Naval Group entrega o ARA Piedrabuena, segundo navio de patrulha offshore multimissão para a Argentina
O segundo navio de patrulha offshore OPV 87 argentino, ARA Piedrabuena, foi entregue hoje na presença do Capitão Víctor Ortiz, representante da Armada Argentina na França
O ARA Piedrabuena foi entregue hoje à Armada Argentina na presença do Capitão Víctor Ortiz, representante da Marinha na França, que também reconheceu o Comandante Gastón Vega em sua tomada de comando.
Esta entrega faz parte do contrato assinado pelo Naval Group com a Argentina em 2018 para a entrega de quatro navios patrulha multimissão. O ARA Bouchard (ex-L’Adroit) foi entregue em dezembro passado, dois meses antes do previsto. Com a entrega do ARA Piedrabuena, a primeira das três novas embarcações de patrulha construídas para a Argentina, o programa segue progredindo conforme programado e continuará a um ritmo de uma entrega a cada seis meses.
A tripulação de 44 pessoas da Armada Argentina foi treinada na operação e manutenção da embarcação por equipes do Naval Group e Kership, joint-venture entre Piriou e Naval Group.
Este segundo navio patrulha da série adquirido pela Armada Argentina, de construção nova, oferece os mesmos bens e características do primeiro, o ARA Bouchard. Algumas de suas características foram reforçadas para atender às necessidades da Armada. Mais bem armado e motorizado, equipado com sistema de estabilização ativa e propulsor de proa, também é comprovado no gelo, ou seja, adaptado para navegação nas águas frias da Antártica.
Jean-Claude Flandrin, Diretor do Programa, disse: “Apesar da situação sanitária global muito complicada e graças ao compromisso das equipes do Naval Group, Kership, Piriou e todos os seus parceiros industriais, conseguimos entregar este primeiro navio de patrulha projetado para a Argentina com pontualidade e também de seguir preparando o restante da série”.
OPV 87, um navio inovador
As embarcações de patrulha offshore argentinas se beneficiam das inovações desenvolvidas pelo Naval Group e comprovadas pela Marinha Francesa, que operou o L’Adroit em vários oceanos por seis anos:
• Autonomia muito elevada e excelente navegabilidade;
• Uma visibilidade de 360° do passadiço e um mastro exclusivo para uma cobertura de radar panorâmica;
• O lançamento discreto e seguro em menos de cinco minutos de embarcações rápidas para Forças Especiais graças a um engenhoso sistema de rampa na popa do patrulheiro;
Esta gama de navios também se beneficia da expertise do Naval Group em sistemas de informação e comando, permitindo uma ampla vigilância do espaço marítimo e a detecção de comportamentos suspeitos. O ARA Piedrabuena está equipado com o sistema POLARIS® e o sistema de link de dados táticos NiDL®, desenvolvido especificamente pelo Naval Group para missões de Estado no mar e comprovado pela Marinha Francesa.
Características técnicas
O Navio de Patrulha Offshore é capaz de permanecer em alto mar por mais de três semanas, atingir uma velocidade de 20 nós e acomodar um helicóptero. Implementado por uma tripulação reduzida de 40 membros, também é capaz de acomodar cerca de vinte passageiros extras.
• Comprimento: 87 metros
• Boca: 14 metros
• Deslocamento: 1.650 toneladas
• Velocidade máxima: mais de 20 nós
• Tripulação: 59 (tripulantes e passageiros)
• Autonomia:> 7.000 milhas náuticas
• Capacidade de embarque: duas embarcações leves de 9 metros e um helicóptero classe de 10 toneladas
Sobre o Naval Group
O Naval Group é o líder europeu na defesa naval. O Naval Group usa seu extraordinário know-how, recursos industriais únicos e capacidade para organizar parcerias estratégicas inovadoras para atender às necessidades de seus clientes. Como integrador de sistemas e contratado principal, o grupo projeta, produz e dá suporte a submarinos e navios de superfície. Também presta serviços para estaleiros e bases navais. Atento à responsabilidade social corporativa, o Naval Group adere ao Pacto Global das Nações Unidas. O grupo registra receitas de 3,3 bilhões de euros e tem uma força de trabalho de 15.798 (dados de 2020).
DIVULGAÇÃO: Naval Group
Argentina 1 x 0 Brasil
So agora tu conta esse placar? A MB ta longe do ideal, mas olha eles pelo retrovisor!
