WASHINGTON – A estimativa de custo da Marinha dos EUA para sua nova fragata da classe “Constellation” acabará sendo cerca de 40% menor do que o custo final por navio, previu o Escritório de Orçamento do Congresso (CBO) no dia 13 de outubro.

Eric Labs, o analista do CBO amplamente respeitado que produz avaliações de programas da Marinha para legisladores, calculou que o custo do navio seria de cerca de US$ 1,2 bilhão por casco. A estimativa da Marinha é de US$ 870 milhões por navio. Todo o contrato de 10 navios, se executado, custará cerca de US$ 12,3 bilhões, estimou o CBO. A Marinha estima em US$ 8,7 bilhões.

A análise do CBO é baseada em uma combinação de fatores, incluindo: o custo médio de construção de navios semelhantes por mil toneladas; o custo de sistemas semelhantes em navios semelhantes; dados históricos de economias obtidas ao longo da vida de um programa de construção naval; e explica o fato de que o crescimento dos custos de construção naval historicamente supera a inflação na economia em geral.

Na verdade, se a estimativa da Marinha se mantivesse, seria o combatente de superfície mais barato dos últimos 50 anos, concluiu o relatório.

Se a estimativa do CBO for verdadeira, será a última de uma série de programas que excederam em muito suas estimativas de custo. A Marinha foi duramente criticada por aquilo que o Serviço de Pesquisa do Congresso estima ser um crescimento de custo de 27 por cento para o novo porta-aviões Gerald R. Ford, embora em US$ 13,3 bilhões o custo do Ford exceda a compra inteira de 10 navios FFG (X), não importa qual estimativa é válida.

O CBO admitiu que a Marinha tem bons motivos para acreditar que pode manter os custos baixos, apesar de historicamente quase sempre subestimar o custo de seus projetos de construção naval. O navio é baseado no projeto original de um navio que está em produção há anos, está desenvolvendo pouco em termos de novas tecnologias para ele, e o construtor naval Fincantieri Marinette Marine é um experiente construtor de pequenos combatentes de superfície.

Mas “os custos de todos os combatentes de superfície desde 1970, medidos por mil toneladas, foram maiores”, relata o CBO. Além disso, mesmo quando os sistemas colocados no navio estão maduros, como no caso do destróier da classe Arleigh Burke, “os custos acabaram sendo maiores do que inicialmente estimado”.

A Marinha também está tentando incluir muito mais no design pai da FREMM do que acomodou anteriormente, o que poderia gerar um aumento de custo inesperado.

A Marinha acredita que tem sido conservadora com a estimativa, baseada parcialmente em uma estimativa independente do Departamento de Defesa que coloca o preço ainda mais baixo do que os US$ 870 milhões da Marinha por casco. Mas, com base em dados históricos, o CBO não está convencido.

“Em sua análise anual do plano de construção naval da Marinha, o CBO descobriu que, nos últimos 30 anos, os navios principais custam 26 por cento mais do que a estimativa original da Marinha, usando uma média ponderada”, diz o relatório. “Quase todos esses navios principais custam pelo menos 10% a mais do que a estimativa original.”

FONTE: Defense News

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