O submarino de mísseis guiados USS Georgia (SSGN 729) da Marinha dos EUA transitou pelo Estreito de Ormuz (ou Hormuz) no dia 21 de dezembro acompanhado por dois navios de guerra americanos adicionais, disse a U.S. Navy na segunda-feira em um raro anúncio público dos movimentos de um submarino nuclear.

“O submarino de mísseis guiados USS Georgia (SSGN 729) da classe Ohio, juntamente com os cruzadores de mísseis guiados USS Port Royal (CG 73) e USS Philippine Sea (CG 58), transitaram no Estreito de Ormuz entrando no Golfo Arábico, em 21 de dezembro “, disse a Marinha em um comunicado usando um nome alternativo para Golfo Pérsico.

A entrada das embarcações na área ocorre em meio ao aumento das tensões com o Irã, com o secretário de Estado Mike Pompeo culpando milícias apoiadas pelo Irã por um ataque com foguetes contra a embaixada dos Estados Unidos em Bagdá, no domingo.

Algumas autoridades americanas expressaram preocupação com a possibilidade de o Irã usar o aniversário do assassinato do general Qasem Solemani para realizar um ataque aos EUA.

A Marinha dos Estados Unidos raramente discute o movimento de seus submarinos, mas o anúncio de segunda-feira também incluiu detalhes sobre as capacidades do navio, incluindo sua “capacidade de transportar até 154 mísseis de cruzeiro Tomahawk de ataque terrestre”.

Oito foguetes foram disparados contra a Zona Internacional de Bagdá no domingo, causando danos a prédios e carros em uma área residencial próxima à Embaixada dos Estados Unidos. O complexo da Embaixada dos EUA sofreu pequenos danos, mas nenhum funcionário da embaixada ficou ferido. Os militares iraquianos disseram que um soldado iraquiano ficou ferido quando um foguete caiu perto de um posto de controle de segurança.

“Os Estados Unidos condenam veementemente o último ataque de milícias apoiadas pelo Irã na Zona Internacional de Bagdá”, disse Pompeo em um comunicado no domingo. “Desejamos que essas pessoas feridas tenham uma recuperação rápida.”

O porta-voz do chanceler iraniano, Saeed Khatibzadeh, condenou veementemente a declaração de Pompeo, dizendo que a embaixada do Irã também está localizada na Zona Internacional.

“A embaixada iraniana está na mesma área, atacar qualquer missão diplomática e áreas residenciais é errado e proibido pela lei internacional”, disse Khatibzadeh durante uma coletiva de imprensa virtual realizada na capital iraniana, Teerã, na segunda-feira, com a presença de representantes da mídia local e internacional.

“A declaração emitida pelo secretário de Estado americano é suspeita. Condenamos veementemente a declaração emitida pelo secretário de Estado americano”, acrescentou Khatibzadeh ao responder a uma pergunta do repórter da mídia iraniana local.

FONTE: CNN

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Fabio Araujo

Transitando pela superfície para mostrar que esta lá, bem próximo ao aniversário da morte do General Soleimani um recado ao Irã!

Tomcat4,2

Que cartão de Natal hein!!!rs

Kemen

Os iranianos são muçulmanos em sua grande maioria, o Natal para eles não tem significado, tem para a maioria dos norte americanos, entretanto a força naval entrou ali mostrando que a U.S. Navy esta e estara presente em áreas maritimas liberadas à navegação internacional. O que podemos esperar do Iran? Uma futura maquete de madeira iraniana simulando um submarino nuclear sendo destruida pelas suas lanchas de combate, a propaganda de sempre a gosto dos Aiatolas!

Last edited 3 anos atrás by Kemen
Agressor's

Também serve pra mostrar o quanto é um alvo fácil ali!

Slow

É um alvo fácil igual o drone que matou o soleimane né ?

Dalton

É norma submarinos transitarem nessa área na superfície, sejam SSGNs ou os menores SSNs que aproveitam a ocasião para dar alguma liberdade à tripulação normalmente no Bahrain e normalmente são escoltados por navios
que estejam operando na área caso dos 2 cruzadores o “Port Royal”
pertencente a Frota do Pacífico e o “Philippine Sea” da Frota do Atlântico.

gordo

SSGNs foram por muito tempo quase que uma exclusividade Soviética, por motivos óbvios já que deveriam se contrapor a uma marinha de superfície que dispensa apresentações. Na marinha dos EUA a função dos SSGN era exercida pelos excelentes SSN da Classe Los Angeles. Os tempos mudaram e novas necessidades surgem com novos protagonistas.

