais não vi sobre o recheio, vai ter SPY6 ou 1, vai ter AEGIS ou não? e também não acredito que fica nesse preço baixo não, vai passar os 500 milhões

Camargoer

Olá Luis. Se cada fragata japonesa custasr US$ 500 milhões, então seria recomendado a MB repensar as FCT.

Luís Henrique

Sim. A China produz as Type 054A que deslocam 4.200 toneladas por cerca de U$ 350 mi cada. O Japão estudou uma Fragata com bom poder de fogo para se contrapor às fragatas e aos submarinos chineses, e que tivesse um custo de cerca e U$ 500 mi para que pudesse ser adquirida 2 Fragatas por ano. Eles pretendem encomendar 22 Fragatas 30DX. Já existem 4 em construção com entregas a partir de 2022. O deslocamento vazio é divulgado como 3.900 T, porém carregado chega a 5.500 toneladas. Os sensores e armamentos são todos japoneses. Radar AESA OPY-2, míssil anti-navio… Read more »

Augusto L

Claramente não tem os sensores sofisticados que a marinha americana quer.

Bardini

É um projeto que o Brasil deveria estar desenvolvendo. Uma Fragata de médio porte, na média das ~4.500t, focado em ser a espinha dorsal da força. E poderiam ir além no futuro, criando variantes maiores e menores, tudo respeitando uma padronização logística e a continuidade dos trabalhos do AMRJ, se este fosse modernizado e reestruturado.
.
Mas somos IXXPERTOS.
.comment image

Luís Henrique

https://youtu.be/8xoix5wtU5o

30DX. Vídeo com entrevista do representante da Mitsubishi.
5.500 T
Propulsão CODAG diesel e gás, 1 turbina a gás e 2 motores.

Sala de comando com sistema e 360 graus.
Bem interessante.

Entregas em 2022 ou 2023.

Alois

Luís esse projeto japonês é bem interessante mesmo, não conhecia, mas me parece bem equilibrado, e uma tripulação reduzida, 90 tripulantes, fica meio cliché dizer que seria um bom projeto para MB, mas, vou dizer, pois mesmo sabendo que a MB, prefere um fragata um pouco mais parruda, parece que se enquadra melhor em nossa realidade.

Jhon

Acho difícil a US Nave escolher as FREMM, pelo fator local, muito provável que a vencedora seja Lockheed Martin! Veja a escolha do avião tanque da USAF, o A330 MTR já era uma aeronave pronta e tratada a escolha foi a favor da Boeing , uma aeronave cheio de problemas que ainda permanece sem soluções. Uma escolha em favor da indústria nacional americana.

Augusto L

O 767 era pronto tbm desde a década de 80.

O problema é na sonda reabastecedora

Peter nine nine

Com estes e outros projectos semelhantes ao redor do globo, é até bem provável que uma outra marinha apanhe boleia. Na medida em que, os navios vão ficando economicamente mais acessíveis no sentido em que são adquiridos por uma marinha monetariamente mais poderosa, permitindo a marinhas aliadas mais pequenas modernizar também a sua frota, poupando eventualmente algum dinheiro, visto não estarem a solicitar um projecto do zero.