171022-N-GG858-008 PACIFIC OCEAN (Oct. 22, 2017) The High Mobility Artillery Rocket System (HIMARS) is fired from the flight deck of the amphibious transport dock ship USS Anchorage (LPD 23) during Dawn Blitz 2017 over the Pacific Ocean, Oct. 22, 2017. Dawn Blitz is a scenario-driven exercise designed to train and integrate Navy and Marine Corps units by providing a robust training environment where forces plan and execute an amphibious assault, engage in live-fire events, and establish expeditionary advanced bases in a land and maritime threat environment to improve naval amphibious core competencies. (U.S. Navy photo by Mass Communication Specialist 2nd Class Matthew Dickinson/Released)

O Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA (USMC) está entrando no ramo de “extermínio de navios”, e um novo projeto em desenvolvimento visa tornar realidade os seus sonhos de ameaçar a Marinha do Exército de Libertação Popular da China.

Na proposta de orçamento da Marinha (o orçamento do USMC está embutido no orçamento da USN) para o ano de 2021 foi destacado que o Corpo de Fuzileiros Navais está busca associar projetos de veículos existentes, mísseis anti-navios e lançadores para criar Unidades Expedicionárias Terrestres de Lançamento de Mísseis Anti-navio e Veículos Operados Remotamente (Ground-based Anti-ship Missile and Remotely Operated Ground Unit Expeditionary – ROGUE). A Marinha está solicitando cerca de US$ 64 milhões para o projeto, de acordo com os documentos.

O programa é uma evolução de outro programa de Interdição Expedicionária de Navios da Marinha/Fuzileiros navais que reuniu mísseis anti-navios com o Sistema de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade do Corpo de Fuzileiros Navais (HIMARS). Os Fuzileiros Navais olham com atenção o míssil Kongsberg / Raytheon Naval Strike Missile, que foi enviado ao Pacífico no ano passado a bordo do LCCS Gabrielle Giffords.

O plano para o ROGUE é desenvolver um veículo terrestre não tripulado construído sobre o chassi do Veículo Tático Leve JLTV, bem como um lançador “capaz de receber uma ampla gama de sistemas de mísseis”, informa a proposta de orçamento da Marinha.

Para o míssil os esforços seguem no desenvolvimento de um protótipo que forneça capacidade antiaérea e anti-navio.

No mês passado o principal oficial de aquisições da Marinha, James Geurts, secretário assistente da Marinha para pesquisa, desenvolvimento e aquisição, disse que os Marines e a Marinha têm trabalhado em conjunto no campo do NSM como parte do esforço.

“[Em 14 de janeiro] nós tínhamos a equipe com o Naval Strike Missile no LCS trabalhando em conjunto com o Corpo de Fuzileiros Navais ”, disse Geurts a um grupo de repórteres no simpósio da Surface Navy Association. “O Corpo de Fuzileiros Navais opera os lançadores terrestres e nós fazemos o comando e controle. Vamos disponibilizar isso imediatamente ao Corpo de Fuzileiros Navais”.

Os contratantes  que trabalham no projeto são a Raytheon, fabricante do Míssil Naval Strike, e a Oshkosh, fabricante da JLTV.

O cronograma de desenvolvimento do veículo lançador ROGUE em 2020 é criar um protótipo funcional, incluindo o veículo e o lançador, e começar a realizar testes off-road. Os Marines planejam lançar um contrato de desenvolvimento de lançadores no primeiro trimestre de 2021, de acordo com documentos orçamentários da Marinha. E para o próprio míssil, os documentos pedem um teste de voo da Marinha e do Corpo de Fuzileiros Navais no segundo trimestre de 2021.

O projeto de desenvolvimento do míssil e do veículo lançador  ROGUE faz parte de um novo conceito que os Fuzileiros Navais estão adotando para combater e derrotar a China em um conflito no Pacífico.

O conceito de operações dos Marines conforme descrito pelo comandante general David Berger nas orientações de planejamento do ano passado, pede que o Corpo de Fuzileiros Navais se alinhe mais intimamente como o braço do poder naval do que durante duas décadas de guerras no Iraque e no Afeganistão. Como parte disso, os Fuzileiros Navais querem poder espalhar suas forças em pequenos grupos pelas ilhas do Pacífico e negar liberdade de manobra à frota chinesa.

O general Eric Smith, chefe de desenvolvimento e requisitos do Corpo de Fuzileiros Navais, disse a repórteres no ano passado, durante a Conferência de Guerra Expedicionária, que os fuzileiros querem lutar com base em sua escolha e depois manobrar antes que as forças possam se concentrar contra eles.

“Eles são móveis e pequenos, não querem agarrar um pedaço de terra e sentar-se nele”, disse Smith sobre suas unidades da Marinha. “Não estou querendo bloquear um estreito permanentemente. Eu estou olhando para manobrar. O conceito alemão é ‘Schwerpunkt’, que aplica a quantidade e a pressão e força apropriadas no momento e local de sua escolha para obter o máximo efeito.”

Smith descreve um conceito em que a esquadra americana pode agrupar navios chineses em uma área contestada, onde os Fuzileiros Navais podem causar danos a partir da costa.

“Então, se estou manobrando em apoio ao comandante da Força-Tarefa em um espaço confinado e disputado, através da mobilidade que trago e com as conexões em superfície, posso chegar ao ponto de bloquear ou atacar esta força que foi  agrupada no espaço contestado – algo que foi conduzido a esse espaço pelo comandante da Força-Tarefa”.

FONTE: DefenseNews (tradução e adaptação do Poder Naval a partir do original em inglês)

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