Marinha planejava modernizar o porta-aviões ‘São Paulo’ de 2015 a 2019 e operá-lo até 2039

130
Maquete do NAe São Paulo com jatos Sea Gripen, na LAAD 2013

Maquete do NAe São Paulo com jatos Sea Gripen, na LAAD 2013

O plano estratégico da Marinha do Brasil previa o emprego do Navio-Aeródromo São Paulo – A12 (ex-PA Foch da Marinha Francesa) como uma solução intermediária até que o País tivesse condições de construir um navio novo.

A modernização do NAe São Paulo permitiria um tempo maior para projetar e construir seu substituto – com deslocamento entre 50.000 e 60.000 toneladas –, aguardando condições orçamentárias mais favoráveis.

O planejamento divulgado em dezembro de 2014 visava modernizar o navio com novos sistemas de propulsão e de energia, e repotencializar os sistemas de lançamento e recuperação de aeronaves.

O navio-aeródromo (NAe) São Paulo iniciaria em junho de 2015 o Período de Modernização de Meio (PMM), depois da conclusão do projeto detalhado de modernização. O PMM durararia cerca de 1.430 dias.

Desta forma, o NAe São Paulo deveria retornar ao Setor Operativo em 2019, permanecendo em operação por mais 20 anos, até 2039. As principais pontos do PMM do NAe “São Paulo” seriam:

  • a reforma de seu interior, melhorando significativamente as condições de habitação para sua tripulação;
  • substituição de tubulações e fiações;
  • implementação de um novo sistema de propulsão, geração e distribuição de energia;
  • revitalização das fontes de geração de vapor;
  • revitalização geral (com substituição de diversas peças) das duas catapultas, permitindo o lançamento de aeronaves com até 20,5 toneladas;
  • revitalização (com substituição de diversas peças, incluindo os cabos) do aparelho de parada, permitindo o pouso de aeronaves mais pesadas e de alto desempenho;
  • revitalização (com substituição de diversas peças) de ambos os elevadores de aeronaves, para a capacidade superior a 20 toneladas;
  • modernização do sistema ótico de pouso;
  • modernização dos sistemas de controle de avarias do convoo e do hangar;
  • modificações e modernização dos sistemas de tratamento de águas servidas;
  • modificações e modernização do sistema de ar condicionado;
  • modificações e modernização das câmaras frigoríficas;
  • modificações e modernização nos sistemas de ar comprimido;
  • instalação de novos sistemas de defesa de ponto;
  • substituição dos radares de busca combinada e de aproximação, integrando-os ao SICONTA Mk. IV; e
  • instalação de novo sistema integrado de comunicações.

O custo da modernização foi estimado em torno de R$ 1 bilhão.

NAe São Paulo na ARAEX, com aeronave S-2T argentina na catapulta, em 2002
NAe São Paulo na ARAEX, com aeronave S-2T argentina na catapulta, em 2002
S-2T argentino decolando do NAe São Paulo
S-2T Turbo Tracker argentino decolando do NAe São Paulo
Jatos AF-1 (A-4KU) Skyhawk decolando da catapulta lateral do NAe São Paulo
Jatos AF-1 Falcão a bordo do São Paulo

Novo grupo aéreo

Depois da reforma, o NAe São Paulo iria operar com os jatos AF-1 e KC-2 Turbo Trader modernizados, além dos helicópteros.

O grupo sueco Saab chegou a oferecer o desenvolvimento de uma versão navalizada do caça Gripen NG (conhecida como Sea Gripen ou Gripen Maritime), que foi selecionado pela Força Aérea Brasileira para o Programa F-X2.

As maquetes do NAe São Paulo e dos caças Gripen navais foram expostas nas feiras LAAD 2013 e 2015.

SAIBA MAIS:

‘Embarque’ no NAe São Paulo e nos detalhes de sua modernização

Ajuste Técnico entre Brasil e França para modernização do NAe ‘São Paulo’

Subscribe
Notify of
guest

130 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments