EUA vão investir US$ 27,4 bilhões em rede de mísseis anti-China ao longo da primeira cadeia de ilhas

O Comando Indo-Pacífico dos EUA solicita dobrar os gastos no ano fiscal de 2022

Os EUA planejam reforçar sua dissuasão convencional contra a China ao implementar uma rede de mísseis de ataque de precisão ao longo da primeira cadeia de ilhas no Indo-Pacífico. Este plano faz parte da Iniciativa de Dissuasão do Pacífico, que propõe um investimento de US$ 27,4 bilhões ao longo de seis anos, com o objetivo de fortalecer a capacidade dos EUA de responder a ações agressivas da China na região.

A estratégia dos EUA inclui o envio de uma força conjunta integrada com capacidades de ataque de precisão ao longo da primeira cadeia de ilhas, que inclui Taiwan, Okinawa e as Filipinas. Além disso, planeja-se uma defesa de mísseis integrada na segunda cadeia de ilhas e uma postura de força distribuída que garanta estabilidade e capacidade de sustentar operações de combate prolongadas.

A China tem intensificado seus esforços para impedir a aproximação dos EUA dentro da segunda cadeia de ilhas, utilizando um arsenal diversificado de mísseis. Em resposta, os EUA buscam fechar a lacuna de mísseis terrestres de alcance intermediário, uma vez restringidos pelo agora expirado Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário.

Este aumento significativo no orçamento de defesa reflete as preocupações com a atividade militar chinesa perto de Taiwan e em outras áreas, destacando o período crítico até 2026 como um momento em que a China pode tentar alterar o status quo na região.

O plano também envolverá discussões com o Japão, que hospeda a maior concentração de tropas americanas no exterior. A possibilidade de instalar mísseis dos EUA em solo japonês será complexa e pode irritar a China, levantando desafios diplomáticos e possivelmente oposição local, especialmente em áreas como Okinawa. Discussões sobre o financiamento e detalhes operacionais da implantação dos mísseis estão previstas para as próximas negociações sobre o apoio da nação anfitriã.