China ameaça com ‘contramedidas’ enquanto EUA enviam três porta-aviões para a região
Em um movimento raro, os EUA estão enviando três porta-aviões para as águas próximas à China, à medida que as tensões bilaterais aumentam, um movimento interpretado pela mídia estrangeira como um aviso à China. Especialistas militares chineses disseram no domingo que a medida norte-americana expôs novamente sua política hegemônica na região, e a China poderia combatê-la realizando exercícios militares e mostrando sua capacidade e determinação de salvaguardar sua integridade territorial.
A China possui armas destruidoras de porta-aviões (“carrier killer”), como os mísseis balísticos antinavio DF-21D e DF-26.
Os três porta-aviões dos EUA, a saber, o USS Theodore Roosevelt, USS Nimitz e USS Ronald Reagan, juntamente com outros navios de guerra e aeronaves, estão patrulhando as águas do Indo-Pacífico, informou a Associated Press no dia 12 de junho.
Já se passaram quase três anos desde que tantos porta-aviões dos EUA foram desdobrados simultaneamente na região, disse a reportagem, observando que esse movimento ocorre quando as tensões entre a China e os EUA aumentam em tópicos como COVID-19, a lei de segurança nacional de Hong Kong e Mar da China Meridional.
Todos os três porta-aviões foram atingidos pela pandemia do COVID-19, que deixou os EUA sem porta-aviões na região oeste do Pacífico por mais de dois meses.
Ao juntar esses porta-aviões, os EUA estão tentando demonstrar para toda a região e até para o mundo que continua sendo a força naval mais poderosa, pois eles podem entrar no Mar da China Meridional e ameaçar tropas chinesas nas ilhas Xisha e Nansha, bem como navios que passam pelas águas próximas, para que os EUA possam seguir sua política hegemônica, disse Li Jie ao Global Times, especialista naval de Pequim.
A China pode combater os movimentos dos EUA, aprimorando sua própria preparação para a guerra e realizando exercícios correspondentes, dizendo aos EUA que a China é capaz e determinada a salvaguardar sua integridade territorial, disse Li.
As forças navais e aéreas do Exército de Libertação Popular da China (PLA) expulsaram muitos navios de guerra dos EUA que entraram ilegalmente nas águas territoriais da China das ilhas Xisha e Nansha no Mar do Sul da China este ano, de acordo com declarações do PLA.
Além dos navios de guerra, aeronaves e mísseis padrão, a China possui uma ampla gama de armas projetadas para afundar porta-aviões, como o míssil balístico antinavio de médio alcance DF-21D que pode cobrir a Primeira Cadeia de Ilhas e o míssil balístico DF-26 de alcance intermediário que pode chegar a Guam. Esses mísseis podem atacar embarcações de superfície de tamanho médio a grande velocidade, dificultando sua interceptação, de acordo com informações publicamente disponíveis.
Li também duvidou da prontidão de combate dos porta-aviões dos EUA após a recuperação de suas tripulações da epidemia.
Assim como o presidente dos EUA, Donald Trump, está pressionando pela retomada do trabalho doméstico, os porta-aviões também foram empurrados para a linha de frente, disse Li, observando que as forças armadas dos EUA só se importam se estão posicionadas, não se estão prontas para lutar.
“Nesta situação, também é possível que outro surto de COVID-19 ocorra nos porta-aviões americanos”, disse Li.
FONTE: Global Times