Brasil e Argentina deveriam fazer exercícios conjuntos de patrulha em alto mar, principalmente quanto a combate a ilícitos e acidentes, envolvendo busca, salvamento e captura.
Ambos já dispõem dos meios.
PS: se é que já não fizeram.
Caro Mk48
Exatamente, patrulhas, mas não só. Um “combate a incêndio” em alto mar ou um “resgate” da tripulação de um navio “afundando” e outras “emergências”.
A guarda costeira dos EUA já fez exercícios de policiamento marítimo com a MB.
É sempre melhor estar bem treinado e não precisar do que precisar e não estar bem treinado.
Abraço
Se o Brasil fosse um país um pouco mais sério teríamos ao menos uns 12 OPV’s (novos) patrulhando a nossa costa!
E o Brasil ficou apenas naquelas 3 unidades da classe Amazonas… Que pena!
Curiosidade em saber quanto custou cada uma…
Os 4 custaram praticamente o valor de uma única Tamandaré…
É zoeira ou tá falando sério?
Sério, ué…
Foram ~U$360 milhões.
https://web.archive.org/web/20181203152345/https://www.janes.com/article/84948/argentina-confirms-the-purchase-of-four-french-opvs
Porque do espanto? É o preço de um OPV….esta é a media….
Ja foi debatido aqui o dilema de 4 Tamandarés ou 12 Amazonas……
Também não vejo o motivo para tanto alarde…um OPV não é um projetado para combate, estruturas completamente diferentes.
Devem ter vindo sem as armas.
Os quatro juntos foram mais de us$100 mil mais barato que uma única Tamandaré. E os 4 provavelmente vão ser entregues antes do batimento de quilha da primeira FCT…
Os três BAES OPV que o Brasil comprou custaram £ 155 milhões… Então, péssimo negocio para los hermanos…
Péssimo négocio como??? É o preço.
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A MB comprou por esse preço faz muito tempo. Veja quantos o UK pagou pelos novos OPVs.
E custou só isso aí pq os navios já existiam. Se a MB fosse as compras, iriam querer ToT e mil frufrus e cada um custaria 155 milhões…
Mestre Bardini, com respeito e consideração que tenho pelas suas colocações, mas vejo essas críticas desmedidas e de certa maneira contraproducente. Sempre na matéria do aero naval do Padilha ele relatas o porquê da diferença desse preço entre as Rivers adquiridas pela MB e as Rivers 2 .
A RN fez requerimentos e modificações consistentes justamente para ter algo mais próximo possível a um navio de guerra de verdade, e não um simples OPV.
“Mas por que essas mudanças? Para mim, a melhora na estanqueidade, modificações de segurança contra incêndio, instalações de combate a incêndios aprimorados, luzes de emergência automáticas, proteção revista e a instalação de mais espaço na casa de máquinas (que vai dar claramente um acesso mais fácil aos motores no mar, permitindo reparos de emergência), sugerem que o R2s, ao contrário do BAES OPV, destinam-se a se engajar no campo de batalha e sofrer danos. Ou, em outras palavras, eles são reais, navios de guerra levemente armados. Também muito sugestiva a este respeito é a velocidade máxima sem precedentes da R2s,… Read more »
Caro Thiago, essas alterações nos River B2 não foram na verdade feitas com o propósito de criar um ‘navio de guerra levemente armado’ como vc falou, mas sim com o intuito de engordar o valor dos navios por conta de um contrato anterior da RN com a BAES que determinava pagamentos obrigatórios a serem feitos… Inclusive a compra desses navios foi uma opção ‘tapa buracos’ q a RN realmente não queria fazer… foi só pra poder realizar os pagamentos a BAES, já que o projeto das fragatas não estava pronto. Essa matéria do save the royal navy (q agora mudou… Read more »
Algumas modificações que a matéria relata : modificações na estanqueidade, modificações de segurança contra incêndio com instalações de combate a incêndios aprimoradas, luzes automáticas de emergência, posição do oficial no Flight Deck, modificações no sistema de refrigeração, modificações nas plantas de tratamento de esgoto, modificações para aumentar capacidade de aguada, reforço no convoo para operação com helicóptero Merlin, reabastecimento de aeronave em voo, mudanças na temperatura mínima de funcionamento do navio, modificações nos turcos, modificações no armamento (substituindo 2 × 25 mm por 2 × 7,62 mm armas Mc 44 Gatling), instalação de WECDIS / WAIS (WECDIS significa Navio de… Read more »
Tu acha que eu não sei disso?
