Marinha dos EUA retira peças de porta-aviões em construção para usar no USS Gerald R. Ford
A força naval está canibalizando o USS John F. Kennedy a fim de preparar o USS Gerald R. Ford para missão, relatou o USNI News
A Marinha dos Estados Unidos está retirando peças de um novo porta-aviões que ainda está em construção para preparar o primeiro navio da nova classe de porta-aviões do serviço para desdobramento, informou o USNI News na noite de segunda-feira (16).
Os trabalhadores do estaleiro estão retirando peças do futuro USS John F. Kennedy, o segundo porta-aviões da classe “Ford” sendo construído pela Huntington Ingalls Industries na Newport News Shipbuilding em Newport News, Virgínia, para usar no USS Gerald R. Ford.
“Exemplares de peças incluem telas HMI para elevadores de cargas, bem como controladores de motor, fontes de alimentação, pequenas bombas, interruptores de limite e atuadores de válvula para vários sistemas em todo o navio”, disse o capitão Clay Doss, porta-voz de aquisições da Marinha ao USNI News.
Ele disse que, embora essa prática não seja incomum, ela ocorrerá com menos frequência à medida que os sistemas de suporte de suprimentos navais amadurecerem.
Doss explicou ao USNI News que a canibalização “ocorreu apenas após a confirmação de que as peças ou materiais não estavam disponíveis no sistema de abastecimento e/ou que fontes alternativas não estavam disponíveis”, acrescentando que planos de substituição foram feitos em cada caso e “nenhuma das peças transferidas ao CVN 78 estão projetados para impactar o cronograma de construção do CVN 79.”
O Naval Sea Systems Command disse ao meio de comunicação naval que “canibalizações estão sendo usadas como parte do processo para aumentar a prontidão do CVN 78.”
Depois de anos de contratempos e atrasos onerosos, o navio-líder de US$ 13 bilhões dos novos porta-aviões da classe “Ford” deve estar pronto para uso operacional no próximo ano, quatro anos depois do primeiro previsto.
O USS Gerald R. Ford apresenta uma variedade de novas tecnologias – como o sistema eletromagnético de lançamento de aeronaves, equipamento de retenção aprimorado e elevadores de armas avançados, entre outros – destinadas a torná-lo mais capaz do que seus predecessores da classe “Nimitz”.
Mas os desafios de confiabilidade e problemas de integração tecnológica atrapalharam o projeto uma e outra vez, embora o navio pareça finalmente estar superando muitos desses desafios.
O porta-aviões está atualmente passando por um período de manutenção após a conclusão bem-sucedida, embora um tanto prejudicial, dos testes de choque explosivo neste verão, quando a Marinha detonou vários explosivos de 40.000 libras perto do Ford para testar sua capacidade de lidar com o choque de combate.
Espera-se que a Ford traga muito poder de combate adicional para a frota e ajude a atender às demandas freqüentes por esses meios navais.
“Colocar a classe “Ford” lá fora com suas capacidades basicamente aumentará o número de porta-aviões e grupos de ataque de porta-aviões que temos disponíveis para atender às demandas”, disse o contra-almirante Gregory Huffman, que lidera o Carrier Strike Group 12, ao USNI News, acrescentando que ele acredita que o Ford “só vai nos dar mais flexibilidade”.
Então, ele disse, “quando você junta isso com o aumento projetado no que o Ford deve ser capaz de fazer, isso vai fornecer aos comandantes combatentes e outras pessoas mais opções e mais coisas na ponta dos dedos que eles podem usar.”
FONTE: Business Insider