Submarino ‘Humaitá’ realiza primeiro teste de propulsão no mar
O principal objetivo é cumprir etapas que garantirão a navegação segura do submarino antes da entrega ao Setor Operativo da Marinha
O Submarino “Humaitá” realizou, entre os dias 12 e 16 de dezembro, a primeira navegação na superfície com seu próprio sistema de propulsão, em área marítima localizada no litoral sul do Rio de Janeiro. Esse é um dos principais testes realizados antes das primeiras imersões dinâmicas, a caminho da entrega do submarino ao Setor Operativo da Marinha do Brasil.
“O objetivo principal desta saída ao mar foi a realização da primeira navegação independente e o cumprimento de um pacote de testes que garantirá a navegação segura do submarino na superfície para as próximas saídas e testes de mar previstos no processo construtivo do Submarino ‘Humaitá’ até a sua entrega”, afirmou o Capitão de Fragata Martim Bezerra de Moraes Junior, Comandante do “Humaitá”.
Durante a navegação na superfície do “Humaitá”, foram realizados diversos exercícios para testar a propulsão, a operação dos lemes em todas as modalidades, os sistemas de navegação, a carga de baterias, o sistema de comunicação e a autonomia na superfície, além da realização de treinamentos com a tripulação do submarino.
O Submarino Humaitá
O “Humaitá” (S-41) é o segundo de uma série de quatro submarinos convencionais de propulsão diesel-elétrica no âmbito do Programa de Submarinos (PROSUB).
Em agosto de 2022, o Submarino “Humaitá” realizou a flutuação operacional, um marco de segurança que define o início da última fase do projeto de construção, certificando que os sistemas de segurança e operação do submarino estão prontos para as provas de aceitação de cais e de mar.
Em novembro, o “Humaitá” cumpriu o teste de imersão estática e obteve resultado satisfatório nas avaliações. Após a navegação na superfície com seu próprio sistema de propulsão, os próximos passos a serem executados serão a imersão dinâmica e a imersão em grande profundidade com o submarino em movimento.
De acordo com o cronograma do PROSUB, o Submarino “Humaitá” (S-41) será entregue ao Setor Operativo da Marinha no 2º semestre de 2023, seguido do “Tonelero” (S-42) e do “Angostura” (S-43), os quais vêm avançando positivamente no calendário de entrega.
Os testes em ambiente operacional do “Humaitá” representam mais um passo importante no âmbito do PROSUB, que se consolida como um Programa Estratégico de substancial relevância para o Estado brasileiro.
Além de ampliar a proteção do perímetro das águas da Amazônia Azul, esse empreendimento gera empregos que permite capacitar e qualificar mão de obra fortemente especializada, contribuindo para elevar o potencial estratégico de desenvolvimento científico e tecnológico do País.
FONTE: Agência Marinha de Notícias
Somente 4 desses submarinos é muita pouca coisa pro tamanho da costa brasileira. A MB tinha que focar mais nesse projeto.
Olá Thiago. Acho que temos visões divergentes. A MB vem operando apenas 5 submarinos há décadas. Com a entrada dos quatro Scorpenes e a manutenção do Tikuna, este quadro será mantido, com a diferença que os Scorpenes são superiores aos Tupis em final de vida útil. Sobre o tamanho da frota, é preciso lembrar qual a missão dos submarinos. São meios de esquadra empregados em missões de combate, geralmente em um teatro de operações restrito. Submarinos não são para serem usados como patrulhas. Paras isso deve usar drones, aviões de patrulha e navios de patrulha oceânica. Sobre o foco, minha… Read more »
Boa noite Carmagoer. Sou fã de suas opiniões aqui no blog. A minha preocupação aos Subs Nucleares é o valor de operação e manutenção, se a MB já tomou um susto com o valor dos Scorpenes convencionais imagine o custo de um nuclear.
Aguardando o sub nuclear.
Por hora vamos torrando dinheiro.