Se a MB fosse comprar algo novo, como seria?
Seria muito mais caro do que os OPV comprados em uma oportunidade, que foram feitos para outro cliente.
Você sabe então, e eu sei que você sabe mas muitos outros leigos como eu não sabem, então a sua comparação entre valores de OPVs com fragatas cria confusão e só alimenta à frustração e o desejo de lacrar a MB. Portanto fiz questão de lembrar a enorme distância que existe entre os dois navios e mais, como você mesmo indicou no caso argentino, existe um hiato de tempo entre aquele contrato e esse da Tamandaré. Mesmo não gostando/apoiando as escolhas feitas pela MB, nesse quesito as críticas não são pertinentes.
Lendo o debate de vocês não entendi dessa forma. “Se a MB fosse as compras, iriam querer ToT e mil frufrus e cada um custaria 155 milhões…” Concordo com Mestre Bardini. Se a MB contratar OPV será a mesma novela das Tamandarés. O preço será o preço de mercado, a história dos TOTs vai torrar a paciência e seguramente o tempo nunca será senhor da razão. Também não enxergo comparação entre fragatas e OPV feita por Mestre Bardini. A distância entre esses meios tem ficado óbvia. Até ululante. O fato é que mesmo sem dinheiro os argentinos estão recebendo navios… Read more »
Nobre Esteves, a questão foi a comparação de preço entre as Tamandaré ( navios de combate ) com esses OPVs argentinos, que não são combatentes exatamente como os nossos RIVERs.Pagamos os RIVERs com um valor por unidade inferior quando comparados com esses do ARA. Comparar o preço de um OPV com fragatas não tem cabimento, seria mais pertinente/interessante avaliar os preços da Tamandaré com outros navios da mesma categoria . Como também não faz sentido armar um OPV como se fosse um meio de combate, não será nunca um navio de guerra sem as devidas adaptações de projeto, será apenas… Read more »
O primeiro da série estava passando por problemas sérios de propulsão.
Poderia ser de outros fabricantes, não necessariamente dos ingleses! O fato é que o Brasil precisa urgente de OPV’s!
Dizem que está parado por falta de combustível. Um vexame, para esconder um vexame maior: https://www.youtube.com/watch?v=i_cdB1gBChM
No Brasil está tudo parado por falta de vergonha.
O ARA Bouchart estava na região de Ushuaia e fazendo certificação de armamento com o pessoal da Leonard. Mas eles passam por dificuldades, assim como nós.
Quem não passa?
nada de ToT porque nao tem o parque industrial para recebe-lo.
E nós temos? Estou esperando as tais corvetas até hj.. vou morrer e não verei..
Tem imagens na internet.
Nosso parque industrial é muito maior e mais diversificado do que o da Argentina(ou de qualquer outro país da região). O FX-2 prova isso.
Bem, nesse caso, “O Prosub prova isso.”, pois há nele um bom nível de nacionalização.
Mk. 48 tenho uma curiosidade, não sei se pode me responder. Mas diga: Se já foram comprados e estão no Brasil os componentes importados que farão parte da construção do sub. nuclear, dentro do que foi acordado com a França ou ainda haverá essa aquisição.
Os componentes do reator não vêm da França. O contrato do PROSUB determina o fornecimento do casco sem a propulsão para o submarino nuclear.
Quantos e quais componentes importados para o reator…isso é segredo. No momento, com o dólar batendo 6, a indústria automobilística sem chips para montar carros…
A vida está dura.
Caro Esteves. Também li a informação que você expôs, mas não me referi a itens do reator ou da propulsão e sim aos múltiplos outros componentes importados, como exemplo os mastros. Creio que a importação destes sistemas e componentes podem constituir uma tremenda demanda financeira, caso não estejam englobados no programa.
Sim. Esteves derrapou na resposta.
Mas…enquanto o reator não estiver operacional em Itaguaí não vejo porque montar o casco.
O preço dos insumos, das matérias-primas, dos componentes importados não está pra mar de Almirante.
Estamos em um rio de piranhas com o euro querendo bater 8.
Obrigado
Não há.
