Japão comissiona o JS Haguro, segundo destróier classe ‘Maya’
A Força Marítima de Autodefesa do Japão (JMSDF) comissionou o JS Haguro (DDG 180), seu segundo destróier da classe “Maya”, em uma cerimônia em Yokohama em 19 de março.
A cerimônia, organizada pelo estaleiro Japan Marine United, que construiu os dois navios da classe, contou com a presença do ministro da defesa japonês Nobuo Kishi e outros oficiais da JMSDF.
Nomeado em homenagem ao Monte Haguro, o DDG 180 foi entregue à JMSDF após ser lançado em julho de 2019 e iniciar os testes de mar em 2020. O JS Maya, o navio líder na classe, entrou em serviço em março de 2020.
Os destróieres da classe “Maya” são uma versão atualizada da classe Atago, equipada com o sistema Aegis Baseline 9/Ballistic Missile Defense 5.1 e o Cooperative Engagement Capability (CEC) da Raytheon, um sistema que compartilha/compila dados de sensores de várias plataformas em um quadro.
Ao comissionar os dois contratorpedeiros, o Japão está se juntando a um clube exclusivo de países com capacidade CEC. Além dos EUA e da Austrália, que operam o CEC da Raytheon, a França é o único outro país a ter desenvolvido essa capacidade.
O Haguro é o oitavo navio da JMSDF a transportar o sistema de combate Aegis. Antes da classe “Maya”, o Aegis era carregado por destróieres das classes “Atago” e “Kongo”.
O JS Maya e JS Haguro são os maiores destróieres da JMSDF construídos até agora, o que permitirá ao Japão integrar e testar railguns e sistemas de laser nos navios.
Os navios de 170 metros deslocam 8.200 toneladas e apresentam uma combinação de turbina a gás-elétrica e turbina a gás (COGLAG – (COmbined Gas turbine eLectric And Gas turbine) com duas turbinas a gás GE LM2500-30.
A nova classe de destróieres lançará mísseis antiaéreos SM-3 Block IIA, que são capazes de defesa contra mísseis balísticos de curto e médio alcance.
O SM-3, junto com uma série de outros mísseis, incluindo o foguete antissubmarino de lançamento vertical Tipo 07, será lançado por um sistema de lançamento vertical VLS Mk-41 de 96 células. Os navios também estão armados com um canhão de 5 polegadas, mísseis antinavio Harpoon, torpedos e sistemas de de defesa aproximada (CIWS).
” Japan is joining an exclusive club of countries with CEC capacity. In addition to the USA and Australia, which operate Raytheon’s CEC, France is the only other country to have developed this capability. ”
India also has CEC capability.
Indian Navy Kolkata class destroyers demonstrated cooperative engagement capability ( CEC ) on 15 May 2019.
https://www.navaltoday.com/2019/05/21/indian-navy-tests-cooperative-engagement-capability-with-mrsam-firing/
The test on 15 May 2019 employed the full Joint Taskforce Coordination ( JTC ) mode which implements the LRSAM / MRSAM “Cooperative Engagement” operating mode. The trial comprised two complex scenarios involving multiple platforms and several simultaneous targets.
India is the first country in Asia to have CEC capability.
INS Chennai and INS Kochi destroyers were involved
Pic INS Chennai
Japão na contínua renovação de sua Marinha, eu defendo a compra de navios do Japão mas em troca de eles abrirem mais seu mercado para o Brasil.
Que navio bonito da peste !
Quem dera uns 3 desses para nossa MB em conjunto com 4 Tamandaré, seria uma força de superfície enxuta, porém moderna e com poder de fogo.
Somando aos 4 submarinos scorpenes e ao NAM Atlântico.
Sonho pequeno !
Hahahahahhahahahaha
Duvido muito que a atual MB tenha $$$ de comprar/manter esses navios…
já começa pelo velho “problema” das turbinas a gás, né? Eu não consigo levar a sério uma MB que quer ser grande mas não compra navios com tal propulsão com a justificativa de que não tem dinheiro, sendo que os navios mais modernos do mundo a utilizam pq deve ter vantagens. Poxa, se não tem dinheiro nem pro combustível quer ter porta aviões e submarino nuclear???
