Onze navios da Marinha Real devem ser equipados com o novo sistema avançado de mísseis Kongsberg NSM após um acordo com o governo norueguês

Whitehall, 23 de novembro de 2022: Fragatas e destróieres da Marinha Real receberão um impulso significativo em suas capacidades de ataque de precisão de longo alcance após uma nova parceria entre o Reino Unido e a Noruega, aliado importante da OTAN e da Força Expedicionária Conjunta (JEF).

Reforçando os laços de defesa entre o Reino Unido e a Noruega, a Marinha Real receberá o Naval Strike Missile (NSM), equipando em um total de onze fragatas Type 23 e destróieres Type 45, em colaboração com o governo norueguês. Medindo quase 4 metros de comprimento, o NSM é um míssil de quinta geração que usa sensores integrados e reconhecimento de alvo autônomo para atacar com precisão navios inimigos e alvos em terra a distâncias de mais de 100 milhas náuticas (185 km) em altas velocidades subsônicas. Ele pode iludir o radar inimigo e os sistemas de defesa voando em altitudes próximas ao mar e usando manobras evasivas.

HMS Kent - F78
Os NSM serão instalados no lugar dos mísseis Harpoon

Anunciando a atualização da capacidade marítima, o Secretário de Defesa também se reuniu com os Ministros da Defesa do Grupo do Norte a bordo do navio-capitânia da Marinha Real, HMS Queen Elizabeth, ao largo de Oslo. O secretário de Defesa, Ben Wallace, disse: “Temos uma longa história de cooperação em defesa com a Noruega. Este novo acordo consolida nossa parceria com um de nossos aliados mais próximos, ao mesmo tempo em que fortalece nossa Marinha Real com uma nova capacidade de ataque superfície-superfície”.

Substituindo o míssil superfície-superfície Harpoon, que deve sair de serviço em 2023, o míssil antinavio de classe mundial será instalado em três navios em ritmo acelerado e estará pronto para operações a bordo do primeiro navio da Marinha Real em pouco mais de 12 meses. A colaboração resultará em mais navios equipados com mísseis de ataque naval altamente sofisticados que, por sua vez, contribuirão para aumentar a segurança em nossas áreas comuns de interesse. O sistema de mísseis será integrado nos estaleiros do Reino Unido através da Babcock e BAE com apoio norueguês, o sistema de mísseis é fabricado pela Kongsberg Defense Aerospace.

O NSM aumentará a colaboração e a interoperabilidade com vários de nossos principais parceiros estratégicos. No Atlântico Norte e na região do Mar Báltico, os usuários incluem Noruega, EUA, Polônia, Alemanha e Canadá. Tanto os EUA quanto a Austrália operarão o NSM na região do Pacífico.

O ministro da Defesa norueguês, Bjørn Arild Gram, disse: “Esta é uma tarefa significativa com um cronograma ambicioso. Ambas as nações estabeleceram uma equipe designada com um forte mandato para garantir o sucesso desse esforço comum. A empresa norueguesa Kongsberg Defense & Aerospace está apoiando a equipe conjunta com sua experiência e a integração planejada nos navios do Reino Unido.”

A reunião dos Ministros da Defesa do Grupo do Norte no HMS Queen Elizabeth verá discussões sobre as implicações da invasão ilegal da Ucrânia pela Rússia, os desenvolvimentos de segurança no norte da Europa e os pedidos de adesão à OTAN da Suécia e da Finlândia. O Grupo do Norte é uma iniciativa do Reino Unido que visa promover uma cooperação de defesa e segurança mais coerente, eficiente e eficaz no norte da Europa. Compreende 12 nações; Dinamarca, Estônia, Finlândia, Alemanha, Islândia, Letônia, Lituânia, Holanda, Noruega, Polônia, Suécia e Reino Unido.

 

Um Type 45 britânico e uma FREMM francesa em segundo plano
Um destróier Type 45 britânico e uma FREMM francesa em segundo plano

FONTE: www.joint-forces.com

Subscribe
Notify of
guest

18 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Eduardo Angelo Pasin

Esses míssel é bem interessante, ele poder ser lançado de uma plataforma aeria? E aquele harpoom que a fab comprou a alguns anos podem ser integrados no gripen?, já que não pode sem equipados nós p3.

Last edited 1 ano atrás by Eduardo Angelo Pasin
Rafael

Nessa versão é chamado de JSM. Será integrado no Bloco 4 do F-35. Carregado internamente na versão A e C, e externamente na B. Vai vender muito.

Last edited 1 ano atrás by Rafael
Eduardo Angelo Pasin

O interessante dele é ser super sônico, espero que os atuais míssil em desenvolvimento no Brasil evoluam para alguma coisa similar, no quesito sub sônico estamos evoluindo.

Thiago A.

Eduardo, Não sou certamente a pessoa mais qualificada e apta para esclarecer suas dúvidas, mas como somos todos entusiastas me permito de sinalizar alguns pontos com intento de aprender e enriquecer o debate. Desconheço qualquer problema de integração dos harpoons nos P-3 AM da FAB. Sobres os Gripens, existe já um excelente míssil antinavio, inclusive da SAAB, em fase de implementação na aeronave. É o RBS15. Só falta a FAB sinalizar a vontade de adquiri-lo. Quem sabe futuramente… Uma outra opção, mais ousada, seria o desenvolvimento de uma versão antinavio do MICLA-BR. Voltando ao NSM, existem sim versões eaerolançaveis. Além… Read more »

Last edited 1 ano atrás by Thiago A.
Rui Mendes

O novo míssil anti-navio da mbda, o Marte ER, que pode ser lançado de plataformas em camiões desde terra, de aviões e principalmente de helicópteros, têm um alcance muito superior ao modelo mais antigo, o Marte MK2S, que tinha o alcance de 30km, o actual Marte ER têm um alcance de mais de 100km, já operacional e integrado nos Hélis NH-90 NFH e nos EH-101 Merlin Italianos.
Em aviões já foi testado no avião C-295.

