Navio de Apoio Antártico: Wilson Sons e Damen anunciam participação conjunta na licitação
Parceria também será estendida para os demais projetos em análise pela Marinha do Brasil
A Wilson Sons e a Damen anunciam parceria na concorrência para a construção do novo Navio de Apoio Antártico (NApAnt) da Marinha do Brasil, que substituirá o Navio de Apoio Oceanográfico Ary Rongel. A entrega das propostas deve ocorrer até o final deste ano e anúncio final do vencedor em meados de 2021.
“Desde o nosso primeiro trabalho com a Wilson Sons, há 25 anos, tivemos a certeza de ter encontrado um parceiro capaz, competente e comprometido com o Brasil”, afirma Rutger Dolk, diretor da Damen Technical
Além da licitação do NApAnt, a Marinha também está analisando a potencial construção de dois Navios de Apoio Hidroceanográficos. Futuras demandas de Navios Patrulhas e Embarcações de Busca e Salvamento também poderão ser objeto de necessidade da Força Naval no médio prazo e estão dentro do escopo da parceria firmada entre as duas empresas.
“Somos parceiros da Damen em 92 projetos ao longo das últimas duas décadas. Estamos otimistas com estas demandas em virtude da nossa experiência no mercado, da qualidade técnica de ambas as empresas e do histórico de entregas dentro do prazo, sempre seguindo as melhores práticas de engenharia, qualidade e segurança”, destaca o diretor executivo dos estaleiros da Wilson Sons, Adalberto Souza.
Com alta tecnologia empregada, o NApAnt dará apoio à estação brasileira
A exigência de conteúdo local é de no mínimo 45% e os investimentos são da ordem de R$ 750 milhões. Caso as empresas vençam a licitação, o navio será construído nos estaleiros da Wilson Sons no Guarujá, em São Paulo.
Sobre o Grupo Wilson Sons
A Wilson Sons é o maior operador integrado de logística portuária e marítima no mercado brasileiro. Com mais de 180 anos, a Companhia presta uma gama completa de serviços para empresas que atuam na indústria de óleo e gás, no comércio internacional e na economia doméstica, conectando as melhores soluções aos resultados esperados pelos seus clientes. Com presença nacional, atua de forma inovadora, acompanhando as tendências do mercado.
DIVULGAÇÃO: Textual Comunicação
Em termos prático, qual retorno este tipo de embarcação dá ao País? Dados científicos?
Ela permite que o país tenha um contato direto com a Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF). É possível levar mais mantimentos e suprimentos para a base (tipo, laboratórios, equipamentos de pesquisa, mais cientistas…), basicamente ele vai fazer a logística mais pesada para a base.
Navio tb pode levar laboratórios internos para que os cientistas não parem as pesquisas durante a viagem salvando tempo
Sim dados científicos, por exemplo o nosso clima é muito influenciado pelo clima da Antártida, por isso a nossa estação científica lá é tão importante!
A base na Antartica é condição essencial para que, conforme estabelecido por tratados internacionais, o Brasil tenha garantidos seus direitos no polo sul. A base só é sustentável por intermédio de meios navais e aéreos (restritos…). Pesquisas ali são extremamentes úteis não só enquanto seu lado científico, por obvio, mas também por questões econômicas e estratégicas.
Olá Silva. O Fábio comentou sobre a influência que as frentes frias formadas sobre a Antártida tem sobre o clima brasileiro. Tem também a questão das espécies marinhas que, muitas de valor comercial, que migram da costa brasileira para a região antártica durante o verão e retornam ao litoral brasileiro no inverno. As correntes marinhas do Atlântico Sul também são afetas pela diferença de temperatura entre a região equatorial e a região antártica. A pesquisa tecnológica e a pesquisa científica estão correlacionadas. Uma pesquisa tecnológica emprega um conhecimento científico para transformar em valor e produto. A pesquisa científica amplia o… Read more »
Na nossa doutrina…o Esteves pensa que há muito mais valor na Antártida X projeção de poder na costa da África.