Só para lembrar as Niterói, as Type 22 B1, as Inhaúma e a Barroso usam turbinas, sendo que as Type 22 usam apenas turbinas e as demais uma combinação de motores diesel e turbinas.
No caso da classe Maya, podemos dizer que o preço das 4 Tamandaré pagaria 1 Maya aproximadamente.
Mesmo se houvesse dinheiro, duvido muito que a MB iria comprar navios não-ocidentais. O que é uma pena.
Na realidade uma missão da MB esteve anos atrás no Japão e o que impediu o avanço de qualquer negociação foi o elevado custo de aquisição e de operação dessas belonaves.
O mesmo se deu quando da análise das FREMM tanto as francesas como as italianas.
Não creio que o termo “não ocidental” , nesse caso, se aplique ao Japão.
2!!!!!!!!!!!!
Dinheiro tem, temos um dos maiores orçamentos de defesa do mundo. Agora, só sobra dinheiro para essas coisas se acabarem com pensões para as “sobrinhas bisnetas do Almirante Tamandaré” e se reduzirem o quadro de dentistas da MB.
Paulo,
Só lembrando que quem conserta traumatismo facial (muito comum na área militar) é dentista, no caso, um cirurgião bucomaxilofacial. Você pode até deixar um cirurgião geral ou um traumatologista fazer o serviço, mas o infeliz corre o risco do nariz ir parar na nuca. Se puder , prefira um dentista qualificado.
E só de curiosidade, um porta-aviões como o Nimitz tem mais de 10 dentistas a bordo.
Só que eles tem porta-avioes nimitz, nós temos apenas os dentes das filhas dos oficiais para cuidar.
Bosco, fez a conta da proporção dentistas/navios de guerra? Nessa conta a MB ganha disparada. Podemos ter um navio grande com tripulação grande só de dentistas… rs
Não faço a mínima ideia, meu comentário não foi nesse sentido e sim no sentido de que dentistas são úteis porque não fazem só clareamento dental ou “limpeza”, mas consertam cara explodida por arma de fogo, fragmentos, etc. sem falar da utilidade deles num navio tendo em vista as urgências que podem aparecer que tiram de serviço (ou de combate) um indivíduo. Sequer defendo os dentistas na Marinha ou em qualquer outro lugar e nunca parei para pensar no tema “dentistas da MB” tendo em vista que gosto mesmo é de sistemas de armas, mas só lembrando que dentistas não… Read more »
O fato é que a MB tem um efetivo muito grande não vinculado a sua atividade fim. Todos os profissionais tem a sua importância, agora indiscutivelmente não precisamos assim de tantos profissionais dentistas para uma força que nem engajada em combate é. Se botarmos um profissional por navio da MB, ainda vai sobrar muita gente. O grande problema de nossas F.A é que se gasta muito com muita gente que nem de linha de frente é. No entanto nem tudo tá perdido, a FAB vêm demonstrando um bom exemplo com os seus temporários.