Dalton

Os 4 SSGNs americanos começaram a vida como SSBNs e teriam ido para o desmanche por conta de um tratado de limitação de armas estratégicas com os russos, porém, tiveram suas vidas estendidas e convertidos para a nova função e os 4 tem estado bastante ativos, com missões durando mais de 12 meses e trocas de tripulações a cada três meses em Guam para os dois do Pacífico e Diego Garcia para os dois do Atlântico. . Teoricamente todo submarino capaz de lançar mísseis de cruzeiro é um SSGN, os australianos classificam os deles como SSGs, mas, de fato são… Read more »

Bosco

Dalton,
Os novos módulos dos submarinos Virginia (VPM) têm a característica de serem mais facilmente trocáveis. Alguns conterão 3 ou 4 mísseis hipersonicos CPS com mais de 5000 km de alcance.

Dalton

Sim Bosco, os 4 silos maiores poderão conter 2 ou até 4 desses mísseis pelo que li, um total de oito ou quem sabe 16 o que não é muito para um genuíno SSGN , seja como for continuarão classificados como “SSNs” e com a redução do número destes o que será atenuado estendendo a vida de alguns “Los Angeles Melhorados” a tradicional missão do SSN precisará ser mantida. . Há planos para um SSGN “puro” após a conclusão da classe Columbia de SSBNs, com um número maior de mísseis e no estilo dos atuais SSGNs de manter duas tripulações… Read more »

Matheus S

Eu li por suposições razoáveis que seriam de 2 até 3 mísseis em cada silo. Desde que todos os tubos usados ​​atualmente para mísseis sejam capazes de aceitar o CPS, isso daria uma carga máxima de 44 ou 66 mísseis. O Tomahawk ainda permanecerá relevante, talvez preferível em muitos cenários, então uma carga mista provavelmente será carregada. Portanto, os novos mísseis não aumentarão o número de armas, mas aumentam a potência, alcance e a versatilidade. Para um submarino com a tradicional missão de um SSN, manter de 12(3 em cada silo) a 16(4 em cada silo) mísseis CPS não é nada medíocre,… Read more »

Bosco

A quantidade de cenários onde o CPS poderá ser adotado é muito menor do que a quantidade de cenários onde o Tomahawk (e seu futuro substituto, provavelmente deridado do JASSM-XR , denominado de NGLAW) é adotado. Não duvido que alguns Virginias sejam armados com algo em torno de 26 Tomahawks e 6 a 8 CPS.
Com o retorno de mísseis cruise nucleares, ainda restariam 2 Tomahawks nucleares a ser lançado dos TTs.

Matheus S

Correto, foi o que eu comentei no segundo parágrafo. Mas a comparação foi grosseira afim de mostrar que os mísseis carregados pelo Virginia não seria completamente restrito em termos de capacidade em comparação com SSGNs, pelo contrário, daria uma folga para USN até efetivamente serem substituídos por outras plataformas. E adotar os Virginias com uma capacidade de lançamentos de mísseis de cruzeiro nuclear não é uma boa ideia. Um adversário observando um lançamento de um míssil de um SSGN americano pode confundi-lo com um primeiro ataque nuclear, sendo assim um CPS sendo lançado de um Virginia eliminaria completamente esse risco… Read more »

Last edited 3 anos atrás by Matheus S
Dalton

Matheus, no caso de você retornar, é preciso levar em conta que os 4 SSGNs estão no fim de vida, a previsão divulgada para a inativação é 2026 para dois deles um em 2027 e o último em 2028 então é possível que eles não recebam o “CPS”, 44 a 66 segundo o que você postou e mesmo que recebam não os empregarão por tempo significativo. . Equipar o “Block V” com “CPS” não muda o fato que haverá ao menos por um tempo, um número menor de submarinos “táticos” SSNs e SSGNs e para se voltar ao número atual… Read more »

Matheus S

Foi apenas uma comparação colocando a quantidade de CPS que um SSGN e um SSN poderiam empregar. Eu acho que foi descartado a ideia de implementar o CPS em um SSGN, só serão empregados mesmo no Virginia Block V.

jodreski

Dificilmente o Irã faria um ataque direto a qualquer instalação americana.
Eles podem não estar alinhados as vontades da Casa Branca mas não são retardados mentais tb.
Eles sabem que caso os Estados Unidos investisse contra o Irã seria um passeio, as forças Iranianas cairiam na primeira semana e possivelmente assistiríamos um remake da guerra do Iraque, aonde de vez em quando as tropas americanas são atacadas por meia dúzia, explosões em comboios e uma guerra civil generalizada.
Acho que nem os EUA quer isso, pois tb teria que dispor de tropas para ficar no Irã garantindo a tal “democracia”.

