Operação no Golfo da Guiné visa aumentar a segurança marítima no Atlântico Sul

O exercício militar multinacional na costa ocidental africana conhecido como “Obangame Express” finalizou a etapa marítima no dia 2 de fevereiro. Conduzida pelos Estados Unidos, a operação é realizada anualmente e tem o objetivo de combater a pirataria, a pesca ilegal e o tráfico de drogas no Golfo da Guiné. O Navio-Patrulha Oceânico “Araguari” da Marinha do Brasil (MB) participou da edição deste ano, que contou com a atuação de 33 países.

As relações comerciais entre Brasil e países africanos acabam sendo afetadas pela insegurança marítima na região. O País tem buscado colaborar para o enfrentamento do problema, com o oferecimento de cursos e treinamentos para países africanos em academias militares brasileiras e com a participação da Marinha em exercícios navais com países daquele continente.
O Comandante do “Araguari”, Capitão de Fragata Marcio Jorge dos Santos, explica que a participação da MB tem uma grande relevância estratégica para o desenvolvimento das capacidades das Forças Navais no combate aos ilícitos no mar, o que contribui para a estabilidade no Atlântico Sul.

“O ambiente onde a operação acontece, tem sido, nos últimos anos, o ‘hot spot’ da pirataria e de outros ilícitos no mar. Essa condição faz com que, sob uma análise tática, a missão seja efetivamente uma grande oportunidade para o aperfeiçoamento de procedimentos, para o intercâmbio de experiências reais e para a identificação das possibilidades de cooperação entre as Marinhas”, ressalta.

O navio brasileiro partiu rumo à missão no dia 28 de janeiro deste ano e realizou diversos exercícios de diferentes níveis de complexidade com a Marinha da Angola, da República do Congo e da República Democrática do Congo. Dentre as atividades, foram simulados cenários que envolveram tráfico de pessoas, imigração ilegal, tráfico de armas e drogas, pesca ilegal, sequestro, pirataria, poluição ambiental, busca e salvamento.

“A grande inovação desta edição repousou na busca permanente pela ação simultânea dos três países, com equipes táticas mistas, atuando sob um mesmo objetivo, com divisão de tarefas e em estreita coordenação, comprovando no mar a percepção de que a integração entre as Forças contribui de modo significativo para a estabilidade na região”, conta o Comandante.
O Mestre do Navio, Suboficial Leonardo Alves de Albuquerque, concluiu mais uma edição do Obangame Express e afirma que a cada tarefa era possível verificar o progresso dos países. “O exercício nos permitiu comparar os procedimentos operativos empregados, trocar experiências, além fortalecer os laços de amizade entre as nações participantes. Foi gratificante constatar o profissionalismo e a seriedade dos militares envolvidos”, relata.


FONTE: Agência Marinha de Notícias

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Luiz Blower

Os navios mais necessários para as missões mais urgentes…

Neto

Deveria ser umas 9, ao menos.
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Fazem falta no policiamento.

Heinz

Dobre esse número e acrescente mais 2, ai sim teríamos algo mínimo para o tamanho de nossa costa.

Adriano Madureira

Só potência ! Oque temos a aprender com eles?! Nada contra os países em questão, mas não seria melhor participar de exercícios com nações que sabem bem oque é guerra?!

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Bardini

Fala logo que o que tu queria era ver navio da MB fazendo FOTEX ao lado de Fragata russa equipada com míssil guiado por propaganda…
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Ver a MB no importante Obangame Express, não sacia fetiche de russete.

Last edited 1 ano atrás by Bardini
Talisson

Sempre vi fan boy de americano dizendo que o Brasil deveria se afastar de paises latinoamericanos e africanos.

Adriano madureira

Falou a Tiete euro-americana🤔🇺🇲‼️ Antes de criar um preconceito sobre minha opinião e me rotular por não concordar com oquê falei, saiba que não sou Tiete e nem fanboy de país A ou B, apesar que há muito paga-pau aqui que só falta ejacular na cueca ao ver certas fardas ou equipamentos militares de alguns países…

E repito: Oquê iremos aprender com eles se poderíamos aprender muito mais com quem tem especialidade em guerras🤔⁉️

Last edited 1 ano atrás by Adriano madureira
Bardini

E repito: Oquê iremos aprender com eles se poderíamos aprender muito mais com quem tem especialidade em guerras
.
A MB foi lá para cooperar e ensinar!
.
Enquanto tu vem com opinião pra lá de manjada, que é ver o Brasil sendo capacho de Rússia e China, servindo de massa de manobra contra o ocidente, a MB foi lá fazer algo relevante para o Brasil. Algo que se fosse ampliado, dentro do âmbito da ZOPACAS, poderia ser uma importante ferramenta para diminuir a presença dos “euro-americanos” dentro do Golfo da Guiné e consequentemente, dentro do Atlântico Sul…

Luiz Blower

Bom, vamos lá… isso não é um navio de guerra. É um patrulha. Serve para lidar com pirataria, contrabando, pesca ilegal. Ameaças bem reais e, no curto e médio prazo, preocupação mais realista pra gente do que guerra convencional.

E, ainda que não tivéssemos nada a aprender com essas nações (não é verdade,principalmente nesse tipo de missao), temos a ensinar e reforçar laços com nações que compartilham nossa “poça” no Atlântico Sul.

William Duarte

Vamos lá, dezenas de nações, algumas pobres, tal qual também somos. O que a gente ganha ou aprende? – Sei lá, talvez algo que falta em você: Empatia. Os militares brasileiros tem fama de além de bons profissionais possuírem uma enorme empatia, sendo muito cordiais e simpáticos em treinamentos entre nações, além de eficientes.. Participar de um evento de tamanha dimensão dentro do nosso teatro de operação, conhecer nossos vizinhos africanos e criar laços não é uma boa ideia? Ou então deveríamos levar o Araguari para treinar com o Canada e Estados Unidos no Estreito de Bering lá no Alasca?… Read more »

Nativo

Hoje a democracia permite até essas jeguices.
Até os EUA fazem exercícios com estes países e muitos outros de
mesma fraqueza.

Last edited 1 ano atrás by Nativo
Esteves

“Bom, vamos lá… isso não é um navio de guerra.”

Errado. É navio de guerra. Não é combatente. É navio para enfrentar ameaças conforme as capacidades de um navio de guerra oceânico. Todas as marinhas de guerra tem navios de guerra para engajamento de ameaças utilizando navios patrulha.