Antartica e Antártida pra ontem.
Reduz drasticamente a dependência que o Brasil posa ter com outra Marinhas ou Armadas pra apoio na Base Antártica Comandante Ferraz.
Reduz mas não quer dizer que dispensemos a amizade de um povo que sempre nos apoiou.E vice-versa. Abs
As ajudas e suportes entre o Brasil e o Chile tem sido recíprocas, habituais e de muita importância. Que continuem assim por muito tempo.
Que pergunta!
Caro CD. Toda pergunta tem valor. O desafio seria conseguir responder adequadamente e corretamente. Quem pergunta tem interesse em aprender.
“a Marinha também está analisando a potencial construção de dois Navios de Apoio Hidroceanográficos. Futuras demandas de Navios Patrulhas e Embarcações de Busca e Salvamento também poderão ser objeto de necessidade da Força Naval”
.
Muito difícil encontrar um parceiro melhor que a DAMEN, para aquisição desses tipos de meios…
Bem arrojado, como tudo da Damen.
Ficou bonito, os concorrentes já apresentaram as propostas?
E o novo navio de apoio logístico, será que sai?
https://products.damen.com/pt-pt/ranges/logistic-support-vessel/logistic-support-vessel-replenisher-16000
A Damen tem um projeto bem interessante.
Este projeto sim! o outro navio é muito pequeno. é só comparar com o navapoio Argentino, e seria bom que pudesse navegar em mar com placas de gelo.
45% de conteúdo local. Como fazem essa conta?
Esse aqui da chilena Asmar e da nacional Ecovix parece ter conteúdo nativo maior. Será?
Olá Esteves. Eu sempre tive esta dúvida. Pode ser pelo valor (45% do material e dos equipamentos foram adquiridos de empresas brasileiras). Por exemplo, cabos elétricos certificados, bombas e válvulas, o aço do casco, etc. Creio que o custo da mão de obra não entre nesta conta de “nacionalização”. Contudo é apenas palpite. Tem tanto valor quando eu sugerir 5 números para a Megassena.
Eu imaginei Acadêmico Mestre,
Canos, cabos, fios, bombas, válvulas, mão de obra, CLT, impostos…
Olá Esteves. Acho que mão-de-obra não seria contabilizada. Provavelmente softwares integradores sejam.
Hoje está mais barato comprar tubos e cabos elétricos fabricados no Brasil do que importar da China ou da India (dados de há duas semanas atras…). Se considerar que só este quesito ja representa uns 15% de uma plataforma de Petróleo (com projeto e instalação considerados…) já é um grande ponto a ser pensado..
Olá Rommelqe. Pelo que lembro, os cabos para uso militar foram desenvolvidos com ajuda de uma universidade pública para o programa dos submarinos Tupi.
O cabo é antichama e não produz fumaça quando sobreaquecido. Acho que a capa polimérica é tratada no final com feixe de elétrons, que promove uma reticulação do material em torno do cabo de cobre que não amolece mesmo em altas temperaturas nem pega fogo. Quando aquecido ele forma uma capa de carbono amorfo.
É verdade. Hojew só se emprega esses cabos. Abs
Custo da mão de obra entra sim.
De uma forma geral no âmbito do BNDES & Cia, prevalece o conceito conforme link abaixo:
http://www.abimaq.org.br/site.aspx/Abimaq-Informativo-Mensal-Infomaq?DetalheClipping=11&CodigoClipping=173
Há outras considerações, mas entendo que o item referente a serviços (que inclui projeto etc) tem que ser observados e melhor conceituados.
Lembrar que em licitações envolvendo equipamento militar há outras questões estratégicas e institucionais a serem levadas em consideração, até mesmo porque as linhas de financiamento não necessariamente são via BNDES (conforme seria o caso dos critérios mencionados/preconizados no link que postei acima)
E quem financiaria, prezado Mestre? Quem?