Um submarino tem dezenas de milhares de peças. Então é improvável que a nacionalização esteja restrita apenas a válvulas, baterias e tubos de torpedo. A nacionalização sempre foi um dos focos do programa, nessa a MB acertou. Mas concordo que a tecnologia mais delicada vem de fora.
O TOT não é uma peça. A transferência de conhecimento não está depositada em uma bateria que poderia ter sido comprada aqui (mas os americanos foram embora) ou na França.
A gestão do TOT ainda falta ser explicada e deve ser muitíssimo…sensível saber o quanto e o que ficou no papel e, o quanto e se de fato aprendemos.
Aprender a fazer é melhor que aprender a comprar.
Acredito que seja importante aprender a vender. Aprender fazer o que não se consegue vender de maneira a tornar um negócio sustentável também não agrega nada.
Transferência de tecnologia significa transferir mercado.
Por isso que não se transfere tecnologia, ou se faz de conta que esta se transferindo tecnologia, ou se tranfere aquilo que não tem mercado, ou se transfere aquilo que você não tem interesse em construir e precisa de mais concorrência no mercado.
Então porquê não temos mais navios de patrulha costeira e oceânicos se temos os projetos?
até o aço importado…? vou pesquisar
achei algumas coisas no google , o mercado de aço esta inundado pela china( 50% do aço e aluminio do mundo) puxando para baixo o preço do aço (e tambem o aluminio), para se tornar competitivo o custo brasil( impostos municipais estaduais e federais ) deveria abaixar . grandes investimentos no setor para aços de alta qualidade é inviavel pois teria que competir no mercado internacional, pois se for só para construir submarinos e o que o brasil consome nao é viavel . li alguma coisa que se o Brasil importar o carvao mineral dos estados unidos , cairia a… Read more »
As baterias acho que só pros dois últimos Submarinos. Os dois primeiros, veio de fora. Salvo engano meu.
Ele se refere ao parque naval.
Combater ilícitos de maneira convencional pode ser uma atribuição atual das marinhas. Se num cenário hipotético tivéssemos que lidar com 400 barcos pesqueiros praticando pesca predatória o que faríamos? Temos a chance de “construir ” um navio específico para este tipo de ameaça: downgrade na corveta ou fragata Niterói despojando do armanento antiaereo e antisub, e colocando mais canhões e metralhadoras.
Para que tanto poder para combater navios pesqueiros?
Basta usar de persuasão mesmo, enviar helicópteros e aviões para monitorar e já mostrar os dentes… Não saem do lugar? Segue uma fragata ou mesmo uma OPV para forçar que saiam da região em questão.
Procura na web as imagens recentes de centenas de barcos pesqueiros agrupados logo após o limite da ZEE argentina. Centenas, mesmo! Chineses, coreanos, espanhóis e japoneses. Pesca predatória total.
Vietnamitas, egípcios, indonésios…a lista é grande.
Eu vou montar um texto e um video com uma hipotese de doutrina a ser explorada….
Tá melhor que o Brasil kkkkkkk, MB a marinha da terra e das coxinhas.
MB ta longe do ideal, mas bem a frente dos argentinos em várias áreas.
Como é fácil ter like sem argumentar. Seria ótimo que os mesmo que concordam com esse tipo de comentário relatassem onde e como a ARA possui alguma vantagem comparativa, quais projetos, doutrina, aquisições e meios . Adoraria essa oportunidade para adquirir conhecimento.
A marinha da Argentina está conseguindo meios novos, depois de TODA a esquadra ficar obsoleta. Ou você não lembra do desastre do submarino?
O mais importante é que segue dentro do prazo, ou melhor, até um pouco antecipado diante da entrega do primeiro OPV usado.
A Argentina está longe de ser parâmetro para o Brasil em termos de Marinha, e atualmente em qualquer coisa. Só noticias decadentes do nosso vizinho.
Existe um série de opções de OPV´s no mercado, aí é questão de prioridades e planejamento da Marinha brasileira.
https://luerssen-defence.com/english-luerssen-opv-85/
https://www.fassmer.de/en/shipbuilding/products/navy-vessels/opv-2020
https://products.damen.com/en/ranges/offshore-patrol-vessel/offshore-patrol-vessel-1800-sea-axe
http://www.kership.com/en/vessels/opv-90
Também: https://cmn-group.com/products-and-services/military-vessels/vigilante/vigilante-1400-cl79/
Projeto é o que não falta…
Viva o Powerpoint.
