Taiwan começa a construir os primeiros submarinos produzidos localmente

O novo programa de Taiwan verá a ilha construir oito novos submarinos de ataque movidos a diesel, o primeiro dos quais deverá ser concluído em 2024

Taipei, Taiwan – No dia 24 de novembro, Taiwan começou oficialmente a trabalhar em seu primeiro submarino produzido localmente em um esforço para aumentar suas defesas costeiras contra qualquer invasão da China.

Sob o novo programa, a ilha autônoma construirá oito novos submarinos de ataque movidos a diesel, que irão rejuvenescer substancialmente sua frota de dois navios da era da Segunda Guerra Mundial e dois submarinos de fabricação holandesa construídos na década de 1980. O primeiro submarino deverá ser concluído até 2024.

Os submarinos são a mais recente iniciativa da presidente Tsai Ing-wen para reorientar a política de defesa da ilha no sentido de evitar uma invasão, em vez de focar nas consequências.

A lista de compras militares de sua administração reflete a mudança e inclui a compra de mísseis e drones dos Estados Unidos em vez de compras tradicionais, como tanques e destróieres, disse Michael Mazza, um pesquisador visitante em estudos de política externa e de defesa do American Enterprise Institute.

“Taiwan precisa substituir o equipamento antigo, mas, ao mesmo tempo, há o reconhecimento de que eles não podem depender desse tipo de plataforma de armas tanto quanto no passado”, disse Mazza. “Eles estão mudando para uma abordagem ‘mais assimétrica’ que se concentra em coisas como sobrevivência, um grande número de munições, mobilidade e um foco em plataformas letais com maior sobrevivência, em vez de F-16s, tanques e destróieres.”

Os submarinos desempenhariam um papel crítico em impedir um desembarque anfíbio do Exército de Libertação Popular da China e também patrulhariam o Estreito de Taiwan, uma via navegável estratégica de 180 km (90 milhas) de largura que separa Taiwan do continente asiático. Pequim reivindica soberania sobre ambos e não descartou o uso da força para atingir seus objetivos.

FONTE: Al Jazeera