A foto acima mostra como ficou a vela do submarino italiano Da Vinci (S520) após a colisão com o destróier Ardito (D550), em 1991.

O submarino foi atingido por um dos hélices do destróier enquanto realizava um treinamento de guerra antissubmarino. É possível ver os rasgos que as pás do hélice do destróier fizeram na vela.

Colisões de submarinos com navios de superfície não são incomuns, principalmente no momento em que o submarino está emergindo, pois fica sem condições de usar o sonar.

Antes de vir à superfície, a tripulação do submarino realiza a manobra de “esclarecimento da situação de superfície” normalmente efetuada a cerca de 30m de profundidade. As colisões só se dão quando esse esclarecimento falha, por erro humano ou causa excepcional como o ruído do navio de superfície ser ocultado pelo próprio casco no efeito de propagação acústica.

Em entrada e saída de porto também o risco de colisão é grande, devido à pequena silhueta do submarino, situação que piora à noite, com chuva ou neblina.

Por isso a atenção da tripulação é redobrada nessas ocasiões.

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Jadson Cabral

O que será que ficou mais caro pra consertar? A vela ou o hélice?

Fernando XO

Rapaz, não sou engenheiro, eu somente empurro água… mas essa situação demandou, certamente, uma docagem para o escolta com retirada do hélice e da linha de eixo… coisa cara… abraço…

Fabio Araujo

Nesse caso era um jogo de guerra, um tentando localizar e o outro fugir, um erro de cálculo chegou, muito perto! Mas gostaria de saber como foi o dano no destroyer?

Renato de Mello Machado

Um dos nossos veio aqui e ficou atracado no outro lado do porto junto dos mercantes.a diferença é grande de tamanho.

Fernando XO

O básico é assumir o chamado rumo de segurança antes de o sub vir à cota periscópica… aparentemente, isso não foi cumprido…

Marcos R.

Acredito que como eram manobras de guerra antisubmarino eles estavam tentando ficar na sombra do navio para embaralhar o sinal acústico.

Matheus S

Se eles tentaram fazer o que os ingleses fizeram em 1977 com o cruzador Kiev, isso demonstra a complexidade que a tripulação do submarino inglês teve em realizar tal feito e não é atoa que o feito é glorificado na Inglaterra.

https://www.naval.com.br/blog/2020/03/31/submarino-nuclear-ingles-fotografou-helice-de-cruzador-russo-em-1977/

nonato

Então, parece perigoso.
Já imaginou no estreito de Ormuz?
Deveriam usar um radar, então.
Ou ficar naquele sistema online marine trafic.

Theo Gatos

Nossa quando vi a foto pensei que deveria ter sido uma colisão enorme, mas depois li que se chocou com a hélice do outro navio e ficou explicado!! Impressionante o estrago!!
.
Sds

Last edited 3 anos atrás by Theo Gatos
Bardini

Rapaz… alguma coisa mordeu essa vela aí, em!

Marcelo Baptista

Com o tamanho do trafego que existe em algumas regiões, é quase um milagre, e óbvio, o ótimo adestramento das tripulações, estes acidentes não serem mais frequentes. Ainda vão ter que inventar algo para minimizar estes riscos.