Naval Group lança o ARA Piedrabuena, segundo OPV argentino
O segundo dos quatro Navios de Patrulha Offshore (OPVs) encomendados pela Argentina foi lançado nos Estaleiros Piriou em Concarneau (Bretanha)
Após a chegada do ARA Bouchard na Argentina em fevereiro de 2020, o segundo OPV
foi lançado nesta quinta-feira, 1º de outubro de 2020, nas instalações de Piriou em Concarneau.
Este lançamento vem adiantado – 2 meses antes do prazo contratual – apesar do contexto sanitário adverso. Os dois próximos navios também são construídos pela Kership (joint venture entre o Naval Group e a Piriou) em Lanester.
Assinado em 22 de junho de 2018 em Buenos Aires, o contrato de entrega de quatro navios multi-missão de patrulha oceânica para a Armada Argentina entrou em vigor em 13 de fevereiro de 2019.
Este contrato cobre a entrega do L’Adroit – um navio comissionado no final de 2011 e operado pela Marinha Francesa antes de ser modernizado para se tornar o ARA Bouchard – assim como a construção de 3 novas unidades com design aprimorado (conhecidas como OPV 87). As três novas embarcações estão especialmente adaptadas à navegação nas águas geladas do Oceano Antártico, por meio de um reforço de sua estrutura.
O Naval Group é o Contratado Principal, encarregado da Gestão do Programa e do relacionamento com o cliente argentino, do trabalho de projeto geral da embarcação armada, bem como de todos os estudos, desenvolvimento e integração do sistema de combate Polaris. Mais de 100 profissionais estão totalmente dedicados a este programa de sucesso. Este é um marco importante para o Naval Group, pois este navio é o primeiro OPV construído para o mercado de exportação.
“Este projeto é um grande orgulho para as equipes do Naval Group. Estamos orgulhosos da colaboração de sucesso com a Piriou. Este OPV atende a todas as expectativas da Armada Argentina. Seu design foi especificamente adaptado para a navegação no Oceano Antártico”, explicou Olivier Michel, vice-presidente de Vendas do Naval Group para a América Latina.
O OPV 87, um navio polivalente envolvido em várias operações militares, mas também na política de pescas e missões de segurança marítima, é o projeto de OPV do Naval Group que demonstrou sua eficiência e a relevância das inovações desenvolvidas para servir marinhas e forças especiais.
Os navios de patrulha offshore argentinos se beneficiam das inovações propostas pelo Naval Group e do projeto comprovado operado pela Marinha Francesa.
- Forte autonomia e excelente navegabilidade;
- Uma visibilidade de 360 ° do passadiço e um mastro exclusivo para uma cobertura de radar panorâmica;
- A implementação discreta e segura em menos de cinco minutos de embarcações rápidas para forças especiais graças a um engenhoso sistema de rampa na popa do patrulheiro;
Esta gama de navios se beneficia também da experiência do Naval Group em termos de sistemas de informação e comando, permitindo uma vigilância alargada do espaço marítimo e a detecção automática de comportamentos suspeitos graças ao Polaris®, um sistema específico desenvolvido pelo Naval Group para missões de estado no mar que é comprovado pela Marinha Francesa.
Características técnicas
O Navio de Patrulha Offshore tem capacidade para permanecer no mar por mais de três semanas, atingir uma velocidade de 20 nós e acomodar um helicóptero em seu hangar. Operado por uma tripulação reduzida de quarenta membros, ele também pode acomodar passageiros extras.
- Comprimento: 87 metros
- Boca: 14 metros
- Deslocamento: 1.650 toneladas
- Máx. velocidade: 20 nós
- Acomodação: 59 (tripulação e passageiros)
- Autonomia:> 7.000 milhas náuticas
- Capacidade de transporte: duas embarcações leves de 9 metros e um helicóptero da classe de 5 toneladas
DIVULGAÇÃO: Naval Group
Parabéns aos Argentinos. Sabemos das suas deficiências e com certeza esses 4 navios darão a marinha Argentina um fôlego nas missões de patrulha. Agora a questão de navios de combate estão bem defasados, apesar que nós Brasileiros não podemos falar muito…
Verdade. Nossas fragatas são da década de 70 (6 Niterói e 2 Greenhalgh) e as deles da década de 80 (4 Meko 360). Nossas corvetas são mais recentes (1 Barroso e 1 Inhaúma) e a deles um pouco mais antigas (6 Meko 140 e 3 A69). Aa duas frotas são antigas e pequenas.
