Fragata russa testará míssil hipersônico Zircon em exercícios navais com China e África do Sul
Rússia, China e África do Sul devem iniciar exercícios navais na costa do Oceano Índico da África do Sul na sexta-feira (17), em uma demonstração dos laços estreitos dos três países em meio à invasão russa da Ucrânia e ao relacionamento tenso da China com o Ocidente.
Os 10 dias de exercícios, denominados Mosi II, coincidirão com o primeiro aniversário da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.
Uma fragata russa, a Admiral Gorshkov, chegou à Cidade do Cabo no início desta semana com as letras Z e V nas laterais, letras que marcam as armas russas nas linhas de frente na Ucrânia e são usadas como um símbolo patriótico na Rússia.
Em protesto, um pequeno iate com a bandeira da Ucrânia navegou pela fragata russa no porto da Cidade do Cabo. Espera-se que manifestantes sul-africanos contrários aos exercícios se manifestem no consulado russo na Cidade do Cabo na sexta-feira.
A chegada da Admiral Gorshkov gerou considerável controvérsia porque o navio está armado com os mais recentes mísseis hipersônicos Zircon, uma arma que a Rússia diz poder penetrar qualquer defesa antimísseis para atingir alvos no mar e em terra.
O navio de guerra está programado para testar um míssil Zircon durante os exercícios navais conjuntos, de acordo com a agência de notícias estatal russa Tass. O teste será o primeiro lançamento do míssil em um exercício internacional.
Além da Admiral Gorshkov, outros navios que participarão dos exercícios marítimos incluirão um navio-tanque russo para reabastecimento, uma fragata sul-africana e três navios chineses – um destróier, uma fragata e uma embarcação de apoio, segundo um comunicado militar sul-africano.
Os exercícios navais conjuntos também ocorrem quando as relações da China com Washington estão tensas depois que seu balão navegou pelos EUA e acabou sendo abatido.
Os exercícios marítimos serão realizados em Durban e Richards Bay, portos na província de KwaZulu-Natal, na África do Sul. A cobertura da mídia sobre os exercícios foi restrita.
A África do Sul enfrentou críticas domésticas por participar dos exercícios. A Aliança Democrática, de oposição, disse que isso mostra que a África do Sul não é neutra na guerra da Rússia na Ucrânia.
A Força de Defesa Nacional da África do Sul descreveu os exercícios navais com a China e a Rússia simplesmente como “um exercício marítimo multinacional”. Os exercícios navais “fortalecerão as relações já florescentes entre África do Sul, Rússia e China” com o objetivo de compartilhar “habilidades e conhecimentos operacionais”, disseram os militares em comunicado.
Espera-se que pelo menos 350 membros da marinha da África do Sul e outros ramos militares participem do exercício, disse o governo. Os três países realizaram anteriormente os exercícios navais Mosi I na Cidade do Cabo em 2019.
A África do Sul está entre muitos países africanos que mantêm relações amistosas com Moscou e se absteve de votar uma resolução das Nações Unidas condenando a guerra da Rússia na Ucrânia.
A Rússia e os Estados Unidos cortejaram o apoio da África do Sul desde o início da guerra na Ucrânia, indicando a influência de Pretória como parceira estratégica no continente. As duas superpotências disputaram influência na África, enviando altos funcionários em missões diplomáticas ao continente nos últimos meses.
Autoridades americanas de alto escalão, incluindo o secretário de Estado Antony Blinken e a secretária do Tesouro Janet Yellen, visitaram recentemente a África do Sul para aprofundar os laços diplomáticos, políticos e econômicos. O presidente sul-africano Cyril Ramaphosa visitou a Casa Branca em setembro de 2022.
Durante uma visita à África do Sul no mês passado, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, criticou as ações do Ocidente em apoio à Ucrânia e enfatizou os fortes laços da Rússia com a África do Sul e outras nações do continente.
FONTE: news18.com
Lamentável o Brasil não estar participando desse exercício, deveria haver uma integração militar maior com os demais BRICS, mas a mentalidade das forças armadas ainda está na época da Guerra Fria.
BRICS???
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Cadê a Índia?