Olá Esteves. Isso depende. Por exemplo, os suecos venderam os F39 financiados por um banco deles. Os franceses venderam os submarinos por um banco deles. O FMS não tem financiamento, são os governos compradores que pagam ao ao governo dos EUA diretamente. No caso das FCT, é o Tesouro que vai pagar aos alemães por meio da Emgeprom, mas o estaleiro pode usar o BNDES para financiar a modernização das oficinas ou para adquirir peças, componentes e softwares de empresas brasileiras.
Caro Esteves: conforme o Camargoer mencionou, no caso das Tamandares é o tesouro nacional. Em outros casos, o edital nem necessáriamente estabelece um “indice de nacionalização” do equipamento em si, mas pode fixar contrapartidas substanciais (por exemplo no Gripen a fonte de financiamento é sueca sem dizer que o contrato impõe a necessidade de investirem várias contrapartidas no Brasil; pelo fato de propiciar o treinamento e criar milhares de empregos diretos e indiretos isso por si só já representa uma “nacionalização de serviços” muito grande). No caso dos Riachuelos a subcontratação da Nuclep pelo consorcio fornecedor já é uma “compensação”… Read more »
Olá Rommelqe. Acho que os recursos do HBR-X vieram diretamente do Tesouro. Pelo que lembro, o LDO menciona explicitamente os recursos para o programa.
17/99/2020 – noite, Camargoer, senão me engano, os recursos para aquisicao do Navio de apoio Antartico foram incluido juntos com a capitalização das fragatas classe Tamandaré, voce que tem mais acesso, tente confirmar. Obrigado.
Olá Vovozão. Você tem razão. Os recursos transferidos pelo tesouro para a Emgepron serão usados também para pagar o navio de apoio antártico, mas o estaleiro demandará recursos para iniciar a construção, aquisição de material e máquinas, contratação de pessoal, preparação do estaleiro. Geralmente, estes recursos são obtidos no BNDES com alguma carência. A Emgepron provavelmente irá pagar o estaleiro em função do andamento da construção, mais ou menos como aconteceu com as Macaé.
Olá Rommelqe. Obrigado pelo link. Concordo com você que dependendo do equipamento, o valor do softwares poderá ser incluído na conta da nacionalização pelo valor, já que o peso deles é virtual.
Vixi. 60%. Até as Tamandarés…
“Apesar de entendermos que isto é legítimo por parte do empresário que visa defender sua empresa da concorrência estrangeira, fica a questão do financiamento, pois aparentemente têm ocorrido casos de se usar os financiamentos do BNDES para financiar essas máquinas que estão fora do índice de nacionalização de 60% ou até totalmente importadas.”
Bota plaquinha aqui, vira nacional.
Olá Esteves. Acho que depende do tipo de financiamento. Por exemplo, uma empresa pode importar um determinado equipamento para ampliar a sua produção. Neste ponto, o BNDES financia um produto 100% importado. Neste caso, a empresa está comprando o equipamento importado para o seu parque de máquinas. Outra coisa é uma empresa que produz as máquinas.
Um outro exemplo: se voce fabricar um componente de calderaria em Manaus, para que seja aplicável uma determinada aliquota de isenção tributária, é necessário que o componente tenha um mínimo de operações de usinagem no local.
Se ASMAR levar essa (muito difícil), seria um sonho realizado.
Há muitos anos que o Chile quer fechar parceria e integração com o Brasil. Rotas Transoceânicas, Rotas Oceânicas.
O Chile tem capacidade de fornecer o que a MB precisa neste momento dentro da Construção Naval de Patrulheiros, Navios de Apoio Logístico, Navio Antártico, etc. Parceiros de um mesmo continente mas, de oceanos distintos, sem fronteiras que possam aquecer atritos e com aceso aos mais importantes mercados da atualidade, Europa e Asia.