Todos felizes! 🙂
Obrigado Thiago. Também gosto muito de você. O custo de operação de um submarino nuclear é alto. Segundo a própria MB, o custo da milha percorrida por um submarino convencional é da ordem de US$ 6 e do AIP é da ordem de US$ 45. Imagino que o custo de um SBN deva ser no mínimo similar ao de um AIP, até porque a tripulação do SN10 será praticamente o triplo. Por outro lado, o custo de geração de energia nuclear é inferior ao custo da geração de energia termoelétrica usando óleo combustível. Acredito que a manutenção de um submarino… Read more »
olha Mestre Teropode….complicado isto, pois na verdade 1 Álvaro Alberto vai usar 4-5 Riachuelos….bem mais que o dobro…
Olá Carvalho. O custo de fabricação de um SBN está estimado em US$ 1,3 bilhão, contra algo entre US$ 550~650 milhões de um Scorpene (eu não consegui ainda o valor real do Scorpene da MB. Cada fonte tem uma estimativa diferente). Outro ponto é que a tripulação do SBN será da ordem de 100 pessoas, praticamente o triplo da tripulação do Scorpene. Outro ponto que deve ser levado em conta é o custo da produção do kWh no reator nuclear e no Scorpene. Como o SN10 é maior (desloca 6 mil ton contra 2 mil do Scorpene), ele vai demandar… Read more »
Mestre, deveria haver uma proporção de 4 a 5 SSK para cada Subnuke…. E porque disto? Poruq e é incompativel um subnuke “costeiro”….atuando na zee…. Para atuar na ZEE vc não precisa de subnuke…… O papel de um subnuke é o de poder ameaçar tasks adversarias longe de casa, transladar-se rapidamente a zonas de conflito e distantes e manter-se longe e autonomamente o maior tempo possivel…. Embora sendo obvio um subnuke poder atuar na ZEE, torna-se um desperdício pois como famos, vc pode triplicar ou quadruplicar o numero de unidades usando os convencionais para isto nestas zonas proximas. A missão… Read more »
Olá Carvalho. Concordo com você. Esta é a melhor estratégia de defesa naval. É preciso dissuadir a formação de uma força-tarefa agressora, impedir que esta força-tareda se aproxime do litoral ou neutralizar os principais meios de ataque desta força-tarefa. Caso a força-tarefa consiga se aproximar do litoral é porque a MB já caiu.
por isto , defendo defendo combinação mista na proporção de 1 subnuke para 5 ssks
Eu percebo o que quer dizer mas tambem é incorrecto dizer que o submarino não é usado em patrulha. Embora ele não seja o meio mais adequado para, a aplicação de autoridade no mar, por exemplo, ele é sim muito útil para a vigilância discreta, por exemplo, de rotas de imigração ilegal e tráfico, acompanhamento de navios suspeitos e etc. Em portugal, a classe Tridente ja se envolveu nesse tipo de atividade, tanto a nivel nacional como da UE. Outros países europeus fazem o mesmo. O submarino é um meio muito útil, em tempo de paz, para a monitorização discreta… Read more »
Olá P99. Claro que a MB pode empregar os seus meios de esquadra em missões de patrulha, o que também serve para treinamento de suas tripulações. Contudo, os submarinos, fragatas e corvetas da MB são meios de combate. O trabalho de “guarda costeira” deve ser realizado pelos meios distritais equipados com navios de patrulha e navios de patrulha oceânica. O termo “patrulha” é uma tradução ruim do inglês. Em tempos de paz, a patrulha oceânica deve ser feita com drones, aviões e navios de patrulha, São mais baratos de operar e mais eficientes, considerando o tamanho da costa brasileira e… Read more »
Nesse caso que vc menciona, patrulha seria uma espécie de “ronda”, por assim dizer. Dadas as devidas proporções, é claro.
