No dia 13 de fevereiro, pudemos examinar o revolucionário USV israelense, destinado a operações de contraminagem, antissubmarino e de segurança marítima

Por Alexandre Galante

Como parte do press tour promovido em fevereiro para um grupo especial de quatro jornalistas de Defesa do Brasil, visitamos a divisão naval da Elbit Systems em Haifa, Israel, para conhecer o Seagull USV, embarcação não tripulada multimissão da empresa. Os jornalistas também puderam fazer uma saída com a embarcação (ela pode operar no modo tripulado), para experimentar suas características marinheiras.

A Elbit Systems usou seu conhecimento e experiência na produção e operação de aeronaves não tripuladas (UAV) para criar uma embarcação não tripulada (USV) capaz de realizar missões de contraminagem, antissubmarino e de segurança marítima.

Na Guerra Moderna, as operações de contramedidas de minagem, de caça, varredura e detonação de minas navais são muito arriscadas para os tripulantes das embarcações tradicionais.

Da mesma forma, na Guerra Antissubmarino, navios escolta também ficam expostos ao contra-ataque de submarinos enquanto caçam seus alvos.

Segundo a Elbit Systems, o Seagull USV pode realizar essas operações de maneira muito menos arriscada, sem expor tripulantes e de forma muito mais econômica que as plataformas tripuladas.

O Seagull USV é uma pequena embarcação de apenas 12 metros de comprimento, boca de 3,3 metros e calado de 0,8 metros. As pequenas dimensões podem ser enganosas, pois as capacidades operacionais são inversamente proporcionais ao seu tamanho.

A carga útil é de 2.500 kg e pode incluir, dependendo da missão, sonares rebocados, sonar de mergulho, sonar de casco, torpedos antissubmarino, ROVs, MIDS (Mine Identification and Destruction Systems), AUVs, equipamento de varredura de minas, estações remotas de armas e equipamentos de guerra eletrônica.

Guerra Antissubmarino

Na apresentação que assistimos sobre o Seagull, foram disponibilizadas informações interessantes sobre o desempenho da embarcação não tripulada em comparação com helicópteros e navios escolta em missões antissubmarino.

Navios de superfície ficam expostos a contra-ataques, helicópteros têm autonomia de voo limitada e são meios caros de adquirir e manter.

Em comparação com um helicóptero ASW, por exemplo, o USV pode fazer buscas em uma área durante quatro dias, enquanto um helicóptero tem autonomia de 4 horas.

Para detectar os submarinos, o USV pode empregar primeiramente o sonar rebocado TRAPS, da GeoSpectrum Technologies Inc.

Seagull com o TRAPS

O TRAPS é um sonar ASW compacto, de baixo custo, ativo/passivo e de profundidade variável para pequenas embarcações e pode detectar submarinos, torpedos e navios de superfície. O sistema TRAPS foi desenvolvido como um VPA (Vertical Projector Array) de reboque único para eliminar a necessidade de manuseio especial necessário para desdobrar e recuperar VPAs rebocados.

O TRAPS é ideal para operações litorâneas e muito útil em águas profundas como parte de um sistema multiestático, empregando transmissão omnidirecional e frequências ativas VLF, LF, MF e HF. Tem alcance de até 150 km (2ª Zona de Convergência) e profundidade máxima de operação de 300 metros.

O Seagull também pode empregar um sonar de mergulho HELRAS do mesmo tipo empregado em helicópteros ASW, através de um duto a meia nau.

Para engajar os submarinos detectados, o Seagull pode ser equipado com  lançador de torpedos leves antissubmarino de 324 mm.

Guerra de Minas

Os meios atuais de contramedidas de minagem são caros, expõem as tripulações e navios a riscos e são de operação demorada.

O Seagull possibilita a operação não tripulada de caça às minas de ponta a ponta, tirando o homem do risco do campo minado.

O USV pode realizar busca, detecção, classificação, identificação, neutralização e verificação. O Seagull pode operar vários tipos de sonares, incluindo sonares de casco, de varredura lateral, de abertura sintética ou de imersão, sonares de detecção de mergulhadores, pode empregar veículos operados remotamente (ROV) e veículos descartáveis para destruição de minas (MIDS).

