Grupo-tarefa da OTAN escolta 9 navios russos pela costa do Reino Unido
Navios de guerra do Reino Unido e aliados da OTAN escoltaram nove navios de guerra da Marinha russa em águas próximas ao Reino Unido, diz a Marinha Real.
Os navios de patrulha offshore HMS Mersey e HMS Tyne se juntaram à fragata Tipo 23 HMS Westminster em uma operação que viu navios aliados monitorarem os movimentos de três corvetas da classe “Steregushchiy”, três navios de desembarque da classe “Ropucha” e o mesmo número de barcos de patrulha armados com mísseis.
Os navios de guerra da Marinha Real juntaram-se aos aliados da OTAN de Portugal, Canadá, Alemanha, Noruega e Dinamarca no rastreamento dos russos por algumas das rotas marítimas mais movimentadas do mundo, de acordo com um comunicado à imprensa.
“Os navios de guerra da Marinha Real foram designados para o Grupo Marítimo Permanente da OTAN de altíssima prontidão 1 (SNMG1), que patrulha as águas do norte da Europa do Báltico ao Atlântico. Os navios britânicos trabalharam em estreita colaboração com a fragata portuguesa NRP Corte-Real – a nau capitânia do grupo-tarefa – e a fragata da classe “Halifax” HMCS Toronto da Marinha Real Canadense, enquanto havia numerosos navios de apoio das marinhas alemã, norueguesa e dinamarquesa. O navio-tanque RFA Tideforce da Royal Fleet Auxiliary manteve o grupo tarefa funcionando, realizando o reabastecimento de suprimentos e combustível para manter os navios no mar e em condições de continuar em suas operações”.
O oficial comandante do HMS Westminster, o capitão Will Paston, disse:
“A Marinha Real demonstrou sua flexibilidade em ser capaz de acompanhar as unidades da Marinha Russa. Enquanto a Marinha Russa operava de maneira segura e profissional, o HMS Westminster juntou-se a unidades aliadas da OTAN no Mar do Norte e no Mar Báltico para escoltá-los.”
A marinha russa está cada vez mais equipada para missóes de longo curso. Se colocar no mar mais uns tres porta aviões será uma força considerável.
A Marinha russa nem nos tempos da URSS era uma grande operadora de Porta-aviões. Hoje eles tem apenas o Kuznetsov sabe-se em que condições, mas quando ele ia ao mar tinha que ir um rebocador junto e ele ainda fazia a gentileza de avisar pra todo mundo onde estava por meio de uma imensa nuvem de fumaça. Mas os russos também não precisam tanto de armas navais de projeção de força, eles tem fronteiras terrestres com praticamente todo o mundo, exceto Américas e Oceania. Ao contrário dos EUA que precisam se deslocar por oceanos para combater, os russos só precisam… Read more »
Não fazia parte da doutrina deles, mas já andaram falando em construir porta-aviões e porta-helicópteros.
Porta-helicoprteros eles sempre tiveram.
Se não me falha a memória, os russos quase compraram dois porta-helicópteros francês, que depois da venda negada foram comprados pelo Egito.
Isso, ais foram embargados!
A URSS foi extinta antes que novos NAes pudessem ter sido construídos, inclusive seriam similares aos da US Navy com catapultas e talvez de propulsão nuclear. . O que fontes russas revelam é que o “Kuznetsov” é uma prioridade e está sendo modernizado para retornar ao serviço em 2022 ou 2023 para então servir por outros 20 anos quando então já se terá um novo e mais capaz NAe. . Se isso de fato acontecerá o tempo dirá, mas, já iniciou-se a construção, por exemplo de um “LHD” de tamanho modesto quando comparado a um classe “Wasp”, mas, um grande… Read more »
A Marinha Russa foca em sua costa, por isso a grande quantidade de Corvetas, talvez a Marinha com a maior quantidade dessa classe de navios. Na época da URSS eles focaram muito nos submarinos (enorme quantidade de classes e numerosas unidades). Porta-Aviões eram considerados grandes alvos.
Muito boas observações. Não entendo o “negativos”. Não dá para utilizar certas convenções a países tão grandes quanto a Russia. Ela tem (e precisa ter) padrões e convenções próprios. A Marinha da Russia tem 4 esquadras e uma flotilha distantes milhares de quilômetros umas das outras. Duas das esquadras são oceânicas (Pacífico e Artico) e duas são de águas litorâneas (Mar Negro e Báltico). Por isso que esse mix de subs convencionais e nucleares, que, por exemplo EUA, RU e França nao tem. Essas duas esquadras oceanicas tem problemas de operação para o ano inteiro, tendo severas limitações no inverno.… Read more »
Acho que você quis dizer SSNs e SSGNs e mesmo SSKs como armas ofensivas, pois SSBNs só servem para dissuasão nuclear, não servindo para mais nada, enquanto os outros tipos de submarinos são úteis contra outros submarinos, navios, alvos em terra, na coleta de dados, etc.
