O pai do Vice-Almirante NORIAKI Wada, atual Diretor do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo, que era um jovem aviador naval na Marinha japonesa, na Segunda Guerra Mundial, e voluntariou-se para ser kamikaze.

Deu tanta sorte que a guerra acabou e ele não foi designado para a sua última missão e viveu para contar a história.

Anos depois, já aqui no Brasil, escreveu duas cartas para serem abertas após sua morte: uma na qual contava sua vida para os filhos, e outra na qual pedia aos filhos que jogassem parte dos seus cabelos e das suas unhas no Pacífico, pois lá perdera todos os melhores amigos de sua juventude.

Depois do enterro, somente, as cartas foram abertas e os filhos “ficaram na onça”: como atender os desejos do amado pai se ele já havia sido enterrado?

Por sorte, encontraram um cortador de unhas, que tinha anexo um despenser com alguns pedaços de unhas, e alguns fios de cabelo do velho marinheiro aeronaval foram encontrados na sua escova.

Colocaram tudo num envelope e combinaram que o primeiro que fosse ao Pacífico levaria os restos para lá serem sepultados, como desejava o amado pai.

Acontece que Noriaki, na época Comandante da Escola de Aprendizes-Marinheiros de Pernambuco, em Olinda, recebeu um grupo-tarefa da esquadra japonesa, que estava em viagem passando pelo Brasil e aportou em Recife.

Contando a história de seu pai ao consul japonês e, com ele, ao comandante do navio, este prontificou-se de imediato a lançar os restos ao mar, conforme era o desejo manifestado pelo pai do então Comandante Noriaki.

Quase um ano depois, Noriaki recebeu as fotos da cerimônia realizada pela Marinha japonesa, no Pacífico, com parada naval, formatura geral em uniforme de cerimonial, guarda de honra e salvas, tudo em respeito a um militar que lutou pelo seu país, e estava pronto às últimas consequências em defesa da sua pátria.

FONTE: Redes Sociais

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