Mas o corredor interligando atlântico ao pacifico já esta sendo construído.Norte do paraguay esta sendo asfaltado e abriram licitação para nova ponte no mato grosso do sul.
Sim o Corredor Bi Oceânico está em fase final, unindo os portos de Santos e Iquique.
Se ASMAR conseguir os contratos de construção naval de Navios de Apoio Antártico, OPV e Transporte, será uma Estatal Chilena aliada à Marinha do Brasil, o que marcaria uma independência tecnológica por parte do Brasil e do Chile, na parte de construção naval.
Isso sim seria uma grande surpresa e permitiria o desenvolvimento de novas tecnologias na área pra ambos países.
“Futuras demandas de Navios Patrulhas”.
Parece uma compensação por não terem escolhido o projeto Sigma para as Tamandarés.
Podem continuar não sendo escolhidos nos navios-patrulha se não vencerem a disputa que provavelmente haverá para isso.
Assim como diversos concorrentes que não foram escolhidos no programa da classe Tamandaré e que podem disputar esse navio de apoio antártico.
O estaleiro W&S é perfeitamente apto. Basta analisar esses 92 navios/embarcações citados como referencia, fabricados, entre outros, em conjunto com a DAMEN.
Lembro que a proposta para as Tamandares era excelente e, ao meu ver, nessa concorrencia deve ter sido classificado em segundo lugar, muito próximo da proposta da Thyssen
Eu acho que eles venceram.
Mas…os offsets, os IKL, o alemão, o Almirante Karan…
A proposta da FINCANTIERI também era muito boa. Mas as SIGMAS eram os melhores navios….
Já achei a minha proposta favorita ! Sou fã de carteirinha da Damen
Era a participação que eu esperava ver, algo nos moldes do navio de apoio australiano seria uma excelente aquisição para expedições Antárticas.
Vi aqui em outro site de notícias offshore.
“Destacamos também a negociação entre a ECOVIX, controladora do estaleiro Rio Grande, em Rio Grande (RS) e o grupo chileno ASMAR para a construção de um navio polar para a Marinha do Brasil que pode gerar 5 mil vagas de emprego no polo naval do sul.”
Só um esclarecimento, ASMAR não é um grupo Chileno, é uma Estatal Chilena.
Como postei antes, esta é a minha torcida.
O ASMAR também produz navios OPV,seria também uma opção para nós…
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Produz também navios de apoio logístico e navios oceanográficos de ultima geração. Importante mencionar que assim que concluir o Quebra-gelos, se dará início à construção de oi navios de desembarco anfíbio e um de transporte de tropas. Por isso acredito que uma parceria Brasil e Chile, seria muito benéfica pra ambos países, além de garantir uma certa independência no que poderia ser no futuro um bloco sul-americano. depois de tudo, UE não está querendo fechar acordo com o MERCOSUL, então, não há motivo pra beneficiar empresas europeias.
As duas últimas imagens correspondem a um OPV Colombiano (construção de COTECMAR) Escoltado por uma Missileira Chilena SA’AR IV
ASMAR constrói esta mesma classe de OPV mas com o projeto já modificado localmente, dando aos cascos a capacidade de navegar em mares antárticos e existem também, em curso por parte de ASMAR CHILE, os estudos pra uma modificação do projeto destes vasos, que os transformaria em Corvetas Missileiras.
sim,usei apenas como ilustração…
a ASMAR construiu cinco OPVs para a Guarda Costeira da Marinha do Chile , usando um projeto modificado as suas necessidades do estaleiro alemão Fassmer.
