Rohde & Schwarz vai fornecer suítes de comunicações e inteligência para as fragatas classe ‘Tamandaré’

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A Rohde & Schwarz foi escolhida pelo Consórcio Águas Azuis para o programa de fragatas classe Tamandaré da Marinha do Brasil para ser totalmente responsável pelo desenvolvimento, design, produção, integração e aceitação do pacote de comunicação externa e interna e fornecerá medidas de apoio eletrônico de comunicação (C-ESM).

O Consórcio Águas Azuis, formado pela thyssenkrupp Marine Systems, Embraer Defence & Security e Atech, foi selecionado pela Marinha do Brasil para construir quatro combatentes de superfície baseados no projeto MEKO A100 como parte do programa das fragatas classe Tamandaré. Todas as embarcações serão construídas no Brasil com entrega prevista entre 2024 e 2029.

A Rohde & Schwarz fornecerá a arquitetura de comunicação externa, o sistema de comunicação integrado moderno e totalmente baseado em IP (NAVICS) das fragatas e sistemas de antenas de ponta.

“A Rohde & Schwarz já possui sistemas instalados a bordo de embarcações navais (classe Barroso) e com a Força Aérea. Isso significa que a solução atual irá estender a interoperabilidade conjunta nas Forças Armadas brasileiras.”

“Um valor agregado é que, com a Rohde & Schwarz do Brasil, temos uma forte base local para suporte de engenharia, integração, serviços e manutenção – uma presença sólida que permite que os parceiros industriais locais forneçam comunicações navais e suporte ao sistema de inteligência. Vamos entregar um investimento seguro e à prova de futuro para a Marinha do Brasil dentro do prazo e do orçamento.” – Hansjörg Herrbold, vice-presidente do segmento de mercado da Marinha Rohde & Schwarz.

Concepção em 3D da fragata classe Tamandaré

Como integradora de sistemas e fabricante de todos os componentes principais, a Rohde & Schwarz oferece soluções prontas para uso e confiáveis. Isso leva a maior confiabilidade, desempenho e eficiência, o que significa mais valor pelo dinheiro. Além das comunicações externas, o NAVICS fornece comunicações a bordo e garante uma arquitetura de segurança multinível que permite comunicações seguras, confiáveis ​​e à prova de invasão, ou seja, terceiros não serão capazes de interferir na troca de informações. As soluções de antenas e sensores passivos C-ESM navais da empresa permitem que a fragata explore o espectro eletromagnético e as comunicações adversárias, a fim de combater ameaças convencionais e assimétricas contra seus litorais, fronteiras nacionais e canais de logística.

DIVULGAÇÃO: Rohde & Schwarz

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TeoB

Essa empresa parece ter o respaldo das FAAs no que se refere a sistemas de comunicação, que é uma das áreas mais sensíveis, tomara que seja digna dessa credibilidade.

a arte ficou muito boa, mas confirma o meu medo de ser somente 12 lançadores verticais, acho que poderiam colocar mias 4 no mínimo, essas fragatas vão fazer a escolta para toda a MB.

737-800RJ

Li uma vez que cada célula, dependendo do invólucro que a MB escolher, poderia levar 2 Sea Ceptors, dando uma capacidade de 24 mísseis.

737-800RJ

Complementando: pois os mísseis não são muito grandes, então poderiam ir juntos no mesmo invólucro lado a lado, penso. Há também a possibilidade, ainda que improvável, de a MB escolher lançadores quad pack. Se falei alguma bobagem, correções são bem-vindas! Exemplo:

TeoB

Sim, existem vários tipos de lançadores que comportam os CAMM mas o tipo do lançador da imagem (ilustração da matéria) se assemelha aos das Type 23 que foram convertidas do Sea Wolf para o Sea Ceptor, por isso que digo que se essa arte for fidedigna ao que vai a fragata acho poucos lançadores.

Foragido da KGB

A MB já definiu que serão células com 4 mísseis. Agora, quantas células serão instaladas ainda é uma incógnita.

Pedro Bó

O CAMM pode ser quadpacked no Mk-41 (oito células), no Mk-57 (quatro células) e no Sylver (8 células).

Antonio Cançado

Cada silo de Sea Ceptor pode acomodar quatro células lançadoras.

Dilbert_SC

Legal!
Já estão comprando os móveis e nem tem casa pra morar.

