DOU: Contratação de serviços de engenharia para o radar autodiretor ativo do MANSUP
DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO
Publicado em: 23/05/2022 | Edição: 96 | Seção: 3 | Página: 26
Órgão: Ministério da Defesa/Comando da Marinha/Diretoria-Geral do Material/Diretoria de Sistemas de Armas
EXTRATO DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO Nº 1/2022 – UASG 744000
Nº Processo: 63435009478202148 . Objeto: Contratação de serviços de engenharia para a evolução técnica e produção do radar autodiretor ativo (seeker) do míssil antinavio nacional de superfície (mansup). Total de Itens Licitados: 00001. Fundamento Legal: Art. 25º, Caput da Lei nº 8.666 de 21º/06/1993.. Justificativa: Continuidade do projeto MANSUP Declaração de Inexigibilidade em 18/05/2022. JORGE LUIS DA CUNHA. Odernador de Despesas. Ratificação em 18/05/2022. MARCO ANTONIO ISMAEL TROVAO DE OLIVEIRA. Diretor. Valor Global: R$ 77.946.025,95. CNPJ CONTRATADA : 01.773.463/0001-59 OMNISYS ENGENHARIA LTDA.
(SIDEC – 20/05/2022) 744000-00001-2022NE000004
NOTA DO EDITOR: em abril, publicamos matéria sobre a fase atual do Mansup, de “produtação”, que é a passagem do míssil e de seus diversos componentes da fase de protótipos (os quais ainda terão lançamentos de testes) para a de produtos industriais, com produção de um lote piloto. Clique aqui para acessar.
78 milhões para o desenvolvimento e produção do seeker… aquisição de 200 unidades?
Olá. Onde vocẽ encontrou essa informação?
“Total de Itens Licitados: 00001” Serviço de engenharia para evolução e produção. Produção de quantos…não diz.
O item é o serviço.
Sim.
Desistiram de desenvolver e vão comprar pronto da França? É isso que entendi?
Oi Diogo. Eu não vi isso no extrato. Tem algum link sobre isso?
OMNISYS ENGENHARIA LTDA é do Grupo THALES (empresa francesa)…
https://www.omnisys.com.br/sobre-nos
A OMNISYS é uma empresa nacional. Ser subsidiária da Thales não afeta a nacionalidade da empresa.
Sim, não vai acontecer da empresa receber o pacote da controladora e só colocar a plaquinha “Made in Brazil”. Também não vai acontecer dos franceses terem conhecimento de todos os códigos e bandas de funcionamento dos mísseis bem como da quantidade comprada pela MB. Tal como a França não vai ter a condição de impedir a produção quando lhe for conveniente. Afinal é só uma subsidiária.
Wilson,
O objetivo do programa sempre foi desenvolver tudo aqui para não ter problemas de embargos tanto para o Brasil quanto para qualquer eventual exportação do míssil.
Por diversas vezes fabricantes envolvidos e Marinha mencionaram que o objetivo era ser “ITAR free”, tanto no produto final quanto nos componentes.
Desconheço qualquer menção (pública, pelo menos) de terem mudado de ideia.
Essa verborragia contaminante alucinada…tudo que é francês vem da Ilha do Diabo.
Impressionante.
Afinal, são somente adivinhações alucinógenas.
Tal como a França não vai ter a condição de impedir a produção quando lhe for conveniente
Se a situação chegar a esse ponto, creio que bastaria apenas nacionalizar a empresa, a menos que algum componente seja importado da França, o que não acho que seja o caso.
Seguindo o raciocínio…não podemos construir navios alemães, submarinos franceses, aviões, carros italianos, motocicletas japonesas…porque “alguém tem os códigos”.
Barbaridade.
Como assim nacionalizar uma empresa nacional? A OMNISYS foi incorporada à Thales em 2011. E segue como uma empresa brasileira.
Creio que ele quis dizer nacionalizar o capital da empresa, ou seja, a União expropriar as cotas ou ações em poder de empresa estrangeira.
Ele deve ter imaginado que o governo brasileiro poderia fazer uma proposta aos franceses para recomprar a OMNISYS. transformar em empresa estatal transformar em empresa de capital misto entregar a parte dos franceses aos sócios originais entregar a parte dos franceses a outros no Brasil Não faz sentido. O que acontece no mundo hoje é uma crise de liquidez. Inflação em alta, preço do petróleo na estratosfera, guerras, juros altíssimos no Brasil, preço das matérias-primas subindo constantemente. Falta grana. Poderiam ter oferecido uma jointventure aos franceses. A grana deles com a competência da empresa brasileira. Mas a jointventure tem vida… Read more »
Esteves, o que ele quis dizer é que, em um hipotético conflito onde a França proíbe a empresa de vender os seekers para a MB, a União pode estatizar a empresa e assumir a produção (desde que ela seja totalmente autóctone).