Olá AMX. Algo neste sentido. A “patrulha” é o trabalho de monitoramento das embarcações na área de jurisdição brasileira. Considerando o tamanho do litoral e da ZEE, isso tem que ser feito com drones, satélites e inteligência artificial. Aquilo que parecer suspeito requer aviões de patrulha e se for o caso, enviar navios de patrulha. Submarinos, corvetas e fragatas são navio de combate. São muito caros para serem usados como meios de patrulha. Uma fragata custa cerca de US$ 400~450 milhões. Um submarino convencional entre US$ 550~700 milhões. Um destroier mais que US$ ‘1 billhão, Um NaPa de 500 ton… Read more »
Concordo plenamente com seu comentário, será um grande feito para nossa marinha a incorporação de SBN
Olá G. Torço para ver a incorporação do SN10 na MB, assim com vi a entrada do Scorpene, dos F39 e dos KC390. Também espero que o Nunão me chame para levar as mochilas da equipe do PN no lançamento do SN10. Já disse que as minhas despesas ficarão por minha conta. Só preciso que ele autorize o crachá de “imprensa”
Sobre este tema, torço para que o Comandante da MB tenha acompanhado o PN ao longo destes anos e tenha lido minha enfática defesa do SN10. Acho que até poderia receber uma atenção especial da MB e receber uma credencial para ver o lançamento do SN10, mesmo que na última fila. Eu ficaria muito grato.
Também acho que o Brasil deve focar nos submarinos…, acho que o Brasil vai ser respeitado mundialmente com uma costa cheia de submarinos…, quanto mais melhor…, os diesel x elétricos acho que temos que ter também, pois são mais silenciosos e difíceis de detectar que os nucleares…, nucleares o interessante é ficar mais tempo submerso, sem precisar de abastecimento… Se eu fosse Almirante em Chefe, focaria nos submarinos e nas Tamandares…, que são fragatas ligeiras leves…, uns 16 caças gripens na costa brasileira em 4 esquadrões dividos pela costa… Quanto mais navios de classes diferentes, mais bagunça a cadeia logística… Read more »
Sonha!!
Os quatro servem para justificar os 85 mil homens da MB.
Olá Under. Já mostrei que considerando o tamanho da frota da MB, de uma divisão de fuzileiros, das instalações de manutenção, pesquisa, ensino, saúde e administração, o efetivo da MB poderia ser (com folga) de 50 mil. O tamanho da frota (incluindo os meios de esquadra e os meios distritais) não justifica o tamanho do efetivo da MB. No caso da FAB, cerca de 25 mil militares são responsáveis pelo controle e defesa do tráfego aéreo, os quais são subsidiados pela taxas pagas pelas empresas aéreas. As forças armadas estão com um grave problema previdenciário que demanda uma reforma radical.… Read more »
Concordo
Quem tem um, não tem nenhum, quem tem dois, tem um, quem tem 4, tem no máximo 3.
Entendo que um número mínimo na frota (muito mínimo mesmo) seria de 6, considerando disponibilidade de 4. Uma base aeronaval na região Norte-Nordeste é imprescindível.
Entendo que os submarinos como arma de dissuasão no mar são imbatíveis. O caboclo pensa 10 vezes antes de se meter em águas turvas com esses “peixes” rondando. Perguntem aos Aliados se eles conhecem o Karl Doenitz.
..complementando: As manutenções programadas são longas e ocasionalmente a MB poderia operar 4 simultaneamente o que convenhamos é praticamente nada em se tratando de mais de 8000 km de litoral.
Caro Luiz. Submarinos não são empregados para patrulhar litorais. Eles até podem operar isoladamente mas são construídos para missões específicas, seja para destruir meios navais inimigos, criar uma dissuasão ou ameaça que obrigue o inimigo empregar muito mais recursos e meios para sua própria defesa ou executar missões secretas de escuta, espionagem, minagem, transporte de comandos, etc. Em tempos de paz, os submarinos servem de dissuasão operando em todo o Atlântico Sul de modo indetectável. O campo de operação dos submarinos da MB não e o litoral mas todo a região entre o Brasil e a África. Em caso de… Read more »
Camargo me parece que o termo “patrulha” quando usado para submarinos é meramente um sinônimo para “missão” quando o mesmo sai de sua base em tempo de paz ou guerra completamente certificado e armado por um período de tempo relativamente longo, várias semanas ou poucos meses. . A US Navy em seus comunicados costuma usar os termos “deployment” “patrol”, “war patrol” em tempo de guerra para seus submarinos de forma indistinta embora seja costume chamar de “patrol” os dois períodos de cerca de 3 meses cada por ano que o NAe baseado no Japão realiza diferente dos 7 meses em… Read more »
Ola Dalton. Eu tenho esta impressão também. Parece-me um erro imaginar que um submarino seja usado para patrulhar a costa, como se fosse um meio de guarda-costeira. Por esta razão eu discordo daqueles que tentam tentam dimensionar o tamanho da frota em função da extensão do litoral. Talvez fosse adequado usarmos em português apenas a expressão “missão”, eventualmente “missão de treinamento”, deixando o termo “patrulha” para os meios distritais que cumprem uma missão de guarda-costeira. Felizmente, as bases da MB no N/NE podem receber os submarinos para reabastece-los, o que amplia bastante a área de atuação destes meios. Uma curiosidade… Read more »
de certa forma e embora não intencionalmente, possa ter sentido em usar o tamanho do litoral…..afinal, as distancias entre norte e sul do brasil são enormes,,,, e até a duvida ou duas tasks suspeitas, uma subindo via o estreito das tormentas o contorno do sul da africa e outra vindo do atlantico norte, causa uma dificuldade grande de foco e posicionamento….e assim, as unidades sob esta dimensão ganham sentido….