Triste realidade amigo. Eu sinceramente esperava que a Barroso fosse modernizada, pelo menos com um canhão oto 76mm igual aos da Tamandaré, pois são bons em defesa antiaérea também, coisa que a Barroso praticamente não tem. Além disso imaginava um míssil antinavio com maior alcance, como o exocet block3, além de atualizações de radares e um PMG completo, mas a MB já descartou isso.
Situação da nossa MB está triste ?
Um Opv com essas características pode ajudar na prevenção de ilícitos no mar territorial e zonas de exclusão.
Se operados em combinação de drones ou avião de patrulha será uma ferramenta de grande utilidade.
Pelas características de projeto ele poder navegar mais ao sul em águas geladas, será um ganho para a marinha Argentina.
É um belo navio, mas deveria ser melhor armado, pelo que vi só tem um canhão de 30 mm, deveria ter algumas metralhadoras .50 nas laterais e na popa, principalmente se precisarem dar uns tiros de advertência em pesqueiros ilegais!
E um patrulheiro, não precisa de mais.
Acho que as .50 seriam importantes, não estou falando de armamento pesado!
Sim mas tem um custo maior e o mar não está pra peixe. Argentina ainda menos.
Existem os pontos de montagem desses armamentos no projeto.
.
Existem fotos do ARA Bouchard em que tu pode ver uma .50 em cada bordo.
Tendo o local de montagem .50 não deve faltar nas FA’s argentinas para colocar!
Uma .50 já afunda um pesqueiro, um 30mm nem se fala, para quê ter mais poder de fogo?
Esse projeto é fantástico, ultra moderno e capaz. Podendo operar helicópteros, UAVs e USVs, são inclusive multifuncionais. Os hermanos estão muito bem servidos com eles, melhor do que nós com as 3 Amazonas.
Deveríamos ter mo mínimo 12 Amazonas!
Olá Almeida. As Amazonas foram uma excelente aquisição da MB. Eram navios novos e o preço baixo. O problema delas é a ausência de um hangar, mas elas podem receber helicópteros. Eu fico em dúvida se a MB deveria construir localmente um segundo lote de Amazonas, o que teria como resultado um aquecimento da atividade econômica neste período de recessão-depressão. Ou talvez, contratar um lote de corvetas puro-sangue, mas ai o preço mais que o dobro.
Olá Camargoer. Só acho que se formos fazer aqui, o preço vai para as alturas (tem que ver…). Justifica no caso dos subs, pensando em know-how e no sub-nuc, mas produzir qualquer coisa aqui, só pra gerar empregos, a custo do dinheiro público, não dá mais.
Caro Adriano. Pelo contrário. O custo de produzir localmente, pagando substancial parte dos materiais em reais, gerando empregos que direcionarão o consumo dos funcionários e de suas famílias no comércio e serviços locais (supermercados, escolas, etc), gerando inclusive receita fiscal e contribuições previdenciárias. Outro fator é a construção local permite que o estaleiro busque financiamento no BNDES para aquisição de bens de capital para o estaleiro, que irão aumentar a produtividade local inclusive para outros projetos civis do estaleiro posteriormente. Há dias, debatemos a questão do estudo do Chile que concluiu que o aumento marginal do custos para a produção… Read more »
Nós temos a licença para fabricar localmente mais Amazonas, acho que o problema é o cobertor curto a MB preferiu dar prioridade aos projetos dos Riachuelos e dos Tamandarés.
Caro Fabio. O comandante da MB já respondeu em uma entrevista que o Brasil NÃO TEM a licença para construir novas Amazonas. Para isso, terá que ser negociado um contrato com a BAe.
A MB não comprou essa licença, isso já foi esclarecido em entrevista.
E por ai o que a gente precisa. Navios de patrulha oceânica modernos, baratos de operar, em uma boa quantidade para de fato marcarmos nossa presença no atlântico. Isso ai deveria ser a prioridade: fazer o básico.