Venho batendo na tecla do fassmer faz tempo, tem tudo o que precisamos, o projeto é muito bem testado e o mais importante, tem preço!!!
E podem ser adquiridos por intercâmbio com Estaleiros como ASMAR ou COTECMAR a preços bem atraentes e até se unir ao desenvolvimento de navios com capacidades superiores, como ocorre na atualidade com as modificações feitas por Chile e Colômbia nas suas OPV 80.
Ás vezes acho que se perdem oportunidades de evoluir apenas por não querer olhar pros vizinhos.
É isso, as vezes não precisamos buscar exemplos nas melhores marinhas do mundo, talvez o exemplo venha de marinhas que compartilham alguns de nossos problemas!
Voltando aos navios, o OPV80 da fassmer é mais navio que este OPV87, só de autonomia o primeiro tem 3000 milhas a mais, sem contar a super estrutura que parece bem menos atarracada, o navio já não é grande ainda fazem um super estrutura minúscula que com o hangar fica ainda mais difícil!
E a Marinha do Brasil na pindaíba desde 1886, rs. Como é que dizem: ”A segunda maior Marinha do mundo!” (?) na época. Claro, claro… e sem munição também, rs. Grande parte era só pra passeio e exibicionismo mesmo. De lá pra cá a Marinha do Brasil está desse jeito ai que estamos vendo e tem gente achando bonito ainda. Nós temos hoje uma Marinha de terra e não de mar! Eu espero muito que o novo comandante da Marinha do Brasil faça uma verdadeira revolução por que tá difícil.
“Faltou na reportagem detalhar o armamento.”
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Canhão Leonardo Marlin de 30mm e metralhadoras .50
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No futuro, os Argentinos poderiam até flertar com a ideia de colocar mais armamento, transformando esses OPV em “Corvetas para Guerra de Superfície”.
“No futuro, os Argentinos poderiam até flertar com a ideia de colocar mais armamento, transformando esses OPV em “Corvetas para Guerra de Superfície”.”
A Colômbia e o Chile estão tentando desenvolver corvetas missileiras a partir das suas OPV. No mês passado COTECMAR lançou seu OPV 93. Uma variante ampliada do OPV 80 da FASSMER com o fim de abrigar sistemas e subsistemas que permitam incorporar misseis. Inclusive os sistemas de mando e controle assim como os de controle de tiro são desenvolvimento Chileno.
Desconheço as características desse projeto francês, mas em linha de regra um OPV Não é um navio apto ao combate e não é uma questão de armamentos, mas de projeto.
Me lembro de uma matéria do Padilha sobre os nossos River :
“Eles podem lidar com contrabandistas, piratas e grupos terroristas de pequena escala, mas nada maior do que isso (incluindo grandes movimentos terroristas). Não se trata de armamento, é sobre sua incapacidade de absorver danos de batalha. Entusiastas de up-grade nesses OPVs tendem a esquecer isso.'”
E tantos outros pontos que ele relatas…que diferenciam um navio de combate de um simples OPV
E ambos são navios de apoio, não para linha de frente.
Bom dia MK48, obrigado pelo valioso adendo.
Abs
Vai depender. Um exemplo são as nossas OPVs classe Amazonas, nome original Classe River batch.
A evolução da classe Amazonas, River batch 2, foram projetadas para combate, para atender as especificações da Marinha Real. É para ser um OPV, mas com capacidade de aguentar danos, e está apta, ao fazer um upgrade, transformar em uma corveta de combate.
Obviamente, o preço saiu 3 vezes mais caro que as 3 Amazonas (River batch 1 = $155 milhões de libras), enquanto que as 3 River batch 2, saíram por 348 milhões de libras.
https://www.thinkdefence.co.uk/2016/06/thoughts-batch-2-river-class/
Aqui, também:
Belo navio! Estado da arte em termos de OPVs.
Quantos navios-patrulha a MB possui?
De verdade 3?
Para uma costa do tamanho do Brasil e uma Marinha com a importância da MB, é muito pouco.
De patrulha oceânica apenas os 3 da classe Amazonas (deslocamento de 2000t). Mas de menor porte temos 4 Bracuí (900t — antigos navios varredores britânicos transformados em patrulha), 2 Macaé (500t) e 12 Grajaú (200t). Fora isso temos cerca de 8 de patrulha fluvial de diferentes portes.