Leandro Costa

Super normal isso. Inclusive os motores vão ser adquiridos antes do início da construção também, como normalmente acontece com praticamente qualquer embarcação.

erichwollf

É… pq esses sistemas vendem em prateleiras, é só chegar e pedir!

Dilbert_SC

Hummmm… é mesmo??!!!
O casco da fragata fica nas prateleiras de baixo provavelmente.

Renato de Almeida

Kkkk estou rindo de rolar.
Bem sacada!

Guacamole

Poxa, não tinha como a Embraer ou outra compania se unir com a Kryptus do Brasil pra fazer isso?
Já cansei e ver companias alemãs associadas com a CIA e o Brasil comprando material deles.

Vide Crypto AG.

Last edited 3 anos atrás by Guacamole
Alexandre Galante

A Crypto AG é uma empresa suíça. A Alemanha também foi vítima de espionagem pelos equipamentos da Crypto AG:

https://www.forte.jor.br/2021/02/07/estudo-sobre-espionagem-dos-eua-e-alemanha-no-brasil-e-em-mais-de-120-paises/

Last edited 3 anos atrás by Alexandre Galante
Bruno

Na verdade é uma empresa americana, pois é fachada da CIA, como tantas outras pelo mundo.

Wellington R. Soares

Uma dúvida, o sistema SICONTA das fragatas Niteroi não poderia ser utilizado na Tamandaré?

Alexandre Galante

Não, o Siconta está obsoleto.

Wellington R. Soares

Entendi Galante, pensei que haveria um avanço no sistema SICONTA que possbilitasse o emprego nas Tamandarés.
Uma pena não ter ocorrido uma atualização e avanços, pelo fato de ser um sistema Nacional.

Esteves

Para seguir avançando com o SICONTA assim como com qualquer sistema operacional teria que ter havido uma sequência nas construções. Sistemas consomem energia. Energia precisa ser calculada para distribuição em todo o navio. Potência de geradores. Cargas elétricas. Propulsão.

Quando houveram as interrupções não desaprendemos somente a construir fragatas. Tudo veio a reboque. Ou tudo parou no tempo.

Lamentável.

Wellington Góes

Está, mas por falta de investimento e continuidade dos projetos… Uma rotina em P&D no Brasil…

Jadson Cabral

Por isso TOT no Brasil é piada. Pagam bilhões a mais com a desculpa de desenvolver a industria nacional, pra depois jogar tudo fora pq não teve continuidade e ficou obsoleto. A história se repete

Esteves

Não pagam a mais. Contam essa lorota que frequentemente é desmentida por quem está enfiado nesses programas e projetos.

Não existe transferência de conhecimento. Ensinam a fazer. Ensinar a pensar ninguém ensina. Ensinam a montar. Elaborar não ensinam.

Se você é dono do projeto não paga royalties. Se você executa um projeto de outro vai transferir grana a vida toda para usar o que não lhe pertence.

Os italianos Estão sempre p* com a gente porque usamos provolone, parmesão. Navio de guerra é uma baita grana.

FERNANDO

Pelo menos o barco está navegando e todo dia temos notícias.
Pena que são só 4 unidades.
Bem que Bolsa CAP poderia usar uma pena para encomendar
mais umas 4 unidade.
Seria muito bom.
Embora, eu acredite que a MB terá que ter navios com tonelagem
mais, tipo destroyers.

737-800RJ

Acho que até o final da década teremos 8 Tamandarés. Inclusive li numa matéria mais antiga aqui do Naval que o almirantado tinha em mente que um possível segundo batch fosse mais encorpado, com maior comprimento e deslocamento. Isso foi antes do Coringa Vírus; não sei como pensam hoje. Quanto à fragatas maiores, bem provável que só pensem nisso daqui a alguns anos…

FERNANDO

É, melhor a Tamandarés atuais, do que nada né.

Camargoer

Olá 737. De fato, ao longo destes anos, foi possível ler diferentes notícias sobre um segundo lote e até sobre a aquisição de algumas fragatas de maior deslocamento. Apesar da crise (o vírus é apenas um componente da tempestade perfeita), acho provável que a MB contrate um segundo lote de FCT. Esta primeiras quatro FCT serão entregues em 2025, 2026, 2027 e 2028. Como o estaleiro demanda cerca de 3,5 anos para construir uma FCT, a MB teria até 2025 para contratar o segundo lote. Provavelmente entre 2~4 FCT adicionais. A pergunta seria se a MB espera operar uma frota… Read more »

Esteves

Mestre,

600 milhões de euros + recheios. Esses navios custarão 1 bilhão de euros. Cada um.

