Navio de Pesquisa Hidroceanográfico Vital de Oliveira inicia comissão científica na Elevação do Rio Grande 2021
O Navio de Pesquisa Hidroceanográfico (NPqHo) “Vital de Oliveira” desatracou em 12 de março, após cumpridos os 14 dias de quarentena e demais protocolos de segurança contra a Covid-19, rumo à Elevação do Rio Grande (ERG), importante região no extremo Sudeste da Amazônia Azul.
Durante a comissão, serão empregados dois ecobatímetros multifeixe, perfilador sub-fundo e magnetômetro para que se amplie o conhecimento sobre a ERG.
Estão a bordo as equipes do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) e do Plano de Levantamento da Plataforma Continental Brasileira (LEPLAC), que têm como objetivo identificar e avaliar a potencialidade mineral de áreas com importância econômica e político-estratégica para o Brasil e estabelecer, no seu enfoque jurídico, o limite da Plataforma Continental além das 200 milhas da Zona Econômica Exclusiva (ZEE), em conformidade com os critérios estabelecidos pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM), assinada e ratificada pelo Brasil.
Também participam da comissão nove alunos de Graduação e Pós-Graduação de diferentes cursos de geociências das seguintes instituições: Universidade de São Paulo, Universidade Federal do Rio Grande do Norte e Universidade de Brasília. A ação contribui para a formação e capacitação dos futuros profissionais, além de estreitar os laços entre a Marinha e as renomadas instituições.
Somados aos 14 dias de isolamento no navio, serão cumpridos 25 dias de mar a uma distância de 1.500 quilômetros da costa, demandando profissionalismo e espírito marinheiro dos militares que desempenham a missão de estender as pesquisas científicas brasileiras a regiões mais distantes na Amazônia Azul.
FONTE: Marinha do Brasil
NOTA DO EDITOR: Em 2014, obteve a aprovação do Plano de Trabalho para exploração de crostas cobaltíferas na Elevação do Rio Grande (ERG), durante uma reunião da Comissão Jurídica e Técnica da Autoridade Internacional para os Fundos Marinhos (ISBA), órgão das Nações Unidas responsável pela coordenação das atividades relacionadas aos recursos marinhos em área internacional, realizada em Kingston, na Jamaica.
O Plano assegurou ao Brasil o direito exclusivo de exploração da área requisitada por, pelo menos, quinze anos.
Além das crostas ricas em cobalto, as pesquisas na ERG também constataram a ocorrência de outros minérios, como níquel, platina, manganês e terras raras que possuem relevante potencial científico e econômico.