O Ministério da Defesa holandês disse que caças russos perseguiram uma fragata no Mar Negro na última quinta-feira. O incidente durou horas e supostamente envolveu ataques simulados ao navio de guerra e interferência eletrônica

Caças russos assediram a fragata holandesa HNLMS Eversten no Mar Negro por horas na semana passada, disse o Ministério da Defesa holandês na terça-feira (29/6).

Durante o incidente, que durou cerca de cinco horas na última quinta-feira (24/6), caças russos armados com mísseis ar-superfície voaram baixo e perto do navio de guerra, realizando ataques simulados ao navio da Marinha Real da Holanda.

O navio de guerra holandês também sofreu um bloqueio eletrônico que interrompeu alguns de seus sistemas eletrônicos a bordo, disse o Ministério da Defesa.

O comandante do navio disse em um comunicado que o Eversten estava navegando em águas internacionais, argumentando que não havia razão para as ações russas observadas, que ele chamou de “irresponsáveis ​​e inseguras”.

O “Evertsen tem todo o direito de navegar até lá”, disse o ministro da Defesa holandês, Ank Bijleveld-Schouten, de acordo com uma tradução da Reuters. Segundo ele, “não há justificativa para esse tipo de ato agressivo, que aumenta desnecessariamente a chance de acidentes”.

A fragata holandesa Eversten está ligada a um grupo de ataque de porta-aviões multinacional liderado pelo porta-aviões britânico HMS Queen Elizabeth e tem conduzido patrulhas no Mar Negro com o destróier da Marinha Real Britânica HMS Defender.

Na quarta-feira passada, caças russos sobrevoaram o destróier britânico no Mar Negro, às vezes executando manobras que o secretário de Estado britânico de Defesa, Ben Wallace, afirmou que não eram “nem seguras nem profissionais”.

O ministério da defesa russo afirmou que tiros de advertência foram disparados e bombas lançadas na rota do destróier britânico, que a Rússia diz ter entrado em suas águas territoriais, alegações decorrentes da anexação da Crimeia pela Rússia e não amplamente reconhecidas.

Embora o Ministério da Defesa do Reino Unido conteste a versão da Rússia dos eventos, argumentando que nenhum tiro foi disparado nem nenhuma bomba foi lançada, a Rússia manteve sua história e até ameaçou lançar bombas “bem no alvo” no caso de outra intrusão.

O drama recente no Mar Negro ocorreu poucos dias antes do início de um massivo exercício militar liderado pelos EUA e Ucrânia. O Sea Breeze 21 é a maior iteração do exercício anual desde que começou há 27 anos e envolve 32 países, 5.000 militares, 32 navios e 40 aeronaves.

O exercício começou na segunda-feira, apesar da oposição russa aos treinos.

“Estamos demonstrando ao mundo que o Mar Negro é um mar internacional”, disse o capitão Kyle Gantt, oficial militar dos Estados Unidos e vice-comandante da Força-Tarefa 65, de acordo com o jornal Stars and Stripes.

“Ele está aberto e disponível para o transporte gratuito de comércio, frete, para todas as nações”, disse ele, acrescentando que “não é propriedade de nenhuma nação”.

FONTE: Business Insider

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