10 bilhões de reais na conta da Engeprom pagam 2. Duas.

Last edited 3 anos atrás by Esteves
Flanker

E os 1,8 bilhão de dólares que disseram que as 4 custariam? Não eram 450 milhões de dólares cada? A Emgepron não tinha recebido uma capitalização de 9 bilhões de reais? Como anda tudo isso?

Esteves

Pediram 1.5 depois 1.8 no Congresso. Saiu? Não saiu. Pediram 7 bilhões naquela apresentação do CN. Saiu? Não saiu. A Emgepron recebeu 10 bilhões para a assinatura do contrato e seguimento da execução. O que estão fazendo são decisões de escritório. O que acontece no Oceana? Contratações? Capacitações? Os alemães assumiram o estaleiro? Enviamos gente para a Alemanha? A Alemanha está fechada para brasileiros? O governo alemão enviará gente deles para cá? Estimaram os navios entre 450/500 milhões de dólares. Dólar a 3,90. Hoje o dólar passa de 4,90. Talvez caia mais com o aumento dos juros. Estamos vendo decidirem… Read more »

Last edited 3 anos atrás by Esteves
Tutu

Isso é preço de FREMM, está errado, não?

Esteves

Os italianos contavam com o projeto da CCT. Eles e os pernambucanos. Não deu certo.

Mas com os preços que vemos aqui no PN…Tivessem comprado a FREMM italiana já que não queriam colocar todos os pintos juntos…por 1.2 bilhões de euros cada navio para serem mantidas no estaleiro lá de Pernambuco…desde 2018.

Agora é contar com os pintos dos outros.

Camargoer

Olá Esteves. Cada FCT deve custar algo entre US$ 450 e US$ 550 bilhões. Portanto, as quatro FCT devem custar algo em torno de R$ 10 bilhões. Contratos adicionais vão demandar mais recursos. De modo geral, sou um crítico da ideia de simplesmente extrapolar o presente para o futuro de longo prazo. Acho que até dá para projetar dois ou três anos no futuro, mas a incerteza sobre o desempenho da economia para 5 ou 10 anos é tão grande que simplesmente não faz sentido. Desde modo, defendo que para prazos de 10 ou 20 anos, o que é possível… Read more »

Esteves

Mestre, Vossa excelência viu o contrato? A MB mostrou o contrato? Os valores foram publicados? 500 milhões de dólares foram os valores estimados para apresentar ao Congresso e pedir 1.8 bilhões de dólares para assinar o contrato. Ninguém afirmou que os 4 navios custariam 500 milhões de dólares cada um. Vamos recapitular as matérias no PN sobre navios de guerra fragatas de 3.500 toneladas nos anos 2020. Vamos? A conta de 500 milhões de dólares ao estaleiro…ao estaleiro…o que Está acontecendo com o PROSUB? Quanto custará cada Scorpene contratados os 4 por 7 bilhões de euros (mais ICN dizem) após… Read more »

Last edited 3 anos atrás by Esteves
Camargoer

Olá Esteves. De fato, não li os contratos e documentos das FCT, por isso eu sempre coloco intervalos de valores ou valores aproximados quando comento alguma coisa sobre elas. Procurando um pouco, dá para encontrar noticias publicadas em vários meios de programas de outros países. Lembro de uma noticia sobre como o governo dos EUA usam os valores por tonelagem para comparar programas de navios de combate de classe similares. Também é necessário converter tudo para uma moeda (pode ser dolar, euro, ouro…) para comparar programas internacionais. Suas perguntas são sempre intrigantes mas demandariam meses de pesquisa, de requerimentos de… Read more »

Esteves

Penso que essa conta por tonelagem que já vi Mestre fazer tem com a eficiência nas montagens, com as máquinas e infraestrutura disponíveis (lembrando que a ICN tem 1 única prensa de 57 toneladas e mesmo assim importamos as calotas do Riachuelo), com a repetição herdada do conhecimento, do treinamento da mão de obra, com processos metalúrgicos inovadores como o 4G, com a pontualidade de fornecedores e dos cronogramas, com a capacitação do estaleiro…vários ítens compondo para comparar a construção nos estaleiros americanos e outro estaleiro que ainda irá se conhecer. Desfilaram aqui fragatas garbosas. Navios de 1 bilhão de… Read more »

carcara_br

Pode parecer bobagem, mas por onde seria realizado a exaustão dos gases num navio desse?