Só pra eu não deixar de ser chato (meu velho costume) A Armada do Chile não tem uma Guarda Costeira propriamente dita, sendo função da força toda patrulhar os mares e a Zona de responsabilidade SAR. Em princípio seriam 5 Patrulheiros OPV 80 a serem construídos mas na realidade o Chile parou em 4: Piloto Pardo OPV-81 Comandante Toro OPV-82 Marinero Fuentealba OPV-83 Cabo Odger OPV-84 Este último modificado localmente já com capacidade de navegação antártica. Com o tempo se aumentaria pra 6 unidades mas, as duas últimas foram momentaneamente suspensas à espera das modificações que a ARCh implementaria neste… Read more »
É assim que se mantém a capacidade instalada…. com encomendas.
“Parceria também será estendida para os demais projetos em análise pela Marinha do Brasil”…
Esse pequeno trecho muito me agradou…
“Além da licitação do NApAnt, a Marinha também está analisando a potencial construção de dois Navios de Apoio Hidroceanográficos. Futuras demandas de Navios Patrulhas e Embarcações de Busca e Salvamento também poderão ser objeto de necessidade da Força Naval no médio prazo e estão dentro do escopo da parceria firmada entre as duas empresas”.
A DAMEN tem uma bela linha de offshore patrol vessel…
Só escolher modelos, quantidades e começar a produzir.
O problema é a demora do Almirantado em fazer isso.
Só o tempo perdido com reunião regadas a vinhos caros e lagostas para deliberar sobre o assunto, já demora uns 3 anos.
Depois começam a decidir começar o processo.
*reuniões
Sem dúvida um dos fortes candidatos.
Empresas que responderam o RFI da MB para esse projeto (Slide divulgado na LAAD 2019)
Tivemos que apagar dezenas de comentários fora do tópico. Pessoal, por gentileza, vamos colaborar para manter o nível elevado no debate.
Vários comentaristas estão de castigo por não respeitarem as regras:
https://www.naval.com.br/blog/home/regras-de-conduta-para-comentarios/
Caro Galante. Há muito leio essa sua ferramenta que efetivamente tem contribuído para o conhecimento de pessoas menos esclarecidas, nas quais me incluo, a respeito da nossa Força Naval. Algumas coisas eu não entendo, daí solicitar do nobre colega melhores informações, didáticas até. Se nós alugamos satélites, quase todos até bem pouco tempo, para ajudar-nos com condições climáticas , esclarecimentos fronteiriços e territoriais, porque não fazê-lo relativamente à Antárctica. Um convênio com o Chile e Argentina, tenho certeza, supriria nossas informações e necessidades sobre pesquisas naquela área. Considerar como prioritário aquele continente gelado, sob qualquer pretexto científico, não justifica tão… Read more »
Essa questão dos efetivos da MB, tem uma explicação. Tem uma lei, mais especificamente a lei nº 12.216/2010, que estabelece um aumento do efetivo da MB por questões como os programas de reequipamento e a 2ª Esquadra, a partir de 2015 a MB vem fazendo ações no sentido de reduzir o efetivo na medida do possível, é fácil aumentar mas é bem difícil diminuir, para não gerar problemas organizacionais.
Lembre-se que o cenário em 2010, ano em que a lei é aprovada, era bem diferente do que viria a ser alguns anos depois.
Prezado Guilardo, obrigado pelas palavras. O Programa Antártico Brasileiro começou em 1982, com a Marinha do Brasil coordenando o suporte às atividades brasileiras na Antártica. A presença brasileira lá é de suma importância, para estudar a relação desse local gelado com o restante do planeta, como interage e de que forma influencia os oceanos, atmosferas e massas terrestres. As pesquisas científicas ajudam a esclarecer questões diversas, tais como biodiversidade marinha, circulação oceânica, ciclos hidrológicos, evolução das glaciações polares e a relação atmosfera-oceano-clima. Nosso país tem um elevado conceito na comunidade antártica por causa do trabalho desenvolvido até agora. A manutenção… Read more »
Navio patrulha?? Uma pergunta…a MB comprou as 3 patrulhas da BAE e o projeto…esse projeto poderia ir p esse estaleiro p o mesmo construir??
Grato.