Joao, Mas até onde eu sei a grande quantidade de dentistas da MB também é de temporários. O problema não está nas forças armadas. Está em todo o serviço público brasileiro , inclusive nas FFAA, que acumulou muitos “direitos” ao longo do tempo. Só pra ter uma ideia, na lei 8112 que regula o funcionalismo público federal , há 75 artigos referentes aos direitos e apenas 1 artigo referente aos deveres. E não é diferente nas leis que regulam o serviços públicos estaduais. No Brasil ser “servidor” público é a elite e é o lobby mais forte que existe no… Read more »
Bosco, você começou de forma muito bem colocada o seu comentário… aí do nada partiu para a linha ideológica; resultado, se perdeu na conclusão. Kkkk Não interessa a linha ideológica ou se os críticos são ou não servidores públicos. Inclusive a maioria dos nossos servidores é digna do nosso respeito. O presente fórum debate sobre defesa, e os comentários aqui postados devem ter relação com a temática. Críticas a parte, é um FATO de que mais 80% do nosso orçamento em defesa vai para gastos com pessoal. Isso não tem lógica. A exatos 11 anos o efetivo da MB foi… Read more »
Joao, Eu em momento algum disse que a maioria dos servidores não merecem nosso respeito. Concordo que merecem. Eu só coloquei os fatos. E os fatos são que eles são cheios de privilégios que os mortais comuns não têm e que a vocação deles é muito mais direcionada ao “vou me dar bem pro resto da vida” do que “vou servir ao povo brasileiro da melhor forma possível”. Claro, há exceções, mas a grande maioria começa a contar quanto tempo falta para a aposentadoria no primeiro mês após concluído o estágio probatório. E dizer que os que sempre falam dos… Read more »
Valeu Bosco! Estamos na mesma linha de pensamento. Bons debates assim são sempre válidos e importantes.
Wilber bom dia, me irrita profundamente esta realidade do “manter $$$” equipamentos para as forças armadas, seja no M1 Abrams, seja no Rafalle ou um 2o vetor mais pesado para a FAB, seja para uma força de superfície não enxuta, mas ideal pelo tamanho de nossa costa e importância do país…Por que países menores e com recursos infinitamente menores que os nossos estão a frente de nós? Para mim, cultura e amor a pátria ao invés do bolso e de interesses. Abraços
Há várias respostas para sua pergunta Saldanha. . Esses, países “menores” podem estar na ” linha de tiro” de países vizinhos, portanto o grau de percepção de ameaça é maior. Fora a “Guerra da Lagosta” que foi um embaraço para a França, até conforme um ex oficial da marinha francesa contou-me por e-mail muitos anos atrás não lembro de outra situação em que os militares brasileiros tenham sido muito exigidos. . Veja o Chile por exemplo que em 1978 quase entrou em guerra contra a Argentina e tem como vizinho o Peru um país com quase o dobro da pópulação… Read more »
Prezado Dalton, concordo com você, no entanto fica um porém, os porquê ( se não “existe ” percepção de ameaça) que sobram são muitos e não permitem fechar o raciocínio: porque sustentar forças armadas tão gigantescas em número de efetivos; porque manter a conscrição obrigatória; porque meios de patrulha não são priorizados, para enfrentar as ameaças reais e urgentes do dia a dia como pesca ilegal, poluição, pirataria … Muitos justificam pelas operações humanitárias, mas essas podem ser igualmente feitas por uma força de proteção civil e guarda costeira celetistas e provavelmente bem mais “econômicas” . Enfim não entendo, as… Read more »
Thiago, pode parecer que considero as forças armadas inúteis, mas, só parece e talvez diante da enorme população brasileira, as forças armadas não sejam assim tão “gigantescas” levando em conta que não há forças aliadas estacionadas no país. . Muitos criticam o tamanho do Corpo de Fuzileiros Navais, mas, esquecem que são tropas muito bem treinadas que podem ser utilizadas dentro do território, inclusive em regiões fronteiriças se necessário e não apenas em desembarques em praias inimigas. . Na minha visão certa ou errada, mais vale 15.000 fuzileiros navais, dos quais nem todos combatentes obviamente, além dos reservistas, do que… Read more »
Bom domingo Dalton, É um dos que postam aqui que mais admiro!!! E Obrigado! Sabemos que nossa pátria no “momento” não tem exigência de uma força armada tipo de países “menores” como israel, chile, indonésia… devido a complexidade da geopolítica que os cercam. Concordo que não é o momento para investimento mais agudo nas mesmas, devido ao caos causado pelo covid e pelas forças políticas do país. Há gastos nas forças e principalmente nos 3 poderes da esfera municipal, estadual e federal que também poderiam ser equalizados com a realidade do país! Um país do tamanho e da expressividade do… Read more »
Grato Saldanha já o considerava um dos muitos porque não dizer amigos que fiz aqui. . Como alguém que lê sobre navios, história militar desde tenra idade, não quero dizer que sou bom nisso e sim que aprecio, gostaria de ver nossa marinha equipada com um maior número de navios para a Esquadra e Forças Distritais assim como você. . O que precisa ficar claro é que nós brasileiros , não somos menos patriotas que outros de países menores que investem mais em armas proporcionalmente falando e/ou participantes de alianças militares. . O exército dos EUA antes da Guerra de… Read more »
Que coisa linda!
