Míssil LORA da IAI realiza duplo teste no mar
A Israel Aerospace Industries (IAI) concluiu na semana passada um duplo teste de tiro operacional com o LORA (Long-Range Artillery Weapon System), um míssil balístico preciso superfície-superfície (SSM). Executado como parte do plano de trabalho da IAI no teste de mísseis de séries de produção, o teste demonstrou os recursos do sistema avançado para os clientes.
O teste complexo incluiu dois cenários para testar e demonstrar os recursos avançados do LORA. O primeiro cenário envolveu um lançamento de curto alcance para 90 km e o segundo para um longo alcance de 400 km. Em ambos os cenários, o míssil foi lançado em sua trajetória, navegou em direção ao alvo e atingiu-o com a máxima precisão. Tanto o sistema de armas quanto o míssil atingiram com sucesso todos os objetivos do teste.
Desenvolvido pela divisão MALAM do Grupo de Mísseis e Espaço da IAI, o LORA é um sistema de mísseis balísticos de longo alcance mar-terra e terra-terra, fornecendo recursos de ataque balístico para vários alcances com um nível de precisão de 10 metros CEP. O míssil pode ser lançado da terra ou do mar, contra alvos designados por sua localização. O míssil usa um sistema de navegação baseado em GPS, resistente a bloqueios, auxiliado por um sistema de navegação inercial, proporcionando precisão de acerto inferior a 10 metros. O míssil carrega uma ogiva de fragmentação por explosão de mais de 200 kg de peso.
Os mísseis sendo testados também testaram certos componentes eletrônicos do sistema e melhorias nos componentes que também contribuem para a precisão. Realizado em mar aberto, o teste incluiu o lançamento de dois mísseis LORA de longo alcance para um ponto de impacto pré-definido no mar.
O sistema de mísseis testado era uma versão operacional em solo, composta por uma unidade lançadora de quatro cilindros e um reboque de comando, apenas dois foram usados neste teste, ambos dispararam os mísseis de uma posição em alto mar para cumprir os requisitos de segurança de ensaios deste tipo. Sob as condições do COVID19, o teste foi executado com um campo de teste portátil e uma equipe em cápsula, que gerenciou o teste remotamente.
Boaz Levy, vice-presidente executivo da IAI e gerente geral do grupo de sistemas, mísseis e espaço, disse: “O teste complexo, realizado sob as limitações do COVID-19, demonstrou os recursos avançados da IAI e do LORA, nosso sistema estratégico de mísseis. O teste foi executado de acordo com um projeto totalmente funcional, que testou as manobras, ataque e precisão do sistema, bem como os desenvolvimentos e aprimoramentos tecnológicos introduzidos por nossos engenheiros.
“Realizar uma avaliação com esse nível de complexidade durante esses dias é uma prova do compromisso inabalável da IAI com nossos clientes em todo o mundo. Os impressionantes resultados do teste comprovam a maturidade do sistema e os recursos de ponta” acrescentou Levy: “Gostaria de agradecer a Marinha, a Força Aérea e o Ministério da Defesa de Israel pela colaboração e assistência neste teste”.
De acordo com o Projeto de Defesa de Mísseis, do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS), o sistema LORA foi desenvolvido no início dos anos 2000 e o míssil LORA foi disparado em novembro de 2003, março de 2004 e 2006 e 2017.
Os mísseis LORA foram exibidos publicamente no Azerbaijão em 2018, onde são operados com as tropas de mísseis azeris. Segundo Boaz Levi, os mísseis testados foram retirados de linhas de produção de mísseis operacionais para clientes da IAI e também fizeram parte da demonstração do sistema para novos clientes.
FONTE: Defense Update
Míssil interessante hein, lançado por sistema similar ao Astros. Creio que o MTC-300(que sabemos que terá muuuuito mais de 300 km de alcanse) seja similar(no quesito tipo e função) a este míssil da IAI .
Este é um míssil balístico. O brasileiro é de cruzeiro.
Acredito que ele tenha se referido ao alcance. Mas poderíamos ter uma versão balística do MTC-300.
se for balístico já é outro míssil, o C de MTC significa Cruzeiro. São configurações totalmente diferentes…
Só se o Congresso Nacional denunciar o tratado de não proliferação de mísseis balísticos, firmado desde o governo FHC e confirmado no (des)governo Dilma/Temer.
Por força do tratado, somos proibidos de comercializar sistema de mísseis acima de 300Km.
E qual a necessidade de vender mísseis acima de 300km de alcance?
