Desfile de grandes veleiros marca início das celebrações do bicentenário da Independência do Brasil

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Neste domingo (13), a Marinha do Brasil (MB) presenteou os cariocas com um desfile naval que marcou a abertura do evento Velas Latinoamerica 2022. Os cidadãos que saíram de casa para ir à praia foram surpreendidos com o que viram. Entre 8h e 12h deste domingo, seis grandes veleiros da Argentina, Brasil, Equador, Peru e Uruguai e um Navio-Patrulha da Colômbia percorreram as praias da Barra da Tijuca, São Conrado, Leblon, Ipanema e Copacabana.

A médica Rita Vilela, que apreciou o desfile da praia de Copacabana, agradeceu aos organizadores da regata internacional pelo presente antecipado. “Eu vim caminhar e me deparei com essa surpresa linda. Vi cada veleiro maravilhoso. O Brasil está de parabéns em organizar esse evento.”

O aposentado Alvanir Bezerra de Carvalho se sentiu prestigiado por poder conhecer melhor os veleiros do Brasil e dos países da América Latina. “Ver navio à vela é a coisa mais bonita que tem. Além de que há também no desfile um navio da Marinha e eu quero prestigiar a nossa Armada.”

A emoção também foi grande para quem estava a bordo dos veleiros. O Comandante do Navio-Veleiro “Cisne Branco”, Capitão de Mar e Guerra Marcos André, descreveu o que sentiu no momento em que cruzou a orla carioca. “Foi uma imensa alegria participar do desfile naval com a população nos assistindo das praias. É uma satisfação ver as pessoas da perspectiva do navio. Pudemos fazer uma navegação bem perto do litoral. É o primeiro evento da grande comemoração que é os 200 anos da Independência do Brasil”.

Marinhas Amigas da América Latina

O Comandante da Marinha do Uruguai, Almirante Jorge Wilson, acompanhou o desfile da Escola Naval (EN), primeira instituição de ensino superior do Brasil, onde são formados os oficiais da Armada, do Corpo de Fuzileiros Navais e do Corpo de Intendentes da MB. Ele aproveitou o momento para lembrar dos laços de amizade que possui com a Marinha do Brasil. “O Uruguai está participando com o veleiro “Capitán Miranda”. Fomos muito bem recebidos, como sempre acontece. Estamos muito agradecidos por esse convite da Marinha do Brasil e do povo brasileiro.”

O Comandante da Marinha da Argentina, Almirante de Esquadra Julio Guardia, que também assistiu ao desfile da EN, destacou que está feliz por poder participar do primeiro grande evento dos 200 anos da independência brasileira.”O evento está sendo um grande sucesso. Para nós é uma grande honra estarmos aqui com dois navios: a “Fragata Libertad” e veleiro “Bernardo Houssay”, da Prefeitura Naval da Argentina. Os navios da América Latina estão acompanhando as comemorações do Bicentenário do Brasil.”

200 anos da Independência do Brasil

O Presidente da República, Jair Bolsonaro, não pôde participar do evento no Rio de Janeiro, mas fez questão de gravar uma mensagem que foi exibida na Escola Naval.

“Neste ano, comemoramos 200 anos da nossa Independência. Reconhecendo a importância da nossa Marinha nesse processo, organizamos o Velas Latinoamerica 2022, como parte das comemorações pelo Bicentenário. É uma grande satisfação ser o país anfitrião desse encontro internacional de grandes veleiros da América Latina, que tem o objetivo de fortalecer os laços de amizade entre nossas nações. Aproveitem esse grande evento e conheçam um pouco mais sobre a nossa Pátria amada Brasil.”

O Comandante da Marinha do Brasil, Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos, resgatou fatos históricos para lembrar o quanto a Marinha do Brasil foi importante para a nossa Independência. “Após o Grito do Ipiranga, a Marinha do Brasil, por meio da então recém-criada Armada Imperial, teve participação decisiva nos episódios que culminaram com a Independência do Brasil, combatendo no mar os principais focos de resistência à nossa soberania e liberdade.”

O evento

A etapa brasileira se iniciou hoje com o Desfile Naval dos navios participantes, que percorreram a orla carioca e desfilaram pelas praias da Barra da Tijuca, São Conrado, Leblon, Ipanema, Copacabana.

Em prol do meio ambiente, os tripulantes dos navios participarão de uma “Jornada Ecológica” no dia 16 de fevereiro, de modo a contribuir com a limpeza das águas (Regata Ecológica) e das praias (“Clean Up Day”) de Baía da Guanabara.

