Eu estava lá, em junho de 1988, no primeiro teste embarcado com mísseis antinavio “Sea Skua” no helicóptero Westland Lynx (que ainda não era Super).

Nas fotos do post aparecem os mísseis sendo preparados na aeronave SAH-11 Lynx N-3025 a bordo da fragata Niterói (F40) e a primeira decolagem com o armamento.

O Sea Skua era uma grande novidade na época e tinha sido usado com sucesso pela primeira vez na Guerra das Malvinas em 1982, contra o rebocador argentino ARA Alférez Sobral.

O Sea Skua foi desenvolvido como solução contra a ameaça de embarcações rápidas e navios-patrulha armados com mísseis, com base na experiência do afundamento do destróier israelense Eilath por mísseis Styx russos, disparados por uma embarcação rápida lança-mísseis egípcia.

O marinheiro Galante ao lado de um Lynx a bordo da fragata Niterói, em 1988, durante os primeiros ensaios com míssil Sea Skua
Corte interno simplificado do Sea Skua. 1 -barbatanas fixas; 2 – exaustor; 3 – giroscópios; 4 – eletrônicos; 5 – cabeça de guerra; 6 – radome; 7 – antena do radar; 8 – eletrônicos do radar; 9 – asas móveis; 10 – bateria térmica; 11 – radar altímetro; 12 – motor de sustentação; 13 – motor de aceleração. – Via Sistema de Armas, http://www.sistemasdearmas.com.br/asv/seaskua.html

O míssil Sea Skua é guiado por SARH (radar semiativo) e o peso total do sistema, com 4 mísseis, não passa de 750kg. A cabeça de combate do míssil tem 9kg de RDX, envolta por um corpo blindado de 21 kg. O míssil tem alcance de 15km e atinge velocidade  de Mach 0,9.

A MB adquiriu um primeiro lote de 16 mísseis Sea Skua em 1987 e efetuou 3 disparou em 31 de agosto de 1989, contra o casco do ex-CT Santa Catarina. Foi o primeiro lançamento real de um míssil ar-superfície BAe Sea Skua, realizado por uma aeronave SAH-11 Lynx da Força Aeronaval, atingindo o alvo a uma distancia de quase 18 Km.

Os mísseis remanescentes foram remotorizados para manterem sua validade operacional até que a Marinha compre um míssil substituto.

Sea Skua contra o ex-CT Santa Catarina

Míssil Sea Skua armou helicóptero Super Lynx no Líbano

Em 2011, AH-11A Super Lynx N-4011 (Lince 11), pertencente ao 1º Esquadrão de Helicópteros de Esclarecimento e Ataque (HA-1), participou das operações aéreas pela Força Interina da ONU no Líbano (UNIFIL), cujo Comando da Força Tarefa Marítima (MTF) estava a cargo do Brasil.

O Lince 11 integrou o Destacamento Aéreo Embarcado (DAE) da Fragata União (F45), capitânea da MTF, provendo apoio aéreo durante as patrulhas na Operação Líbano I, afim de impedir a entrada de armas ou material conexo por via marítima para o Líbano, realizando operações de VBSS (Visit, Board, Search and Seizure), MIO (Maritime Interdiction Operations) e SAR (Search and Rescue).

O Super Lynx foi armado com mísseis Sea Skua, para missões ASuW.

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