A omnysis e tão brasileira quanto a Iveco ou qualquer outra montadora instalada aqui. Ou vai me dizer que não haveria possibilidade de interferencia de nenhum nível da matriz na subsidiária?
Aham tá bom
Também entendi por aí. Contrataram a Thales para fazer a “evolução técnica” do seeker e produzir alguma quantidade.
Mas o pessoal gosta de escrever de um jeito que não fique claro do que estão falando.
Entendeu errado.
Diogo, o programa está na fase de transformar protótipo em produto industrial. Já noticiamos aqui há 2 meses.
O autodiretor nacional sempre foi responsabilidade da Omnisys, e ela forneceu para os protótipos. Outras partes do míssil são da Siatt e da Avibras.
Obrigado pessoal, esqueci disso, já estão desde a fase de protótipo, ou seja, não vem da França
É ótimo saber que, ao contrário daquele projeto de ATGM do EB, a MB está mesmo avançando com o MANSUP.
Não consigo entender a insistência nesse míssil obsoleto…
Deveríamos aproveitar a parceria com a Saab, e dar um jeito de produzir o RBS-15 Mk III e Mk IV aqui.
O Moskva discorda de você.
O RBS-15 nasceu nos anos 1970. Deveria estar obsoleto? A SAAB não oferece licenças para esse míssil.
Que parceria é essa que poderia “dar um jeito” de produzir uma arma não licenciada?
Temos que começar de algum lugar, assim que o AVTM 300 estiver pronto, nós poderíamos usar o motor dele ou até ele próprio com o sistema de guiagem do Mansup
Para detonar meios de suprimento já tá ótimo.so falta um hiper para atacar os porta chineses a longa distância e acertar mísseis balísticos americanos.
Chinese e americanos têm preocupações muito maiores que o Brasil. Não seremos alvos dos MBs americanos e nem veremos PA chineses agressivos em nossas costas dentro deste século.
Além do mais, vimos na Ucrânia que mísseis subsonicos ainda são muito eficientes contra navios de guerra.
Não tenha tanta certeza assim Andre, devagar que esse santo é de barro..
Não devemos duvidar que tanto os EUA e China possam nos pressionar militarmente por conta dos seus interesses. Temos provas mil disso PRINCIPALMENTE em relação aos norte-americanos. As Forças Armadas ao contrário do que você pensa, sabem disso, e tem planos de contingência para tal eventualidade…
Principalmente os americanos? Com Ucrânia/Europa, Taiwan e oriente médio para se preocuparem vão vir fazer oq aqui?
O Brasil não tem os meios para localizar e criar uma solução de tiro para que mísseis possam ser lançados contra um CSG (coisa que até China e Rússia teriam dificuldade de fazer). De nada adianta um “hiper” míssil sem que se saiba onde está seu alvo.
Para mim, outra prova de que o míssil errou o alvo no teste 3.
Mas essa é minha modesta opinião.
Não se evolui um protótipo, se evolui um produto funcional e que já tem uma série em operação há um certo tempo.
Claro que um protótipo pode evoluir em relação ao anterior. Por mitigação de riscos, vc pode ter metas de desempenho a serem batidas gradativamente. Vamos imaginar que nesse caso fosse que o próximo protótipo tivesse que ser capaz de lidar c/ um alvo de menores dimensões e/ou a maiores distâncias ou ainda que fosse capaz de suportar uma fonte de interferência mais potente e por aí vai. Nenhum de nós tem acesso a informações mais detalhadas então só podemos conjecturar.
Amigo, isso se faz durante o uso do equipamento em situações de testes e ou uso real. Vamos supor que a MB já estivesse operando o Mansup, aí fariam uma avaliação crítica do sistema. Olha o míssil tem um “ponto cego”, degradação no sinal, sofre muita interferência etc, como podemos mitigar ou sanar isso ? Aí sim se buscaria uma evolução. Uma indústria evoluir algo que nem se quer produziu direito é burrice. Pode ser que o Sheeker do Mansup atual é tão bom que não precise de evolução. Pode contrapor as ameaças atuais durante um bom tempo. Bom, ao… Read more »
‘Uma indústria evoluir algo que nem se quer produziu direito é burrice’ – sem comentários….