Olá Carvalho. Entendo que os submarinos sejam uma arma de dissuasão contra uma força tarefa naval agressora que necessariamente irá se aproximar do litoral brasileiro vindo do Atlântico Norte ou contornando a África ou a Patagônia. Portanto, a primeira linha de defesa seria uma força de submarinos de ataque que 1. dissuadirão este tipo de operação. 2. impedirão a aproximação de uma força-tarefa agressora 3.obrigarão que a força-tarefa empregue muito mais meios para a própria defesa antissubmarino elevando o custo da operação. e 4. neutralizar a força-tarefa agressora quando ela estiver distante do litoral. Caso uma força-tarefa agressora consiga se… Read more »
faz diferença, mestre …o exemplificado é que temos litoral com risco de mais de uma frente….
Outro ponto….submario pode ser o melhor espião do mundo….sem duvida….mas é o pior patrulha do mundo….
De todos os meios, é o mais lento e o que menor alcance de sensores possui….sua consciencia situacional é muito menor…..não foi feito para isto….sua atuação em termos de distancias relativas e proporcionais metaforicamente falando, é de um combate corpo a corpo….pode patrulhar sim, mas dentro todos, é um Mister Magoo…
Olá Carvalho. Eu separo as funções de combate das funções de guarda-costeira, que no caso brasileiro são ambas responsabiidade da MB. Submarinos são meios de combate. Navios de patrulha e de patrulha oceânica são meios distritais usados na função de guarda costeira. Submarinos são lentos e caros demais para serem usados para patrulhas de guarda costeira. Até mesmo fragatas e corvetas são caras demais e seu armamento é dimensionado para combate. Um litoral extenso como o brasileiro demanda uma estratégia de patrulhamento baseada em drones e inteligência artificial como primeira linha, aviões de patrulha como segunda linha e navios de… Read more »
não há relação com drones ou guarda costeira em meu comentário e sim, que nosso litoral é tão extenso que está sujeito a ter de enfrentar a mais de uma task agressora. uma pinça no sudeste e outra no sudeste e desta forma, a MB ter números que possam se dividir…a Forsub poderia ter de desmembrar num situação hipotet8ca desta com duas frentes a defender…imã vindo pelo sul e ou pelo norte….ter um número razoável de subs é essencial
Quem tem um, tem um, quem tem dois, tem dois, quem tem 3 …, por aí fora, pois todo o equipamento militar, precisa de manutenção, claro que um submarino ou porta-aviões, fazem paragens mais longas que caças, ou Hélis, mas também estão muito mais tempo seguido sem ter que ir para manutenção, pois se quem tem um, não tem nenhum, então quando estão operativos por meses seguidos, como é que não têm nenhum??!!???
E no caso de guerra, são todos empregues, se necessário, adiam as manutenções, até ao limite possível.
Caro Rui. Pois é. Quem tem o primeiro, terá um. Quem tem o segundo terá dois. O normal é a aquisição de meios navais ocorra ao longo de uma série, sendo concluído um de cada vez. A aquisição dos Oberon foi assim. Primeiro veio um e depois veio o segundo. A aquisição dos Tupi também. Veio o primeiro, depois o segundo, o terceiro e quarto. A classe Tikuna é de apenas um e tirando os períodos normais de manutenção, foi um sucesso. Aliás, acho que a MB errou ao cancelar o segundo S35, assim como errou ao cancelar a V35.