Cada nação que desenvolva suas próprias tecnologias. O Brasil desenvolveu seu próprio programa de mísseis justamente por não poder comprar no mercado internacional vetores com alcance maior que 300km, simples assim.
Israel sabe que também precisa ter meios próprios de defesa, já forma deixados na mão por uma potência estrangeira nos anos 60, a França, e apesar do risco ser mínimo hoje eles sabem que não podem e não devem por todas as fichas nos EUA, pois no caso de um bloqueio essa ajuda pode demorar a chegar ou nem chegar!
Exatamente, mas hoje possuem produtos nacionais de quase todos os tipos para suprirem suas forças armadas.
Ele tambem é usado em unidade conteiravel, similar ao Club K
e ai qualquer navio mesmo civil começa a ficar perigoso se estiver por perto….
Exatamente. Ainda mais sendo conteiráveis podem ser “escondidos” em um porão e ter apenas uma escotilha, assim como os silos de VLS, para a saída deles após o lançamento.
“O míssil pode ser lançado da terra ou do mar, contra alvos designados por sua localização”
Lançado do mar… como, de lançadores verticais? Essa integração sim poderia ser interesante e eu até acho que poderia ter perspectivas de mercado nas marinhas, por exemplo, integrado ao Silver, Mark 13, 26, 41, etc.
Se for carregado num veículo sobre rodas lançador, é apenas um sistema terrestre embarcado e seria operado pelo exército.
Mestre, o caminhão é apenas o veiculo.
O sistema é conteiravel e independente igual o Club-K
Container de missil+ estação propria.
Pelo que entendi, teria que ser instalado o lançador da IAI e seus sistemas na belonave, algo um pouco dificil, porque se a belonave já esta operando, como instalar um novo lançador e também porque existem lançadores navais que já permitem misseis multiplos, anti-aereos e contra alvos terrestres. Os misseis anti-navio, geralmente fazem parte de lançadores distintos.
ok, entendi a duvida….a priori, ele precisa de espaço no conves para a instalação…não há referencia no momento de silos aptos para instalar abaixo do conves ou acoplamento a estação de combate organica do navio…
Tenho a mesma dúvida ou falta esclarecer. Embarcar mísseis de cruzeiro…mostrar a unidade lançadora…é uma coisa. As outras coisas. Sistemas, reposição, energia, deveriam ser possíveis de integração ao navio tipo plugue&use. Ou somente sistemas e caminhões dispostos no convés do navio tipo uma arma cega aguardando as direções de tiro. Seja assim, na matéria são mísseis bala. Diferentes de mísseis de cruzeiro. Corta custos e embarca mísseis terrestres em navios não de guerra. Ok…vi no Tube os americanos disparando foguetes terrestres à partir de navios no Vietnan. Mas eles estavam desembarcando, projetando poder e limpando… Read more »
Eu não sei o LORA, mas o Club K é inteiramente independente. Note que existe uma saletinha de uns 2m para os consoles para 2 operadores.
Veja o video abaixo e dá para ver as poltronas. Possui energia propria e sala de controle propria dentro do container
Com certeza nao recarrega No navio, mas nao deixa de ser como o exocet em que O numero de misseis esta limitado ao conteudo do container.
https://www.youtube.com/watch?v=Ch2Rqte6XOs
Não precisa de navio de guerra. Nem de Marinha. Embarca em navios mercantes como patrulhas. Embarcados ficam dependentes do navio. Perdem a mobilidade que haveria em terra operando com caminhões ou trens. Doutrina de contas. Quanto é o investimento para cuidar de uma faixa do oceano? Quem é o inimigo? De onde vem? Essas doutrinas que misturam força naval com exército choca-se com a vaidade dos comandantes. Avião voa. Navio navega. Caminhão roda. Faltam considerar os desfiles. Qual comandante quer comandar ou conduzir uma chata de guerra? Uma fragata, uma corveta da Alemanha… Read more »
Sim. É uma arma híbrida para terra ou mar e portanto, deveria fazer parte do inventario dos fuzileiros brasileiro. Se a guerra for na terra, você leva na carreta. Se for no mar, você leva num mercante ou patrulha com espaço de convés. Aqui no mar o que você acaba vendo seria uma miniatura do conceito do arsenal ship, onde você completa sua capacidade de misseis disponíveis de suas corvetas e fragatas com os navios vizinhos que transportam estes containeres passando as coordenadas a eles. Então, ao menos na força ofensiva, voce dobra ou triplica a sua capacidade de ferir… Read more »
Aquele video que postei lá noutro topico do Irã topico, era para falar da possibilidade do retorno das torpedeiras misturadas as LSMR porem submersiveis, para poder chegar na area de lancamento sem serem vistas, e olha que hoje em dia qualquer foguete ou missil ou Glsdb pode chegar entre 40 km a 200 km de alcance….
