Marinha dos EUA comemora o centenário de seu primeiro porta-aviões
Em 20 de março de 1922, após uma conversão de dois anos no Estaleiro Naval de Norfolk, o ex-USS Jupiter (Collier #3) foi comissionado como o primeiro porta-aviões USS Langley (CV 1) da Marinha dos Estados Unidos. Nomeado em homenagem a Samuel Pierpont Langley, um pioneiro e engenheiro americano de aeronaves, o CV 1 começou como uma plataforma experimental, mas rapidamente provou ser um inestimável sistema de armas que mudou a forma como a Marinha dos EUA lutava no mar.
Nos quase 100 anos desde então, do CV 1 ao CVN 78, os porta-aviões têm sido a plataforma de projeção de poder proeminente da U.S. Navy e serviram aos interesses das nações em tempos de guerra e paz. Com uma capacidade inigualável de fornecer capacidades de combate em todo o espectro de conflito e de se adaptar a um mundo em constante mudança, os porta-aviões, suas alas aéreas e grupos de ataque associados são a base da estratégia marítima dos EUA.
A Lei de Autorização de Defesa Nacional de 2018 do Congresso recomenda que o povo dos Estados Unidos deve ser incentivado a celebrar a história dos porta-aviões nos Estados Unidos e sempre lembrar o papel vital que esses navios desempenham na defesa da liberdade das nações. É apropriado que durante o Centenário dos Porta-aviões da Marinha dos Estados Unidos, o Departamento da Marinha e o público americano tenham a oportunidade de reconhecer as contribuições dos porta-aviões para nossa segurança nacional e conhecer sua rica e colorida herança.
O Centenário dos Porta-aviões da Marinha dos Estados Unidos oferece à nação a oportunidade de honrar o legado dos porta-aviões da Marinha dos Estados Unidos e dos marinheiros que servem a bordo deles e reafirmar suas contribuições para a segurança, proteção e prosperidade do país.
FONTE: Marinha dos EUA
Recentemente eu conheci um colega nautimodelista que me disse até um fato interessante
Que em 1923 o então ministro (pela 3a vez) Almirante Alexandrino teria proposto uma conversão de um mercante da classe Ita (mesma classe do NAux Vital de Oliveira) em um NAe
Gostaria de perguntar se alguém aqui tem algum tipo de confirmação nas especificações, já que no livro História Naval Brasileira Volume 5 Tomo II, tem uma menção a essa ideia, porém diz que não houve especificações
Agradeço desde já
Isso é verdade.
Mas pelo que tinha lido estavam analisando usar um dentre dois mercantes que o Brasil confiscou da Alemanha quando entrou na primeira guerra.
Tem apenas uma especificação conhecida nos dias de hoje, que é um deslocamento de 10 mil toneladas, isso está presente nos dados sobre o programa naval de 1923. Em programas posteriores, o porta aviões não aparece, pois os almirantes não viam a utilidade dele para a defesa das aguas brasileiras frente a marinha argentina.
O Alte. Alexandrino foi um homem a frente do seu tempo, como o foi o Alte. Álvaro Alberto.
Pelo texto “As políticas de reaparelhamento naval da Marinha do Brasil, 1904-1945” de Ludolf Waldmann Júnior, disponível no site: http://www.revistanavigator.com.br/navig30/dossie/N30_dossie3.pdf, o autor descreve a inclusão de um navio porta aeroplanos no PRM de 1923, e registra que houve estudos preliminares para conversão de dois NM.
Quando a Marinha estava em processo de modernização entre 1906-1910, que a dotaria com encouraçados dreadnoughts, o ministro da Marinha, almirante Alexandrino de Alencar, ordenou a formação de uma aviação naval, algo que ainda não se sabia quais aviões teria ou como funcionaria em 1910, quando a primeira turma de aviadores foi constituída. Apenas em 1916, com a fundação da Escola de Aviação Naval, a Aviação da Marinha efetivamente surgiu (VAL, 2013). Durante a década de 1920 a aviação naval no país cresceu – com apoio e influência da recém-contratada Missão Naval Americana – com a aquisição de hidroaviões e aviões,… Read more »
A US Navy não costuma usar muito o nome do primeiro porta-aviões em outros posteriores. Que eu saiba, teve o CVL-27 que fora batizado com este nome.
Um dado curioso, nessa época Langley era creditado nos EUA como o primeiro homem a criar uma máquina mais pesada que o ar capaz de voar levando uma pessoa, basicamente diziam que ele era o inventor do avião.
100 anos…100 anos…
nação que não investe em tecnologia vai ficar mesmo para trás.
Todo mundo pensa na grana dos EUA, China e Japão mas não se pergunta porque e como formam tantos pesquisadores.
Mas é tudo grana mesmo, formam pesquisadores pq tem dinheiro pra investir na formação deles e pagá-los pra incentivar sua pesquisa, com isso os pesquisadores não precisam sair do país pra buscar outro que tenha grana, e a ciência nacional só tem a ganhar.
Aí chega o asno-mor aqui no Brasil e corta 92% da verba da Ciência, as prioridades desse desgoverno já são bem claras.
Ele cortou a verba da siênçia.
