Em 1995, submarino português colidiu com navio no Canal da Mancha
Em 1995, o submarino NRP Barracuda (S164) da Marinha Portuguesa colidiu com um navio no Canal da Mancha.
A vela do submarino ficou bastante danificada, como mostram as imagens obtidas pela RTP.
Elas mostram o periscópio do submarino entortado, assim como o esnorquel. O submarino foi preparado em Portland, na Inglaterra, para fazer uma dura viagem de regresso a Portugal, navegando na superfície.
O submarino foi depois reparado no Arsenal do Alfeite, tendo sido valiosa a ajuda dos franceses que cederam peças que tinham em estoque.
Quando o vídeo da RTP foi feito, ainda não se sabia a identidade do navio que tinha atingido o Barracuda e seguiu viagem, mas presumia-se que seria um petroleiro.
Para assistir ao vídeo da RTP sobre a colisão com o NRP Barracuda, clique aqui.
COLABOROU: João Gonçalves
Em 1988 Frente ao Callao, o BAP Pacocha bateu num pesqueiro Japones Kiowa Maru perdendo 8 vidas e o submarino.
Em 2014 o ARCh Scorpene Carrera foi embestido pela Fragata Condell denificando a vela durante um exercício militar frente a Valparaíso
Este tipo de acidentes não são tão improváveis quanto parecem.
Que mal pergunte … o que é “BAP” e o que é “ARCh”?
Por último: Onde é “Callao”?
pedro2505@gmail.com, Fortaleza, terça-feira, 09.02.2021
Já que estou por aqui…”BAP” é o prefixo usado pelos navios da marinha peruana, Buque (navio) de la Armada del Peru; Arch é
Armada Chilena e Callao é uma cidade peruana principal porto e base naval.
Mestre Dalton está certo.
Estou a ver que o PN deciciu lançar um especial “Submarino fazendo mer##” ^_ ^
hahahahaahahahaha boa observação. Não seria uma má ideia uma série de “barbeiradas navais, terrestres e aereas” nos três portais. Não foge do tema, e são matérias interessantes. Ouve “nóis” Galanteeee! 🙂
Todos esses acidentes com submarinos e ainda não colocaram câmeras de TV remotas para visualização da superficie quando o periscópio ainda não emergiu. Já existe estudo para utilização de drones em submarinos para visualização longinqua quando navegando na superficie.
Se o periscópio ainda não emergiu como uma câmera poderia ajudar? Você sabe que o periscópio se estende por uns 2m acima da vela, né? Tanto que existe a famosa cota de periscópio, onde um submarino navega a cerca de 15m abaixo da superfície, mas com o periscópio acima. Portanto, onde exatamente ficaria essa câmera de modo a ser útil?
Hoje já existem diversas câmeras subaquáticas, essa câmera de contrôle remoto por cabo se elevaria à superficie a uma determinada altura acima do mar (p. e. 1 metro) para observar o mar próximo e evitar colisões em imersões quando ainda não se dispões do periscópio, poderia ser controlada a partir de determinadas profundidades, por exemplo 110/200/300 metros. Mas como é um custo que visa a segurança em imersão em tempos de paz, provavelmente nenhuma Marinha pensou em investir nisso, devido a baixa probabilidade de colisão em uma imersão. Essa câmera poderia ficar em área preparada na superficie do submarino, com… Read more »
Acredite, se não se usa, é por que não tem efetividade. Se existisse um sistema anti-colisão pra submarinos que usa-se essas cámeras, todos já teriam implementado.
A probabilidade real de ocorrer acidente por imersão dos submarinos é desprezivel. (A / B) x 100 %
Por isso não existe preocupação alguma.
B – Denominador: (Quantidade de submarinos x numero de imersões na sua vida operativa)
A – Numerador: Numero de imersões com colisão durante a vida operativa desses submarinos.
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No caso de submarinos, o pensamento não é esse. Nada é feito sem um rigoroso estúdio e se existe o risco de perder o navio numa manobra simples e corriqueira, então se tomarão as medidas pra evitar.
Depois de tudo, a quantidade de vidas e a especialização de cada um deles, além do custo do navio, são fatores preponderantes na equação.
o que mais me espanta (por ser leigo no assunto)… o pessoal do sonar passivo não “detectou” o navio?…. penso que uma embarcação desse tamanho deva fazer muito rúido…
No momento de emergir, os sonares são quase inúteis. Muito ruído durante a operação.
