Marinha realiza a segunda fase da XL Operação ‘Dragão/Meridiano’
Encerrando o ciclo anual de adestramentos da Esquadra e da Força de Fuzileiros da Esquadra, foi realizada, entre os dias 7 e 15 de dezembro, na área marítima compreendida entre os municípios do Rio de Janeiro (RJ) e Vitória (ES), a segunda fase da 40ª edição da Operação “Dragão”, que esteve inserida no exercício conjunto “Meridiano”, coordenado pelo Ministério da Defesa, e que contou também com a participação do Exército e da Força Aérea.
Cerca de dois mil militares da Marinha (dentre eles, 650 Fuzileiros Navais), 6 navios (Navio-Aeródromo Multipropósito “Atlântico”; Navio Doca Multipropósito “Bahia”; Fragata “Liberal”; Fragata “Independência”; Corveta “Caboclo”; e Embarcação de Desembarque de Carga Geral “Marambaia”) e 7 aeronaves (3 UH-15, 1 SH-16, 1 UH-12 e 2 caças AF-1), além de 50 militares e 6 aeronaves da Força Aérea (1 P-95, 1 C-105, 1 C-95, 2 caças A-29 e 1 caça F-5EM) e 120 militares do Exército foram empregados na missão.
No dia “D” (ponto alto da operação), as tropas de Fuzileiros Navais simularam a ocupação de um território hostil, realizando um assalto anfíbio. Além dos militares da Força de Fuzileiros da Esquadra, atuaram também elementos de Operações Especiais dos Comandos Anfíbios e de Mergulhadores de Combate, que realizaram técnicas de infiltração, ações de reconhecimento e exercícios terrestres de deslocamento tático, na região da Praia de Itaoca, no município de Itapemirim (ES).
“Essa operação é considerada uma das mais complexas realizadas pela Marinha. Ela representa uma excelente oportunidade para testar nossa prontidão operativa, nossa capacidade expedicionária e, principalmente, nossa capacidade anfíbia”, ressaltou o Comandante do Grupo-Tarefa, Contra-Almirante Marcelo Menezes Cardoso.
A integração da Força Aérea na missão foi por meio do lançamento dos Comandos Anfíbios por Salto Livre Operacional (para análise e reconhecimento do terreno), da simulação de um apoio de fogo aéreo e de um exercício de interceptação aérea, envolvendo duas aeronaves do Esquadrão VF-1 e uma aeronave F-5EM do 1.º Grupo de Aviação de Caça (1º GavCa).
Já o Exército testou, com sucesso, a bordo do NAM “Atlântico”, o Sistema de apoio à decisão Pacificador, que permite a geolocalização das tropas no terreno. Além disso, foi realizado o embarque e transporte administrativo de tropas do Exército no Navio Doca Multipropósito “Bahia”, de Vitória até o Rio de Janeiro, incrementando o grau de interoperabilidade entre as forças.
“É muito enriquecedor fazer parte desta missão, estar embarcado em um navio da Marinha e confirmar que estamos em condições de apoiar operações anfíbias”, disse o Terceiro-Sargento Thalison Damasceno da Silva, Operador de Sistemas do Exército.
FONTE: Marinha do Brasil
Brasil, Marinha do Brasil, 2021.
Justificativa para manter um CFN e o VF-1: invadir a Marambaia, nesse caso, Praia de Itaoca e Desembarcar na Normandia para lutar contra as Forças Nazistas.
Outras Marinhas pelo mundo: Mísseis Anti-navio hipersônicos.
O Corpo de Fuzileiros precisa do apoio da Armada. Não temos meios de superfície para garantir a segurança de um desembarque de 18 mil fuzileiros da Marinha. Logo, por qual motivos temos 18 mil fuzileiros? Por qual motivos temos mais fuzileiros que a França e Inglaterra juntos se não temos territórios ultramarinos?
Cada distrito naval tem sua unidade de Fuzileiros.
Na real, na nossa realidade, os Fuzileiros nem deveriam existir. Uma unidade do EB com a capacidade anfíbia necessária, treinada para isto, poderia exercer esta função. Não digo de se aumentar o efetivo do EB para isto, mas sim converter OMs já existentes para terem esta capacidade.
É o que penso.
Você está esquecendo de muitos detalhes, uma unidade anfíbia operando dentro do EB teria muitos problemas logísticos, isso porque ainda no Brasil, as forças não são totalmente integradas, a integração já é difícil com o CFN sendo uma força dentro da MB, imagina uma força de fuzileiros no EB, pior ainda. Imagina uma operação em uma FPSO/GOPLAT, onde a integração entre EB e MB é deficiente, eu imagino que os fuzileiros não vão realizar a missão de forma competente com essa desorganização. Os Exércitos que tem unidades anfíbias na força terrestre, como o russo e chinês, o detém por outras… Read more »
Ah meu, vamos empregar os FNs na funcáo primária em qual cenário ?? Retomar o Amapá invadido ? sério ?
Olha o tanto de pela-saco de marines que existe aqui, nota-se pelos deslikes, é como um fetiche por tropas de desembarque …! Uma doutrina inútil para nós.
Ora, pelo mesmo motivo da nossa marinha empregar mais homens do que a Royal Navy e a Marinha Francesa juntas mesmo sem quase ter navios.
Pedro
Em muitas outras Marinhas, o Serviço de Polícia não é do CFN, por exemplo.
A segurança de várias bases também não são do CFN, mas de suas “Armadas”.
A Inglaterra e a França, por exemplo, já q as citou, utiliza portos/bases navais de outras nações para cumprirem suas tarefas, de acordo com suas políticas de defesa.
Nossa MB utiliza as nossas bases. Logo, mais bases devem ser guarnecidas por nós mesmos.