Países em guerra. Necessidades de guerra. A guerra que é possível fazer. Quando e se algumas Tamandarés chegarem serão embarcadas com mísseis para atirar em quem? E…quando for possível adestrar e aprestar, certamente os fornecedores contam em vender mísseis. Que envelhecerão e se tornarão obsoletos por falta de uma guerra. Ao menos uma guerra. Esses esquemas, desenhos, propostas, estudos…provocam a leitura e os desejos de ter coisas diferentes. Novos inventários e SKUs. Quando olhamos as realidades…as realidades…estamos presos aos orçamentos fracos e a ausência de inimigos. O único inimigo que enfrentamos de peito aberto é… Read more »
Conteinerizáveis ou contentorizáveis.
Esse tipo de sistema deveríamos ter, podem ser lançados de navios, trens, caminhões e até mesmo do chão!
Uma cópia feinha do OKA… Já nasce obsoleto, nem Israel comprou. Devem empurrar para seus capachinhos e escravos mentais de sempre.
Se informe melhor! O sistema é mais moderno que o Club K da “Mãe Rússia” e as IDFs já foram autorizadas a adquirir.
O Russo Club K…salvo engano custava US$ 10 MM por container de 4 misseis junto com a estação de disparo.
300 km de alcance…
O interessante é que quanto mais simples e multiplataformas possível só faz otimizar e tornar menos rastreável por poder ser colocado em containers e tal. Torço por adotarmos sistemas semelhantes(melhor ainda se fizermos localmente).
Os Chineses tambem estão fazendo os seus
Vejam que neste modelo chines, o container leva 4 misseis WS43 de um lado, e de outro um casulo MRLS para 20 foguetes De saturação
E aqui vira piada quando alguém fala em colocar o caminhão do astros em um navio hehe
É por isto que virei um ilustrador inveterado…o sujeito diz que não…ai é so postar os exemplos espalhados pelo mundo….isto, quando depois de alguns anos não fazem exatamente o que voce ilustrou com as proprias mãos;….rzrz..lembra deste?
olha os 2 containeres com os Club K…
Três observações que acho interessante ressaltar dessa matéria. 1- Não entendo a dificuldade que colocamos em desenvolver um VLS nacional. Observa-se nesse teste que um VLS nada mais é do que um tubo estabilizado e com um “cordão” umbilical que manda informações ao míssil. 2- Um ótimo exemplo para o EB testar seu MT-300. O mesmo está fazendo um circo danado para testar o míssil, e Israel com soluções simples e práticas resolveram o problema. 3- Como sempre digo a propaganda é a alma do negócio. Aqui escondem testes, informações que não comprometem o segredo do equipamento etc. Um bom… Read more »
O problema Mestre Foxtrot, é a péssima administração orçamentária. No Brasil, não existe orçamento para nada. Não é nem porque não tem dinheiro. É porque o Brasil é uma inercia de gestão ao acaso. O orçamento federal é feito de mentirinha, o min Economia contingencia tudo e nao libera e paralelamente o congresso cria novas verbas orcamentarias no meio do caminho e no final, o realizado é totalmente diferente do planejado, as vezes nem é porque gasta mais, pois a lei de resp. Fiscal limita o teto, mas quando vc vai ver o fluxo para onde foi, é totalmente diferente.… Read more »
Veja os programas, os planos, as teses, os estudos sobre Defesa no Brasil.
Apoiados no PIB, em exportações, em empregos, na falha das diplomacias, na ZEE, na independência, na comparação com o que outros fazem.
Nada práticos ou objetivos. Perdidos em planos cartesianos.
Retóricas. Polêmicas vazias.
Qualquer ministro da economia fala não para um assunto curto.
40 anos atrás…os chineses vieram aqui conhecer nossa educação, nossa saúde pública, nossa infraestrutura.
O GF tem patrocinado sites sobre múmias extraterrestres.
Shiva ainda não chegou.
