Foto de um dos hélices do Kiev feita pelo periscópio do HMS Swiftsure

O submarino nuclear de ataque HMS Swiftsure (S-126), líder de sua classe na Royal Navy, realizou uma proeza em 1977: conseguiu fotografar um hélice do cuzador porta-aeronaves soviético Kiev (classe Krechyet/Projeto 1143) operando em alto mar.

A foto do hélice foi feita pelo periscópio do HMS Swiftsure e mostra o grau de proximidade que os submarinos conseguem chegar dos navios de superfície sem serem detectados.

Subscribe
Notify of
guest

27 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Brunow

“mostra o grau de proximidade que os submarinos conseguem chegar dos navios de superfície sem serem detectados.”

Só poderia ter certeza que não foi detectado em tempos de guerra, pois um dos dois seria destruído, mas em tempos de paz, não era e não é proibido tirar foto com o periscópio de navio “adversário”..
Há não ser que os Soviéticos admitiram ” realmente não o detectamos”…

Brunow

Pelo ângulo da foto ele estava quase na superfície ou emergindo para ela..

Matheus Santiago

Estava quase na superfície perto das hélices do Kiev, pois a abordagem de Swiftsure foi difícil, ele teve que entrar atrás do Kiev e depois alcançá-lo, depois combinar a velocidade exatamente do cruzador soviético, aumentando e diminuindo a velocidade da hélice em uma rotação por minuto de cada vez para não ser detectado. Fontes afirmam que esse evento ocorreu no exercício naval Sever-77, se realmente ocorreu nesse exercício, o Kiev poderia estar sem os sonares devidamente implantados, e o Kiev possuía um conjunto de sonares decente, composto por matrizes de Bull Horn MF e o sonar de profundidade Mare Tail(o… Read more »

Matheus Santiago

A segunda foto se trata do Kiev sendo sombreado pelo submarino holandês HNLMS Tonijn no mar Mediterrâneo em 1987.

Augusto L

Brunow provavelmente o navio nem devia esta em patrulha asw

Brunow

O Kiev operava um bom número de anti-Submarinos K-25/ K-27..

Brunow

Off Topic A Marinha Venezuelana perdeu ontem um navio patrulha da classe Guaicamacuto, o Naiguatá (GC-23), se chocou com um navio de passageiros e afundou. Noto oficial do MoD: “El 30 de marzo de 2020, a las 00:45 horas, el  Guardacostas «Naiguatá» (GC-23), de la Armada Bolivariana, encontrándose en labores de patrullaje marítimo de nuestro mar territorial, al noroeste de la isla La Tortuga; fue abordado (colisionado) por el buque de pasajeros «Resolute», (122 mts. de largo y 8300 toneladas de desplazamiento), de bandera portuguesa, al momento en que se le efectuaba un procedimiento de control de tráfico marítimo, lo… Read more »

Matheus Santiago

O K-27 só começou a ser operado pela Marinha soviética em 1985, foi justamente o vetor a ser adquirido para substituir o antiquado K-25.

Brunow

Na verdade os testes embarcados do K-252 ( primeiro nome do K-27) começaram exatamente em 1977, os testes foram realizados nos navios projeto 1134 e 1143, um total de 109 decolagens e aterrissagens em alto mar nestes dois navios..
Em 1978 quando a bandeira era levantada no Minsk ele já operava 5 K-252.
Oficialmente adotado em 1981 com nome de K-27.( Airwar.ru).
A Wikipédia diz 1985, mas já era operado muito antes disso..

Matheus Santiago

Ledo engano, quando disse Marinha soviética quis dizer o Kiev, quando efetivamente foi implementado no grupo aéreo embarcado.

francisco Farias

Mostra que não são só os chineses que copiam a tecnologia dos outros.

MGNVS

Se fosse numa guerra ja era.
O cruzador sovietico ia visitar o fundo do mar.
Lembrando que os argentinos tbm colocaram um submarino proximo ao porta-avioes ingles durante a Guerra das Malvinas, mas nao foram competentes o suficiente para afunda-lo.

Marcos R.

Eles não foram competentes o suficiente nem posta montar corretamente os detonadores dos torpedos, quiçá para afundar um porta-avioes.

Rinaldo Nery

Ouvi dizer que houve um erro na espoletagem dos torpedos. Alguém confirma?

Jose Luiz

Rompimento de cabo de guiagem dos torpedos alemães. Foram salvo engano três lançamentos do submarino ARA San Luis. Os alvos foram duas fragatas. Fácil encontra na net a história completa. Inclusive aqui no Poder Naval.

Henrique de Freitas

Exatamente, o sistema dos cabos foi montado de maneira errônea.

mazzeo

Segundo o Livro do Roberto Lopes, a provável causa foi a alteração das fases da alimentação do torpedo antes do lançamento. Quando do lançamento o torpedo passava a operar com as fases corretas pela sua alimentação interna e o giroscópio ficava maluco já que suas fases de alimentação eram invertidas. Os torpedos foram manutenidos no arsenal de marinha da Armada e o erro pode ter saído de lá.
Mas essa causa foi ventilada pelos fabricantes do torpedo.

MGNVS

E por causa desse erro de montagem, entao os torpedos quase voltaram contra o proprio submarino. Ia ser tragico.

filipe

Mas uma razão para o Brasil apostar no SNBR Alvaro Alberto, o SNBR será o divisor de águas na MB, o antes e o depois do SNBR, por apelo a todos os esforço no sentido de terminarmos a a grande obra… 6000 Toneladas, 100 metros de cumprimento, 9.8 metros de diâmetro, um reactor de 50 Mw de Power, e 100 tripulantes.

Allan Lemos

Mas dificilmente este submarino estará patrulhando os nossos mares antes de 2035,isso em um cenário bastante otimista.

Nicolas_RS

Allan Lemos

É provável que já esteja ultrapassado, kkkkkkkkk.

Nicolas_RS

filipe

Infelizmente nossa MB tem o ego fraco e tem fetiches em porta-algumas coisa… o SNBR deve entrar em operação só em 2030 se for otimista.

Jagderband#44

Muito estranha esta foto.
O sub estava perto? Qual distancia? O mar era claro o suficiente?

Matheus Santiago

Sim. O periscópio do submarino estava a apenas 10 pés do casco do Kiev. Então podemos dizer que o submarino estava a menos de 10 metros do porta-aviões soviético. A missão era gravar a assinatura acústica do navio, pois foi um encontro inusitado no meio de um exercício naval soviético no mar de Barents, o submarino ficou sombreado pelo Kiev, onde teve seu ruído abafado pelo ruído do navio.

Hernâni

Os ingleses voltaram a fazer o mesmo em 1985 no maior exercício da NATO de sempre, o Ocean Safari, numa das fases mais agudas da Guerra Fria.

Jonas Silberstein

10 Pés? Pouco mais de 3 metros? Com ambos em movimento em águas azuis? Uma façanha e tanto! Risco altíssimo de colisão. Um mero desvio e o hélice iria fatiar o periscópio e talvez até o casco externo do submarino.

Fabio Araujo

Uma das missões mais importantes de um submarino é a coleta de infirmações para inteligência, se surge a oportunidade eles não vão deixar passar, uma foto, uma gravação dos sons de um navio ou submarino, uma coleta de sinais de rádios, qualquer tipo de material coletado pode fornecer importantes informações de inteligência.