Conforme afirmado, SSBN para a dissuasão nuclear, o que é outro papo. Os SSN entre essas outras funções, também acompanham os SSBN dentro da atividade de dissuasão.
Ninguém tem SSNs suficientes para acompanhar SSBNs, isso é bom na teoria, mas, na prática não funciona porque impediria um SSN de fazer seu trabalho limitando-o à acompanhar um SSBN que navega lentamente evitando rotas de navegação e não afastando-se muito de sua base. . Os SSBNs da US Navy do Pacífico raramente avançam além do Havaí; em 2016 o USS Pennsylvania visitou Guam um feito não visto em quase 30 anos e as patrulhas normalmente são de 90 dias quando então o SSBN retorna para troca de tripulação e pequena manutenção ou seja muito diferente da rotina de um… Read more »
Fonte National Interest
Missões de longo curso com corvetas?
Na verdade deixaram o Báltico para exercícios no Mar do Norte.
1- Se uma marinha tem ou não capacidade de realizar missões de longo curso, tem mais a ver com apoio lógistico (navios tanque e bases navais), do quê com o tipo de navio.
2-Pergunta isso para a nossa marinha se não pode.
3-Com apoio logistico, você pode fazer uma viagem de longo curso ate de lancha.
Essas corvetas russas já fizeram missão no Oceano Indico percorrendo 20 mil milhas.
https://tass.com/defense/981111
São corvetas Steregushchiy, praticamente fragatas leves.
Luiz Floriano Alves “A marinha russa está cada vez mais equipada para missóes de longo curso. Se colocar no mar mais uns tres porta aviões será uma força considerável”. Floriano,a marinha sempre figurou como a menos favorecida das forças armadas, pelo fato do país ser uma potência eminentemente terrestre, tendo seu litoral na maior parte congelado. Estando cientes que levariam décadas até construir uma frota de águas azuis que pudesse rivalizar com a marinha americana nos mesmos termos, foi desenvolvida primeiramente uma força que primava a negação do uso do mar para as marinhas ocidentais (visando proteger os “santuários” de… Read more »
Eu li este aqui:
https://publications.armywarcollege.edu/pubs/3705.pdf
Bem maneiro. Destaco os capítulos 3 e 12, além do 13 que fala justamente da Marinha.
Abs.
Eles sempre tiveram essa capacidade.
Pra que porta-aviões ? numa guerra real eles seriam afundados por misseis hipersônicos.
Sim, se você usar o porta-aviões contra quem tenha esses misseis e como usa-los. Más em geral desde a guerra das malvinas, só se usou Porta-aviões contra quem não conseguia revidar.
Falou besteira.
Isso é natural, uma frota desse tamanho os russos devem ter informado que passariam por lá para não ter mal entendido e os ingleses e o pessoal da OTAN vão lá só para acompanhar, e os navios das duas frotas aproveitam a oportunidade para recolher o máximo de informações através de sensores e imagens da outra frota.
OPV numa esquadra…
Carvalho
O OPV da imagem não estará, penso eu, integrado na SNMG1. Está ali a ilustrar uma notícia “britânica”, de uma perspectiva de um acompanhamento britânico a navios russos, acompanhamento esse ao qual a SNMG1 respondeu, liderada pela portuguesa Corte Real, acompanhada por navios de outros países.
Não tenho a lista da SNMG1, mas ainda não vi lá esse OPV integrado como parte permanente da constituição da força de seis meses.
Portanto o OPV terá feito parte da resposta britânica, à parte da SNMG1, pese embora que “integrado” com esta, tal como outros meios da mesma entidade.
Os Russos estão fazendo um passeio !!! E que passeio
Pertencem a Frota do Báltico e segundo informado participarão de exercícios
no Mar do Norte.
Devagar os Russos revivem sua indústria naval, não será como nos tempos Soviéticos, mas estará entre as maiores do mundo.
Perderam muito sua capacidade nos anos negros de 1990 a 2004, mas estão se recuperando a cada ano que passa, hoje a indústria naval russa tem uma quantidade superior há 60 unidades em produção nos seus estaleiros ( entre SSBN, SSN, SSK, Corvetas leves e pesadas, Fragatas, Navios de apoio, dois LHD etc).
A China passou a marinha russa em número de Destroyers e Fragatas.
Mas em Submarinos Nucleares a Rússia é muito superior.
São 12 Submarinos Nucleares Lançadores de Mísseis balísticos na marinha russa, submarinos enormes que deslocam 266.900 toneladas contra 7 SSBN na marinha chinesa que deslocam 74.000 toneladas.
São 9 Submarinos Nucleares Lançadores de Mísseis de Cruzeiro (SSGN) na marinha russa contra 0 do lado chinês.