Disse tudo caro Steves. Temos péssimos administradores em todas as áreas e com isso as verbas se perdem no caminho. Vide exemplo dos testes do MT-300, o EB comprou 3 caminhões e radares para rastrear o míssil em vôo e assim validar os parâmetros do projeto. Mas a MB adquiriu o Atlântico com seu poderoso Artisan que possui dentre outras funções rastreio de mísseis. Poderiam ter feito como Israel e testado o míssil com auxílio da MB. O problema é que não temos um órgão ou agência reguladora dos militares, pois o MD é inútil e só serve de cabide… Read more »
Israel tem inimigos.
Mestre Esteves, sobre sua menção…”Institutos, universidades, institutos, pesquisa, ciência + indústria + demandas pelo estado. O Carvalho, Mestre Carvalho quer entregar uma solução possível sem estruturar e apoiar tudo isso no conhecimento”… :::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: O meu plano Mestre Esteves, seria : Criar uma Estatal Nacional de Fretes Marítimos, similar a RFA Britanica (Royal Fleet Auxiliary), composta por marinheiros civis e ex marinheiros da MB. Eles passariam a administrar os navios de apoio e logisticos da MB , locação de frete externo e operariam navios nacionais de transporte conforme a linha abaixo. Isto permitiria amortecer parte dos investimentos… Read more »
Abrir estatal. Estatal depende de capitalização do Tesouro. Nesse país do lucro social e de tudo pelo pessoal, as iniciativas do estado tornam-se 85% despesas com custeios, 5% para pesquisa e investimentos e 10% dos políticos. O Arsenal pode fazer isso. Se Itaguaí se transformará na mantedora e na produtora de navios, o que sobrará para o Arsenal fazer? Qual é a realidade? Por que o mundo se meteu nessa pandemia e por que o Brasil junto com outros não saiu? Incapacidade e incompetência dos governos para cuidarem de seus cidadãos. Foram importar máscaras de pano da… Read more »
O problema no Brasil é o pendulo dos extremos, hora todo de uma lado, hora todo de outro. Aquilo que é realmente estratégico não tem nada demais ser fomentado pela sociedade publica para cobrir uma area ou potencial não explorado. A petrobras deveria ser privatizada principalmente sua distribuidora, ja cumpriu seu objetivo de desenvolver a industria petrolifera aqui. Ja assuntos militares, nao tem outra forma, nao existe mercado para todos a independencia é essencial. Eu estudei isto, saiba que o Brasil nao tem navios, nem militares nem mercantes. Os unicos que existem sao ou petroleiros ou graneleiros e nao servem… Read more »
E veja, perceba que é um projeto de estado, que de um lado patrocina por legislacao (reserva minima de mercado) para empresas nacionais privadas, de outro patrocina estaleiros e industria naval , a Estatal daria o efeito da quantidade minima de encomendas para alavancagem. E porque bato na tecla do mercante dupla função?? Justamente porquê é a unica forma de unir todos estes interesses, privado, publico e militar. Encomendas de fragatas puro sangue são muito pequenas e descontinuadas para formar a industria nacional. Veja, daqueles navios que desenhei e mostrei em varias oportunidades seria somente daquele de: 06 a 09… Read more »
O que este País tem de pequeno, tem de vontade de sobreviver em meio aos gigantes. Parabéns.
Bom, o IOSS (Israeli ocean surveillance system) tem que ser bom pra realizar a kill chain pro seu SRASBM (short range anti ship ballistic missile, e bota short nisso). E o míssil, tem alguma manobrabilidade terminal, tem algum sensor pra readquirir o alvo móvel dentro AOU?
Mestre Carvalho, “Justamente porquê é a unica forma de unir todos estes interesses, privado, publico e militar.” Nesse mais de meio século…não conto os primeiros anos lúdicos, o único interesse que vi e presenciei nesse país foi encher os bolsos. As Niterói. O país quebrou, os juros subiram, reservas cambiais não existiam, as dívidas tornaram-se impagáveis, a balança de pagamentos era podre, vendíamos minérios a preço de mamão, os russos perderam a guerra espacial e a Europa. Pra que fazer/montar navio de guerra se somos diplomatas, os russos perderam, o caixa ficou oco e…nem automóvel… Read more »
Tenha fé…os dias destes estão terminando, sempre haverá algum, mas a maioria destes ficará apenas registrado nas paginas tristes relembradas em dias melhores…estamos apenas num clímax extremamente necessário, correções de rumo só ocorrem com a tristeza de autoconhecimento de ter tomado o rumo incorreto
Rumo certo? O presidente andou de cavalo em uma manifestação em plena maior pandemia dos ultimos 100 anos!