Em uma configuração de dois navios, um Seagull pode procurar minas, usando seus sonares, enquanto o segundo pode identificar e destruir as minas detectadas usando o ROV e MIDS.

Seagull USV e o HMS Ocean, em junho de 2017. Durante o exercício, o USV realizou uma missão de contramedidas de minagem (MCM), escaneando e mapeando uma rota segura para o HMS Ocean. Ao encontrar objetos semelhantes a minas, o Seagull alertou o HMS Ocean para evitá-los, garantindo assim sua ‘rota segura’, diz a Elbit

Segurança Marítima

Para operações de segurança marítima em portos e bases navais, o Seagull USV pode ser equipado com um pod de sensor EO/IR estabilizado e uma estação de armas controlada remotamente com uma metralhadora de 12,7 mm.

Equipado com o sistema de câmeras em 360 graus PVS360 Maritime Analytics, o Seagull é capaz, através de algoritmos, de observar contatos de superfície e classificá-los, evitando colisões e fornecendo alerta antecipado.

Futuramente o sistema vai fornecer geolocalização dos contatos e terá câmeras noturnas.

O PVS360 consegue observar e identificar contatos de superfície, classificando-os. O sistema também evita colisões e fornece alerta antecipado

Operação

As embarcações Seagull são projetadas para operar em pares, controladas por meio de um único Mission Control System (MCS), montado em um navio-mãe ou em terra. O mesmo MCS também pode controlar sistemas aéreos não tripulados que também podem participar da missão. O controle do operador é realizado por meio de comunicações por satélite (SATCOM) ou por equipamentos de linha de visada.

O Seagull também pode ser operado em modo tripulado. É movido por dois motores a diesel que acionam duas hélices. Ele também tem dois propulsores laterais para posicionamento de precisão. Pode permanecer no mar por mais de quatro dias, sendo capaz de operar em estado de mar até 7 com operação autônoma.

Os recursos integrados de comando, controle, comunicações, computadores e inteligência (C4I) do MCS permitem o controle de dois USVs simultaneamente. Os recursos de C4I fornecem ainda aos operadores consciência situacional da área de operação.

Demonstração em tempo real

Em 14 de setembro de 2017, a Elbit Systems demonstrou a operação remota do Seagull em tempo real, na DSEI Exhibition.

O USV foi operado via satélite, navegando na Baía de Haifa, Israel, em uma missão antissubmarino (ASW).

A missão operacional ASW foi realizada usando consoles de controle situados a cerca de 3.515 km de distância no estande da Elbit Systems na DSEI Exhibition.

Empregando um sonar de mergulho, o Seagull realizou detecções e classificação de alvos em tempo real, demonstrando capacidade de deter e dissuadir atividades submarinas hostis. Dois operadores controlaram o Seagull, um controlou o USV e o outro o sonar.

Primeiro cliente de exportação

Em setembro de 2021 a Elbit anunciou a venda do Seagull USV em contratos totalizando aproximadamente US$ 56 milhões, para fornecer capacidades de Guerra Antissubmarino (ASW) para uma Marinha de um país na região da Ásia-Pacífico.

O contrato abrangia a entrega de Seagull USVs configurados para realizar missões ASW, bem como os sistemas de sonar passivo ativo rebocável (TRAPS) e sonar de mergulho HELRAS, além do conjunto autônomo da empresa, sistema de gerenciamento de combate (CMS) e capacidade de comunicação via satélite. Sistemas de detecção, rastreamento e classificação de submarinos e submarinos anões serão instalados a bordo das corvetas do cliente.

Digital Horizon

No final de novembro de 2022, a 5ª Frota da Marinha dos EUA iniciou um exercício de três semanas chamado Digital Horizon, destinado a incorporar embarcações de superfície não tripuladas em operações no Golfo de Omã.

A Elbit Systems foi uma das 17 empresas participantes, com o envio do Seagull USV, uma das maiores plataformas não tripuladas do exercício.

