Em 24 de julho, a Navantia lançou a quarta das cinco corvetas Avante 2200 que está construindo para as Forças Navais Reais Sauditas (RNSF) em seu estaleiro de San Fernando.

A JAZAN foi lançada na presença do vice-almirante Fahad Bin Abdullah Al-Ghofaily, comandante das RNSF; Almirante Antonio Martorell Lacave, Chefe do Estado-Maior da Marinha Espanhola; e dignitários e funcionários da SEPI (a holding estatal espanhola que opera Navantia), Navantia e SAMI (Indústrias Militares da Arábia Saudita).

O almirante Al-Ghofaily destacou a importância do projeto ALSARAWAT (Avante 2200) como um dos principais programas de aquisição, demonstrando o compromisso das RNSF em desenvolver novas capacidades alinhadas com a Visão estratégica 2030 do Reino. Ele observou ainda que o sucesso do projeto estabelece uma base sólida para a parceria estratégica do Reino com a Navantia.

O almirante Lacave sublinhou que “esta corveta é uma demonstração inequívoca da capacidade industrial da Espanha no domínio da construção naval e do seu forte compromisso com a inovação tecnológica”, referindo ainda “esta é a primeira vez que a Marinha Espanhola embarca tão longe – alcançando o programa naval. Uma prova clara desse compromisso, e do progresso constante do programa, é o esforço feito na formação da tripulação da primeira corveta com os cursos de especialização em Combate, Operações, Comunicações, Navegação e Convés, Propulsão e Eletricidade, bem como o treinamento em procedimentos táticos que está em andamento no Simulador Tático da Frota”.

O presidente da Navantia, Ricardo Dominguez, destacou a definição estratégica da empresa para o programa Avante 2200, apontando os investimentos que tem feito em digitalização e novas tecnologias para permitir que as embarcações sejam construídas de forma mais rápida e eficiente. Ele também destacou a colaboração inestimável entre as marinhas e os Ministérios da Defesa de ambas as nações, que contribuíram para um programa valioso e bem-sucedido.

Em comentários feitos remotamente durante a cerimônia, que foi realizada sob estritos protocolos de pandemia, o CEO da SAMI, Engenheiro Walid Abukhaled, enfatizou que “a SAMI se dedica a desenvolver as indústrias militares da Arábia Saudita e capacitar as capacidades de tecnologia naval nativa, bem como contribuir para apoiar o Ecossistema de defesa do reino. O objetivo é alcançar a autossuficiência no setor, aprimorando as capacidades técnicas das RSNF. Essa conquista é consistente com os esforços do Fundo de Investimento Público por meio da SAMI para localizar tecnologia de ponta e sistemas de defesa e construir parcerias econômicas estratégicas. A SAMI desempenha um papel fundamental no apoio à localização de 50% dos gastos militares do Reino e no aumento das capacidades locais de acordo com os objetivos da Saudi Vision 2030.”

Durante a visita a San Fernando, a delegação das RSNF percorreu o estaleiro e o Centro de Treinamento Navantia, onde estão sendo treinados os tripulantes e equipes de manutenção das corvetas. Também visitou o Local de Treinamento em Terra e os simuladores e foi atualizada em relação ao programa de Transferência de Tecnologia que faz parte deste contrato abrangente.

FONTE: Navantia

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Burgos

Belo Projeto da Navantia !!!
Parabéns a todos envolvidos !!!

Esteves

São mais leves que as Tamandarés. 2.470 X 3.500. Mas…pelo mesmo valor colocarão 5 navios no mar.

“The Government of Saudi Arabia awarded a €1.8bn ($2.1bn) contract to Navantia to build five Avante 2200 corvettes for the Royal Saudi Naval Forces (RSNF) in July 2018.”

Sincero Brasileiro da Silva

Já se sabe quantas toneladas terá a Tamandaré? Onde posso verificar essa informação? Abraços!

Esteves

Aqui mesmo.

Sincero Brasileiro da Silva

Valeu! Vou procurar!

Marujo

Qual é a suíte de armamentos é sensores*

Pedro Bó

23:59: “Nações democráticas não devem fazer negócios com ditaduras e governos que violam direitos humanos”

00:00: “Vamos faturar uns bilhões vendendo armas para os sauditas”

Kemen

Nisso se consideram esses paises ? “Segundo a ONU, os países que perseguem ativistas de direitos humanos são a Argélia, Bahrein, Burundi, China, Cuba, Egito, Eritreia, Honduras, India, Irão, Israel, Mauritânia e México. Integram também a lista Marrocos, Birmânia, Omã, Paquistão, Ruanda, Arábia Saudita, Sudão do Sul, Sri Lanka, Sudão, Tajiquistão, Tailândia, Turquia, Turquemenistão, Emiratos Árabes Unidos, Uzbequistão e Venezuela.” Pois é, então como nenhum pais vende armas a eles, estão todos desarmados! Essa filosofia em politica armamentista não funciona devido aos interesses politicos particulares dos blocos dominantes ou que pretendem ser dominantes no mundo. Os paises que não venderem… Read more »

Wellington R. Soares

Por mais que o ideal para nossa MB sejam navios com deslocamento igual ou superior aos da Tamandaré, eu ainda sou totalmente a favor de mais corvetas do porte da Barroso. Foi uma enorme pena a MB na época não ter conseguido fabricar as 5 previstas. Hoje daria para fabricar pelo menos umas 3 “Barroso 2.0”, remodelando a forma geométrica, atualizando os sistemas e radares, além é claro de armamentos mais capazes e não precisaria nem ser um sistema VLS. Acredito que poderia ter: 1x canhão oto 76; 1x canhão antiaéreo sea snake; 1x lançador de misseis antiaéreo RIM 116;… Read more »

Esteves

O vento levou…

Wellington R. Soares

Infelizmente…..Infelizmente !

Kemen

Achei interesante a sua observação, nossos projetos militares alguns excelentes, nunca tem um suporte para sua continuidade. Entretanto acrescentaria também que nós como pais com o maior litoral no Atlãntico Sul, uma dádiva divina, deveriamos policiar e vigiar esse mar seguidamente, do litoral africano até as nosso litoral, esse é um desafio que poderiamos sobrepujar. Temos elementos humanos capazes, que podem se aprimorar se necessario, mas precisamos de fragatas de porte, mais corvetas, manter ou modernizar nossos submarinos, mais navios patrulha de alto mar e costeiros, e por que não porta aviões ou multipropositos. O que falta para atingirmos isso… Read more »