110 anos da chegada do Rebocador-Museu Laurindo Pitta ao Brasil
Guardiã da memória da Marinha do Brasil (MB), a Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha (DPHDM) celebrou, em 29 de outubro, a chegada ao Brasil do Rebocador de Alto-Mar “Laurindo Pitta”, único navio brasileiro remanescente da Primeira Guerra Mundial e mais antigo da Força ainda navegando.
Adquirido pela MB como parte do Programa de Reaparelhamento Naval daquela época, o rebocador partiu da Inglaterra em 30 de setembro de 1910, chegando um mês depois ao Rio de Janeiro.
A solenidade, restrita devido à pandemia da Covid-19 e seguindo todas as medidas preventivas necessárias, contou com a presença do Secretário-Geral da Marinha, Almirante de Esquadra Marcos Silva Rodrigues, e do Diretor do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha, Vice-Almirante (RM1) José Carlos Mathias. A Ordem do Dia alusiva à data rendeu homenagem à história do navio, batizado com o nome do Deputado Federal fluminense Laurindo Pitta, defensor do programa de reaparelhamento na Câmara, no início do século XX.
O rebocador de alto-mar foi integrado em 1918 à Divisão Naval em Operações de Guerra (DNOG), criada para participar do conflito, patrulhando a costa noroeste africana. Ao “Pitta”, couberam tarefas de apoio, como transferir carvão, sobressalentes e água destilada para os outros navios da DNOG. Após a guerra, o “Laurindo Pitta” passou a exercer tarefas de rebocador de porto no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro e na Base Naval do Rio de Janeiro até a década de 1990, mesmo após sua baixa do Serviço Ativo, em 1959.
O texto da Ordem do Dia ainda recordou sua restauração e conversão em embarcação para transporte de passageiros, com o apoio da Liga dos Amigos do Museu Naval, entre 1998 e 1999, ano em que foi integrado à estrutura orgânica do Serviço de Documentação da Marinha, atual DPHDM. Hoje, o Rebocador-Museu “Laurindo Pitta” é uma das atrações do Espaço Cultural da Marinha, permitindo ao público não só conhecer diversos pontos históricos e turísticos do Rio de Janeiro, como a Ilha Fiscal e a Fortaleza de São João, entre outros, como também ter o privilégio de navegar num herói da Primeira Guerra Mundial, conhecendo a participação da MB no conflito.
FONTE: Marinha do Brasil