Olá Waner. Há um esclarecimento da MB que deixa claro que foram comprados apenas os 3 barcos. Não foi adquirido em projeto nem licença para a construção de novas unidades.
A classe amazonas não tem hangar para helicóptero e para a MB esse requisito é bem importante.
Pergunta aos especialistas de ocasião:
Alguém poderia explicar de forma simples e objetiva a diferença técnica entre o navio pretendido e um navio quebra gelo?
Ou é tudo farinha do mesmo saco?
Pelas imagens não consegui identificar de forma clara como.é o casco do navio
É casco duplo, ou outro técnica que desconheço.para um navio enfrentar um mar gelo de várias espessuras?
Olá Renato. Um quebra-gelo tem um casco reforçado e propulsão de enorme potência. Isso basta. Um navio de apoio antártico também terá um casco reforçadosmas mais estreito porque ele precisa romper camadas de gelo mais finas que um quebra-gelo. Além disso, um navio de apoio antártico é também um navio cargueiro, usado para abastecer a Base na Antártica durante o inverno, já que os vôos do C130 e futuramente do KC390 são muito prejudicados durante o inverno devido ao mal tempo. Por fim, o navio de apoio antártico também é um navio de pesquisa com laboratórios, coisa que o quebra-gelo… Read more »
Será que nessa situação de verbas curtas, o navio antártico está na relação de prioridades? Podemos arma-lo para eventual uso como patrulheiro? A esta altura do campeonato temos que adquirir meios navais com funções multi tarefas.Gastar tudo isso para um cruzeiro anual de retorno problemático é injustificável. Melhor termos um patrulheiro reforçado para gelo.
Caro Luiz. Ele e. Prioritário sim. A base precisa de um suporte para operar e o atual navio está no limite. Um navio deve ter um alto nível de confiabilidade para operar na Antártica. Sem esse navio, a MB teria que contratar navios de outras marinhas, algo que pode ser muito difícil dado as amplas necessidades de todos que operam na Antártica de ter seu na Io a disposição para as missões de rotina e para as emergências. As FCT foram contratadas. Do falta a MB resolver a questão dos caca-minas. Que talvez seja o próximo na lista de prioridades.
17/09/2020 – bnoite, Camargoer, uma pergunta: o Ari Rongel, apos ser substituido na antartica, ainda poderia ser utiluzado pela MB , tipo NaPOc???? Ou esta no final da vida util????
Olá Vovozão. Teríamos que perguntar a quem opera o navio sobre as condições. Creio que ele não tem condições de ser tornar um NaPaOc (odeio as abreviações da MB). Talvez pudesse ser usado como meio distrital. Ele foi construído em 1981. Trinta anos operando em um ambiente hostil com a Antártica pode ter acelerado o seu envelhecimento.
Tenho entendido que um navio, mesmo sendo um quebra Gelo, teria muitas dificuldades de operar na Antártida durante o inverno.
Olá Glasquis. Creio que eu li em algum documento sobre esse novo navio de apoio antártico que ele teria a capacidade de chegar na base da MB no inverno. Isso não significa que ele poderá romper placas de gelo mais espessas em outros lugares, mas que terá um Vasco forte o suficiente e potência disponível para romper o gelo que se forma na baia em frente a base brasileira no inverno.
Acredito que durante os meses de junho, julho e agosto, nenhum navio consiga se aproximar as suas bases em terra na região antártica devido à espessura do gelo. Normalmente missões de resgate devem esperar o início da primavera.
Mas posso estar enganado.
Olá Glasquis. Isso depende de onde a base esteja localizada. Creio que as bases do Brasil e do Chile na Ilha George ficam cobertas com gelo de pequena espessura, que poderia ser vencido por um quebra-gelo simples. Eu acho que li ou vi alguma reportagem sobre isso (só não lembro onde). Vou pesquisar e dai respondo.