Penso que sim. Não acompanhamos. Fazemos essas piadas e esse desdém com a Venezuela e com Cuba, mas vamos pedir fertilizantes, óleos e conhecimento nuclear aos russos. Vendemos aos chineses utilizando adjetivos nas nossas relações, provocando o enfraquecimento das diplomacias. A moral manda censurar a guerra na Ucrânia. A Rússia segue amassando. O Ocidente envia armas. A Rússia segue amassando. Norte-americanos e chineses brigam por balões. A China segue crescendo e expandindo a força naval. Teve uma notícia que poderíamos adotar moeda compensatória digital com a China. Uma forma de poupar reservas em dólar evitando a flutuação desses contratos mas…mas,… Read more »
“Mecanismo formado por países chamados “emergentes”, o BRICS possui um grande peso econômico e político e pode desafiar as grandes potências mundiais.”
É o que tá escrito. No mundo do aleluia.
No mundo mundo, o Brasil segue em seu isolamento político e econômico olhando a influência chinesa na África crescer, trazendo a Rússia junto.
O mundo não é para os fracos.
Problema que temos muitos inimigos internos. Indivíduos comprados e corrompidos trabalhando em prol de interesses externos e não aos nossos interesses. São os famosos falsos patriotas. Qualquer iniciativa mesmo que tímida de independência, soberania, autonomia é sabotada com auxílio desses indivíduos infiltrados em nossas instituições de Estado. É fácil comprar eles basta muitos dólares.
Se eu não me engano, é a primeira vez que eu vejo você escrevendo algo com (MUITA) razão.
Boa 06
Ao que parece os BRICS reataram sua cooperação.
Se o Brasil tivesse “navios”, hoje com o atual governo estaria presente !
Não existe isso. Foi uma iniciativa de bancos. Uma historinha. China e Rússia tem suas pretenções incluindo rotas continentais, marítimas e espaciais. A Índia quer manter a precisa fazer a hegemonia no Índico.
O Brasil é distante. O Brasil deve construir tudo o que os chineses estão construindo. Na AS. Tudo. Rotas, negócios, moedas, mercados, defesa, cooperação, indústrias, tecnologias.
Primeiro cuida do quintal. Depois vai ver o lado de lá.
Engano seu meu caro.
Realmente começou como acordo comercial (bancos) , mas se desdobrou para áreas estratégicas de interesse dos países membros.
Ele surgiu como contra partida ao domínio financeiro e militar das nações dominantes (principalmente ocidentais).
Para isso existe o “Second Strike” ou seja garantia de uma retaliação ao “First Strike”.
Não precisará ser da “mesma altura” mas será suficiente para inibir o “First Strike” daí o acrônimo “MAD”.
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E OTAN não é apenas Europa como você inferiu em seu primeiro comentário
mas também EUA.
Teorias.
Não valerá a pena contar essa história. Por falta de historiadores. E de leitores.
Não estão obsoletos Robson até porque os mísseis são meros transportadores de veículos de reentrada com as ogivas e estas também foram aperfeiçoadas durante os anos.
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A Rússia só usará suas armas nucleares se for atacada por armas nucleares e isso não ocorrerá.
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Ainda se está aguardando o uso de armas nucleares táticas pela Rússia na Ucrânia, sabe-se lá, quais consequências haverão, mas
a ideia de que a Rússia é imune a ser destruída por sua tecnologia superior é apenas fantasia.
Segundo os próprios sul-africanos, isso não vai rolar:
https://www.zona-militar.com/2023/02/12/sudafrica-confirmo-que-no-se-realizara-el-lanzamiento-de-misiles-zircon-durante-el-ejercicio-aeronaval-mos-ii/
“Problema que temos muitos inimigos internos.” Leio isso nos 3 sites da Trilogia que ainda não entendi o que está passando. Sei que visivelmente os negócios nesse país estão muito mal. Aqui do lado abriu uma franquia de lavagem de roupas de couro e costuras. Fui ver o investimento na internet. Somei o ponto mais as reformas necessárias para receber a instalação. 400 mil. Não vejo clientes lá. O ponto já foi variado com lojistas de todo tipo. Vai fechar. Negócio de rua precisa de muito cliente. O único negócio que segue forte, ao menos a expansão, é a padaria.… Read more »
Pois é, os RICS desenvolvendo, testando e adotando armamento novo, moderno e eficiente, e o B chupando dedo e assistindo à distância…Legal, né?
E a Rússia ainda está desenvolvendo o míssil movido a propulsão nuclear Burevestnik (conhecido como Skyfall no Ocidente).
O que faz falta para a Rússia não é um estoque de misseis hiper-sônicos. O que de fato faria uma grande diferença positiva para eles é terem uma aviação de combate capaz de realizar ataques ar-solo de precisão do jeito mais simples possível mas que fosse eficiênte, nos níveis da USAF do Vietnã pelo menos.