Índia cancela aquisição de canhões navais MK.45 dos EUA no valor de US$ 1 bilhão
PHILIPPINE SEA (Oct. 26, 2016) The forward-deployed Arleigh Burke-class guided-missile destroyer USS McCampbell (DDG 85), fires its MK45 5-inch gun during a live-fire training exercise. McCampbell is on patrol with Carrier Strike Group Five (CSG 5) supporting security and stability in the Indo-Asia-Pacific region. (U.S. Navy photo by Petty Officer 2nd Class Christian Senyk/Released)161026-N-NT265-380 Join the conversation: http://www.navy.mil/viewGallery.asp http://www.facebook.com/USNavy http://www.twitter.com/USNavy http://navylive.dodlive.mil http://pinterest.com https://plus.google.com
A administração Trump tinha aprovado a venda para a Índia de 13 sistemas de artilharia naval MK.45 e equipamentos relacionados, em um custo estimado de cerca de US$ 1 bilhão em novembro de 2019.
O Ministério da Defesa da Índia anunciou na terça-feira (2) o cancelamento de um acordo de mais de US$ 1 bilhão (R$ 5,6 bilhões) com os EUA, abrindo caminho para o fabricante doméstico Bharat Heavy Electricals Limited fornecer o armamento.
“Como novo impulso para ‘Aatmanirbhar Bharat’ (Índia autossuficiente), o processo de aquisição global de armas navais foi encerrado, com o seu número adicionado ao canhão Super Rapid Gun Mount (SRGM) atualizado, fabricado pela Bharat Heavy Electricals Limited (BHEL)”, comunicou o Ministério da Defesa.
Estas armas serão instaladas em quatro destróieres da classe Vishakhapatnam e em sete fragatas furtivas do Projeto 17A.
O ministério afirmou que a arma fabricada pela Bharat Heavy Electricals Limited fornece “recursos de nicho” para atingir alvos rápidos, como mísseis e aeronaves de ataque, usando munições guiadas e extensões de alcance.
Ao aprovar o sistema MK.45 norte-americano, fabricado pela BAE Systems Land and Armaments, a Agência de Cooperação para a Segurança da Defesa dos Estados Unidos tinha dito em novembro de 2019 que a venda proposta melhoraria a capacidade da Índia de enfrentar as ameaças atuais e futuras dos sistemas de armas inimigos.
“O sistema de armas MK.45 fornecerá a capacidade de conduzir missões de guerra antinavio e de defesa antiaérea, aumentando ao mesmo tempo a interoperabilidade com os EUA e outras forças aliadas”, conforme o comunicado.
Se o negócio tivesse sido realizado, a Marinha indiana teria virado um dos poucos países aos quais os EUA decidiram vender sua versão mais recente de canhões navais, o Mod 4.
FONTE: Sputnik News
E vai comprar qual?
Sinceramente… leia a matéria.
O texto menciona que um canhão fabricado localmente será adquirido.
Um modelo indiano, está na matéria.
Tá no texto.
Preguiçoso.
13 unidades e equipamentos custaria 1 bilhão de USD? Nossa, nunca imaginei que um canhão desses seria mais caro que um carro de combate ou um helicóptero.
Rafale dos canhões kkkkkkkkkk
Carro de combate??? Mais caro que muito caça moderno por aí…
No caminho correto. Exemplo para países que buscam soberania.
Sim.
Gustavo, mas porque será então na sua opinião que o povo deste país só elege gente que defende o caminho contrário disso?
Quer dizer que quem compra de prateleira não tem soberania? Nossa, que coisa…
Tem soberania ate sofrer embargo, quando acontecer embargo meu amigo… é bau bau. Soberania real só tem quem é autossuficiente.
Não necessariamente, mas quando há uma alternativa nacional semelhante, sim.
É por isso que mesmo embarcações de grande porte usam canhões de 76mm ou mesmo de 57mm (Costellation) esse canhão é absurdamente caro! Na minha conta de padeiro cada um está custando US$ 76 milhões, ou 425 milhões de reais!
Por detrás…contribui para sustentar uma cadeia de fornecedores, uma base logística bastante valorosa.
Uma empresa que nasceu da aquisição de conhecimento da ex URSS. TOT de verdade. Uma potência. Mais de 30 mil funcionários. Faturamento na casa das dezenas de bilhões de dólares.
https://www.bhel.com/
“O sistema de armas MK.45 fornecerá a capacidade de conduzir missões de guerra antinavio e de defesa antiaérea, aumentando ao mesmo tempo a interoperabilidade com os EUA e outras forças aliadas” – Meu Deus! Qual terá sido o estagiário que redigiu essa nota? A relevância do Mk-45 está no apoio de fogo e se utilizar munição guiada (Excalibur N5), bater alvos de alto valor em terra. Sua capacidade antinavio é mínima no atual contexto e a antiaérea é “ZERO”. Sua cadência de tiro de 20/min é muito baixa para qualquer ação AA ainda que marginal, mesmo que contasse com munição… Read more »
Os 5”/38 da época da SGM tinha uma cadência de 12 a 15 tiros por minuto e eram considerados os melhores de sua época, será mesmo que esses Mk 45 não teriam nenhum uso AA, mesmo com espoleta VT e granada pré-fragmentada?