Estes 9 deslocam 169.000 toneladas.
São 14 Submarinos Nucleares de Ataque (SSN) na marinha russa contra 12 da marinha chinesa. Em tonelagem são 162.000 toneladas contra 79.500.
Como você sabe Luís, também passou a russa em NAes, 2 já comissionados e outros em construção e planejamento, grandes navios de assalto anfíbio e submarinos convencionais. . Só uma observação, dos 12 SSBNs russos que você mencionou, o “Donskoy” foi usado apenas para testar o míssil “Bulava” não fazendo patrulhas de dissuasão e o último “Delta III” está no fim de vida útil enquanto o mais novo “Borei” ainda não está certificado então será difícil em um primeiro momento manter 10 “SSBNs” já que um número maior de “Deltas IV” serão retirados e um número menor de “Boreis” adquiridos… Read more »
Sim. A China vai superar a Rússia em quantidade de meios militares em todas as forças e classes.
A diferença de poder econômico e orçamento militar é muito grande.
Hoje são 35 submarinos nucleares russos contra 19 chineses, esse número creio que a China alcança em poucos anos.
Já a tonelagem vai demorar bem mais.
Cerca de 600 mil toneladas contra cerca de 150 mil dos submarinos nucleares chineses.
4x mais.
Dever cumprido, Otan acompanhando de perto essas embarcações vermelhas.
Fiquei ressabiado quando vi uma série onde depois de um apocalipse só sobra um belonave gloriosa americana que batalha contra uma navio russo que possui armamento nuclear.
O que mostrou o perigo que a humanidade corre.
Você tá falando de The Last Ship. Essa série é muito legal, o apocalipse foi causado por um vírus que gerou uma pandemia global e apenas o Nathan James, um Destroyer da classe Arleigh Burke, possui a cepa original e a possibilidade de uma cura. O navio russo é apenas o primeiro dos inimigos que eles encontram, todos querem a cura num mundo em que toda a estrutura de poder colapsou. Depois tem guerrilheiros em submarinos, um campo estilo Auschwitz em Boston (inclusive gerido pelos gloriosos americanos), etc etc. Mas ainda bem que isso tudo não passa de ficção. Na… Read more »
Agora lembrei-me de uma personagem que jurou a pés juntos que a Corte Real era tão obsoleta que já nem podia ser integrada em grupos tarefa de primeira linha… independentemente das múltiplas explicações que lhe dei na altura para o ajudar a perceber dos múltiplos factores a ter em conta… como por exemplo de pequenas actualizações, cujas a “personagem” inicialmente negou e, não tendo sucesso, prontamente desvalorizou… ou do facto de que no contexto a que se pretendem, estas Mekos ainda tem o seu valor, sendo perfeitamente integráveis com embarcações aliadas, com muito do armamento sendo semelhante, quando não igual,… Read more »
Mas tu ainda dás bola, a alguns que aqui comentam? Alguns aqui sabem do que falam, mas outros, são fanáticos que se enganam a eles próprios e outros nada sabem, a não ser de filmes de guerra ficcionados.
Mesmo.
Peter, . Com relação a classe Vasco da Gama (3 fragatas), encontrei na Wikipedia portuguesa uma possível atualização que as deixariam muito bem postas: Modernização (Mid-life Upgrade)Actualmente as três fragatas já se encontram equipadas com novos sistemas de comunicações e de controlo. Com a possível modernização das fragatas desta classe encontra-se incluídas as seguintes alterações: Montagem de novos mísseis ESSM (Evolved Sea Sparrow Missile); Modernização do sistema CIWS, Phalanx, ou em opção, um sistema RAM/SEARAM, com a mesma função mas utilizando mísseis; Novos mísseis Harpoon – com sistema de navegação por GPS, e possibilidade de ataque a alvos em terra. . Lembrando que sua propulsão… Read more »
Sim Ivan, são factos dos quais estou ciente e que referi ao “individuo”. O único problema na propulsão é o custo por hora, superior ao do brasileiro Bahia. Quanto ao espaço para o Estado Maior, pasmo-me quando dizem que não é suficiente, especialmente tendo em conta a modularidade e polivalência que são características desta classe. O Comando não tem de estar a bordo de um navio de comando, é uma força tarefa, não a ponta de lança de uma força invasora. O facto é, os navios de facto contam com os sistemas de comunicação, controlo e “comando” julgados necessários, não… Read more »
Ivan..
Para as classe M, da Holanda e Portugal:
https://www.janes.com/defence-news/news-detail/thales-producing-new-compact-antenna-for-vigile-d-esm
Para mim, navios de guerra só fazem sentido com muitos mísseis.
2, 4, 8 mísseis não dá para nada.
Por isso gosto dessa estratégia russo e não compreendo por quê outros países não fazem o mesmo.
Navio sem missil não serve para nada.