Em 1994, visita da fragata ‘Niterói’ ao porto de Walvis Bay marcou o início da cooperação Brasil-Namíbia

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Fragata Niterói na Namíbia, em 1994

‘Um navio de guerra é o melhor embaixador’ – Oliver Cromwell

A foto de abertura mostra a fragata Niterói – F40 visitando o porto de Walvis Bay na Namíbia, em 2 de março de 1994. Era a primeira vez que o país africano recebia a visita de um navio de guerra depois de 15 anos.

Com a visita foi criado um acordo de cooperação entre a Marinha do Brasil e a da Namíbia que começou com uma parceria na formação de pessoal, nos mais diversos níveis, totalizando cerca de 466 vagas utilizadas, sendo 48 para oficiais e 418 para praças.

A cooperação também abrangeu a realização de um Estágio Inicial para 145 marinheiros, em navios subordinados ao Comando do Grupamento de Patrulha Naval do Sudeste, com a duração de 24 semanas.

Graças à cooperação técnica com a Marinha da Namíbia, em 28 de setembro de 1997 foi publicada a carta náutica “3931 – Approach to Walvis Bay”, contendo o plano do porto de Walvis Bay, na Namíbia, construída a partir de levantamento hidrográfico realizado pelo NHi “Sirius” da Marinha do Brasil. Foi realizada também a consultoria nos trabalhos do estabelecimento do limite exterior da plataforma continental daquele país, contemplando a aquisição de dados, o processamento, a confecção de relatório e a preparação do pessoal para apresentação da proposta à Comissão de Limites da ONU.

Em 2001, foi assinado um acordo entre os dois Governos para uma Cooperação Naval, em que a Marinha do Brasil se propôs a fornecer à Namíbia:

  • assistência na organização, no âmbito naval da República da Namíbia, de um Serviço de Patrulha Marítima;
  • embarcações capazes de satisfazer às necessidades navais; e
  • assistência no planejamento e desenvolvimento de uma infraestrutura apropriada à atracação e suporte logístico para tais embarcações.

Em 25 de junho de 2004, a Marinha do Brasil transferiu para a Marinha da Namíbia a ex-Corveta Purus (V23) da classe “Imperial Marinheiro”, que foi rebatizada como Corveta Lt Gen Dimo Hamaambo (C11).

Em 15 de junho de 2004, foi assinado um acordo para fornecimento de um Navio-Patrulha de 200 toneladas da classe “Grajaú” e de duas Lanchas-Patrulha para a Marinha da Namíbia.

O Navio-Patrulha Brendan Simbwaye (P11) da classe Grajaú foi incorporado a Marinha da Namíbia no dia 16 de janeiro de 2009 em cerimônia no estaleiro INACE, onde foi construído, com a presença de altas autoridades de ambos os países.

A Marinha do Brasil também forneceu vagas para o pessoal da Namíbia na Escola Naval, no Curso de Aperfeiçoamento para Oficiais em Hidrografia e no Curso de Formação de Oficiais, no Centro de Instrução Almirante Wandenkolk (CIAW).

A Marinha do Brasil também prestou assessoria na criação do Corpo de Fuzileiros Navais da Namíbia.

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