Quatro anos após o naufrágio do ARA San Juan, o Governo Argentino começou a realizar os trâmites para a aquisição de um submarino de defesa para dar um sinal não só aos militares argentinos mas também aos países que olham para o Atlântico Sul como espaço estratégico em todo o mundo.

O ministro da Defesa, Jorge Taiana, já manteve conversas com a empresa francesa Naval Group para explorar a possibilidade de compra de um submarino para repor a perda do ARA San Juan que custou a vida de 44 tripulantes em novembro de 2017.

Também foi visada uma empresa alemã que fabrica esses navios e foi mencionada em algum momento a possibilidade de consertar os atuais submarinos argentinos no estaleiro Tandanor. Mas essas duas possibilidades foram descartadas pelo Ministério da Defesa.

“A Argentina tem uma boa frota de navios-patrulha, mas é sempre bom para os países saberem que temos um submarino que também pode patrulhar o Atlântico Sul e que não pode ser visto”, disse um amigo próximo do ministro Taiana.

Desta forma, constatou-se que as negociações para a compra estão avançando e a ideia de que a Argentina sonhará em ter um submarino novamente é um fato concreto. Não se definiu – ao menos nas conversas formais que o Ministro da Defesa manteve com empresários ou dirigentes do setor – o modelo, custo e prazo estimado em que a Argentina comprará o submarino.

No entanto, foi confirmado que há uma decisão política do presidente Alberto Fernández e do ministro Taiana de avançar nessa direção. Busca dar um gesto na região e um sinal também dentro das Forças Armadas. Somente na região, os militares brasileiros têm 5 submarinos, o Chile com 4, o Peru com 6 e a Colômbia 2.

Adquirir um submarino pode levar alguns anos, porque não é uma operação simples e leva tempo para ser fabricado. Mas avalia-se na Defesa que parte dessa compra poderia começar a ser canalizada por meio do Fundo de Defesa, (FONDEF) que foi criado por lei e é composto por 0,5% da receita corrente prevista no Orçamento Anual do Setor Público Nacional.

O orçamento no ano fiscal de 2021 foi de US$ 34 bilhões. Além disso, conforme explicam aqueles próximos ao Ministro Taiana nos próximos anos, esse percentual subirá para 0,65% da receita corrente prevista no Orçamento Anual do Setor Público Nacional para o ano de 2022, até atingir 0,8% para o ano de 2023, mantendo esta última percentagem para os sucessivos exercícios orçamentais.

FONTE: The Rio Times / today.in-24.com

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