Bombardeiros H-6 chineses treinam ataque simulado ao porta-aviões dos EUA perto de Taiwan
Um pacote de 13 aeronaves de combate chinesas (incluindo oito bombardeiros H-6) entrando na ADIZ de Taiwan no sábado passado realizaram um ataque simulado ao USS Theodore Roosevelt
Um total de 28 aeronaves, incluindo até oito bombardeiros H-6 PLAAF (Força Aérea do Exército de Libertação Popular), “invadiu” a ADIZ (Zona de Identificação de Defesa Aérea) de Taiwan entre 23 e 24 de janeiro de 2021.
A missão no sábado, 23 de janeiro, foi conduzida quando o Theodore Roosevelt Carrier Strike Group (TRCSG), liderado pelo porta-aviões USS Theodore Roosevelt entrou no Mar da China Meridional (SCS).
A missão realizada pelo pacote de aeronaves chinês estava simulando um ataque aéreo contra o porta-aviões dos EUA, de acordo com o Financial Times, que em 29 de janeiro de 2020 relatou: “Pessoas familiarizadas com inteligência coletada pelos EUA e seus aliados disseram que os bombardeiros e alguns dos caças envolvidos estavam conduzindo um exercício que utilizou um grupo de navios da Marinha dos Estados Unidos liderados pelo porta-aviões USS Theodore Roosevelt na mesma área como alvo simulado. Pilotos de bombardeiros H-6 puderam ser ouvidos em conversas na cabine de comando, confirmando ordens de simulação de alvos e lançamento de mísseis antinavio contra o porta-aviões, disseram as pessoas.”
O H-6K é uma variante altamente modificada do bombardeiro H-6 original (ele próprio um derivado de Tu-16 soviético), projetado para míssões de ataque antinavio de longo alcance/stand-off ou capacidade de ataque terrestre com mísseis de cruzeiro. Em suma, é capaz de atacar grupos de batalha de porta-aviões dos EUA ou outros alvos prioritários com até seis YJ-12 ASCM (mísseis de cruzeiro antinavio) e 6/7 KD-20 ALCMs.
O YJ-12, ele tem um alcance de 400 km, pode atingir velocidades de até Mach 3 e é capaz de realizar manobras evasivas no ar se aproximando do alvo: essas características tornam este ASCM (Míssil de Cruzeiro Antinavio) um alvo difícil para o Aegis Combat Systems e mísseis superfície-ar SM-2 que protegem os grupos de ataque de porta-aviões dos EUA.
A Força Aérea do Exército de Libertação Popular também desenvolveu uma outra variante do H-6K, designada H-6N, que foi especificamente projetada como um lançador de míssil balístico.
Sua arma primária deve ser o CH-AS-X-13, também conhecido como DF-21D, a versão lançada do ar do Míssil Balístico Antinavio “Carrier Killer” (AShBM) DF-21, supostamente com um alcance de 1.450 km (780 milhas náuticas), velocidade de Mach 6 (algumas fontes indicam até Mach 10) e uma carga útil de 600 kg.
Junto com o H-6K/N, os Su-30 (e de acordo com algumas fontes também os J-16) multifuncionais são capazes de realizar missões de ataque marítimo usando os mísseis antinavio Kh-31P e YJ-91A.
O YJ-91, em particular, é um desenvolvimento nativo do míssil anti-radar russo Kh-31P. O YJ-91A (uma das duas variantes do míssil, a outra sendo um míssil antirradiação para missões SEAD), com capacidade “sea skimmer”: ele voa a cerca de 20 metros acima do nível do mar e desce para altitudes mais baixas (7 metros) no estágio terminal.
Essa altitude de ataque pode ser reduzida para apenas 1,2 metro acima do nível do mar, quando o estado do mar permitir. Seu alcance estimado é de cerca de 50 km (31 milhas). De acordo com o livro “Modern Chinese Warplanes” de Andreas Rupprecht, como alternativa ao YJ-91, a Aviação Naval chinesa usa também o Kh-31P original russo, que foi adquirido como parte do pacote de armas do Su-30MKK.
FONTE: The Aviationist