Uns 12 navios de patrulha oceánicos seriam muito muito mais relevantes do que 4 Tamandares. O preco de uma Tamandua deve cobrir facilmente o preço de 3 a 4 navios de patrulha.
As Tamandares deveriam ficara para depois.
Zorann,
Os atuais vasos não podem esperar… Simples assim…
A espinha dorsal da Esquadra é formada por navios que já passaram dos 40 anos, e estão navegando muito além do que deveriam. Não demora e irão se tornar realmente uma verdadeira fonte de problemas. Aliás, só permanecem ainda pela acertabilidade do projeto ( ninguém pode negar que a Vosper MK.10 é navio pra bater mesmo… ) e pelo zelo da Marinha, que tira leite de pedra.
No mais, quem tem patrulheiro, faz patrulha e não vai a guerra. E quem tem meios de combate, vai a guerra e faz patrulha.
Comparou Tamandarés (laranja) com OPVs (banana).
A relevância de cada um dos meios não possui termos de comparação quanto a maior relevância de um sobre o outro.
Eu acho que se déssemos uma olhada nos produtos dos estaleiros dos nossos vizinhos,certamente poderíamos achar algo para preencher a lacuna que há em nossa defesa naval…
Há o OPV 93 produzido pelos colombianos e que poderia ser adquirido ou ao menos serem avaliados pela MB.
Construídos pela indústria naval Cotecmar, da Colômbia…
Há também o OPV-80
Respeito as decisões do almirantado, mas como este fórum é para podermos nos expressar livremente, eu particularmente dividiria os investimentos em esquadra e distritos. Foram alocado muitos na esquadra (subs + aviação + fragatas) deixando os meios distritais com poucos investimentos. Claro que houve compras de oportunidades para substituição dos antigos rebocadores, e a retomada das classe Macaé, mas é na nossa costa e também nas nossas baías que a coisa realmente pega: pirataria, pesca ilegal, SAR. Estamos muito carentes de OPV marcando presença em mar aberto.
Gostei do desenho e das características deste OPV. Infelizmente temos apenas 3 da classe Amazonas. Deveriam se muito mais.
A Naval Group esta bem na America Latina , Prosub Brasileiro + OVP Argentino, e quem sabe o futuro NAE de 42000 Toneladas da MB.
Mas tem sempre alguém pra dizer que a doutrina Monroe é imperialista (a América pros (norte) americanos). A europa continua chupando o sangue das américas e mira na amazônia, ultima ratio regnum dos militares tupiniquins que compram caros equipamentos franceses, alemães, ingleses…
Alex Barreto Cypriano e vdd ,nao atoa os EUA estao nos passando tecnologia dos Scorpenes (MANSUP) ,Sub Nuclear ,Gripen etc ….. SQN eita Fan boy que nao quer sair da coleira nem a pau Remival.Quanto a AmazoniA no passado os EUA tambem cogitaram invadi-la , na segunda guerra tambem e por Natal , mais disso voces fan boys sempre se esquecem ne ? Agora os politicos daqui mais os milicos estao c….. gando para a soberania e so ver como estamos obsoletos. Ou se toma vergonha na cara e armem as FFAA condizente com nossas riquezas ou mais cedo ou… Read more »
Então os políticos e milicos não dão a minima pra soberania mas tem que equipar as FFAA pra defender a riqueza nacional… Você tem idéia de quão contraditório foi isso que você escreveu? Mas você tem razão, a América só vendeu uns seahawk/Blackhawk pro Brasil (os M109 e M992 vieram em doação); mas amiguinho de offset são os europeus. Espere e verá que as ToTs européias são presente (pago) de grego.
Ótimo para os argentinos, parabéns a eles. Para todos que querem saber um pouco mais sobre nossos planos. No blog defesa aérea e naval o Padilha entrevistou o comandante da MB. Lá ele menciona a construção de patrulhas de 1800t, mais sub, sobre o Atlantico virar um NAeM e muito mais. Só não coloco o link porque fica travado. Ótima entrevista.
Linda belonave. Valeria e muito se gastar comprando-as. Estou enganado ou há espaço de sobra no convés?