É o momento em que o submarino opera quase cego.
Leandro, pessoalmente desconheço os detalhes exactos do incidente, mas podemos seguramente pressupor que o Barracuda navegava a profundidade de periscópio ou próxima desta. Nestas condições, meios passivos tendem a não ser muito eficientes na detecção de obstáculos, com uma respectiva taxa variável conforme as condições do mar, assim como velocidade e comportamento do submarino e do suposto petroleiro. O canal da Mancha em particular tende também a não ser famoso pelo seu bom comportamento ou ideal condição. Posso apenas assumir, sabendo que o navio tinha acabado de estar envolvido em manobras de exercitação, que se terá decidido emergir não sabendo… Read more »
Penso que é mais eficiente a conexão do sub com os satélites de vigilância de aplicação naval na área de manobra. Os satélites atuais são dotados de :câmeras de altíssima resolução capazes de um raio de ação de superfície bem satisfatório.
Matrose, a meu ver existem algumas coisas a considerar no caso dos submarinos.
Submarino submerso não acessa satélite, se na superficie ou antena na superficie, desde que o pais em questão tenha esse tipo de satélite, ou autorização para acesso irrestrito ao satelite militar de outro pais, o que acho dificil. O submarino também precisa ter os equipamentos apropriados para receber as imagens próximas a sua posição definida pelo GPS.
Tem uma empresa DK Naval Technologies com o projeto do SeeKrieger e a DCNS com o SMX-26, em que empregam uma boia/mastro flexivel com sensores de superfície. É uma boia que lançada e presa por um cabo que sobe a superfície e que nela contem os sensores.
https://www.youtube.com/watch?v=W5IHGfaUNa4&feature=youtu.be
Em 2009 o USS Hartford SSN 768 colidiu com o USS New Orleans LPD 18 no Golfo Pérsico em um incidente um pouco mais sério. . O comandante do submarino foi substituído e este retornou a costa leste dos EUA navegando na superfície, como no caso do submarino português, para um prolongado e caro período de reparos onde entre outras coisas uma “vela” nova substituiu à danificada. . O Golfo Pérsico não é muito “amigo” de submarinos e houve outras colisões por lá, mas, nem sempre sérias, como no caso do USS Newport News SSN 750 em 2005 que exigiu… Read more »
Pergunta de leigo: Não seria menos custoso transportar o submarino docado num navio de transporte?
Se a propulsão não for afetada sai muito mais em conta o submarino retornar
para casa pelos seus próprios meios, acompanhado por um navio de superfície do que pagar pelo transporte.
Mas esse translado não seria a baixa velocidade, sempre na superfície, com desgaste de tripulação e equipamento? Sei que submarinos não são feitos pra grandes navegações de superfície, e atravessar um Oceano é algo bem grande…
Não houve “desgaste de tripulação” nem de equipamento. . Após a colisão o USS Hartford permaneceu um mês atracado no Bahrain com a tripulação recebendo a devida licença antes da jornada de volta que durou ceca de um mês de 20 de abril a 21 de maio, ou seja, mesmo um submarino retornando submerso ele não o faz na velocidade total, portanto não foram muitos dias a mais por navegar na superfície . . A viagem de retorno foi através do Mar Vermelho e todo submarino faz o transito na superfície de qualquer forma e depois de atravessar o Canal… Read more »
Não foi em 1995, foi em 1994!
https://barcoavista.blogspot.com/2009/10/submarinos-da-classe-albacora.html
Fugindo um pouco do assunto, pois me parece que faltam notícias por aqui de nossa Marinha. Como anda o processo para aquisição de armamentos do NCT (Navio Classe Tamandaré)? Para quando está estimado o corte da primeira chapa do casco? Qual sistema anti-aéreo a Marinha pretende adotar? Devido ao provável desalinhamento entre o governo americano e o brasileiro, a Marinha já estuda a substituição dos JLTV comprados na amáerica? Quando teremos uma matéria referente ao Pontão de Desembarque de Popa do NAM, ou o mesmo está inoperante? E os 02 Navios Patrulhas que estão no AMRJ, como estão as obras… Read more »