Marinha planejava modernizar o porta-aviões ‘São Paulo’ de 2015 a 2019 e operá-lo até 2039
O plano estratégico da Marinha do Brasil previa o emprego do Navio-Aeródromo São Paulo – A12 (ex-PA Foch da Marinha Francesa) como uma solução intermediária até que o País tivesse condições de construir um navio novo.
A modernização do NAe São Paulo permitiria um tempo maior para projetar e construir seu substituto – com deslocamento entre 50.000 e 60.000 toneladas –, aguardando condições orçamentárias mais favoráveis.
O planejamento divulgado em dezembro de 2014 visava modernizar o navio com novos sistemas de propulsão e de energia, e repotencializar os sistemas de lançamento e recuperação de aeronaves.
O navio-aeródromo (NAe) São Paulo iniciaria em junho de 2015 o Período de Modernização de Meio (PMM), depois da conclusão do projeto detalhado de modernização. O PMM durararia cerca de 1.430 dias.
Desta forma, o NAe São Paulo deveria retornar ao Setor Operativo em 2019, permanecendo em operação por mais 20 anos, até 2039. As principais pontos do PMM do NAe “São Paulo” seriam:
- a reforma de seu interior, melhorando significativamente as condições de habitação para sua tripulação;
- substituição de tubulações e fiações;
- implementação de um novo sistema de propulsão, geração e distribuição de energia;
- revitalização das fontes de geração de vapor;
- revitalização geral (com substituição de diversas peças) das duas catapultas, permitindo o lançamento de aeronaves com até 20,5 toneladas;
- revitalização (com substituição de diversas peças, incluindo os cabos) do aparelho de parada, permitindo o pouso de aeronaves mais pesadas e de alto desempenho;
- revitalização (com substituição de diversas peças) de ambos os elevadores de aeronaves, para a capacidade superior a 20 toneladas;
- modernização do sistema ótico de pouso;
- modernização dos sistemas de controle de avarias do convoo e do hangar;
- modificações e modernização dos sistemas de tratamento de águas servidas;
- modificações e modernização do sistema de ar condicionado;
- modificações e modernização das câmaras frigoríficas;
- modificações e modernização nos sistemas de ar comprimido;
- instalação de novos sistemas de defesa de ponto;
- substituição dos radares de busca combinada e de aproximação, integrando-os ao SICONTA Mk. IV; e
- instalação de novo sistema integrado de comunicações.
O custo da modernização foi estimado em torno de R$ 1 bilhão.
Novo grupo aéreo
Depois da reforma, o NAe São Paulo iria operar com os jatos AF-1 e KC-2 Turbo Trader modernizados, além dos helicópteros.
O grupo sueco Saab chegou a oferecer o desenvolvimento de uma versão navalizada do caça Gripen NG (conhecida como Sea Gripen ou Gripen Maritime), que foi selecionado pela Força Aérea Brasileira para o Programa F-X2.
As maquetes do NAe São Paulo e dos caças Gripen navais foram expostas nas feiras LAAD 2013 e 2015.
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