Brasil

Enquanto Seagull é um produto maduro que já está disponível no mercado, a Elbit Systems, através de suas subsidiárias locais, está colaborando com as marinhas de todo o mundo em desenvolvimento de programas conjuntos, incluindo transferência de tecnologia em áreas específicas.

Ao mesmo tempo, a Marinha do Brasil está desenvolvendo seu próprio USV. Recentemente, EMGEPRON (empresa da Marinha do Brasil) requisitou as propostas de empresas brasileiras interessadas em unir esforços. Então faz sentido colaborar com a AEL Sistemas, subsidiária da Elbit no Brasil, para diminuir o tempo de desenvolvimento e reduzir riscos. A AEL está envolvida em diversos programas de pesquisa e desenvolvimento junto às Forças Armadas brasileiras, incluindo comunicações, sensores e algoritmos de inteligência artificial.

Fotos da nossa visita

Jornalistas Roberto Caiafa e Paulo Bastos a bordo do Seagull
Roberto Caiafa, Paulo Bastos, Alexandre Galante e Pedro Paulo Rezende depois de navegarem no Seagull

Vídeo sobre o Seagull USV

Subscribe
Notify of
guest

65 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Esteves
Last edited 1 ano atrás by Esteves
Macgaren

Brasileiro parece mais avançado.

Esteves

Sinceramente…eu não sei dizer com o que o nosso parece.

Willber Rodrigues

“parece mais avançado”

Consoderando-se as capacidades do USV israelense, o nosso só “parece” mesmo…

Underground

O nosso é furtivo. Furtivo no sentido que ninguém dá nada por ele.

Willber Rodrigues

Tipo o charuto atômico da MB?

Carvalho2008

Isto foi prove de teste de conceito e aprendizado.

Se o projeto for para a frente, o nosso poderia ser na plataforma da DGS888

comment image

Esteves

Acho que não dá pra integrar.

Salomon

No Brasil, esse SUV seria guarnecido por 3 grupos de 28 marinheiros e 4 oficiais cada, contando também com um dentista, um taifeiro, um radiotelegrafista (?), um sinaleiro, um auxiliar de cozinheiro, um cozinheiro, e um mecânico-eletricista.

Esteves

No nosso, banco não falta.

Last edited 1 ano atrás by Esteves
Partido novo

Esqueceu uma banda de musica

Miguel Felicio

MUITO BOA, kkkkkkkk,……..e verdadeira essa opinião!

Esteves

A postagem do nosso é de 2021. Relendo os comentários de então, diziam ser um teste de conceito. Coisas da mente.

Esse USV de Israel foi apresentado em 2020. Negócios.

Quando aparece gente reclamando das Tamandarés, dos Scorpenes…poucos mísseis, lentidão, não tem sonar rebocado…do Mansup eterno Mansup, precisa mostrar essa matéria.

O atraso tecnológico nosso é enorme.

Last edited 1 ano atrás by Esteves
Willber Rodrigues

É só ver a quanto tempo o EB tá gerando aquele ATGM que nunca sai de protótipo que já nasce obsoleto.
O problema é que “nossos produtos” não nascem com o intuito de nascer competitivo no mercado, por isso a lentidão.

Esteves

Vai aparecer. Gente vai dizer. Que em Israel é outro TO, que eles tem inimigos declarados, que eles estão em guerra desde sempre, que Israel está em desvantagem numérica na região urgindo compensação tecnológica, que eles tem padrinho rico.

Compreende as consequências do nosso isolamento?

Essa matéria é um enorme serviço, uma grande contribuição. Mostrar o nível do desenvolvimento tecnológico dos outros, visitar outros mundos é fundamental para entender o oco nosso.

Underground

Não conseguimos operar um pato de borracha com controle remoto. E sonham com um submarino nuclear.

Miguel Felicio

E da real situação de uma defesa relegada em prol de sonhos e devaneios, também.

Esteves
Alex Barreto Cypriano

2017 e já guiou o então HMS Ocean (redimido posteriormente a NAM Atlântico, 😀 ). Se não vendeu que nem pão quente até agora, já sabe que tem bromato nessa massa. Parece até que as marinhas não ligam muito pra ameaça da minagem ou dos submarinos inimigos, talvez porque acreditem, pacifistas e humanitárias em seu confinamento local, que o inimigo não virá ate elas, que esse tipo de guerra é pros cachorrões loucos que disputam o domínio do mundo. Mas eu devo estar errado. Voltando ao bromato, alguém arrisca nomear o problema com as pequenas notáveis? Aposto na fragilidade do… Read more »

Last edited 1 ano atrás by Alex Barreto Cypriano
Carvalho2008

Correto mestre Galante. Isto está em consonância com minha afirmativa noutro tópico, que as doutrinas alimentam a indústria e a indústria alimenta a doutrina….e para alimentar, tem de ser um produto que resulte em faturamento e fechamento de balanço superior ao dos anos anteriores…ou seja, a massa só vai ficando mastodontica. Somente terceiros países tem está chance de realmente mudar conceitos de equipamentos. Israel neste contexto, torna-se e sempre foi candidato as estas mudanças, pois sua indústria primeiro advém dos sistemas de armas e não das plataformas que dão suporte a elas…eles fazem o míssil, o sistema, o algoritmo, não… Read more »

Esteves

“doutrinas alimentam a indústria e a indústria alimenta a doutrina”

Defenda tua tese.

Carvalho2008

já coloquei em oportunidades anteriores. Uma ideia de conceito forma uma doutrina é para suportar a doutrina, são lançados os requisitos da arma e equipamento….Isto é um ciclo que se retroalimenta. No entanto, se vc puder parar em qualquer fase ou etapa do ciclo e acompanhar a partir daquele ponto, nota que uma indústria de defesa se forma e molda. E a partir daí que vc tem de prestar atenção….pois uma vez a indústria instalada, ela não irá retroagir em seus projetos e faturamento. Seu objetivo na pior das hipóteses, é manter o faturamento do ano passado,anter o corpo técnico… Read more »

Esteves

Pois é. Continuidade. Se o militar não pedir…a indústria não mudará. Certo isso se você tem instituições como o ITA, dentro. Você pede um avião como o KC390 e compromete certo volume que depois cancela. Quando você faz compra fora como o Gripen…olha o descompasso dos aviões entregues…pode ser em decorrência de desajuste como a ausência dos pilotos ou ausência dos vetores para treinar esses pilotos, mesmo assim a descontinuidade ameaça com a obsolescência. Pode ser fluxo financeiro. Pode ser sanção. Quando os 36 Estiverem incorporados com pilotos e tudo que cerca a operação aérea…quando tempo terá passado e, será… Read more »

Luis H

agradeceria se pudesse informar a velocidade máxima, o alcance, e se é um tubo lança-torpedo duplo ou simples, se for simples, não deve ter remuniciamento automático e seria armado apenas com um, está correto?. fico pensando também se no futuro, em havendo vários USV ASW com datalink espalhados geograficamente a amplitude dos sensores combinados tornaria possível um uso efetivo de torpedos pesados. se sim o custo/benefício parece muito bom, seria a volta das lanchas torpedeiras da segunda guerra.

Esteves

Impressionante como parado…aumenta a autonomia.

carvalho2008

Autonomia utilizada pelo Galante refere-se ao termo “persistencia”….tempo de mar…..

Esteves

Tudo que para no mar é persistente.

Alex Barreto Cypriano

Autonomia de 96 horas navegando a quê velocidade? 32 nós deve ser pra trânsito rápido, não é operando ASW.. Se tomarmos 0,15 litros de diesel por HP por hora como consumo específico, em uso leve (0,3) o bote precisaria algo como 4 metros cúbicos de tanque.
4 x 24 x 2 x (0,3) x 425 x 0,15 = 3.670 litros.

Esteves

Demanda, cadê a demanda? Cadê o representante aqui pra oferecer manutenção, suporte, peças, atualizações? Um ex Almirante. Pode oferecer para a Marinha Mercante. Pode oferecer para a Marinha de Guerra. Israel é longe. O Brasil é cartório enorme. Quando precisar trocar pecinha fala com quem? Cadê o lobby? A Boeing fez uma pressão danada para comprarem o ScanEagle. O produto de Israel Seagull USV tem solução menor e mais prática. Todos os estados tem rios enormes e/ou fronteiras molhadas. Tem o lago de Itaipu. Os israelenses deveriam mostrar uma solução integrada com satélite para quem não tem satélite como nós… Read more »

Esteves

Esteves Está escrevendo em demasia, reconheço. Mas é culpa das interessantes matérias.