Adiar um período de manutenção é possível, mas, para um que já esteja passando por uma o que é normal nada se poderá fazer e a medida que as unidades envelhecem além de manutenções de rotina seguem os períodos de manutenções mais complexos, revitalizações, modernizações então não é raro dois submarinos estarem indisponíveis por conta de diferentes tipos
de trabalhos e um terceiro estar na fase de treinamento.
Olá Dalton. A minha conta é parecida. Em tempos de paz, considerando uma pequena frota de submarinos como a operada pela MB nas últimos 50 anos, é provável que existam momentos nos quais dois submarinos estejam parados em manutenção, geralmente uma de grande porte e outro de rotina, assim como é provável que ocorram momentos nos quais todos os submarinos estejam operacionais. Isso acontece com submarinos, fragatas, corvetas e até navios de patrulha. Por isso, é preciso um planejamento operacional para que uma frota mínima esteja operacional. Ao menos em tempo de paz. Em tempo de guerra, é preciso um… Read more »
O problema Camargo é que nem sempre é possível predizer quando se entrará em guerra e no caso argentino a junta militar estava correndo contra o tempo e um submarino com o tempo simplesmente torna-se inseguro para a tripulação, perde a certificação por exemplo para submergir é o que aconteceu com o USS Boise que já foi assunto aqui no Poder Naval então dá até para adiar por um certo tempo um período de manutenção, mas, não muito. . Não me recordo de nenhuma marinha onde todos os submarinos estariam operacionais ou melhor ainda devidamente certificados nem mesmo há torpedos… Read more »
Olá Dalton. Concordo. Acho temerário atrasar manutenções, mas é possível acelerar o trabalho em momentos críticos aumentando o tamanho da equipe e eventualmente fazendo uma boa programação. Certamente, fica mais caro. Adiar manutenções ou simplificar processos por ser um grande risco (novamente a Argentina nos ensinou isso com muita dor). Eu lembro de um documentário da TV Argentina sobre o Relatório Rattembach (inclusive, agradeço ao Rinaldo Nery por sugerir a leitura deste tema) que resume os problemas e erros dos argentinos se preparando para a guerra. Uma tragédia de erros.
Caro Luiz. Dizer que quem tem um não tem nenhum é uma simplificação. Claro que quando um meio naval estará inoperante durante os período de manutenção, mas isso representa apenas uma fração do tempo de operação. Um submarino opera 30~40 anos, talvez permanecendo em manutenção por uns 5 anos ao longo de sua vida útil, distribuidos por 5 ou 6 períodos de PMG. Na verdade, um submarino permanece a maior parte do seu tempo ancorado ao longo de sua vida útil, talvez não mais do que 1/3 da sua vida seja no mar. As duas principais bases navais estão no… Read more »
Camargo, pegando como exemplo o Tupi S 30, segundo o NGB entre maio de 1989 e fim de 2001, portanto 12,7 anos ou 4.635 dias ele passou 930 dias no mar seja em treinamento seja em missão dos quais cerca de 600 dias submerso ou seja pouco mais de 20% não muito diferente de outros submarinos da marinha brasileira e outras. . Para um submarino como o Tupi se espera 3 PMGs ao longo de 35 anos até podendo se estender isso embora normalmente não seja considerado viável salvo casos onde não há recursos para se adquirir submarinos novos e… Read more »
Olá Dalton. Bons números. Obrigado. Temos então duas variáveis. De um lado a idade do equipamento que sofre um desgaste natural. Do outro, há o tempo de operação e principalmente o tempos submerso. Pelo que entendi, um submarino convencional passa cerca de 20% do seu tempo em operação, sendo 2/3 disso submerso. Isso provoca a necessidade de um PMG a cada 8~10 anos, ou quatro períodos de operação separados por 3 períodos de PMG, talvez períodos de operação mais curtos no fim da vida. Isso mostra uma problema na estratégia de renovar a frota a cada 30 anos, ao invés… Read more »
Estamos entrando em 2023 e nada se fala de contrato adicional.