Eu sou um grande fã da classe L´Adroit e do holandês Holland P840
Um navio muito melhor que as Type 23. Se for pra tapar o buraco das Tamandarés, que seja encomendando navios novos, com décadas de vida útil futura.
Esses navios são navios-patrulha. Não dá para comparar com uma fragata. Mas seriam bem mais úteis à MB, com certeza.
Ué compraram as Tamandaré com esses OPV… Então a comparação aqui também vale .rsrs
Putz! Uma Type 23 é uma Fragata, escolta especializada como Antisub, Antiaérea, combatente de superfície ou Multi missão. Com deslocamento muito maior e capacidades muito acima de um OPV. Não existe comparação possível entre eles.
Aí eu penso, não dá pro Brasil adquirir 4 ou 6 desses navios? Poderia tapar dois buracos: a ociosidade da ICN após os submarinos, e o atraso nas Tamandarés. Tudo isso por menos de 1 bilhão de dólares.
E…tem 1 bilhão de dólares sobrando no orçamento da MB?
Creio que seria melhor comprar mais unidades da classe Amazonas, de porte semelhante, que já operamos. Infelizmente, na realidade, não conseguimos nem concluir os Macaé, muito menores e mais baratos.
Realmente acho que 12 patrulhas fariam a diferença, principalmente para missões salvamar e adestramento dos fuzileiros navais dos distritos
3 no Rio, 3 em Aratu, 3 em Natal e 3 em Cães
sempre 3 (1 operacional, 1 reserva e 1 em manutenção)
Oi, não esqueça do sempre esquecido 5º DN em Rio Grande…vai precisar de mais 3 na tua conta então…
tem razão Gelson, aí teria que mudar o nome da Estação e criar a Base Naval do Rio Grande, aumentando minha conta para 15 embarcações
Propulsor de proa ??? Como é isso ??
Caro Max
Trata-se de um hélice (terminologia náutica. Em aeronáutica é “uma” hélice) posicionado na proa, transversalmente ao eixo do navio e serve para auxiliar grandes embarcações nas operações de atracagem e saída do cais, dispensando o uso de rebocador. Também pode ser usado para fazer curvas fechadas, igualmente sem o uso de rebocador.
Abraço
Prezado Mk48
Pode ser para atuar na Antártida, como diz no texto. Ou ainda atracar em portos que não possuam serviço de rebocador. Também manobrar em enseadas estreitas após recolher a âncora. Mas é só um palpite.
Abraço
Enquanto o Kirchnerismo estiver em alta, a China nem precisa mandar barco para escoltar os pesqueiros, a própria ARA vai fazer isso.
Infame.
Amigos, essa discussão é interessante. Mas vcs precisariam discutir a matéria sobre o que quer a Marinha. Segundo ela, a MB quer projeção naval, e isso ficou muito claro. Duas esquadras e portaviões. Quer ainda escoltas nacionais, digamos corvetas travestidas de fragatas. Quer submarinos convencionais e alguns nucleares. Quer patrulhas fabricadas no Brasil. Desse grandioso projeto, exequível apenas os subs convencionais que já estão sendo construídos. Os escoltas, se lutam há muito tempo para tirá-los do papel. Quando conseguirem já não teremos outros congêneres. Ou seja, uma esquadra de um porta helicópteros ( bom), um anfíbio ( bom), parece que… Read more »
“Duas esquadras e portaviões.”
E volta ao ponto.
Há uma diferença enorme entre o que se quer, o ideal, o que se precisa e o que se pode.
Com um pouco de pragmatismo, amarrando as parcerias certas e foco, a MB poderia se reequipar medianamente bem num prazo de de uns 15 anos e assim chegar até 2040 com um frota que permitisse operar a um custo razoável e em condições de suprir as necessidades imediatas.
Mas é importante ter os parceiros certos.