Olá Glasquis. Pelo que apurei, este navio de apoio antártico deverá ter “…capacidade de operar em águas polares com a presença de gelo para substituir o NApOc Ary Rongel, construído em 1981“. Em outro documento da MB, encontrei que o “…NApAnt deverá possuir capacidade para operar no verão/outono, em condições de gelo médio de 1º ano, podendo encontrar intrusões de gelo antigo“, devendo “…estar em conformidade com os requisitos da Categoria B do Código Polar e requisitos de casco e de máquinas da Classe Polar 6 (PC 6), da “International Association of Classification Societies” (IACS)“. Portanto, você tem razão sobre a… Read more »
Pois é…
Eu fico pensando numa eventual necessidade se ter as duas configurações na mesma embarcação não seria mais econômico do que individualmente.
Tipo navio multitarefa.
Olá Renato. Acho que este navio de apoio antártico já é uma embarcação que combina a capacidade de transporte, de pesquisa e que também tem uma capacidade (limitada) de quebra-gelo. Há o fato do navio demandar um excelente isolamento térmico. Um quebra-gelos puro, como aqueles que operaram na região ártica abrindo rotas para os navios comerciais possuem maior potência e cascos muito mais reforçados.
Camargo.;
Voce sempre contribui para que o debate seja qualificado.
Fica aqui a minha gratidão e respeito.
Olá Palhares. Obrigado pelas palavras. O carinho é recíproco.
Navio de apoio, apoia. Faz pesquisas. Leva suprimentos e linhas logísticas.
Navio quebra-gelo pode fazer tudo que o navio de apoio faz. Afinal, os dois são navios.
Navio quebra gelo existe para abrir rotas, levar gente pra passear e mostrar empowerment. Como o quebra-gelo russo movido por energia nuclear.
Será que os Russos aceitariam uma permuta por carne de porco, vaca, soja…
“Futuras demandas de Navios Patrulhas e Embarcações de Busca e Salvamento”, caso venham a existir, defendo que, dependendo do porte, a preferência seja dada ao estaleiro da Inace. Quiseram dividir a produção das Macaés entre a Inace (Fortaleza) e o Eisa (baía de Guanabara) e deu no que deu. Sem falar que a Inace exportou três barcos patrulha para a marinha da Namíbia. É muito importante encomendar os serviços a uma empresa 100% nacional e que não depende de encomendas militares para sobreviver.
Olá João. A escolha do estaleiro é por licitação. Quem apresentar o menor preço ganha. A pergunta que deve ser feita seria se o Inace tem interesse, porque o estaleiro tem seus clientes contratados e sua programação.
Prezado Camargoer
A Lei de Licitações e Contratos, nos seus artigos 24 e 25, dispõe da dispensa de licitação nas compras militares. No artigo 24 o inciso IX destaca a segurança nacional. O inciso XIX do mesmo artigo fala na possibilidade de manter a padronização. Enfim, as exceções estão aí e podem ser usadas.
Quanto ao estaleiro não mostrar interesse, daí é outra história.
Abraço
Não tem que dar preferência a ninguém, feita a licitação a preferência é da melhor proposta…povo quer cotas até em licitação!
Camargoer
Agradeço lhe a deferência de sua precisa informação. O que refiro é baseado no fato de que a USNavy utilizou muitos “destroyers” nas pesquisas árticas, tanto no Polo Sul quanto no Polo Norte. Até porque são eventuais TOs., para as potencias marítimas. Refazendo a pergunta: não poderíamos ter Fragatas, de casco com capacidade de operar em mares árticos? Abraço.
Amigo
A Antártida é um zona desmilitarizada , não ia pegar bem !