Wilson

Não é super sônico, conforme a reportagem diz ele atinge “altas velocidades subsônicas”.

Thiago A.

Rafael, sabes informar se estão ainda trabalhando em uma versão para o B ?

Rui Mendes

Sim pode e também existe a versão terrestre, lançados desde camiões, que Noruega, Polónia e pelo menos Roménia também usam.

Dalton

O “NSM” também deu um alento aos “LCSs” da US Navy ,versão Independence, todos pertencentes a Frota do Pacífico que passaram a ser armados com 8 mísseis enquanto as futuras fragatas classe Constellation poderão ser armadas com até 16 deles.

Cristiano Salles (Taubaté-SP)

Semana passada vi um P03 Orion, pousar em São José dos Campos…, parecia ser dentro do CTA…, nunca vi aquela aeronave lá no Vale do Paraíba…, achei interessante…, foi no final da tarde, chegou quietinho e pousou…, identifiquei pela aquela carenagem alongada na cauda…, chegou silencioso…

Abraço a todos…

Fiquem com DEUS…>>>

Carlos Campos

Muito bom, um dos melhores mísseis do mercado.

Nonato

185 km não é um alcance baixo?
Os concorrentes não têm um alcance maior?
Isto é, parece ser moderno mas deixa um pouco a desejar no alcance?
Quando existem mísseis de cruzeiro com alcance de 2.500 km.
Acredito que para essa categoria deveria ser pelo menos 250-300 km.

Dalton

Também não sou muito qualificado para responder suas perguntas Nonato, mas entendo que é preciso levar em conta que nem todas as plataformas aéreas e navais podem acomodar mísseis de grandes dimensões/maior alcance e/ou nem é possível pagar por apenas tais mísseis e um míssil “menor” pode ter seu alcance diminuído justamente por ter mais espaço devotado a sensores sofisticados e contramedidas que garantirão maior precisão/ sobrevivência em um meio contestado, questões válidas para todas as nações. .. A US Navy por exemplo deu preferência ao AGM-158C lançado por FA/18/E/F, F-35C e P-8 além do B-1B da USAF, com alcance… Read more »

Henrique A

O NSM é um míssil anti-navio, esse alcance é aceitável para engajamentos de superfície, outros de dimensões e tecnologias semelhates tem alcance parecido ou um pouco maior.
Algo que a USN faz e que pode lhe dar mais vantagem é ter mísseis de duplo uso como o Standard 2, que pode ser empregado tanto contra alvos aéreos quanto contra alvos de superfície e usualmente tem mais alcance que certos mísseis dedicados anti-navio, com a desvantagem de não ser dedicado para o uso anti-navio, assim não possui a capacidade de sea skimming como o NSM e outros tem.

Last edited 1 ano atrás by Henrique A
Dalton

De fato Henrique o SM-2 pode atingir navios, mas, é o mais novo SM-6 que tem muito maior potencial nessa capacidade e embora não seja capaz de afundar um navio mesmo de médias dimensões por conta de uma ogiva pequena sua maior velocidade que dificulta sua interceptação e causa maior estrago quando do impacto pode causar severos danos incapacitando o alvo. . Diante de um limitado número de silos verticais presentes no principal combatente de superfície da US Navy o “Arleigh Burke IIA”, 96 silos ter mesmo que uns poucos SM6 com dupla função os torna muito mais flexíveis, priorizando… Read more »

Thiago A.

Algumas considerações. O dado indicado é um indício, são informações classificadas, todas as matérias apontam ” mais de ” 185 km. A versão aerolançavel-jsm- tem um maior alcance . Considere também a plataforma transportadora e o seu raio de combate, no caso é um F-35, permitindo até uma maior aproximação do alvo sem ser detectado. Na versão terrestre, uma bateria costeira colocada no correto contexto geográfico feito de mares fechados e fiordes ( Noruega) ,estreitos, golfos e arquipélagos ( mar da China meridional) onde as distâncias são relativamente curtas, não vejo um grande problema. O míssil em questão tem um… Read more »

Rui Mendes

Os mísseis de cruzeiro, pelo menos os ocidentais, são mais para ataque a terra, agora no tocante a mísseis anti-navio, os alcances são do NSM 185km, o mais recente dos Exocet blq 3, são 200km, o RBS 15 blq 3, são 200km, o RBS 15 blq 4, são 300km, o novo míssil Italiano anti-navio, o Otomat teseo E, são quase 400km, o míssil Israelita IAI Gabriel Mark 5 ou blue Spears, são 400km.
O novo Harpoon, não sei dizer o alcance e os mísseis Russos e Chineses, também não sei bem, mas costumam ter grandes alcances.

sergio

Sistema de misseis respeitavel para uma marinha seria o missil rbs15 sueco muito sofisticado e o Brahmos indiano supersonico.