É né, quem sabe na tua vasta inteligência e experiência na condução de um país grande como o Brasil, contando com uma oposição que tem um grande sentimento de patriotismo que só faz oposição durante a campanha política e que no decorrer do tempo participa e apóia o desenvolvimento do país, acompanhado de uma classe de artistas comprometidos e altruístas e uma imprensa que só quer o bem do país e não faz palanque, tu certamente seria o cara para governar com maestria. Mas ia ser bem bom, coisa de loco! Imagina ainda se com toda tua vasta experiência e… Read more »
“Papel vital que esses navios desempenham na defesa da liberdade das nações.”
LOL
O primeiro tá a venda? O eixo tá reto? Compra de oprtunity!
Curiosamente, o primeiro navio encomendado e comissionado no mundo que foi construído como porta-aviões foi o IJN Hōshō, da Marinha Imperial do Japão em 1922.
Essa honra os japoneses acabaram por vencer dos britânicos e puderam ficar com os créditos pela conclusão do primeiro navio projetado pra ser um porta-aviões.
Fonte:Meet Hosho, the First ‘True’ Aircraft Carrier | The National Interest
Como o próprio link explica o “Hermes” foi iniciado primeiro, mas, os japoneses completaram o “Hosho” antes, com ajuda técnica fornecida pelos britânicos.
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Não fosse essa ajuda o “Hosho” não teria sido completado tão rapidamente e foi um piloto de testes britânico, William Jordan, trabalhando para a Mitsubishi o primeiro a decolar e pousar do NAe japonês.
Amigo Dalton, é bom lembrar que essa cooperação oficial c/ os ingleses evolui p/ uma não-oficial, no popular serviço de espionagem, principalmente através do muito respeitado oficial William Forbes-Sempill, que posteriormente se tornaria Lord e participaria da Câmara dos Lordes. A chamada missão Sempill foi enviada ao Japão em 1920 e a ideia das autoridades britânicas era ao ajuda-lo, criar um promissor mercado p/ seus produtos aeronavais. Muitos acreditavam que mesmo fornecendo assistência e meios físicos, os japoneses não teriam a capacidade p/ aproveitarem tudo aquilo a ponto de se tornarem uma ameaça ao ocidente. Como sabemos, as coisas não… Read more »
Certamente Luciano britânicos e japoneses tiveram excelentes relações o que foi bom para ambos os lados como por exemplo bem antes do “Hosho” o cruzador de batalha Kongo sendo construído na Grã Bretanha e a transferência de tecnologia permitindo a construção dos outros 3 da classe em estaleiros japoneses.
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Me lembrei do Mikasa também construido na Inglaterra no início dos anos 1900, que participou da Batalha de Tsushima e que está preservado até hoje no concreto em Yokosuka.
Também está preservado em uma gaveta em casa, o modelo em metal dele na escala 1/1250 !! 🙂 Se podesse voltar atrás não teria metade do que tenho, agora paciência !
Mikasa está en Sukasa, rs.
O “Langley” teve uma carreira curta como NAe, uns 14 anos, então foi convertido em um porta hidroaviões e afundado no início de 1942 por bombardeiros japoneses.
Deixo aqui o meu obrigado pelas informações e fatos curiosos compartilhados. Abs
“A Lei de Autorização de Defesa Nacional de 2018 do Congresso definiu que o povo dos Estados Unidos deve ser incentivado a celebrar a história dos porta-aviões nos Estados Unidos e sempre lembrar o papel vital que esses navios desempenham na defesa da liberdade das nações.” O NDAA 2018 não definiu nada disso como obrigatório (ficou parecendo até deliberação do partidão chinês) mas apenas como uma possibilidade (should be) tendo em conta as descobertas (findings) e o entendimento (sense) do Congresso a respeito dos porta-aviões: “SEC. 1085. SENSE OF CONGRESS REGARDING AIRCRAFT CARRIERS. (a) FINDINGS.—Congress makes the following findings: (1)… Read more »
Valeu, Xará! melhoramos o texto. Obrigado!
Emocionante!
A matéria cita o Langley, e nos comentários citaram o Hosho também. Como curiosidade, tanto o Langley quanto o Hosho estão no game World of Warships, disponível para pc e consoles xbox e playstation.
Inacreditável……qta diferença p hoje…..enfileirados os caças….pediam licença para decolar?? kkkkk e para pousar????? rsrsrs
Eu vim aqui pra postar essa mesma pergunta.
Como esse convoo operava?
aqui tem um vídeo de época , muito interessante, que mostra a parte operacional
https://naval-encyclopedia.com/ww2/us/uss-langley
Obg Luis, muito interessante.Precisavam de pouca pista p decolar, talvez por serem leves, sem bombas a bordo, etc…
A maior e melhor marinha! Avante US Navy!
100 anos depois, estão para inventar agora os Portas Drones e os Subs Porta Drones.
o Pensamento de instalar uma catapulta de guincho no Anadolu para operar drones armados…ja falei anteriormente sobre algo parecido como uma CE 2 catapult movida a turbina de aviação…
https://www.youtube.com/watch?v=fgylcrs6B-o
Ski jump + Catapult….qualquer navio resolveria….
Pensando aqui, vai demorar para nós comemorarmos o centenário do nosso primeiro NAe…
Temos que preparar um grande festa comemorativa ao feito tecnológico…