Esteves

”Entre outras providências foi eliminado o uso de chaminés; a exaustão dos gases é feita através de um duto horizontal resfriado por injeção de água do mar, e que ejeta os gases (já a uma temperatura de 60•C a 80•C ) por uma abertura na popa, logo acima da linha d’água. A B+V assegura que isso possibilita uma redução de até 75% na assinatura.”



Jadson Cabral

fumacinha vai sair por baixo feito Marea. Muito luxo

Foragido da KGB

Só não pode explodir igual todo Marea…

Jadson Cabral

Eu me recuso a levar a sério um país que gasta tantos bilhões em programas gigantescos de TOT, mas ainda não tem capacidade de desenvolver sequer um sistema de comunicação e nem parece que será.

Esteves

Isso é mais complicado do que parece. Não temos sistema operacional para gerenciar computadores domésticos. Não temos navegador de internet.

Exigir um sistema para gerenciar um navio de guerra…se desaprendemos a fazer navios de guerra…como?

Logo, o que deveríamos aprender a fazer são os recheios. Eletrônica principalmente.

Camargoer

Olá Esteves. Sobre o sistema operacional, acho que o mundo todo está restrito a poucos sistemas operacionais. Contudo, nada impediria empregar um linux, por exemplo. Ainda é mais barato e acessível o desenvolvimento de software do que hardware.

Esteves

Salve Mestre Camargo,

Não sei a plataforma que usam. Não sei a configuração de hardware. Não sei se os móveis são italianos.

Lembro das tentativas das operadoras para desenvolver e implantar uma navegação própria. Uma internet não dos americanos. Naqueles anos não haviam os conteúdos de hoje e…não foi possível resistir aos americanos e sua internet americana.

Coisas de americanos.

Camargoer

Olá Esteves. Eu lembro do Altavista…. depois do Netscape…. lembro que precisava digitar http://www….. lembro que o correio passou a devolver envelopes para o remente que escrevia o “email” como destinatário e diziam que nunca mais usariam CEP….

Esteves

A TC tentou criar uma navegação mobile…uma internet dentro da rede de telefonia…sem usar a MS…naqueles anos fim dos anos 1990 não haviam conteúdos, aplicativos, redes sociais. Nada.

Eles imaginavam que a internet seria usada para pornografia e futebol. Ou futebol e pornografia que são a mesma coisa.

Sonhos.

Camargoer

Olá Esteves. Na década de 90, lembro de um debate entre estudantes de graduação sobre o que viria a ser chamado de “internet das coisas” antes de surgir esse nome a partir das ideias do filme “O exterminador do futuro II”. O problema é que ninguém os levou a sério para financiar. Por outro lado, ali no CIETEC (dentro do Ipen), praticamente 1/3 das empresas são de software, outro 1/3 são da área de química/nanotecnologia.

Esteves

Naqueles anos a internet era e-mail. Não se entendia muito para que serviria. Quando os serviços começaram as redes eram discadas, precisava instalar um moden discador, tudo muito lento. Lembra-se da AOL?

Nas redes móveis nada havia. O Windows Mobile era rumores. A Apple uma mera maçã. A Samsung foi a primeira a mostrar um celular com câmera.

A finada 3Com criou o handheld, uma agenda portátil, uma mistura de smartphone + tablete só que off-line.

Olha só como o mundo ficou. Estamos virando jacarés.

Filipe

Para uma Marinha que nunca teve VLS , a MB esta de parabéns, 12 VLS nas 4 primeiras fragatas esta de bom tamanho , talvez aumente para 16 nas próximas Duas Fragatas do segundo lote.

Alexandre

Podem estar reclamando da quantidade de fragatas,mas,sejamos francos o novel tecnologico embarcado é altissimo.
Muito provavel teremos mais lotes

Antonio Cançado

Me dá agonia, em ver esses navios sempre subarmados…

Renato de Almeida

Porquê não se investe em propulsão nuclear nas FRAGATAS como a Rússia faz com seus destroyeres?
São muito mais silenciosas, muito mais rápidas e não necessita de reabastecimento.

Camargoer

Caro Renato. O custo de um reator nuclear é muito alto em comparação ao motor diesel convencional. O preço de uma fragata seria próximo ao custo de um submarino nuclear. No atual momento, a MB precisa refazer a sua frota de superfície. Ao invés de uma fragata com propulsão nuclear, o mais apropriado seria construir um segundo submarino nuclear (o SN11)