XFF

Como está sendo um passeio no Afeganistão contra Talibã? 20 anos de guerra feroz no Afeganistão e sem os EUA conseguir derrotar o Talibã e vai ser um passeio contra o Irã? Conta outra.

Luiz Trindade

Nem no Iraque tá sendo assim…

Agressor's

Excelente contra-argumento!

Last edited 3 anos atrás by Agressor's
Kemen

Recuando mais no tempo, também foi assim nas Filipinas que obtiveram sua independencia a muito custo para não ser mais um estado norte americano, após muitas mortes de nacionalistas, também foi assim no Vietnã do Sul. A diferença foi na Coréia do Sul com a participação de forças internacionais, onde foi obtido sucesso evitando sua invasão pelo norte. Não é dificil ocupar uma área para forças bem armadas e organizadas, dificil é mante-la na paz quando parte da população não apoia a ocupação depois de um tempo e mais ainda, quando existem grupos guerrilheiros ativos na área recebendo apoio interno… Read more »

nonato

O fato é que o governo iraniano deixaria de existir e virariam grupos esfarrapados…

Alison

Começou bem, se perdeu totalmente e tentou se ajeitar no final…

Vinicius Momesso

O grande problema com insurgentes islâmicos, é que eles não tem medo de morrer, pois na cabeça deles, “mil virgens lhes esperam no céu”. Mata um surge dez, é uma praga!!!

Alison

Fez uma salada e no fim so falou besteira… 1) Só alguem completamente desinformado para falar que seria um passeio sem o uso de armas nucleares… O Irã tem um arsenal de misseis e drones que, com ctz, ninguem no mundo pode fazer frente exceto os EUA e a Rússia, esse ultimo em termos de misseis tão somente. Qualquer investida americana contra o Irã de fato levara a uma vitoria americana, mas tb a morte de milhares de soldados americanos baseados por todo o Oriente médio bem como seus aliados como Arábia Saudita e Israel…. Resumindo: Se atacar com armas… Read more »

Bosco

Alison, A coisa não funciona assim. Mesmo que seja verdade essa imensa quantidade de armamentos iranianos, eles não seriam usados nos minutos iniciais a um conflito. É ingenuidade pensar que há comando e controle iraniano que possa sobreviver à primeiras horas de uma guerra contra os EUA e aliados e eles jamais terão como usar toda a “carga” contra seus inimigos. E um ataque americano viria após um alto nível de consciência situacional (ISR) e após todas as peças estarem posicionadas. Seria arrasador. O tempo de resposta iraniano não seria páreo para a alta tecnologia americana e sua impressionante máquina… Read more »

XFF

Já combinariam isso com a Rússia e China? China e Rússia nunca deixariam os EUA atacar o Irã, muito menos deixar o Irã ser completamente derrotado sem intervir. Irã é um país grande e bem armado. Um confronto direito com os Estados Unidos levaria vários países Árabes a entrar na guerra para defender o Irã. Será um verdadeiro caos no Oriente Médio. Nem os EUA desejam um confronto direito com o Irã, pois sabem que o custo seria terrível e todos os interesses deles naquela região poderia virar pó. Só fanboys do tio sam e tio Jacó desejam esse tipo… Read more »

Bosco

XFF,
Cara, larga essa fala chula de “fanboys”. Conversa como adulto.
A minha “análise” leva em conta exclusivamente o Irã por conta da afirmação do Alison que ele, o Irã, tem armas suficientes para peitar uma guerra com os EUA.
É esse o contexto do meu comentário. Não entra nesse contexto ajuda nenhuma, seja da China, da Rússia, de Alá em pessoa com seu exército de mártires , dos klingons ou dos incas venuzianos.
Se tal ajuda surgir aí é outro contexto a ser analisado.

Vinicius Momesso

Bosco, você se esquece que um ataque desse, revoltaria mundo islâmico de maneira que geraria uma retaliação sem precedentes.

