China aumenta ajuda militar à África à medida que crescem as preocupações com a Rússia

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A China está ampliando sua cooperação de segurança com a África, especialmente em resposta à crescente preocupação do continente sobre a dependência da assistência militar russa, exacerbada pela guerra na Ucrânia. Historicamente, a Rússia tem sido um grande fornecedor de equipamento militar para a África, mas a África Ocidental, que enfrenta desafios de segurança como pirataria e roubo de petróleo, está cada vez mais se voltando para a China. A China tem fortalecido essa cooperação através do fornecimento de patrulhas e infraestrutura, como a construção do Lekki Deep Sea Port na Nigéria.

A presença militar chinesa na África também está crescendo, com planos para estabelecer um centro militar na Guiné Equatorial e já com uma base em Djibouti. Este movimento reflete um esforço mais amplo para projetar poder e garantir interesses econômicos, emulando as estratégias das potências ocidentais.

Especialistas apontam que, enquanto a China enfoca interesses econômicos e de segurança, suas estratégias podem não promover necessariamente a proteção dos direitos individuais ou dos mercados livres, o que pode ser problemático a longo prazo. A atuação da China em missões de paz da ONU e sua abordagem de não-interferência até agora mostram uma postura cautelosa, embora isso possa mudar se seus interesses forem ameaçados.

A situação destaca como os países africanos, enquanto exploram cooperações estrangeiras, têm limitado poder de barganha e devem navegar em suas próprias agendas políticas e desafios de segurança. A crescente influência da China na região representa um desafio estratégico para os EUA e outros países ocidentais com presença militar estabelecida na África.

Projeto do Lekki Deep Sea Port
Um navio chinês atraca no Lekki Deep Sea Port, construído pela China, em Lagos, na Nigéria

 

Forças chinesas no Djibouti
Base militar chinesa no Djibouti

NOTA DA REDAÇÃO: O gráfico abaixo do Mail Online mostra os países africanos que estão em débito com a China, os portos e estações de energia construídos com investimento chinês, bases e possíveis futuras bases chinesas na África.

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