Navio de combate litorâneo USS Oakland (LCS 24) recebe instalação para o míssil antinavio NSM
BASE NAVAL DE SAN DIEGO – O navio de combate litorâneo USS Oakland (LCS 24) da variante “Independence” da Marinha dos EUA concluiu a instalação de seu módulo de lançamento do Naval Strike Missile (NSM) em 9 de dezembro na Base Naval de San Diego.
O Naval Strike Missile é uma arma de ataque de precisão de longo alcance que pode encontrar e destruir navios inimigos a distâncias de até 100 milhas náuticas. O NSM é produzido por uma parceria composta pela Raytheon Missiles and Defense ao lado da empresa de defesa norueguesa Kongsberg Defense Aerospace.
“A adição do NSM em navios LCS adiciona letalidade e capacidade além do horizonte”, disse o capitão de fragata Derek Jaskowiak, oficial comandante da Oakland Blue Crew. “A presença de um NSM atua como um dissuasor e fornece capacidade ofensiva adicional para embarcações LCS desdobradas, e é um grande trunfo para a frota.”
O NSM evita o radar inimigo e os sistemas de defesa conduzindo manobras evasivas e voando em altitude “sea skimming” (roça-ondas). O NSM usa um buscador avançado para precisão de alvos e carrega uma ogiva da classe de 500 libras (227 kg) com uma espoleta programável. O sistema NSM também pode ser desdobrado durante operações terrestres ou anfíbias devido à sua capacidade de acompanhar o terreno.
A adição do NSM reforça os recursos do LCS para engajar navios, além do módulo de missão do navio.
O Littoral Combat Ship é uma plataforma rápida, ágil e voltada para a missão, projetada para operar em ambientes próximos à costa, vencendo as ameaças costeiras do século XXI. O LCS é capaz de suportar presença avançada, segurança marítima, controle marítimo e dissuasão.
Além do LCS 24, o USS Jackson (LCS 6), o USS Charleston (LCS 18), o USS Gabrielle Giffords (LCS-10), o USS Tulsa (LCS-16) são os outros navios de combate litoral variantes da Independência (LCS) conhecidos por terem o NSM instalado.
FONTE: U.S. Navy
A ogiva do NSM é da classe das 300 lb.
Existem variações? 300 lbs, 500 lbs…
Uma ogiva com 300 lbs…ok, depende de onde acerta, mas 1 ogiva com 300 lbs “inutiliza” um navio como uma fragata de 3.500 ton?
Esteves, Uma ogiva de 300 lb é considerada capaz de causar uma destruição bem interessante em navios de qualquer tonelagem e até capaz de desabilitar navios menores de até umas 7 mil toneladas (chute). Há uma variante do míssil Harpoon que teve sua velha ogiva de 500 lb reduzida para uma moderna de 300 lb e complementado com combustível para incrementar o alcance. O que se fala é que essa ogiva menor tem maior capacidade de destruição que a ogiva maior. Há muitas maneiras de incrementar a efetividade de uma ogiva como por exemplo alterando os compostos explosivos ou a… Read more »
Mestre Bosco, convém lembrar que a massa da ogiva não é a massa de explosivos efetivos nela. Quanto de explosivo tem afinal em cada libra de ogiva? Não lembro…
Alex,
Essas ogivas ditas “semiperfurantes” tem geralmente 50/50.
Só como exemplo, a ogiva WDU-18B do Harpoon/ATACMS, de 221 kg, tem 100 kg de explosivo.
Grato.
A ex fragata Ingraham (uma da classe Oliver Hazard Perry, FFG-não lembro do número), de 4500 toneladas, foi afundada num sinkex, faz pouco tempo (tem, ou deve ter, matéria aqui no Naval), dentre outros petardos sub e sobreaquáticos, por um NSM.
Também acho mas deve funcionar tão bem quando se fosse algo planejado desde o início. São só lançadores de mísseis que não precisam de muita adaptação.
Mas pelo menos as baias dos módulos de missão (3) podem continuar a ser utilizadas para mísseis Hellfire Longbow e canhões Mk-46 de 30 mm.
Um LCS completamente armado para operação ASuW ficaria assim:
1 canhão Mk-110 de 57 mm;
1 SeaRAM;
2 canhões Mk-46 de 30 mm;
24 Hellfires;
8 NSMs.
O RCS fica muito prejudicado mesmo!
Não há “trabalheira”. Os harpoons dos Ticonderogas por exemplo estão espremidos a bombordo a ré do segundo canhão, 4 deles angulados para
fora então, nada que bons guindastes não resolvam, além do mais o remuniciamente não é feito de forma constante e sim quando o navio retorna a base para manutenção e seus mísseis transferidos para outro ou retornam aos paióis em terra.
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O “RCS” de fato não é o mesmo, mas ainda assim satisfatório.
A manutenção dos LCS é muito problemática: depende de gente de fora da USNavy, os fornecedores contratados. Isso tem legado custos muito elevados de manutenção pra essas plataformas. A USNavy tem feito de tudo pra internalizar os procedimentos de manutenção mas já viu, né?, quem fez, fez pra ser assim mesmo, pra custar os tubos e prender o cliente à assistência técnica… Cuidado, senhores: esmola demais…
Tem quem diga, Teropode, que o Estado tem origens criminosas, mesmo. Parece que ao fim do ciclo, hoje, eles estão retornando, sem engulhos, aos velhos modos…
Aceitamos uma doação de 4 unidades dessa belonave!