Cada país é um país.
Número excessivo de fuzileiros e pessoal.
Fuzileiros mal equipados.
Poucos ou quase nenhum navio etc.
Temos uma marinha (e FAAs) burocráticas.
Geridas por velhos oficiais burocratas, desinformados para a guerra moderna etc.
Enquanto isso a MB abre vários concursos para contratação de mais pessoal.
Concurso para engenheiro naval, sendo que não desenvolvemos e mal mal fabricamos equipamentos localmente.
Essa é a realidade de nossas FAAs !
Exato Pedro.
Eu nem sonho com mísseis hipersônicos, umas 7 ou 8 fragatas de 5k+ bem armadas com dois porta-helicópteros e uns 10 submarinos operacionais já estaria de bom tamanho.
Jefferson
Dentro da Tarefa Projetar Poder sobre Terra”, onde se inclui mísseis anti-navios supersônicos?
Acho que o Jefferson tentou traçar um distanciamento entre os recursos de outras Marinhas com o que fazemos aqui.
Exato, obrigado Esteves.
E melhor usar o exercito contra os fuzileiros tentando desembarcar na praia no Amapa!
Meio OffTopic: o USMC encostou indefinidamente seus AAV (por aqui, CLAnf). Assim que tem que ser: não serve, deixa pra lá ou joga fora no lixo (to make room). Por aqui reina a idéia de que tudo tem que ser eterno. Por isso não se produz nada novo e se prefere investir ou especular.
Não foi bem assim. O USMC encostou o AAV apenas nas operações aquáticas, as operações em terra, os AAVs ainda continuarão a exercer um papel ativo, principalmente se um conflito estourar. Isso tem uma razão: Muitos acidentes e mortes em exercícios do USMC ocorreu durante os últimos anos devido a intensidade de treinamento por conta do Force Design 2030, Berger queria intensificar ainda mais os treinamentos por conta desses acidentes e mortes, acho que isso foi uma abordagem para tentar reduzir o número de mortes que está ocorrendo lá.
Qual uso se dará a um veículo de assalto anfíbio que não fará assalto anfíbio, que não fará mais o movimento navio-praia? Vão estocar e fazer manutenções até que surja a “emergência” e, com tripulações destreinadas (já que não se quer mais treinar pra evitar fatalidades), utilizar? E quanto aos novos veículos anfíbios, terão o mesmo destino? É um oxímoro operacional. Berger aposta tudo, segundoDMO, LOCE, EABO e outras sopas de letrinha, em equipamento leve pra ser carregado nos futuros Light Amphibious Warships, se os houverem, afinal (já bateram nas estimativas 150 milhões por casco, das mais de três dezenas… Read more »
O uso se dará em operações subsequentes ao assalto anfíbio, sem dúvida de que a decisão do USMC de retirar as operações aquáticas do veículo AAV vai colocar restrições na capacidade Op Anf dos Marines, porque essa é a principal responsabilidade do veículo, realizar o ataque à praia, mas o fato é que o AAV já é um veículo velho e ultrapassado, vários programas de substituição foram planejados e o ACV se tornou a peça de substituição desses veículos anfíbios. Sim. Os nossos fuzileiros correm o risco de vida em exercícios. Tenho um conhecido familiar que é do CFN e… Read more »
É impressão minha ou nossas forças armadas estão treinando com mais frequência? Isso é ótima coisa, claro que também precisamos sempre melhor equipar as forças e etc…
Agradeço se alguém puder tirar uma dúvida. . Em 1991 as 3 “EDCG” da classe Guarapari deixaram de ser unidades autônomas passando a integrar o Grupo de Embarcações de Desembarque e reclassificadas de L 10, L 11 e L 12 para GED 10, GED 11 e GED 12 quando então a letra “L” foi retirada permanecendo apenas os números. . Uma portaria de poucos meses atrás reincorporou as 3 embarcações e aparentemente voltaram a ser classificadas como L 11, L 12 e L 13, mas, já vi outras matérias de anos anteriores onde elas já eram identificadas pelo prefixo “L”,… Read more »
Lá no ForTe o pessoal defende exercícios com o que se tem e o que se tem não é nada moderninho para aprestamento da Força. Em caso de guerra bastaria substituir os meios antigos por outros recentes. Compras. Contam que Alemães seriam fornecedores eternos. Também outros tradicionais. Foi o sentimento que Esteves viu resumido. Pessoalmente acho esquisito. Não sei avaliar se eletrônica embarcada e resposta de pronto emprego de armas dos anos 2020 são similares às análogas de 40 anos passados. Aviões navais, veículos de desembarque, armas pessoais, escoltas e multimissoes que temos poderiam serem substituídos prontamente? Vamos deixar a… Read more »
Participei de uma Operação Dragão nessa mesma Praia da Itaoca, em 1989, como OLA da ForDef. 2a ELO e 3°/10° GAV simulando os meios aéreos (azul e vermelho).
Rinaldo, realmente, na época dos AT-26 no 3⁰/10⁰ GAV, uma das missões do esquadrão era o ataque naval, em apoio à MB.
Eu sei. Eram subordinados à II FAT (Segunda Força Aerotática), cuja missão era apoio à MB. O Pryjma 79 morreu atacando uma fragata no nordeste. Quicou na água.
Parabéns Coronel. O que significa OLA?
Estou quase 100% certo que trata-se de Oficial de Ligação Aérea.
Acertou. Vai ganhar um vôo de Cirrus com o Lito! kkkkk
Que piada, cade as forças para repelir uma invasão ? vamos desembarcar tropas onde ?
Copacabana…
Pode ser mesmo, pois a MB só existe no RJ.