Não é culpa dos franceses. O presidente da época fez os contatos. Assinou os contratos. Depois foi até a França. Contrato de 7 bilhões de euros = 50 bilhões de reais. Pagável com o orçamento da MB? Foram pagando à partir do euro a 2,70 e…quanto falta pagar com o euro atual? O dinheiro do Atlântico veio do Tesouro. Não saiu do orçamento. São as tais compensações financeiras dos royalties dos hidrocarbonetos. O Tesouro paga. O dinheiro das Tamandarés veio de capitalização a Emgepron. 4 fragatas por 500 milhões de euros + capacitação + investimentos em TOTS + recheios atualizados… Read more »
“Não é culpa dos franceses.” Sabemos que não, embora tenha alguns que façam tudo o possível por colocar a culpa neles. “Essa conta passa fácil de 20 bilhões de reais.” Mas aqui o problema não é dinheiro, é gestão. “Parceria existiu na época que o futebol tinha ponta. Hoje tem ego.” É, o “deslumbramento” Mas, como disse antes, O Chile e a Colômbia desenvolvem nos seus estaleiros uma série de variantes utilizando como base de conhecimento as opv 80 DA FASSMER. Inclusive, já existe um intercâmbio entre eles sobre esse conhecimento adquirido. Era dó o Brasil querer que poderia entrar… Read more »
O problema da gestão é a falta de dinheiro. Futebol aqui era coisa simples. Existia técnica e táticas. Compiladas do modelo WM dos ingleses. Aqui sobrava talento. Na Europa existia aptidão. Quem deveria ter copiado quem? Qual jogador europeu tinha a capacidade de colocar a bola no peito de 1 Pelé vinda de um lançamento de 40 metros? Quem quer saber de vizinho com cara de índio quando há a Europa do outro lado do mar? E foram deixar a Xerox falir. Um dia Esteves perguntou a papai. — Por que fomos campeões somente em 1958? — Porque antes de… Read more »
Como pode ser que o problema de gestão é a falta de dinheiro se o orçamento da MB é o maior de todas as Marinhas da Região?
Do resto, juro que continuo na mesma… Sei que vc quer dizer algo, só não sei o que e o que posso oferecer é um Carmenier ou um Cabernet, rosso não tenho.
20 anos atrás o discurso já era este: duas esquadras e porta-aviões. E o que fizeram neste sentido? ABSOLUTAMENTE NADA!!! Sequer substituíram meios por obsolescência. Isso passando por anos de bonança econômica, entre 2005 e 2010. Eu acompanho este blog aqui mais ou menos desde 1996. Neste ínterim, a Marinha não foi capaz de substituir a Classe Niterói, não fez nada para substituir as Classe Greenhald, encerrou o uso das Classe Inhaúma e, ao invés de proceder uma evolução da classe Barroso, preferiu mudar tudo e criar o projeto Tamandaré. Incorporou a Barroso, depois de 14 anos construindo-a! Comprou o… Read more »
A entrega seria em 2021. Acho que não pagamos.
O nome disso é distanciamento civilizatório.
Somos o Plutão do mundo.
Verdade, esqueci os Traders, que foram comprados para atuarem no NAe São Paulo, e que somente ano passado entraram em processo de modernização!
Precisa debater sobre o possível. O que quer é diferente. A missão da MB é projetar o poder naval e cumprir seu papel constitucional. Qual poder naval? A missão da Marinha de Portugal é cuidar das águas de Portugal. Parece mais adequado. Nossa economia em quinto ou em décimo terceiro lugar não sustenta poder naval com o dólar a 6 e o euro a 8. Porque um carro no Brasil custava 70 em 2016 e custa mais de 100 hoje. Porque nosso modelo econômico importador inibido pela globalização faz-nos projetar as exportações de matérias-primas. Inibido pela globalização e pelas cabeças… Read more »
“A missão da MB é projetar o poder naval”
Projetar pra onde e pra que?
“Preparar e empregar o Poder Naval, a fim de contribuir para a Defesa da Pátria; para a garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem; para o cumprimento das atribuições subsidiárias previstas em Lei; e para o apoio à Política Externa”.
Preparar e empregar Esteves entende como projetar. Arquitetar.
Se não fazem não cumprem a lei.
Projeção de Poder Naval se refere à projeção da força da MB e não ao seu projeto.
É o que faz EEUU com seus NA, projeta sua força sobre outros continentes que estão fora do seu domínio.
Não vejo onde, a projeção de poder naval por parte da MB possa ser parte da sua missão.
Minha pergunta foi outra:
Projetar pra onde e pra que?
Não sei o que deixaram no Bouchard mas o L’Adroit era isso aqui:
https://www.navalanalyses.com/2015/01/ladroit-patrol-vessel-of-french-navy.html?m=1
Ainda acho aquele dunce cap sobre os Terma Scanter ridículo e gratuito, parece até que virou moda por lá.