Olá Luiz. Eu tenho dúvidas se fragatas com casco reforçado para operar em regiões com gelo teriam valor estratégico para a MB. No documento sobre o planejamento da MB para o período até 2040, ela restringiu os interesses ao Atlântico sul, priorizando duas regiões, a foz do Amazonas e o litoral sul-sudeste. O papel da Antártica ficou restrito às tarefas em torno da base de pesquisa. Creio que reforçar o casco das fragatas elevaria o custo sem um ganho estratégico. Creio que a MB precise focar nas fragatas para operar nas águas quentes do Atlântico.
“não poderíamos ter Fragatas, de casco com capacidade de operar em mares árticos? “
Desnecessário. Teriam um custo maior e não há hipótese nem motivo pra MB investir em combatentes de superfície pra um TO tão longe do seu território. Caso precisa-se proteger a sua Base de Pesquisa, seria muito mais viável contar com algum aliado (Argentina ou Chile), que navegam constantemente essas aguas e que historicamente tem prestado apoio ao Brasil quando tem precisado de suporte na Antártica.
Além do mais, o que faria uma Fragata Brasileira tão longe da sua área jurisdicional?
“não poderíamos ter Fragatas, de casco com capacidade de operar em mares árticos? “ Não há porque tão precisão,esse tipo de navio só é bom para quem tem grandes pretensões,como os russos que estão criando um navio quebra-Gelo de patrulha,chamado Ivan Papanin… Ela está armada com mísseis de cruzeiro Kalibr e um canhão naval de 76,2 mm, e também possui um heliporto, com um hangar para um helicóptero de reconhecimento e vagas para duas lanchas da classe Raptor. Tem capacidade para 50 tripulantes de missão, além dos marinheiros e oficiais que comandam o próprio navio, e tem autonomia de 60 dias, com… Read more »
Sim mas os Russos e os Noruegueses operam nos Mares Árticos. Diferente do Brasil.
Caro Marcos R
O estaleiro Inace já venceu concorrências (e entregou) de vários barcos patrulhas para a MB. Já o estaleiro Eisa “venceu” e não entregou dois barcos patrulhas, que hoje estão no AMRJ esperando a conclusão.
Logo, dar preferência a Inace é uma questão de segurança nacional (inciso IX do artigo 24 da Lei de Licitações e Contratos).
Abraço
Caro João. A licitação é um modo de conseguir menores preços. A MB pode fazer outros processos, por exemplo via carta-convite, ou dispensar a licitação. O submarinos Riachuelo e as FCT foram escolhidas por um processo mais complexo, na qual o preço era apenas um dos itens de pontuação. O processo de licitação pode ser honesto e transparente, sem que a documentação seja pública (para preservar o que for informação classificada no caso dos equipamentos militares) e ter o aval do TCU. Para isso é preciso acertar antes com o TCU para evitar problemas. Licitações podem ser direcionadas de vários… Read more »
Prezado Camargoer
Excelente comentário. Não tenho nenhum reparo a fazer. Mas eu me referia a uma possível futura encomenda de barcos patrulhas, área em que o estaleiro Inace tem sido nota dez. Continuo defendendo um apoio (dentro da legalidade, é claro) a esta empresa 100% nacional e muito competente. Como é feito em qualquer país que leva o setor de defesa a sério.
Abraço
Parece-me um belo navio!
Quais serão as dimensões do NApAnt? Qual a capacidade de carga? Qual a quantidade de tripulantes e de “pesquisadores” que poderá ser acomodada/embarcada?
Adriano Madureira
Esses Russos estão nos surpreendendo. Desde Pedro o Grande querem se tornar potencia naval. Estão fazendo o dever de casa. Esse barco que vc pesquisou é o sonho de consumo de qualquer base Ártica.multi função serve na paz e na guerra. Cusrtoxbenefício, ótimo. Abço.
Seria bom adquirir um navio desses com eles,poderia ser usado até Rublos na transação,oque sairia mais em conta do que em dolares…
Um exemplo foi o Egito que assinou em junho desse ano,um contrato de aquisição de 500 T-90MS da Russia por 156 bilhões de Rublos(2,2 bilhões de dólares).