Navio porta-contêineres bloqueia o Canal de Suez e provoca aumento nos preços de petróleo
Um dos maiores navios porta-contêineres do mundo virou de lado e bloqueou todo o tráfego no Canal de Suez do Egito, ameaçando interromper um sistema de transporte marítimo global já afetado pela pandemia do coronavírus.
O MV Ever Given, um navio porta-contêineres com bandeira do Panamá que faz comércio entre a Ásia e a Europa, encalhou na terça-feira na hidrovia que separa a África continental da Península do Sinai.
A Evergreen Marine Corp., uma grande empresa de transporte marítima com sede em Taiwan que opera o navio, disse em um comunicado que o Ever Given foi vencido por fortes ventos ao entrar no Canal de Suez vindo do Mar Vermelho, mas nenhum de seus contêineres afundou.
Navio porta-contêineres parcialmente reflutuado
O navio de contêineres foi parcialmente reflutuado no canal e o tráfego deve ser retomado em breve, disse o agente portuário GAC à Reuters.
A Autoridade do Canal de Suez (SCA) do Egito disse que estava trabalhando para reflutuar o navio, com o presidente da autoridade dizendo que seções mais antigas do canal estavam sendo abertas em uma tentativa de aliviar o gargalo do tráfego marítimo congestionado.
Preços do petróleo sobem devido ao bloqueio de Suez
Os preços do petróleo subiram à medida que os investidores avaliaram o impacto sobre os fluxos globais de petróleo depois que o navio encalhou, informou a Bloomberg.
Dez navios petroleiros podem ser afetados pelo bloqueio do Canal de Suez
Dez petroleiros transportando 13 milhões de barris de petróleo podem ser afetados depois que um navio de contêiner encalhou no Canal de Suez, bloqueando a passagem de navios, disse a empresa de análise de petróleo Vortexa na quarta-feira.
A taxa aproximada de atraso é de cerca de 50 navios por dia e quaisquer atrasos que levem a redirecionamentos acrescentariam 15 dias a uma viagem do Oriente Médio à Europa, disse Vortexa à agência de notícias Reuters.
A incerteza sobre o bloqueio elevou os preços do petróleo, à medida que os investidores tentavam avaliar o impacto no mercado global de petróleo.
‘Fortes ventos’ por trás do encalhe do navio
Um funcionário egípcio, que falou à agência de notícias The Associate Press sob condição de anonimato, visto que não estava autorizado a informar jornalistas, culpou o vento forte na área pelo incidente.
Os meteorologistas egípcios disseram que ventos fortes e uma tempestade de areia assolaram a área na terça-feira, com ventos com rajadas de até 50 km/h.
Os portos egípcios de Alexandria e Dekheila, que ficam ao longo do Mediterrâneo, foram fechados na quarta-feira devido às más condições climáticas, disse a Autoridade Portuária de Alexandria em um comunicado.
FONTE: Al Jazeera e Agências de Notícias
Que hora para um acidente bloquear o Canal de Suez! Mas pelo que esta na matéria logo vão conseguir retirar o navio, mas o estrago na economia por conta do atraso de alguns petroleiros já foi feito!
Fico surpreso de ver um navio deste porte sendo afetado por ventos de 50km/h, pensei que seriam necessárias condições climáticas muito mais fortes para causar algo assim. Não sou especialista no assunto, mas será que não pode ter ocorrido imperícia do capitão que não conseguiu corrigir a rota nestas condições?
Como diz em BSB….pala
Olá Gil. Talvez quem esteva no comando era um especialista do Canal. Talvez algum colega possa confirmar isso.
Ao que parece o Canal de Suez opera diferente do Panamá, onde para este último o Capitão é obrigado passar o comando da embarcação para um funcionário da empresa responsável pela administração do Canal.
Obrigado MMerlin
O comandante ou mestre da embarcação segue as orientações do prático, permanecendo a responsabilidade pela manobra e navegação… o prático, cuja presença é compulsória, é uma espécie de “assessor” uma vez que possui conhecimento sobre o local e suas condições… abraço a todos.
Olá XO. Bom ter noticias suas. Espero que todos estejam bem em sua família. Obrigado por complementar a informação sobre a presença do “prático”. Um abraço.
Camargoer, bom vê-lo de volta por aqui.
Grato, camargo… desejo o mesmo a você e a todos que participamos desse fórum… abraço…
Obrigado
Exatamente, meu comentário foi redundante.
Sempre há o Prático a bordo, o responsável total.
Até eu sei, durante a travessia o comando da nave é exercido por práticos destacados para a tarefa.
Exato. O Capitão apenas fica com a parte administrativa.
Sim, responsabilidade do Prático do Canal a bordo.
Olha bem para a foto, um navio daquele tamanho é o mesmo que uma vela gigante, esperando por fortes ventos … foi o que ocorreu, fortes ventos. Para terem autorizado a passagem desse navio, a administração deve ter achado que mesmo com a tempestade de areia, tudo daria certo …
Seu argumento está correto, mas, essas condições climáticas descritas devem ser comuns naquela região e, como não me recordo de algum incidente parecido fiquei com a ideia de que a responsabilidade seria maior sobre o condutor do que pelo porte do navio ou por conta do vento.
É verdade, as dimensões do navio formam um paredão que, pelo jeito, fica muito sujeito ao vento. Eu acompanho as noticias aqui pelo canal há muitos anos e também em outros sites e, não me recordo de um incidente parecido, seja no canal de Suez ou do Panamá. Por isso fiquei surpreso, posso estar enganado, mas fiquei com a impressão que não é algo comum de acontecer, logo pelo enorme trafego que esses canais tem, pensei em erro ou falta de atenção do condutor da embarcação.
sei que não tem comparação, mas é como uma vela gigante mesmo, toda grande estrutura pode receber influencia do vento seja um navio ou até um caminhão.