Assim faz. Ou fez-se. Querem vender o Mansup? Pra quem? Querem vender qualquer? Aonde?

Primeiro prospect que mostrar interesse…vai lá, convida gente do meio, gente da exposição, gente que forma opinião e trás pra cá. Como os Elbit fazem lá. Levam 4 ótimos daqui na primeira classe pra lá, acomodam os 4 ótimos naqueles hotéis fantásticos, levam pra tour, pra apresentações, fazem os 4 ótimos de multiplicadores. Mandam de volta com a missão de divulgar.

Lobby bem feito.

Pena que não tem pra historiador.

Fernando "Nunão" De Martini

Levam 4 ótimos daqui na primeira classe pra lá”

Primeira classe? De onde você tirou isso? Rsrsrs

Pena que não tem pra historiador.”

Pra historiador que não fica dentro da caixa tem sim. Mas já vou avisando que encarar a agenda e a correria de uma press-tour de mídia especializada, mantendo também o espírito crítico e a pegada jornalística na hora de fazer as perguntas, não é pra qualquer um.

Esteves

Nunão,

Na verdade eu ia comentar o tamanho do Caiafa. Mas isso (formas) é preconceito. Então, segurei. Também…citar pessoas nem sempre é oportuno e adequado.

Outra verdade é porque o Salles e o Nunão não foram. Não é da conta do Esteves, sei disso.

Mas…Esteves acompanha as opiniões dessa turma no YouTube e acredita que são 4 ótimos em Defesa.

Mantenho minha opinião. São 4 ótimos.

Ah tá. Tua interrogação está depois da Primeira Classe…champanhe, camarões, suíte vip, carne com ouro, orquestra, sauna, piscina.

São os frutos.

Esteves

Tenho certeza que tu da conta do recado.

Fernando "Nunão" De Martini

Eu também tenho certeza. Já participei de press-tours.

Esteves

Esse negócio de comunicação…pensa tu em autobiografia tipo Nunão pelo Mundo?

Esses canais da Globo no pay-per-view tem vários desses…Cris pelo mundo, Zé pelo mundo…culinária, aventura, turismo.

Mas teria que ser dramático. Brasileiro ama o drama.

Fernando "Nunão" De Martini

Não, seria mais uma sarna pra me coçar.
Já estou pra estrear um programa de rádio sobre tema nada a ver com Defesa.
Tá de bom tamanho a sarna.

Alex Barreto Cypriano

Nunao, que programa é esse? Desde já, sucesso pra você (ou quebre a perna, como se diz no teatro).

Esteves

Rádio Rock.

Esteves tá preparando um MC pra estrear. Vai chamar MC Também.

To procurando quem queira iniciar no mundo artístico.

Obrigado!

É uma rádio web. Estreia na segunda-feira dia 27:

https://instagram.com/radiovip.oficial?igshid=YmMyMTA2M2Y=

Bardini

Sistema extremamente interessante!
.
Eu já falei aqui outras vezes… Um caminho para resolver boa parte do nosso problemas de Guerra de Minas, seria focar na elaboração de um sistema baseado em “kits” de contramedidas de minagem. E estes Kits deveriam ser baseados em Aratu, que facaria responsável por toda a logística destes meios, até o momento de sua instalação em Navios de Apoio Ocêanico. Navios estes, que poderiam exercer uma penca enorme de outras missões, indo do mais básico, que é patrulha naval ao limite da imaginação.
.
comment image

Last edited 1 ano atrás by Bardini
Fernando "Nunão" De Martini

Pois é Bardini. E pensemos além dos nossos três NPaOc e, por que não, dos três NApOc,ambos com espaços abertos, à ré da superestrutura para muita coisa interessante. Vamos falar da classe Tamandaré, que tem um flex deck com capacidade para seis conteineres embutido ali sob o convoo, espaço que pode ser combinado com embarcações lançadas e recolhidas em porta no espelho de popa. Até comentei com o Galante e Poggio, mais cedo: Penso na Tamandaré com um par dessas Lanchas não tripuladas e um conteiner de controle no flex deck de popa. E ainda sobra espaço ali para mais… Read more »

Esteves

Tem como saber ou adivinhar se isso passa pela cabeça dos Almirantes? Se coadunados estão?