As atividades se encerrarão no dia 20, com o Desfile Naval de despedida, quando os navios seguirão para o próximo destino, em Montevidéu, no Uruguai. Durante o evento náutico, ao longo de quatro meses, os navios veleiros visitarão importantes cidades e portos do Brasil, Uruguai, Argentina, Chile, Peru, Equador, Panamá, Colômbia, República Dominicana, Curaçao e México.

Veja aqui as fotos do evento no flickr.

FONTE: Marinha do Brasil

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Burgos

“Bons ventos e mares ao nosso “Cisne Branco” e extensivo a toda sua tripulação ???⚓️
“Quem diz Brasil, diz Marinha”

Antoniokings

Belíssimos.
Quarta-feira vou tentar vê-los mais de perto na Praça Mauá.

pangloss

Hoje, eles estavam atracados no terminal de navios de cruzeiro.

Antoniokings

Vão liberar as visitas?

pangloss

Não sei dizer.

pedroctba

Como sempre, dinheiro para festa, pompa e firula nunca falta para as Forças Armadas! Agora, recurso para meios visando cumprir suas obrigações ante a nação, nunca tem! Para uma Marinha que daqui a 5 ou mais anos estará praticamente sem navios de linha, é vergonhoso tal ato como esse.

fewoz

Calma lá. Eu também sou um ferrenho defensor de melhores investimentos nas Forças Armadas, mas esse é um ano muito importante para nosso país. Não pode passar batido como se fosse uma época qualquer.

Camargoer.

Olá Fewoz. Exatamente. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.

Thrash Metal

Pedroctba, entendo a sua indignação mas bicentenário da independência não pode ficar sem comemorar

Marcelo Andrade

Então amigo, cobra o parlamentar o qual você empregou nas últimas eleições!!

Marcos10

Afinal, que fim levou a Caravela construída para as comemorações dos 500 anos da descoberta do Brasil?
Podiam ter feito outra agora.

Marcelo Andrade

Ela está no Espaço Cultural da Marinha, na Praça 15. Lembrando que naõ foi construída pela Marinha.

Clibanário

Foi construída na Bahia, no estaleiro da Base Naval de Aratu. Porém, a construção teve vários problemas com o lastro e por isso não pôde participar das comemorações dos 500 anos, que foram desastrosas.
A construção era de metal e fibra.
Deveriam ter encomendado em Valenca (Ba), onde construiram as 3 caravelas do filme “1492”.

Wilson Look

Só corrigindo, não é uma caravela, é uma nau, por isso é chamada Nau do Descobrimento.

pangloss

Não dá ideia, alguém pode resolver repetir o fiasco. Sempre a um preço camarada…

Marcelo Andrade

Bom saber que o Cisne Branco está ótimo depois daquele acidente no Equador!!! Já visitei este Veleiro, é belíssimo. Conversei com alguns guarda-marinhas na época e o serviço é bem puxado, pois tirando a propulsão a helice e os equipmentos modernos de navegação, todo o resto é na mão mesmo, em um belo espírito de corpo!! Trabalho em equipe!

Piassarollo

Esse navio patrulha da Colômbia bem que poderia estar sendo analisado pela MB, uma parceria para construir uns 4 ou 5 seria vantajoso para ambos os paises.

Bruno Vinícius

Entendo que o evento (que foi fantástico, vale salientar) é com nações amigas da América Latina, mas teria fechado com chave de ouro se o Brasil tivesse convencido os americanos a mandarem o USS Constitution para participar (apesar de que – por motivos técnicos – é possível que eles não aceitassem).

P.S. bom saber que o belíssimo Cisne Branco já está 100% novamente.

Last edited 2 anos atrás by Bruno Vinícius
Foxtrot

Assim como o grito, a carta e mais um monte de enganação que a história nos empurrou goela abaixo, a “independência” do Brasil não passa de ilusão.
Somos cada vez mais “escravos” das grandes nações ocidentais.
Ao menos na parte de veleiros a MB tem um dos supra sumos da tecnologia !

Alex Barreto Cypriano

Que não é de fitura nacional, foi encomendado. Como as elites sempre gostaram: mandar trazer os luxos pra embasbacar e sutilmente ameaçar a ralé, de veleiro à fragata.

Foxtrot

Aqui se aplica a política de “pão e circo” com eficácia extrema.
A burguesia dominante ilude e lubridia o povo com “queimas de fogos” e migalhas caídas da mesma, enquanto se banqueteiam com caviar, espumante importados das terras onde sonham ter nascidos.
Como dizia o velho mestre grande Chico Anísio, E o povo ôôô !

Salomon

Bem, pelo menos vemos o Cisne de novo, após o vexame no Equador. Para um país em eterna crise, piorada pela pandemia, faz sentido reclamar de tanta pompa e circunstância, podia ser um pouco mais low profile. É economia de alfinetes, mas de grande significado para a população que tá carregando uma pesada cruz.