A indústria evolui diariamente, seja no projeto, processos ou fabricação.
Não falei da indústria, falei do produto.
Me diga um míssil que teve sistemas internos evoluídos antes da pré série.
Um bom exemplo é o MAA1, que só após ter a “cabeça de série” entregue a FAB, teve apresentado sua evolução.
Outro exemplo é o Sindwinder.
Exatamente, na falta de argumentos técnicos cabíveis e válidos só resta isso mesmo.
Justamente pelo contrário, vc é que parece não ter a mínima noção de como são as coisas, então vou lhe contar: trabalho c/ a indústria de eletroeletrônicos p/ aplicações industriais há mais de 30 anos. É comum que sejam desenvolvidos protótipos de equipamentos e entregues a usuários na indústria que testarão e farão a avaliação, muitas vezes sugerindo aprimoramentos, alguns desses já eram previstos, mas por mitigação de riscos e custos não são implantados todos juntos, isso se dá de forma gradual até se chegar numa versão que seja adequada as necessidades dos clientes, confiável e c/ custo competitivo, pois… Read more »
Putz. Isso é uma revisão crítica do projeto. Se trabalha na indústria eletro eletrônico deveria saber o que é evolução. Um celular Nokia antigo não veio para as mãos do cliente com uma tela de LCD por exemplo. O primeiro computador Apple não saiu de fabrica com um mouse óptico etc etc etc. Amigo, se ainda está como protótipo, e estão testando novas tecnologias, estão revisando o projeto. Evolução só vem após tempo de uso. Ou irão colocar um Sheeker com tecnologia AESA no míssil? Como vão evoluir peças e sistemas que não sabem as contra medidas que o míssil… Read more »
Fico imaginando a FIAT gastando uma fortuna para desenvolver o 147 e antes mesmo de vender algumas unidades apresenta o uno.
Só no Brasil mesmo.
Acho que vcs estão discutindo o sexo dos anjos. Evolução técnica pode ser várias coisas. Se separar apenas a palavra evolução do resto, pode significar o que cada um quiser. Mas existe um contexto: o programa está na fase de “produtação”: transformar protótipo em produto industrializado, para produção em série (ainda que pequena). O primeiro autodiretor entregue pela Omnisys para o programa foi em 2014. É preciso que ele seja um produto fabricável em série em 2022. Vai utilizar semicondutores de 2014 ou de 2022? Só um exemplo. O texto diz “ serviços de engenharia para a evolução técnica e… Read more »
Exato, Nunão. Tem gente que não tem ideia de como são as coisas e quer tirar suas conclusões e fazer críticas sem base.
O problema que vejo hoje em diversas áreas no Brasil, é que não se usa o cérebro mais.
Querem tudo mastigado para só engolir.
Não se faz uma análise crítica de mais nada.
Basta pensar e verá.
Como escrevi acima, me diga um projeto de sistema de armas que evoluiu antes de sua pré série.
Mas para isso tem que saber a diferença entre evolução e revisão crítica do projeto/ sistema.
O homem da caverna simplesmente falou, vou “evoluir meu cérebro” para homo sapiens, porém continuarei homem das cavernas.
“O primeiro autodiretor entregue pela Omnisys para o programa foi em 2014. É preciso que ele seja um produto fabricável em série em 2022. Vai utilizar semicondutores de 2014 ou de 2022? Só um exemplo.”
Aí caro Nunão, não seria uma evolução e sim uma revisão crítica do projeto.
Evolução é quando de A passa para B ou A++.
Como exemplo cito Vigen x Gripen, MAA1-A x MAA1-B, Sindwinder etc etc etc.
A palavra evolução foi usada erroneamente.
Evolução vem após anos de uso em situações reais ou próxima dela.
Acho que já foi falado que não era mesmo pra ele ter acertado o alvo
Que é pra testar o seeker e o radar do míssil
Falar até papagaio fala.
Basta saber a verdade.
Toda grande jornada começa com o primeiro passo.
Estamos entrando em um grupo muito seleto de, talvez, 10% dos países do mundo, o segundo nas americas e no hemisfério sul.
Isso é uma novela!! Falta seriedade nesse País sobre assuntos militares, esse programa vem se arrastando por anos, se tem que ter uma evolução técnica a princípios os teste não fora satisfatórios.