É mais do que necessário manter os técnicos e engenheiros especializados.
Fora isso, é bom ver que o Programa está entregando próximo aos últimos prazos definidos.
Caro Merlin. Como sempre escrevo, ao invés de um contrato adicional de submarinos convencionais, a MB deve empregar os recursos do ProSub no SN10 e depois no SN11, SN12 e assim sucessivamente. O SN10 deslocará 6 mil ton. O desafio será praticamente o de construir 3 Scorpenes (cada um deslocando cerca de 2 mil ton). O SN10 está estimado em cerca de US$ 1,3 bilhão, praticamente o valor de 2,5 Scorpenes. Portanto, a pergunta não é o que virá depois dos 4 Scorpenes. Isso já sabemos, mas o que virá depois do SN10. MInha resposta seria “SN11”.
Caro Camargoer, permita-me discordar. O SN10 será provavelmente um “laboratório” no qual a MB vai experimentar o uso deste tipo de embarcação pela primeira vez. Seria prudente deixar um “gap” de alguns anos entre o comissionamento do SN10 e o início do projeto do SN11 para reavaliar as necessidades e características do projeto. Imagino que este será completamente diferente do SN10. Nesse meio tempo, gostaria que fossem contratadas mais duas unidades dos Scorpène, tendo em vista que, com 5 subs operacionais (antes do Riachuelo), haviam só 2 disponíveis, se não me engano. Vejo 6 subs convencionais como um número bom.… Read more »
Olá BK, Eu sempre defendi a conclusão do PMG dos Tupis, levando a MB a operar 6 ou 7 submarinos convencionais. Acho razoável considerar uma frota de 4 Scorpenes, Tikuna e dos Tupis pelos próximos anos, até a entrada em operação do SN10. Já tive esperança que os dois Tupis em reserva iriam substiruir os dois em operação, mas acredito que serão simplesmente descartados visto que nem se espera mais que sejam vendidos. Esta janela de oportunidade se fechou antes da pandemia, logo após o acidente do submarino argentino. O laboratório é o Labgene. O SN10 será um meio operacional… Read more »
Se pelo menos 3 dos Tupis fossem mantidos seria ótimo! Mas a situação não parece promissora: Timbira e Tapajó na reserva, Tupi (já com 35 anos) e Tikuna operando e, pelo o que dizem, o Tamoio (em PMG) está na berlinda. Podiam trazer de volta os que estão na reserva (talvez com a remotorização que tanto falavam), e, juntos do Tikuna e dos Riachuelo, fariam uma força respeitável. Mas tenho minhas dúvidas. Como o nobre amigo costuma dizer, aposto 1 kichute$ que só o Tikuna passa de 2027. No que tange ao SN, com “laboratório” eu quis dizer mais na… Read more »
Ola BK. O Tupi é o mais antigo. Creio que ele será retirado de serviço em breve. Não acredito que ele recebe um novo PMG. Talvez ele até sirva de fonte de peças para os demais. Já ouvi boatos que o PMG do Tamoio seria interrompido. Seria uma pena. O Tikuna segue firme e forte. Itaguaí seria um excelente estaleiro para a recuperação do Timbira e Tapajó. Alguns colegas defendem a compra de fragatas de segunda mão. Acho que seria mais apropriado concluir o PMG dos Tupis e ter uma frota de submarinos maior. Sobre o aprimoramento do reator, eu… Read more »
Obrigado pelos esclarecimentos sobre o reator, caro Camargoer!
#tamojunto
Tambem acho mais produtivo a reforma e atualização dos tupis encostados que fragatas de 2a mão neste momento….
Olá Carvalho. Pois é. Lembro de um artigo sobre o PMG dos Tupis. O valor estimado era de US$ 30 milhões, ou US$ 60 milhões caso fosse feita a remotorização. O Chile pagou cerca de US$ 100 milhões por duas fragatas de segunda mão. Considerando que o problema das fragatas está equacionado com a FCT (ao menos a médio prazo), para mim faz mais sentido elevar o poder naval da MB por meio de submarinos do que empregando fragatas de segunda mão que terão, talvez, mais 10 anos de uso. o que coincide com a entrada das novas FCT.
concordo
deveríamos ter 30 divididos em 3 modelos….os subnuke para ameaçar países agressores diretamente em seus portos e no momento que seus navios zarpar contra nós, fazendo o 1o. amortecimento e atrasos ao inimigo….depois, os oceânicos da categoria do Riachuelo, na operação do Atlântico Sul até as 200 milhas e por ultimo, ssks menores ou similares aos 209 para fazer o último anel das 200 milhas para dentro….menores mais simples e baratos, mas com número….