Gil U, dependendo da velocidade que o navio esta, e possível que o vento de 50km/h consiga move-lo facilmente.
Já sabem de quem é a culpa né…
Do estagiário?
Ou do Mordomo?
Esse negocio de petróleo controlar tudo no mundo é o claro exemplo de nossa preguiça em buscar coisa melhor. Deixamos esse produto controlar tudo e hoje absolutamente tudo possui derivado de petróleo. Vi uma material no programa Agrocultura no canal Cultura que na Unicamp juntamente com a Nissan, estão desenvolvendo uma carro elétrico que utiliza etanol como combustível, mas não há combustão interna, é feito por meio de reação química gerando eletricidade. Vantagens, rede de postos existente, menor tempo para abastecer, e menor custo no ciclo de vida do produto, pois os existentes tem um enorme impacto ambiental em sua… Read more »
Petróleo é mais fácil e mais barato, essa é a questão, o Brasil já tentou se livrar da dependência do petróleo através do álcool mas, como tudo produzido no Brasil, o etanol é caro e compensa mais abastecer com gasolina mesmo.
Oseias se me permite te corrigir, quando voce fala pois os existentes tem um enorme impacto ambiental e menor custo de vida, estes existentes seriam os carros elétricos convencionais?? Sem querer ser chato, mas se comparado a um veiculo com powertrain totalmente eletrico ( bateria+inversor+motor), esse carro elétrico que usa etanol nao se apresenta como uma solucao tecnica viavel. Primeiro por causa do custo final no veiculo, do tamanho do sistema e rendimento, que estao encontrando barreiras tecnicas quase intranponiveis, tanto e que estao desde 2016 pesquisando isso e parecem nao sair do lugar O que se nota e que… Read more »
Um cartel se vai, chegam outros. Fornecedores de minerais raros para fábricas de baterias, as próprias baterias, fabricantes de placas solares… É só achar onde está a dificuldade técnica, dificuldade em obter certo material, processo industrial e aí estará um ponto onde é possível a formação de cartel. E ainda tem o lobby das empresas no governo. Na Europa, em locais onde muitas casas estão sendo abastecidas com energia elétrica proveniente de suas próprias placas solares acontece da fornecedora de energia elétrica pela rede ir ao governo chorar por ajuda, porque os consumidores não querem mais a sua energia. Assim… Read more »
Canarinho, segue limk da reportagem. Assista e tire suas duvidas. Após isso comete o que você acha. Abraço
https://www.youtube.com/watch?v=DTTnEIJwVZ0&list=PL0Qz-covvhxQ-Sd1alXJbEDYRHh56Pyuw
Sabendo da importância desse canal para todo comércio mundial eles logo vão tirar esse navio dai, na unha se for preciso.
Vão ter que desembarcar os contêiners para diminuir o calado. Se fosse aqui, já teria uma multidão pulando pela borda e pegando algumas Tvs…
Petrobrás já esfregando as mãos…
Aposto que o comandante fez igual os pinguins de Madagascar:
– E agora o que a gente faz Capitão?
– Sorriam e acenem rapazes, sorriam e acenem…
Alguém saberia dizer se o Schettino retomou sua carreira de capitão?
Aparentemente sim kkkkk
É muita pilantragem mas o remédio é fácil de ser aplicado, basta subir o preço das commodities alimentícias que os países produtores de Petróleo consomem na mesma proporção que essa brincadeira acaba rapidinho…
Tem mais país produtor de alimentos que produtor de petróleo no mundo, logo o que subir preços por revanchismo vai ficar sobrando mesmo…..
Vento, né? Ah-han!
não menospreze a força do vento…
Essa ponte era muito esbelta (coisa comum em estruturas metálicas estaiadas ou pênseis) e tinha uma freqüência de ressonância facilmente excitável pelo vento local. De lá pra cá, a engenharia olha com cuidado as freqüências de ressonância específicas de estruturas. A ponte Rio-Niteroi teve que ser dotada de atenuadores inerciais pra evitar a flexão do tabuleiro pelo vento. O mesmo acontece com outras pontes mundo afora.
Alex, o que você que poderá ter sido?
Não sei, Michel. O que eu sei é calcular a pressão e sucção do vento numa superfície em função da velocidade desse vento. Mas eu ainda não calculei por preguiça e por achar que não foi o vento. Mas posso estar enganado, se alguém contar o que realmente aconteceu e não apenas uma opinião em off…
Calculei. Dada a velocidade de 50km/h e uma incidência perpendicular ao costado (o vento teria que vir do deserto e não do Mar Vermelho), um vetor de ~2700 toneladas-força à meia nau e meia altura se aplica. Se isso é ou não suficiente pra girar o barco, não sei…
Grafei errado: o valor correto é -270 toneladas-força. Desculpem, acho que preciso trocar o óculos.
Alex, um navio daquele porte, ainda mais carregado, tem uma área vélica muito grande, o que tem de ser levado em consideração nas manobras… fora o fato de ser “queixo duro”, ou seja, manobra muito lentamente… no mais, o prático pode ter vacilado ou pode ter ocorrido um “fora de leme” (avaria), por exemplo, algo que levaria a essa situação anormal… abraço…
Aquela “Pecinha” que fica atrás do Timão nunca e´responsabilizada.
Entupiu…
Fico imaginando o tamanho da multa que a empresa que opera esse cargueiro vai receber, da empresa que administra o Canal…
“Acidente”.
Ao que parece, uma rajada de vento deixou a banheira tapando o canal……
Vcs sabem o nome do capitão da embarcação?
Não vi ser divulgado.
Responsabilidade do Prático do Canal, a bordo. Ele assume o comando a bordo.