Henrique. existe uma diferença entre as aeronaves da segunda guerra mundial que voavam a 300km/h em aproximação direta contra o navio e as mais modernas atualmente que voam tranquilamente a 800km/h e vão lançar um míssil contra você a no minimo 80km de distancia…
Misseis esses que também são menores e mais rápidos que os aviões da Segunda Guerra
Henrique,
E tem um fator complicador que pelo menos na USN os navios não têm radar de controle de tiro para canhão.
O canhão 127 mm italiano (Otobreda) tem cadência de 40 t/min (salvo engano tem o dobro do peso do americano) e eles adotam radar de CT e munição AA, mas os Mk-45 não são muito úteis na função AA e até onde eu sei não há munição AA para ele.
O último navio da USN que tinha radar AA para canhão foi a fragata Perry para o 76 mm (Mk-75).
Durante os exercícios do RIMPAC de 2018, o USS Dewey chegou a disparar uma salva de 20 tiros de HVPs com seu canhão Mk45. A ideia de usar projéteis de hipervelocidade (HPV) não parece ruim, pois poderiam ser uma solução mais econômica pra interceptar mísseis, pois cada HPV custa entre US$ 75 a 100 mil, enquanto mísseis saem acima de 1 milhão de dolares cada. HPVs eram pra ser usados em canhões railguns, mas como essas armas requerem muita energia, poderiam ser usados em canhões convencionais de 5 polegadas, os projéteis viajariam com metade da velocidade de um canhão eletromagnético, mas… Read more »
Diego,
Pois é! Recentemente foi divulgado que projéteis HVP disparados por um M-109 interceptaram um míssil balístico, mas fato é que o programa HVP que seria comum tanto para obuseiros de 155 mm , como para o canhão AGS de 155 mm, o canhão Mk-45 de 127 mm e para o EMGS de 150 mm , foi cancelado.
Nos 127 mmm (simulador)
Conseguimos dar 24 tiros, sou medalha de ouro na competição da Esquadra (servente de projetil) ???⚓️
Boa noite Bosco !!!
Traduzindo as suas palavras !!!
Tá obsoleto !!!
Tá precisando de uma atualização!!!?
US$ 1 bilhão por 13 canhões Mk45 era uma grande ROUBADA!
Em 2015, os indianos conseguiram um preço bem menor, por $ 243,5 milhões compraram 13 canhões Oto Melara de 127mm/64LW, para serem integradas nos navios da classe Shivalik e Delhi.
[*] https://www.naval-technology.com/news/newsindian-navy-to-acquire-127-64-lw-guns-from-oto-melara-4483561/
Pode não ter sido um roubada mas sim, uma negociata a Trump, “pagas um bilião por canhões e eu construo aqui um hotel com campo de golfe”
Depende do pacote que foi originalmente contratado. Se tinha uma quantidade razoável de munição guiada Excalibur associada, pode ter sido um valor aceitável. Mas nunca saberemos.
Under previous laws, single bid not allowed , so contract was never done
From a old brochure
Soberania é isso.
Sem medo de retaliações ou obrigação de adquirir porque possui alinhamento político ideológico.
Aposto que ela ou desenvolverá a opção local, ou adotará a opção local ou comprará de quem ele quiser ou tiver vontade.
Enquanto que ao sul do trópico de Capricórnio, possui um bananal que não é assim !
A Índia como outros países que investem em educação e desenvolvimento, apenas está colhendo os bons frutos que plantou, essa é a verdadeira liberdade que apenas as nações soberanas desfrutam …
Exatamente.
Enquanto que aqui demonizam as faculdades públicas, cortam verbas para educação, ciência e tecnologia etc.
Todo povo tem o governo que merece, e temos o nosso.
Afinal de contas ele foi eleito por 51% da população!
Certíssimo e muita gente aqui defendendo compra de prateleira como solução pra tudo. Ou não, EUA, Índia, França e Rússia estão erradas e o brasil tá certo. Aliás, só pra não perder a viagem, tem que aumentar o efetivo.
Diogo, a compra de prateleira faz sentido, pois gera mais economia e garante prazos de entrega. Sabemos que tudo atrasa ou é cancelado no Brasil… Imagine se o país decidisse desenvolver um caça, por exemplo, quanto tempo iria demorar? Iria gastar uma enorme quantidade de recursos e de tempo para criar um produto muito provavelmente inferior ao Gripen.
É uma alternativa, pois às vezes gasta-se muito menos com pouca perda de eficiência. Uma coisa é certa, a Índia tem que ser ajudada a se armar para fazer frente a China imperialista. O tripé Japão Austrália e India para se contrapor ais chineses.
Pois é, prestigiando a indústria local…se há competência técnica local, porque não?