Assim que acharem alguém para transferir TOT irrestrita para o desenvolvimento do reator, a gente pensa no N19… até N75, ou mais!!!
Olá Under. Pelo que tenho acompanhado, o reator está tecnologicamente resolvido. Pode ser irônico, mas a construção do SBN esteve de fato ameaçada quando a Nuclep foi incluída no programa de privatização. Ainda que a Nuclep continue vinculada ao MInistério das MInas e Energia, a direção da empresa é composta por almirantes. O reator nunca foi um obstáculo para a construção do SBN.
Olá Tera. Será difícil e caro mas acredito que seja possível e me parece o mais adequado. Uma pequena frota de SNB, algo entre 4 e 6, seria muito adequado para prover a dissuasão e a negação do mar necessários para a defesa do Atlântico Sul.
Professor, acredito que chegou a hora do Brasil criar um fundo constitucional de defesa nacional, com recursos vinculados apenas para aquisição, manutenção e custeio de meios. Seria um fundo cuja contribuição viria de todos que utilizassem os recursos defendidos ou vigiados pelas FAs.
Olá Sequim. A ideia talvez seja boa, mas é preciso lembrar que as forças armadas brasileiras tem um grande orçamento, praticamente igual á soma dos orçamentos de todos os países da América do Sul. São cerca de US$ 20 bilhões, ou 1,3% do PIB. O problema é grave porque a maior parte do orçamento é gasto com pessoal da ativa e inativo. Por incrível que parece, as forças armadas gastam mais com pessoal inativo que ativo.
Caro Camargoer. eu sou um entusiasta dos assuntos de politicas de defesa e equipamentos militares, em especial das nossas três forças. Sendo assim, queria registrar nesse meu comentário, que admiro muito o seu conhecimento, e aprendo muito com suas colocações, e também de muitos outros que se dispõem a dividir seus conhecimentos aqui na trilogia. Recentemente ouvi um frase que achei muito interessante e verdadeira: “Ninguém consegue mudar ninguém, só conseguimos mudar a nós mesmos, e essas mudanças servem de inspirações para outras pessoas. Digo isso por que sempre leio seus comentários sobre as matérias aqui postadas, e também leio… Read more »
Obrigado A.33. Fico muito lisonjeado pelas suas palavras. Gosto muito da trilogia. Aprendi muito. Muitas vezes, fui convencido que estava errado e mudei de opinião. Outras vezes, foi necessário defender com mais radicalismo outras ideias. Ao longo dos anos, fiz excelente amigos, concordando ou discordando. O mais difícil foi aprender quando desistir. né? Muito obrigado mesmo pelas palavras. Aproveito para desejar boas festas e feliz 2023 e mandar um grande abraço para você e para as pessoas que vocẽ ama.
Mas já não tem? Não tem lá um fundo de Marinha Mercante ou algo assim que deveria ser usado no reequipamento da MB?
Não, o Fundo da Marinha Mercante, não é usado para o reequipamento da MB, tinha uma proposta de destinar uma parte desse fundo para o reequipamento da MB mas até hoje não foi aprovado. Então contam apenas com o seu orçamento para tudo, por isso que a MB vem buscando formas como a capitalização para o seu reequipamento.
E acredito que nem será. Nem isso e nem os Royalties do pré-sal.
Fique tranquilo. Em 23 teremos presidente.
Como será que está o.projeto para tornar os subs com energia atômica?