Olhando para estes navios em comparação com as Tamandaré e comparando a aquisição do as aviões gripen pelo Brasil em comparação com os super etandé pela Argentina fica claro que com muito menos dinheiro e mais inteligência a Argentina está conseguindo se equipar tão bem quanto o Brasil.
Ce ta zuando ne irmão, foi ironia né?????
Isso que você escreveu é para ser considerado como ironia, certo?
Grande piada! Desconhecimento total do tema.
Eu sempre gostei muito desse projeto
Enquanto isso no Brasil,ficamos fazendo “Overhaullin” nas nossas classe Macaé,que falam que serão terminadas em 2022.
E a MB continua com o sonho do projeto NPa 500BR,que por enquanto ainda é apenas uma maquete,um projeto que já vem se arrastando há muito tempo na Engeprom.
O napa500br é do CPN, não da EMGEPRON.
Espero que com a TKMS sendo a vencedora para a construção das Tamandaré,possa quem sabe haver uma oferta de navios OPV para a MB,afinal será uma união de médio-longo prazo…
Ou até quem sabe,conversar com quem foi perdedor no programa das tamandarés…
Na verdade o vencedor da licitação do navio polar da MB é quem terá prioridade no fornecimento dos navios patrulha .
04.10.2020 – domingo, bdia, Gabriel, eu gostaria muito que o vencedor da licitação do navio polar brasileiro, fosse a DAMEN, e naturalmente tenha prioridade na construcao dos navios patrulhas, caso nao haja novas mudanças políticas, pois, considero que houve alguma interferência para não ser considerada vencedora na construção das FCT. Como somos simples entusiastas ficamos sem saber realmente o que houve, ja que eles (Damen/SAAB), eram considerados pule de 10.
Bom dia , amigo.
A proposta holandesa também é a minha favorita. Caso as corvetas da DAMEN tivessem sido selecionadas no programa Tamandaré as entregas seriam bem mais rápidas. MAS existem outras variáveis técnicas que eu não sei avaliar
só espero que o almirantado não compre esse…kkk
Penso no P840 da DAMEN , o famoso Holland Class.
Não dá ideia… Não dá ideia…
Navio atrulha com armamento leve e construido com técnicas navais civis para reduzir custos, ate concordo más navio com cara de iate não dá.
Sério ?! Que bom…Você saberia dizer quem está na disputa do navio polar ou ainda não começou tal programa de aquisição?
Falta lançar o RFP, espera-se que até o fim do ano ele seja lançado.
Obrigado Wilson…
Entre os interessados temos coreanos , alemães , holandeses, turcos , italianos , chineses …vai ser uma licitação muito boa.
Obrigado Gabriel… Pelo jeito nomes fortes não faltarão,quer dizer : Faltaria somente russos e americanos… Mas vai que um deles se oferecem na concorrência,lembrando que uma comitiva militar foi até Moscou para sua feira anual de armamentos e um general brasileiro até falou de uma cooperação naval com os russos.. o general Duizit Brito, diretor do Departamento de Promoção Comercial da Defesa (DEPCOM)falou: Para Brito, Brasília e Moscou podem cooperar na área de construção naval e no desenvolvimento de projetos para a Antártica. “[Os russos] são muito especializados em áreas geladas, e nós temos os estaleiros. Então há uma possibilidade… Read more »
Prestaram atenção na autonomia do navio???? & mil milhas… , Para um navio deste tamanho…., muito bom.
Sem duvidas é muito bom , MAS esse daqui seria a excelência
https://www.youtube.com/watch?v=Iz2CtlXC8lE
P840 Holland Class , da DAMEN .
Eu só queria entender, como um país com sérios problemas financeiros e sendo a segunda econômia da america do sul, consegue comprar 4 navios de patrulha oceânicos novos e nós só temos 3 de projeto mais antigo, menos capaz e compexo, cujo projeto nós tambem compramos e até agora nem se fala e construir mais desse meio básico e necessário.
Porque a MB só comprou os navios, não o projeto. O que tem é o projeto do CPN de OPV.
Da mesma forma que uma cara que ganha salário mínimo compra uma TV Smart: FINACIAMENTO.