Last edited 3 anos atrás by Vinicius Momesso
Bosco

Vincius, Eu não me ative às consequências de uma ação em larga escala dos EUA contra o Irã. Não tenho acompanhado a situação geopolítica da região e torço para que isso não ocorra e diferente de muitos que aqui comentam, não sou expert em mundo islâmico ou em geopolítica ou em história, antropologia ou sociologia. Só fiz um exercício de imaginação de cunho exclusivamente militar (assunto que entendo um pouco, apesar de leigo) do resultado da ação tendo em vista o comentário inicial do Alison, que afirmou que “o Irão tem milhares de mísseis e que uma guerra contra os… Read more »

Vinicius Momesso

Mas aumentaria e muito os atentados terrorista. Para eles “morrer é ganhar”!

Kemen

Essa resistência que o colega chama de “glandestina”, pode não ser tão glandestina assim, afinal esses grupos guerrilheiros não teriam nenhum sucesso nos seus atentados corriqueiros se não tivessem algum apoio interno mesmo sendo de minorias, provavelmente por oposição ao “status quo” existente.

Last edited 3 anos atrás by Kemen
Vinicius Momesso

Os iranianos deverim fazer razantes com seus F14 sobre as embarcações americanas como fazem os russos nos exercícios navais da OTAN.

Dalton

Melhor não. Um cruzador americano abateu por engano um avião de passageiros iraniano em 1988 e no início do ano os próprios iranianos abateram por engano um avião de passageiros ucraniano.
.
Os navios americanos estão navegando em águas internacionais e é comum dar liberdade as tripulação principalmente no Bahrain onde situa-se o QG da V Frota dos EUA.

sub urbano

Mais uma provocação gratuita dos Reis das provocações gratuitas. Mas a mamata está acabando, a China vem aí.

João Fernando

Navio chinês no mar da China não pode aimmmmmmmmmmm

A C

Tem um filme interessante no Netflix chamado Mosul que mostra a vida de uma remanescente tropa de elite lutando nos escombros da cidade/sociedade.

Defensor da liberdade

O Irã deveria fazer igual à China, e lançar um mísseis balísticos e antinavio bem próximos.

Defensor da liberdade

Sim, para eles gravarem os projéteis caindo no mar, seria um vídeo foda.

Veiga 104

O nome ” alternativo ” é o que indica o propósito da missão. Persia é Irã e Irã nunca deixará de ter sido persia. Não adianta querer apagar da história.

alexandre de barros barboza

Esta estrutura cilíndrica sobre o submarino seria o quê? Uma baia para um minissubmarino de resgate ou algo do tipo? Ou seriam sensores? Desculpe se o chute foi muito absurdo.

Last edited 3 anos atrás by alexandre de barros barboza
Dalton

O termo em inglês é “Dry Deck Shelter” DDS que pode ser traduzido como abrigo seco de convés. Trata-se de uma estrutura removível que pode ser adicionada rapidamente a vários tipos de submarinos, mas, que no caso dos 4 SSGNs americanos sua presença é constante.
.
O “DDS” abriga veículos submarinos e/ou botes de borracha para conduzir mergulhadores de combate.

alexandre de barros barboza

Opa, obrigado pela resposta.
Faz sentido um SSGN portar esta estrutura, pois estaria mais sujeito a missões perto da costa, acredito….

Fabio Araujo

O submarino israelense que atravessou o Canal de Suez recentemente esta indo se encontrar com o submarino americano no Golfo Pérsico.

https://breakingdefense.com/2020/12/hey-iran-israeli-sub-heads-to-persian-gulf-with-egypt-ok/

Funcionario da Comlurb

Prezado, onde está dito isso ? Desde quando alguma marinha divulga divulga esse tipo de informação?

Pablo Maroka

Fico chocado com os pensamentos ofensivos que vejo de que Irã deve tentar algo, ou tentar outra coisas.
Irã deveria pedir desculpas dar passagem para tropas americanas entrarem e se alojar no país.
Tudo pelo bem da democracia.

MARCIO MESSIAS SOARES

Nota se que Tio Sam Não tem ai para estes malucos de pano enrolado na cabeça!!

Dalton

Penso que é justamente o contrário. Os EUA passam a mensagem de que irão retaliar caso o Irã faça algo da mesma forma que o Irã também deixa claro que há limites, então, se tem uma dissuasão e não acredito que uma guerra seja benéfica para nenhum lado.

Leila

Quem é o terrorista?
O q invade outros países para apropriar -se das riquezas, massacrar o povo, causar desgraça e destruição, ou quem luta para defender o país invadido?

E o cinismo é tão grande, justificam o atrevimento e as atrocidades dizendo estar a serviço da democracia… debocham do QI alheio…

O que essas PESTES DOS INFERNOS estão fazendo lá onde não foram chamados?