Olá Luis. O projeto do Scorpene (convencional com deslocamento de 2 mil ton) é uma coisa. O projeto do SN10 (nuclear e com 6 mil ton) é bem diferente. O que sabemos é que o sistema propulsor já foi projetado e construído no Labgene. Acho pouco provável que a MB tenha que mudar o projeto, mesmo que isso possa acontecer em pequena escala. O reator está em produção e os sistema de geração de vapor, geração elétrica e o sistema de propulsão simulada já estão prontos. Como o reator precisa ser primeiro homologado, a construção do SN10 depende desta fase… Read more »
VIVA. Argentina 2 x 0 no primeiro tempo. Jogão.
VIVA… Argentina Tricampeã
Pela conversa toda, desconfio que quem comenta aqui, atrás de uma série de nomes, é o próprio almirantado da MB.
Olá Under. Sabemos que o comandante da FAB acompanha (ou acompanhava) a Trilogia. Talvez a MB pudesse organizar um serviço de comunicação social (plenamente identificado) que participasse da trilogia, esclarecendo importantes pontos, alguns dos quais se repetem com frequência, mesmo que alguns de nós continuem explicando o contrário com dados públicos.
Entra ano, sai ano a discussão sobre se submarino é arma de guerra ou é meio de patrulha não termina. Brilhante Dalton foi buscar definições na US Navy. Só que lá, diferente daqui, existem missões. Missões costeiras, missões distantes, missões com ou sem mísseis balísticos, missões de escolta, missões de ataque, missões de contenções como irão fazer nos mares da China. O contrato e o programa do PROSUB foram vendidos pela visão exponencial do Brasil Potência. O pré-sal transformaria o Brasil em país rico rompendo paradigmas, mostrando à sociedade uma nova visão de soberania trazendo a tão sonhada independência tecnológica… Read more »
A pergunta que não quer calar é: E os torpedos pesados F21? Já foram comprados? Já recebemos? Ou iremos operar Scorpenes desdentados com um arsenal de torpedos pesados insuficiente para fazer guerra? O governo francês utiliza multinacionais francesas para fazer política de estado em outros países. Como ficou claro no Brasil onde multinacionais francesas como AXA, Carrefour, L’Oreal e outras colocaram dinheiro com muita força em veículos satélites de veículos anti-Bolsonaro e as vez até diretamente nesses veículos, principalmente UOL e Globo Longe de dizer se concordo ou discordo com tal interferência, o importante é notar o quão perigoso é… Read more »
Segundo a Janes, a MB recebeu um determinado número de torpedos F21 há pelo menos 2 anos. https://www.janes.com/defence-news/news-detail/first-batch-of-f21-torpedoes-delivered-to-brazil-and-france
OFF- Navio de guerra tailandês afunda em mau tempo, deixando 33 tripulantes desaparecidos
https://edition.cnn.com/2022/12/19/asia/thailand-warship-sinks-intl-hnk-ml/index.html Navio de guerra tailandês afunda em mau tempo, deixando 33 tripulantes desaparecidos
Se o SN for abandonado, será o maior vexame…
Está em construção já…, porém mais lento que os convencionais…, pelo que eu entendi…, a Marinha está adaptando o reator brasileiro no submarino…, casando com as partes hidráulicas, pneumática e elétricas…, más como não domina o assunto está com assessoria técnica de outros paises para casar o reator com o sistema do submarino…, porém não sei por que não usam o próprio pessoal da Naval Group…, não sei se é por causa de segredo industrial ou por eles quererem um valor exorbitante…, más parece que o reator brasileiro é diferenciado…, ouvi elogios do projeto brasileiro… Abraço a todos… Fiquem com… Read more »
Olá pessoal, gostaria de deixar uma sugestão, de série para assistir no streaming do prime vídeo (amazon).
Tem acho q 6 temporadas. O nome da série é The last ship (o último navio) que acompanha um ct da classe arleigh burke norte americano, liderando a cruzada mundial da humanidade contra um vírus mortal.
Top demais ver o dia a dia de um ct e as lutas dele contra, tropas, outros cts e até subnucs. Deem uma chance, não vão se arrepender! E me contem depois.
Não é comentario patrocinado rs… faço acompanhamento da trilogia desde 99. Só n sou de comentar. Vale a pena 🙂
Sub nuclear dará capacidade do Brasil estudar ruidos de outros submarinos mundo a fora. Precisamos de muitos sub nuclear.