Poxa! A MB não tem nada remotamente parecido.
O texto menciona 8.200 toneladas de deslocamento que é o padrão, pois totalmente carregado ultrapassa 10.000 toneladas, superando ligeiramente um “Ticonderoga”, sendo um pouco mais curto porém mais largo dando uma ótima estabilidade, mas, sem o mesmo espaço do navio americano que conta com uma enorme super estrutura em alumínio,
feição não continuada nos navios da classe Arleigh Burke, assim permitindo um maior número de silos de mísseis e outras amenidades.
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Sabem quando teremos um navio no estado da arte desse nivel?
Nunca. rsrs
Os itens que podem ser facilmente mensuráveis em modernos navios de combate como esse:
1- alcance
2- autonomia
3- velocidade
4- propulsão
5- sensores
5a- antiaéreos
5b- antisubmarinos
6- sistemas defensivos soft kill
6a- antimísseis
6b- antitorpedos
7- armas antiaéreas (AAW)
7a- defesa de ponto
7b- defesa de área
8- armas antissubmarinos (ASW)
9- armas contra alvos na superfície do mar (ASuW)
9a- UTH
9b- OTH
10- armas de ataque a terra
11- armas anti mísseis balísticos (ABM)
11a- endoatmosféricas
11b- exoatmosféricas
12- armas antissatélites (ASAT)
13- aeronaves orgânicas
14- embarcações orgânicas
Faltou o deslocamento
Muito bom Bosco. Só faltou adicionar que com o deslocamento maior se tem maior
capacidade de crescimento, ou seja, futuras armas e sensores poderão ser integrados
tornando o navio relevante durante os 35 anos ou mais de vida.
O SM-3 Block IIA é dito ser capaz contra mísseis IRBMs e muito provavelmente contra ICBMs também e não só contra SRBMs e MRBMs.
Inclusive, devido a sua alta velocidade (Mach 15) é dito ser capaz de “alcançar” em alguns cenários, ICBMs na fase de ascensão . Como por exemplo, ICBMs lançados da Coreia do Norte.
https://qph.fs.quoracdn.net/main-qimg-b7d00a005de9464a17d645cb2aefcb73.webp
Este é um esquema bem ilustrativo das potencialidades dos sistemas de mísseis antibalísticos americanos. A saber: Patriot, THAAD, SM-3 Block IA, SM-3 Block IIA, GBI
*Uma pena que não mostra o desempenho dos mísseis SM-2Block IV e SM-6 .
É um Arleigh Burke né…venhamos e convenhamos….sim, melhorado…
Mas o que chamo de excelência de navio….combinando potência, navegabilidade, poder de fogo e auto defesa, enfim….vem ne mim….vem ne mim coisa linda! E eficiente e eficaz.
Temos a maior colônia nipônica do mundo. Eu arranho o japonês. Não vejo nenhum motivo para não estreitar ainda mais as nossas relações com o Japão. Falta é vontade. E não me venham com barreiras de idioma.
2!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Navio lindo, apesar de saber que não temos dinheiro, como sempre, para adquirir pelo menos um, sonhar não custa nada, uns 3 já seriam de muito serventia!!!
“Ao comissionar os dois contratorpedeiros, o Japão está se juntando a um clube exclusivo de países com capacidade CEC”
.
Leia-se: AEGIS + E-2D + F-35 A e B + Mísseis SM-6 etc
Revestimento lisinho.
Nada de painéis flambados, amassados ou distorcidos.
Faz jus a tradição naval do Japão.