Fernando "Nunão" De Martini

Se não passasse, não tinham escolhido justamente o projeto que contempla dois “flex decks” para expansão futura das capacidades.

O problema é isso passar pela cabeça e continuar passando, sem fixar.

Como dizia Nelson Ned, tudo passa, tudo passará.

Esteves

Rubens Barrichello também dizia isso.

Fernando "Nunão" De Martini

Tudo não. Só o alemão.

Esteves

Lembro de críticas nos comentários sobre como defender as Tamandarés. Navios caros. Isso poderia aumentar uma área de segurança como na imagem do Elbit indo à frente do Ocean?

Multiplicação de tarefas de todo e qualquer navio integrado com esses USV? Elevaria o valor tático de qualquer embarcação.

Acho.

Esteves

Os sistemas de gerenciamento de combate das Tamandarés precisariam Estar integrados com o gerenciamento do USV? Seria possível interferir nesse sistema (considerando a propriedade) adicionando a missão ou as missões do USV?

Mesmo que o gerenciamento do USV pudesse ser instalado a posterior (em containers), seria interessante que o navio executasse a missão do USV juntamente com o próprio sistema de combate?

O fabricante do sistema de gerenciamento das Tamandarés poderia deixar um slot para esses containers?

Pronto. Perdi o sono.

Fernando "Nunão" De Martini

O sistema de combate é modular, feito para acrescentar coisas a gosto do freguês, e é justamente um dos objetos da transferência de tecnologia. Se com tudo isso não puderem integrar algo do tipo, além de dezenas de outras possibilidades, desliga o navio e o último a sair apague a luz. Essa linha de navios Meko (sigla que em alemão significa combinações multimissão) foi projetada pra isso, décadas atrás, sendo continuamente aprimorada para oferecer justamente essas possibilidades. Mas também deve dar pra operar essas embarcações sem integrar nada ao COC, por um contêiner de controle, e simplesmente se comunicar com… Read more »

Esteves

Se não Estiver integrado seria outro cento de decisão.

Esteves

Deve dar? Da pra perguntar pros caras?

Fernando "Nunão" De Martini

Ah, Esteves, a resposta tá na matéria.

O que me referi é a questão operacional de passar por mais etapas até a tomada de decisão no COC e volta dessa decisão para o posto de comando no conteiner. Somaria alguns segundos e possibilidades de erros. Pouco mas somaria. O ideal é sempre poder operar o máximo possivel de sistemas de armas e sendores integrados ao COC, conversando com outros sensores e armas, num navio de primeira linha. Mas às vezes o ótimo é inimigo do bom.

E deixa de ser chato. Vai dormir.

Last edited 1 ano atrás by Fernando "Nunão" De Martini
Esteves

Tá mas não tá. “controladas por meio de um único Mission Control System (MCS), montado em um navio-mãe ou em terra. O mesmo MCS também pode controlar sistemas aéreos não tripulados…” Na matéria diz que 2 podem ser controlados por um único sistema. Óbvio. Quero saber se esse USV pode ser integrado ao CIC do navio. Tamandarés será um navio moderno. Os outros? Tu tá dizendo que talvez. Se forem independentes serão alguns segundos em um cenário de guerra. Vocês precisam perguntar essas coisas pra quem fornecerá os sistemas das Tamandarés. Essa história de containers de vocês 3…espaço é uma… Read more »

Bardini

Bah, em termos de Tamandaré e módulos, eu colocaria todo o esforço financeiro na aquisição do sistema modular de sonar. Seria um grande multiplicador de capacidades. . E este módulo de sonar, no futuro, poderia ser empregado em um Navio Patrulha, aumentando a capacidade ASW da esquadra. Isso se o pessoal da MB tiver o mínimo juízo, escolhendo um projeto que contenha uma baia multimissão semelhante a das FCT. . Ainda falando de container, eu acho que com um investimento marginal, acima do que é calculado para o NPa 500t pretendido, é possível construir um Navio Patrulha um pouco maior,… Read more »

