USS Donald Cook (DDG 75)

USS Donald Cook (DDG 75)

A Sexta Frota da Marinha dos EUA condenou as ações de um jato russo que voou baixo perto de um navio de guerra americano operando no Mar Negro no dia 31 de janeiro, descrevendo as ações do piloto como “desnecessárias” e “inconsistentes com uma boa pilotagem.”

A frota divulgou um vídeo do incidente no Twitter, mostrando um bombardeiro Su-24 russo voando baixo, passando pelo USS Donald Cook, um destróier da classe “Arleigh Burke” que opera no Mar Negro ao lado de outros navios americanos desde 23 de janeiro.

O comandante Kyle Raines, porta-voz da Sexta Frota dos EUA, disse à revista Newsweek que o jato russo voou a cerca de 100 metros a bombordo do navio a 60 metros de altura. A interação durou 10 minutos começando às 7h36 de domingo, enquanto o Donald Cook estava em águas internacionais.

“O Donald Cook tentou entrar em contato com a aeronave duas vezes sem resposta”, disse Raines. “A proximidade desnecessária das ações do Su-24 russo eram inconsistentes com boa pilotagem e normas e padrões internacionais. A Sexta Frota dos Estados Unidos está comprometida em manter a liberdade de movimento em águas internacionais para todas as nações do Mar Negro.”

Os Su-24 estão acostumados a realizar passagens baixas sobre navios americanos

A embaixada russa nos EUA foi rápida em descartar as preocupações da Sexta Frota, escrevendo no Twitter que a frota “chama atenção excessiva para uma suposta passagem baixa de um Su-24 russo próximo ao USS Donald Cook em águas internacionais durante a chamada operação de rotina para garantir a segurança.”

As forças russas estão acompanhando o Donald Cook desde que ele chegou ao Mar Negro, de acordo com uma reportagem da agência de notícias estatal TASS.

O Centro de Controle de Defesa Nacional da Rússia disse no dia 30 de janeiro: “Os radares da Frota do Mar Negro começaram a rastrear os movimentos do destróier de mísseis guiados USS Donald Cook da Marinha dos EUA, que entrou no Mar Negro em 23 de janeiro de 2021.”

Não é incomum para aeronaves russas passarem próximo a navios de guerra americanos ou aeronaves de reconhecimento operando na região do Mar Negro e em outros lugares. Essas manobras são usadas como uma demonstração de força e uma forma de sinalizar que as forças russas estão cientes da presença americana.

A Sexta Frota disse em maio, por exemplo, que duas aeronaves Su-35 realizaram uma interceptação “insegura” de um avião de patrulha e reconhecimento da Marinha P-8A sobre o Mediterrâneo Oriental, seguindo o avião americano por mais de uma hora.

Em um ponto, os dois caças assumiram posição à direita e à esquerda da aeronave americana, “restringindo a capacidade do P-8A de manobrar com segurança”, disse a frota, o que “colocou em risco a segurança de voo de ambas as aeronaves”.

As Forças Navais dos EUA na Europa-África criticaram a conduta russa em abril, quando um de seus P-8As foi interceptado por um caça Su-35 no Mar Mediterrâneo, voando a 7 metros da asa do avião americano.

A Marinha disse que a manobra russa expôs o avião dos EUA à turbulência e ao escapamento do jato, forçando os pilotos americanos a “descerem para criar separação e garantir a segurança de ambas as aeronaves”.

O USS Donald Cook e o Su-24 são velhos conhecidos. Veja abaixo outras passagens baixas de jatos sobre o navio em 2015 e 2016

 

 

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