Marinha dos EUA decide instalar mísseis hipersônicos nos destróieres ‘Zumwalt’ no lugar dos canhões AGS de 155 mm
No ano fiscal 2021 (FY2021), a Marinha dos Estados Unidos decidiu substituir as torres AGS de 155 mm dos destróieres classe “Zumwalt” por tubos VLS de mísseis hipersônicos Conventional Prompt Strike (CPS).
O míssil hipersônico CPS é um programa de colaboração conjunto entre o Exército e a Marinha dos EUA. O primeiro uso e implantação limitados de mísseis hipersônicos CPS da Marinha dos EUA será a bordo dos submarinos de mísseis guiados da classe de Ohio (SSGNs) por volta do ano fiscal de 2025.
O Exército dos EUA será o primeiro ramo de serviço a receber os mísseis hipersônicos (denominados “Long-Range Hypersonic Weapon – LRHW), programado para serviço do em torno do período de 2023.
O CPS usa um corpo planador hipersônico comum (C-HGB) que se separa do corpo do míssil e voa para o alvo a uma velocidade cinco vezes maior do que a velocidade do som (Mach 5+), destruindo o alvo com enorme força cinética.
O míssil CPS terá supostamente um alcance de mais de 1.724 milhas (2.775 quilômetros), e dois canisters do míssil CPS podem caber em um trailer M870A3 do Exército dos EUA.
O míssil hipersônico CPS é muito grande para caber dentro da célula VLS MK 41 padrão a bordo dos navios de guerra AEGIS da Marinha dos EUA e do Sistema de Lançamento Vertical MK 57 a bordo dos três destróieres da classe Zumwalt, por essa razão os lançadores serão instalados no lugar do AGS.
Munição para os canhões acabou custando US$ 800 mil a unidade
Os dois sistemas de canhão avançados do Zumwalt tinham a finalidade de apoio de fogo naval contra alvos em terra e também emprego antinavio. Projetado para disparar até dez tiros por minuto, forneceria um suporte intenso e preciso em desembarques anfíbios e bombardeios em terra, de acordo com a Marinha e a projetista de armas BAE Systems.
O AGS foi originalmente projetado para usar o Projétil de Ataque Terrestre de Longo Alcance (LRLAP – Long Range Land Attack Projectile) com um alcance máximo de mais de 60 milhas. O projétil de 155 mm produzido pela Lockheed Martin era assistido por foguetes, guiado com precisão e foi bem-sucedido nos testes, mas os custos inflacionários deixaram o projétil custando mais de US$ 800.000 a unidade, aproximadamente o mesmo que um míssil de cruzeiro Tomahawk, inviabilizando o seu emprego.