Last edited 1 ano atrás by Bardini
Fernando "Nunão" De Martini

É por aí mesmo, Bardini. Só tenho um reparo: “ Ainda falando de container, eu acho que com um investimento marginal, acima do que é calculado para o NPa 500t pretendido, é possível construir um Navio Patrulha um pouco maior, equipado com um convoo. Este convoo poderia servir operar helicópteros de pequeno porte ou servir de espaço para montagem de containers do sistema ScanEagle ou até mesmo um UAV de decolagem vertical, como um Nauru 1000C navalizado.” Para pequenos UAV ok, mas não dá pra ser só um pouco maior que o NPa 500 para operar helicópteros tripulados, mesmo leves,… Read more »

Esteves

Esse USV da Elbit tem o próprio “ScanEagle”. Menor.

Bardini

Certamente seria algo que iria ultrapassar a casa das 1.000t. Mesmo assim, não seria o melhor lugar do mundo para operar helicópteros. Mas este não deveria ser o foco, principalmente se tratando de um meio distrital. É apenas uma capacidade inerente ao projeto. A questão chave seria a de gerar um espaço para montar containers e facilitar a operação de diferentes tipos de UAVs. Só isso. . Dentro desta questão toda, o projeto mais ambicioso que já vi, no tocante a patrulhas de baixa tonelagem, modularidade, baia multimissão e etc, foi da Fassmer: . https://www.fassmer.de/fileadmin/user_upload/6_Fassmer_Defence/21_06_FD_Sb_OPV_60_web.pdf . O NPa 500t BR… Read more »

Last edited 1 ano atrás by Bardini
Alex Barreto Cypriano

Cabe na Tamandaré um ou dois desses USVs? Penso que esses USVs da Elbit devam estar baseados nas cercanias de portos e estuarios que pudessem vir a ser alvo de minagem ou ataques de subs. Claro que nas Tamandaré significariam um multiplicador, mas a própria Tamandaré já porta algo pra ASW…
Ademais, sem SatCom, a comunicação é line-of-sight e sendo a antena do USV muito baixa, 5 metros da linha d’água, o alcance se controle, em condição de mar de almirante, se limita a algumas poucas milhas náuticas (em mar mexido, ainda muito menos)…

O flex deck de popa prevê rampa para recolher e lançar pequenos barcos. O espaço é para seis conteineres.

carvalho2008

Hummmm….Quem te viu e quem te vê heim mestre Bardini…!??

Já assimilou o emprego de kits….é isto ai mesmo….é por ai….casco é só o meio de transportadar os sistemas….é isto ai…gostei…tem até um Astro ali na hora do sufoco….boa…por mim, carregava os Fuzileiros realmente com a nata da nata de sistemas de armas e já prevendo estas modularidades….missil, foguete, MRLS, Helis, ST, e dentro do possivel nestes momentos tão tenebrosos que devem durar 15 a 20 anos, foca a MB principal com alguns navios de ponta….mas o resto, formatados para poder levar estes sistemas dos FN…

Last edited 1 ano atrás by carvalho2008
Nonato

Está faltando uma equipe na Ucrânia para cobrir a guerra em tempo real, inclusive no campo de batalha dos 2 lados, o que pode ser conseguido negociando com os governos previamente.

Esteves

Eita.

Correspondente pinga-pong. Cobre do lado de cá, atravessa o campo minado, cobre o campo de lá. Faz matéria olhando de cá pra lá, depois de lá pra cá. Dois lados bem tranquilos. Negócio bom.

Nunão tá meio chateado. Não foi pra Haifa. Quem sabe pega a oferta.

Fernando "Nunão" De Martini

Hahahaha
Nem um pouco, Esteves. Não inventa besteira.

ADM

Com uma Força de Minagem e Varredura obsoleta a muitos anos, vale a pena partir para o desenvolvimento/aquisição de USVs para desminagem.