Guerra das Malvinas/Falklands: Aviões S-2E Tracker da Armada Argentina lançaram torpedos contra contato submarino
Em 5 de maio de 1982, às 7h46, um avião Grumman S-2E Tracker (matrícula 2-AS-23) da Armada Argentina catapultado do porta-aviões ARA 25 de Mayo, lançou um torpedo antissubmarino Mk.44 sobre um contato submarino, mas sem resultado.
Às 10h06, o submarino é localizado de novo por um SH-3D e atacado por outro S-2E Tracker (2-AS-24), que lança outro torpedo Mk.44, de novo sem efeito.
No início se pensou que o contato poderia ser o submarino nuclear britânico HMS Splendid, mas comparando as informações desclassificadas da rota do submarino com o local do ataque, essa hipótese foi descartada.
Coincidentemente o HMS Splendid também detectou um submarino que, mais tarde, constatou-se que não era argentino nem inglês, na mesma área de operações.
A questão abre a possibilidade da operação de submarinos de outros países na região.
Como o Brasil tinha garantido que não enviaria seus submarinos além das 200 milhas marítimas do país, o contato poderia ser um submarino dos EUA, URSS ou Chile.
NOTA DA REDAÇÃO: Essas e outras informações podem ser encontradas no excelente livro “A Carrier at Risk – Argentine aircraft carrier and anti-submarine operations against Royal Navy’s submarines during the Falklands/Malvinas War, 1982”, do estudioso argentino Mariano Sciaroni. A obra traz informações inéditas sobre as operações dos submarinos nucleares ingleses para caçar e afundar o porta-aviões argentino ARA 25 de Mayo durante a Guerra das Malvinas/Falklands em 1982, os equipamentos usados pelos dois lados e relatos de militares envolvidos. Para concluir a obra, o autor teve acesso a muitos documentos desclassificados pelos britânicos através da Lei de Liberdade de Informações. Clique na imagem do livro para comprá-lo na Amazon.
Quais rumos a guerra teria tomado se tivesse acertado e fosse um submarino americano ou soviético?
Estaríamos todos falando inglês…ou russo.
Se fosse americano, a Grã-Bretanha iria contar com apoio direto dos EUA para ter as Malvinas de volta e atacar as bases militares e de combustível da Argentina. Se fosse russo não iria dar em nada pois a URSS nunca ia admitir que estivesse por aqui nas águas do Atlântico Sul!
“Ivan, você perdeu outro submarino?”
Disseram que era um submarino soviético observando as manobras do submarino britânico.